quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Pecuaristas devem ficar atentos para última etapa de vacinação

A expectativa do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) é imunizar mais de 28 milhões de cabeças, em aproximadamente 100 mil propriedades rurais no Estado

A segunda etapa da imunização contra a febre aftosa acontece em todo Brasil entre os dias 1º e 30 de novembro deste ano. Nesta fase são vacinados bovinos e bubalinos, de mamando a caducando. A expectativa do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) é imunizar mais de 28 milhões de cabeças, em aproximadamente 100 mil propriedades rurais no Estado. Quem não vacinar será multado em 2,25 Unidades de Padrão Fiscal (UPF) por cabeça, ou R$ 230,28.

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) mantém em seu portfólio de treinamento, o aperfeiçoamento de 24 horas "Agente sanitário em saúde animal", que tem o objetivo de ensinar o participante a aplicar vacinas anti febre Aftosa e Brucelose em bovinos e bubalinos. Nos meses de outubro e novembro, a instituição, em parceria com os sindicatos rurais, promove seis treinamentos da área nos municípios de Guarantã do Norte, Luciara, Campinápolis, Chapada dos Guimarães, Pedra Preta e Arenapolis.

De acordo com o instrutor credenciado junto ao Senar-MT, José Oliveira Aguiar Filho, é importante que o pecuarista e o trabalhador se qualifiquem para poder fazer a vacinação da forma menos agressiva possível, evitando que o animal fique estressado. "Animal estressado representa sistema imunológico comprometido", alerta.

Aguiar é veterinário por formação e explica que uma aplicação mal feita pode resultar em prejuízos para o pecuarista. "O local correto da aplicação é a tábua do pescoço do animal, onde se encontra a carne menos nobre, se a aplicação for feita na traseira esse animal pode ter seu valor reduzido pelo frigorifico e até mesmo ter a carcaça condenada".

Outro problema é que a vacinação sem os devidos cuidados pode causar lesões no animal como coroços e abscessos. "Os abscessos são caroços com acúmulo de pus em diferentes tecidos e ocorrem como resposta ao desenvolvimento de bactérias que ganham acesso ao organismo animal por uma ferida na pele e por meio de agulhas ou instrumentos contaminados".

Os principais fatores de risco da vacinação são o uso de seringas e agulhas contaminadas, falta de higiene no local de aplicação e uso de vacinas ou medicamentos cujos veículos são oleosos. "Todas essas informações são repassadas aos participantes do treinamento, além disto, abordamos assuntos como segurança e saúde no trabalho, a importância do serviço de defesa sanitária animal e os prejuízos causados em toda a cadeia produtiva e outros", antecipa o instrutor.
Autor: MIDIA NEWS
Fonte: MIDIA NEWS





União Europeia vistoria frigorífico e rebanho no Rio Grande do Sul

Técnicos chegam hoje ao Rio Grande do Sul e avaliarão condições de bovinos gaúchos e abates rastreados
Patrícia Comunello
Técnicos da União Europeia (UE) chegam hoje ao Estado para dar início a três dias de vistorias de abates e propriedades de pecuária de corte bovina. A última missão da UE para inspecionar as condições de produção e de processamento da carne que é exportada à região ocorreu em setembro de 2011. O foco dos técnicos será principalmente os controles de fluxo de animais desde as propriedades até a etapa industrial com aplicação do sistema de rastreabilidade com erro zero, exigência da comunidade europeia.

A primeira parada será em Bagé, na planta do Marfrig, uma das sete unidades de abates que estão em operação e habilitadas à exportação. A empresa, uma das maiores no mundo em processamento de proteína vermelha, tem quatro (três de abate e uma de corned-beef). Amanhã e na sexta-feira será a vez de duas fazendas com terminação de bois serem inspecionadas. Uma fica também em Bagé, e a outra na vizinha Dom Pedrito. Os locais foram sorteados há 15 dias, explica Anna Suñe, supervisora regional em Bagé do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA), ligado à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa).

O Rio Grande do Sul dá a largada nessa nova missão. Também serão visitados Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou ontem que os técnicos (seis a oito) já estão no Brasil e esclareceu que só comentará o resultado das inspeções após a conclusão do roteiro, previsto para se prolongar até o fim deste mês. A data da conclusão não foi informada e nem número de plantas e total de propriedades nos quatro estados. O Brasil é hoje o maior exportador de carne vermelha no mundo, com quase 50% do volume. A UE é o terceiro destino. Para o Estado, foi o Segundo até agosto.

Na última missão destinada a verificar cumprimento de regras para vender carne bovina, o Estado ficou fora. Foram vistoriadas propriedades e plantas em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, segundo o Mapa. Em 2013, o País recebeu representantes da região que soma 28 estados-membros e é considerada uma das mais apetitosas clientes para o fluxo externo devido à valorização recebida pela carne brasileira.

