sábado, 2 de agosto de 2014

Minerva tem lucro de R$ 18,5 mi no segundo trimestre



(Foto: Divulgação)Minerva tem lucro de R$ 18,5 mi no segundo trimestre

A Minerva anunciou nesta sexta-feira, 01, que registrou um lucro líquido de R$ 18,5 milhões no segundo trimestre de 2014, resultado significativamente superior ao verificado no mesmo período do ano passado. Além disso, o trimestre marcou o início das operações da planta de Carrasco, no Uruguai, e a inauguração de um Centro de Distribuição em Assunção, no Paraguai.
“O segundo trimestre foi marcado por resultados muito positivos para a Minerva tanto do lado operacional e financeiro, quanto no processo de consolidação do ciclo de expansão da Companhia. A receita líquida subiu mais de 25%, a margem EBITDA ajustada se manteve em cerca de 10% e, além disso, avançamos na meta de redução da alavancagem. Nós também assumimos as operações do Frigorífico Carrasco (adquirido em Março) e estamos nos beneficiando de um momento extremamente positivo da indústria no Uruguai”, disse o diretor-presidente da Minerva Foods, Fernando Galletti de Queiroz. Segundo ele, o período ainda registrou a emissão de US$ 300 milhões do Bond perpétuo, ferramenta que auxilia na otimização da estrutura de capital da Companhia e reduz o custo da dívida.
No segundo trimestre de 2014, a Minerva reportou receita líquida de R$ 1,656 bilhão, valor 25,2% superior ao verificado no mesmo período do ano passado. Essa alta é resultado de um acréscimo de 28,1% nas vendas para o mercado externo e de 20,8% para o mercado interno ante o segundo trimestre de 2013.
O Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) atingiu 21% no 2T14, 2,7 p.p. superior ao ROIC do 2T13, reafirmando o comprometimento da administração com o retorno gerado nas operações. O EBITDA do 2T14 foi de R$ 178,7 milhões, 33% acima do valor apresentado no 2T13. A margem EBITDA no primeiro trimestre de 2014 foi de 9,9%, estável em relação a margem reportada em 2013. A relação dívida líquida/EBITDA ao final do 2T14 ficou em 3,43x, 0,15x inferior ao reportado no final do 1T14.
No segundo trimestre de 2014 a Minerva avançou em frentes importantes do atual plano de crescimento, que estão alinhados com o plano de diversificação geográfica de suas operações na América do Sul. Foi inaugurado em junho, um Centro de Distribuição em Assunção, no Paraguai, com o objetivo de capturar a crescente demanda daquela região. Adicionalmente a empresa assumiu as operações do frigorífico Carrasco, no Uruguai, que já impactou positivamente nos números deste trimestre. Além disso, estão previstas para o segundo semestre o início das operações da de Janaúba (MG), que está em faze pré-operacional, e dos dois ativos da BRF no Mato Grosso, em análise no CADE.
“Vale destacar que apesar do processo de aquisição das plantas da BRF continuar sob análise do CADE, a Minerva celebrou no final do segundo trimestre um contrato de prestação de serviços com a BRF, contrato este em que a Minerva fornecerá o gado à BRF, que realizará o serviço de abate e desossa, bem como embalagem, acondicionamento e disponibilização da carne bovina em suas unidades fabris. Posteriormente, a Minerva retirará e distribuirá estes produtos nos mercados interno e externo, dependendo da estratégia comercial”, afirma Galletti de Queiroz.
(Redação – Agência IN)

terça-feira, 29 de julho de 2014

JBS e Pilgrim’s adquirem operações de aves da Tyson Foods no México e no Brasil

A JBS S.A. em conjunto com a Pilgrim’s Pride Corporation anunciam hoje que celebraram um acordo definitivo para a aquisição da totalidade das operações de aves da Tyson Foods no México e no Brasil. A operação no México será adquirida pela Pilgrim’s, cujo acionista majoritário é a JBS USA, subsidiária integral da JBS S.A., enquanto que a operação no Brasil será adquirida pela JBS Foods, subsidiária integral da JBS S.A.

O preço total a ser pago será de US$ 575 milhões, dos quais US$ 400 milhões correspondem à operação no México e o montante de US$ 175 milhões corresponde ao valor das operações no Brasil. Ambas as transações serão pagas em dinheiro e estão sujeitas às aprovações das autoridades regulatórias competentes.

A operação mexicana, que leva o nome Tyson de México, é verticalmente integrada e tem sede há mais de 20 anos em Gomez Palacio, região Norte do México. A Tyson de México conta com três unidades de processamento e emprega mais de 5.400 colaboradores, distribuídos nas unidades de processamento, escritório e em sete centros de distribuição. A Pilgrim’s Pride antecipa que a operação gerará uma receita incremental anual de aproximadamente US$650 milhões. 

A aquisição no Brasil envolve três unidades de processamento completamente integradas, sendo duas em Santa Catarina e uma no Paraná. A Tyson do Brasil, fundada em 2008, emprega 5.000 colaboradores. A administração da companhia espera que a operação gere receitas anuais de cerca de US$ 350 milhões no Brasil para a JBS Foods.

Ao concluir a transação, a JBS e Pilgrim’s esperam manter as operações funcionando com a capacidade necessária para conservar a mão de obra empregada, preservando os contratos trabalhistas em ambos os países.

JBS-Brasil

JBS compra mais um frigorífico e avicultores de MS alertam para o monopólio

Após a compra de mais um frigorífico pela empresa JBS/Friboi, avicultores de Mato Grosso do Sul alertam para os riscos de monopólio. Segundo os produtores, essa concentração dos abatedouros nas mãos de poucos os deixam sem opções para vender seus frangos, acarretando em um aumento de preço da ave para o consumidor final. A JBS comprou na última semana a Indústria de Alimentos Avebom, no Paraná. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições essa transação ocorrida na última semana,
De acordo com o vice-presidente da Avimasul (Associação dos Avicultores de Mato Grosso do Sul), Adroaldo Hoffmann, o monopólio dos grandes frigoríficos está cada vez maior. Ele afirma que dos 600 mil frangos abatidos por dia no Estado, 75% é comprado pelo JBS e pela BRF (Sadia/Perdigão). “Nosso produtor fica nas mãos dessas grandes empresas, eles não têm poder de barganha. Não vejo boas perspectivas para uma solução”, afirma ele.
Adroaldo , no entanto, ressalta que para solucionar esse problema seria preciso haver mais cooperativas, dando, assim, mais opções para os pequenos fazendeiros venderem suas produções. “Hoje o quilo de uma buchada de boi está mais caro do que o quilo de frango”, alerta ele. Segundo a Avimasul, o produtor vende as aves por unidade, ou seja, por cabeça. Em Sidrolândia a cabeça está custando R$ 0,60 e em Dourados R$ 0,55.
Um produtor rural da região de Dourados denuncia que é comum os fazendeiros sofrerem retaliações dos frigoríficos e, por isso, prefere não se identificar. Segundo ele, o grande problema é que não há uma regulamentação fazendo com que tudo aconteça livremente. Ele diz   que há em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 330, que estabelece condições, obrigações e responsabilidades nas relações comerciais entre produtores e Agroindústrias.
Os avicultores do Estado estão elaborando um documento aberto explicando todas as dificuldades encontradas no setor.


As empresas JBS/Friboi e BRF (Sadia/Perdigão) foram procuradas pela reportagem do Midiamax, contudo não se manifestaram.
http://www.fatimanews.com.br/