sexta-feira, 21 de novembro de 2014

JBS fecha compra do Grupo Primo e do Grupo Big Frango

JBS adquire novos ativos na Austrália e Brasil

A JBS SA anunciou na noite de quinta-feira (20) que planeja adquirir o Primo Group, líder na produção de presunto, bacon e carnes prontas na Austrália e Nova Zelândia, bem como uma das maiores processadoras de carne de frango no Brasil, a Big Frango.
Por meio de sua subsidiária JBS Austrália, a maior processadora de carne bovina e de aves do mundo vai adquirir o Primo por AU$ 1,45 bilhão (R$ 3,22 bilhões). A JBS espera ganhos de receita anual de AU$ 1,6 bilhão (R$ 3,56 bilhões) e Ebitda de AU$ 150 milhões (R$ 333,52 milhões) na Austrália como resultado do acordo, e estima capturar sinergias que renderão cerca de AU$ 30 milhões (R$ 66,7 milhões).
“Esta aquisição é fortemente alinhada com a nossa estratégia global para expandir nossa presença na categoria de produtos de valor acrescentado e marcas bem conhecidas”, disse Wesley Batista, CEO global da JBS, mediante comunicado de imprensa. “O Primo Group é a empresa líder neste segmento com marcas fortes e representa uma excelente oportunidade de expandir nossos negócios na Austrália, considerando o crescimento anual do consumo de produtos preparados.”
Fundado em 1985, o Primo Grupo tem um portfólio de marcas reconhecidas, emprega atualmente mais de 4 mil funcionários e opera a partir de cinco plantas, sete centros de distribuição e 30 lojas de varejo.
A transação será paga em dinheiro, e está sujeita à aprovação pelas autoridades regulatórias australianas.
No Brasil, a JBS também anunciou a aquisição da totalidade das ações de capital detidas pela AMSE02 Participações Ltda no processador de aves Grupo Big Frango. A JBS vai pagar R$ 430 milhões na transação por meio de sua subsidiária JBS Foods, que deve ser aprovada pelo órgão regulador antitruste do Brasil, o Cade.
O Big Frango é um dos maiores grupos do setor avícola no sul do Brasil, com 49 anos de experiência e uma capacidade de processamento de 460 mil aves por dia em duas instalações de processamento, além de vendas anuais de mais de R$ 1 bilhão.
A JBS confirmou previamente, no fim de maio, que adquiriu um incubatório, granjas e matrizes do Big Frango e que planeja investir até R$ 20 milhões na expansão dos ativos ao longo dos próximos anos.
Fonte:  CarneTec

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Arábia Saudita vai importar carne do Brasil, diz Geller

O ministro da Agricultura, Neri Geller, disse nesta terça-feira, 18, que as exportações de carne bovina para a Arábia Saudita serão reiniciadas em dezembro, após a visita de um grupo de técnicos sauditas para inspecionar frigoríficos brasileiros.
A visita ocorrerá nos próximos dias e, após a análise por amostragem do rebanho brasileiro, o governo de Riad vai publicar um decreto habilitando os frigoríficos exportadores. "Temos uma previsão de começar as exportações a partir da segunda quinzena de dezembro. Conseguimos superar todos os embargos técnicos", disse.

Geller participou na semana passada de reuniões com o governo saudita para negociar a reabertura de mercado, embargado por decisão de Riad em 2012, após a constatação de um caso atípico de vaca louca no Paraná. A expectativa agora é de que a retomada da corrente bilateral com a Arábia Saudita também auxilie na ampliação de mercado no Golfo Pérsico. "Se nós abrirmos o mercado para a Arábia Saudita automaticamente abrimos para todo o Golfo", indicou o ministro.

O Brasil exportou U$ 250 milhões em carne bovina para o Golfo em 2012, sendo US$ 156 milhões para o mercado saudita. A expectativa oficial é de que a região dobre esse volume. "Vamos recuperar esse mercado de US$ 250 milhões. Mas a informação que temos é de que nesses dois anos mudou muito e está mudando o habito alimentar desses países e, consequentemente, acreditamos que tem um potencial de chegar de US$ 400 milhões a US$ 500 milhões", estimou.