Hoje, o potencial, estabelecido por cotas, não é alcançado pelo produto local, e o subaproveitamento é atribuído à baixa adesão ao Sistema Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). No Estado, são cerca de 150, mas o número reduziu nos últimos anos.

Desde 2007 com rastreabilidade, o produtor Olavo Almeida de Salles, de Dom Pedrito, terá pela primeira vez uma das duas propriedades, a Estância Santa Luisa, na mira dos europeus. “Fiquei sabendo há 15 dias que havia sido sorteado. A gente fica preocupado, pois a responsabilidade é muito grande”, comentou o pecuarista, que fornece cerca de 1,5 mil cabeças por ano para abate na unidade do Marfrig em Bagé. “Não pode ter falha humana no controle e lançamento de informações no sistema.”

O pecuarista ressalta o custo para o rastrearmento, avaliado entre R$ 30,00 e R$ 40,00 por animal. O produtor recebe, em média, R$ 100,00 a mais por carcaça do frigorífico, comparado à matéria-prima fora do Sisbov. “Dá trabalho e muita despesa, mas é importante para conquistar mercado.”

“O procedimento é padrão, não há motivo para preocupação. As exigências foram encaminhadas de forma positiva”, tranquiliza Anna, que também é auditora na região do sistema de rastreabilidade federal. A supervisora do DDA, que acompanhará a visita às duas fazendas, cita que o fluxo intenso de animais entre propriedades para engorda é uma das marcas da produção gaúcha, o que eleva a vigilância sobre os controles. Os técnicos devem atentar para documentação e registro no sistema, checando chip (brinco) usado pelos animais e o lançamento de dados.

Inspeção adia encontro para discutir modelo de rastreabilidade

A confirmação da inspeção hoje no frigorífico do Marfrig provocou cancelamento da reunião que ocorreria ontem, em Alegrete, e que retomaria as discussões de produtores, indústria e governo para adoção de um modelo estadual de rastreabilidade. Não há nova data para o encontro. O modelo vive impasse desde 2013, pois produtores são contra que o controle seja obrigatório. A inclusão no Sisbov é voluntária. A missão na planta bageense será acompanhada pelo serviço federal de inspeção do Mapa.

O gerente regional da Marfrig no Estado, Rui Mendonça, comentou que a vistoria é de rotina e que não espera nenhuma dificuldade. A unidade estaria, portanto, adequada às especificações para exportar. O volume de abates, Segundo Mendonça, mantém-se. Mendonça citou ainda que, há 15 dias, missão de técnicos dos Estados Unidos esteve na planta de Hulha Negra, especializada em corned-beef. Sobre o impasse em torno da rastreabilidade bovina no Estado, o executivo apontou que “espera construir um caminho”. A indústria opera com ociosidade e busca garantia de fornecimento de matéria-prima para manter aberta a planta de Alegrete.

Carne gaúcha aumenta as vendas para o mercado europeu

A União Europeia (UE) foi o segundo maior importador de carne bovina (in natura e processada, resfriada e congelada) do Rio Grande do Sul até agosto, considerando estados–membros compradores (Países Baixos, Itália, Reino Unido, Alemanha, Espanha e Suécia) e confrontando com outros países individualmente de maior peso.

Levantamento do economista Guilherme Risco, da Fundação de Economia e Estatística (FEE), mostrou receita com exportações à UE de US$ 5,2 milhões nos primeiros oito meses, cifra 17% maior que a de 2013 no mesmo período. O desempenho do mercado do bloco comum europeu ficou abaixo da taxa global de expansão do segmento na divisa gaúcha, de 43,4%, somando US$ 44 milhões ante US$ 30,7 milhões.

Hong Kong é o grande comprador hoje, gerando mais da metade da receita, US$ 22,8 milhões até agosto. A UE perdeu representatividade na matriz externa do Estado, saindo da fatia de 14,3% da receita no ano passado para 11,7% neste ano.

No Brasil, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) apurou, até setembro, receita de US$ 5,3 bilhões, 10,87% acima do mesmo período de 2013. A UE foi a Terceira maior importadora, respondendo por US$ 663,9 milhões, 91,9 mil toneladas.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Imea: Venezuela reduz fortemente compras de carne de MT

Movimento reduziu em US$ 30 milhões o faturamento dos negócios com o país em setembro

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Compras menores da Venezuela causaram impacto de US$ 30 milhões no faturamento com as exportações de carne bovina de Mato Grosso (Foto: Roberto Seba/Ed. Globo)ar legenda
Por Redação Globo Rural

A redução das importações da Venezuela teve um efeito significativo sobre o faturamento do comércio exterior de carne bovina em Mato Grosso. A avaliação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
De acordo com o Imea, o estado representa cerca de 40% das exportações de produtos bovinos para o mercado venezuelano. Em agosto, a participação foi de 34,41% e em setembro, de apenas 4,11% do total. O forte ritmo menor de compras reduziu o faturamento em mais de US$ 30 milhões no mês de setembro.
"Estima-se que a alimentação dos venezuelanos dependa em aproximadamente 60% das importações, ou seja, com o preço internacional do barril de petróleo a US$ 95,98 em setembro (menor desde junho/12), é possível entender tamanha queda na compra da carne mato-grossense em apenas um mês, tendo em vista que estão abastecidos com o montante de carne congelada comprada nos meses anteriores", avalia o Imea.
De outro lado, a Rússia aumentou suas compras de carne bovina de Mato Grosso, Reflexo da política de substituição de importações, em função de sanções econômicas relacionadas à crise na Ucrânia. Em setembro, a participaçaõ do país foi de 37,02% do total. O volume de 7,86 mil toneladas equivalentes carcaça foi o maior desde setembro de 2008.
De um modo geral, as exportações de carne bovina de Mato Grosso caíram em setembro, conforme o Imea com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Secex/MDIC). O volume caiu 27,48% em relação a agosto e a receita foi 26,79% menor.
"Os dados revelaram que o mês de setembro de 2014 caminhou mal no que diz respeito à carne bovina mato-grossense", avalia o instituto.

http://revistagloborural.globo.com/

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

FRANGO: Baixa oferta e maiores embarques elevam preço da carne

Segunda-feira, 13 de Outubro de 2014

A carne de frango segue valorizada em outubro como resultado da baixa oferta de animais para abate e dos patamares elevados dos valores das proteínas concorrentes (suína e bovina), o que favorece a maior demanda interna pelo frango. Segundo pesquisadores do Cepea, também contribuem para este cenário as exportações crescentes, impulsionadas pela recente forte alta do dólar e pela expectativa de aumento das vendas para a Rússia.
A oferta mundial restrita, por conta dos casos de influenza em outros países, pode contribuir para elevar a procura pela carne brasileira. Em setembro, foram embarcadas 331,40 mil toneladas de carne de frango in natura, 10% a mais que em agosto e 19,5% superior a set/13, segundo dados da Secex.
Entre 2 e 9 de outubro, o frango inteiro resfriado se valorizou 3,6%, com a média passando para R$ 3,75/kg nessa quinta-feira, 9, no atacado do estado de São Paulo. Para o congelado, a alta foi de 5,9%, a R$ 3,74/kg. 
Atacado do estado de SP

Frango Inteiro Congelado
Frango Inteiro Resfriado
02/out
3,53
3,62
09/out
3,74
3,75
Var. Semanal
5,9%
3,6%
Atacado, média (R$/kg) das regiões de São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado
Fonte: Cepea/Esalq.
Para mais informações, acesse: www.cepea.esalq.usp.br/frango
Fonte:  Publicação Exclusiva Suinocultura Industrial

China pronta a quintuplicar exportação de carne suína para a Rússia

Rússia, China, carne

A China está pronta a aumentar de 2 para 10 o número de exportadores de carne suína para a Rússia no contexto do embargo à importação de gêneros alimentícios da UE, EUA, Canadá e Austrália. Ultimamente 8 empresas chinesas manifestaram a disponibilidade de exportar carne de suíno para a Rússia.

Neste momento, técnicos do Rosselkhoznadzor (entidade pública russa encarregada do controle veterinário e higiénico de produtos agro-pecuários) inspecionam várias novas empresas para verificar a conformidade de seus produtos aos requisitos da União Aduaneira para habilitá-los a exportar para a Rússia.
A China é a maior produtora mundial de carne de porco, tendo em 2013 chegado a produzir 68 milhões de toneladas, cerca de metade da produção mundial.

Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_10_12/China-pronta-a-quintuplicar-numero-de-exportadores-de-suino-para-Russia-9468/

Vendas extras Efeito Rússia beneficia exportações gaúchas de carne

Vendas extras

Efeito Rússia beneficia exportações gaúchas de carne

Embarques aumentar após o país embargar comprasdos Estados Unidos e da União Europeia

12/10/2014 | 23h54
Efeito Rússia beneficia exportações gaúchas de carne divulgação/Divulgação
De janeiro a setembro deste ano, os embarques para o país foram de 10,8 milhões de toneladas Foto: divulgação / Divulgação
A reaproximação comercial da Rússia com o Brasil neste ano, com a habilitação de uma dezena de frigoríficos para exportação, tem reflexos claros nas vendas externas da produção gaúcha de suínos. De janeiro a setembro deste ano, os embarques para o país foram de 10,8 milhões de toneladas. No mesmo período de 2013, as exportações de carne suína do Rio Grande do Sul para a Rússia foram nulas, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento.
Os embarques brasileiros para o mercado russo cresceram com força após a Rússia embargar compras de carne dos Estados Unidos e da União Europeia. Os russos produzem apenas 60% da carne suína consumida internamente.


http://zh.clicrbs.com.br/rs/