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Geller: exportação de carne à China começará em dezembro

O ministro da Agricultura, Neri Geller, informou na tarde desta terça-feira, 18, que a retomada das exportações de carne bovina para a China deve ocorrer na primeira quinzena de dezembro. Ele relatou detalhes da viagem que fez na semana passada ao país asiático, afirmando que conseguiu destravar o processo já que a liberação das importações havia sido anunciada em julho pelo governo chinês.
"Fomos a Pequim para consolidar (a suspensão do embargo) e não ficar só no discurso sobre a questão da abertura de mercado", disse.

A China proibiu a importação de carne brasileira em 2012. O Brasil exportou apenas US$ 74,87 milhões em carne bovina para o país naquele ano. Agora, o ministro fala em até US$ 1 bilhão na corrente exportadora com a reabertura de mercado. "É um mercado promissor e temos um potencial de aumentar as exportação para China de US$ 700 milhões a US$ 1 bilhão por ano", calculou

Segundo Geller, o governo chinês também autorizou a liberação de dez plantas industriais como exportadores credenciados e será a partir destes frigoríficos que a carne brasileira chegará à China. Ele, no entanto, disse que só na primeira semana de dezembro serão conhecidas as unidades das empresas credenciadas. "Essas plantas podem aumentar o investimento e o consumo de milho para sair para o mercado internacional com o valor agregado", comemorou.

O ministro minimizou eventuais impactos do aumento das exportações de carne na inflação no momento em que preço da proteína animal tem pesado no bolso do consumidor brasileiro. "A questão de inflação pode aumentar um pouquinho, mas não vai pesar muito não", avaliou. "Não tempos preocupação com relação a isso", disse.

Apesar da previsão otimista, Geller reconheceu que para o mercado interno "o preço pode num primeiro momento aumentar um pouco". Mas ele apontou a capacidade dos frigoríficos de aumentar a produção como saída para o efeito inflacionário que um aumento nas vendas à China pode trazer. "O governo tem de fazer a sua parte de viabilizar isso no longo prazo", indicou.

De acordo com o ministro, o Brasil tem rebanho bovino para atender às exportações no médio prazo e os frigoríficos podem realizar novos investimentos, com acesso a linhas de financiamento do governo federal. "Esse potencial de crescimento é muito bom. Se houver demanda, a oferta se constrói com facilidade. Nenhum país tem esse potencial", afirmou.

Geller também comentou a possibilidade de a Austrália aumentar as exportações para China. Ele disse que os australianos estão chegando ao limite de sua capacidade produtiva, o que impõe restrições a um aumento consistente de atender o gigante asiático, que hoje importa cerca de 50% da carne bovina que consome da Austrália. "Se a Austrália se concentrar na China eles automaticamente vão deixar de abastecer outros países. Nós temos de nos apresentar (ao mercado internacional)", considerou.

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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

China retira oficialmente embargo à carne bovina brasileira, diz Planalto

Venda estava embargada desde 2012 após suspeita de doença no Paraná.
Embargo estava suspenso desde julho.


O governo chinês retirou oficialmente o embargo à carne bovina brasileira neste domingo (16) após a assinatura, entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da China, Xi Jiping, de um protocolo para liberação de venda do produto para o mercado chinês, informou o Planalto.
A venda estava embargada desde 2012 devido à suspeita, não confirmada, de registro de mal da vaca louca no estado do Paraná. O embargo estava suspenso desde julho.
A assinatura ocorreu durante um intervalo da reunião de Cúpula do G20, em Brisbane, na Austrália.
Com o acordo bilateral, a expectativa do governo brasileiro é vender de U$S 800 milhões a U$$ 1,2 bilhão de carne para China só em 2015.
O último encontro da presidenta Dilma com Xi Jinping ocorreu em julho, no Brasil, durante a realização da VI Cúpula do Brics em Fortaleza, no Ceará.

A China é considerada o principal parceiro comercial do Brasil. Só em 2013, o comércio entre os dois países superou os US$ 83 bilhões.
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