quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Acordo sobre transferência do frigorífico Boi Bravo é vislumbrado


Acordo sobre transferência do frigorífico Boi Bravo é vislumbrado

A localização da sede do frigorífico é tema de discussões antigas
A novela envolvendo o frigorífico Boi Bravo e os moradores do bairro Abadia está próxima de um final. Os vereadores Paulo César Soares – China (SDD) e João Gilberto Ripposati (PSDB) se reuniram com o subsecretário de Desenvolvimento Econômico, Edson Alves Fernandes, e o empresário Romeu Teles para discutir sobre a desapropriação da área do frigorífico para um local para apropriado. “Na próxima semana, empresários de Belo Horizonte estarão na cidade para conhecer a área e, caso haja interesse, iniciará o processo de negociação”, declarou Fernandes.
No encontro, China sugeriu que a área seja destinada à instalação de um shopping popular, acrescentando que esteve recentemente em Juiz de Fora para conhecer um modelo e aproveitou para convidar alguns empresários para conhecerem o potencial econômico de Uberaba, bem como fazer o mesmo investimento, já que eles manifestaram interesse, garantindo que, em breve, estarão na cidade. “A reunião foi positiva porque o empresário Romeu Teles disse que está aberto a qualquer tipo de negociação, pois reconheceu que está na hora da empresa ser transferida para um local apropriado, onde tenha condição de aumentar sua produtividade”, explicou.
Segundo China, o empresário disse que governos passados desapropriaram parte da área para construção de um campo de futebol e abertura de uma rua. O valor negociado na época com a PMU foi de R$ 10 milhões, dinheiro este que não foi repassado a ele, mas o subsecretário ressaltou que a atual administração tem conhecimento desse fato e deixou claro que esta dívida não irá interferir no atual processo. “Eu estou confiante, porque acredito que o momento é favorável para que aconteça a desapropriação, já que o empresário está disposto a negociar com o atual prefeito. Agora, depende dele entrar na discussão. Eu já estou fazendo a minha parte”, ressaltou. 
Outra possibilidade – Caso a PMU e o empresário não cheguem a um acordo, o vereador informou que entrará com um projeto de iniciativa popular na Câmara, pois vem colhendo assinaturas num abaixo-assinado que tem pontos fixos no calçadão e na UPA do Mirante. Inclusive, na próxima semana, será instalado também ponto na UBS do conjunto Silvério Cartafina. “Semanalmente, estamos colhendo cerca de 1.500 assinaturas e a meta é chegar a 50 mil. Ou seja, não teremos dificuldade para apresentar uma proposta popular para resolver esse problema”, concluiu. (LR)
Jornal de Uberaba

Embargo chinês à carne de vaca do Brasil pode ser levantado em breve

Uma missão da Administração de Inspecção de Qualidade e Quarentena da China visitará o Brasil até 15 de Dezembro próximo para inspeccionar câmaras frigoríficas, disse a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu.
O objectivo da missão chinesa é averiguar o estado sanitário do gado bovino do Brasil e eventualmente pôr termo ao embargo à carne de vaca brasileira que vigora desde Dezembro de 2012, adiantou a senadora em comunicado divulgado ainda no Brasil.
A presidente da confederação está em Xangai, China, onde participa hoje no seminário AgroInvest Brasil 2013, que pretende servir para apresentar a compradores e investidores chineses as oportunidades oferecidas pelo negócio agrícola brasileiro.
Kátia Abreu afirmou que os técnicos chineses poderão constatar da inexistência de vacas loucas no Brasil e adiantou haver expectativas de que, além do levantamento do embargo, ser ampliado o número de empresas autorizadas a vender carne de vaca para a China.
Recordando que a China importou em 2012 mercadorias cujo valor se cifrou em 1,75 biliões de dólares, de que apenas 41 mil milhões tiveram origem no Brasil, a senadora disse que as empresas brasileiras pretendem aumentar a venda de carne de vaca, de porco, de algodão e particularmente de café. (macauhub)

Kátia Abreu cobra em Xangai suspensão do embargo chinês à carne brasileira

Decisão pode abrir um grande mercado para a indústria da carne tocantinense

A senadora tocantinense Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, cobrou ontem em Xangai a suspensão do embargo chinês à carne brasileira, imposto, conforme a parlamentar, "sem nenhuma razão técnica". A cobrança foi feita na presença do diretor do ministério do Comércio da China, Wu Guo Liang, e do vice-diretor da AQSIQ - a agência chinesa de vigilância sanitária que tem status de ministério, no Seminário  AgroInvest Brasil 2013, coordenado pela parlamentar tocantinense e realizado pela CNA. Técnicos da agência chinesa  de vigilância sanitária devem visitar o Brasil até o dia 15 de dezembro para inspecionar frigoríficos. A mudança vai beneficiar a industria da carne tocantinense.  Números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior revelam que, de janeiro a setembro deste ano, o Tocantins exportou o equivalente a US$ 136,5 milhões de carne bovina desossada congelada, fresca e congelada, um índice de crescimento de 19% superior aos US$ 111 milhões exportados no mesmo período do ano passado. Inferior apenas aos US$ 400 milhões de exportações da soja no mesmo período deste ano, para  uma balança comercial de janeiro a setembro de US$ 570 milhões em exportações. A China é o maior comprador de produtos do Tocantins, o equivalente a US$ 194 milhões de janeiro a setembro de 2013.

A Senadora lidera uma missão de empresários brasileiros da agroindústria na China com a participação também de empresários do Tocantins, tanto da indústria da carne como da agropecuária. Ainda na abertura do Seminário, Kátia Abreu  cobrou mais agilidade na habilitação de novos frigoríficos e se queixou da escalada tarifária que penaliza alimentos processados que o Brasil exporta para a China.

O Semináro em Xangai comprovou o enorme interesse da China pelo agronegócio brasileiro. A previsão inicial de 150 participantes dos dois países acabou duplicada para 300, com a presença de executivos de bancos, como o HSBC, o Santander e o Banco do Brasil, entre outros; dos cinco maiores fundos de investimento da China e da estatal chinesa de alimentos, Bright Food Group, que tem uma pesada estratégia para investir no exterior.

O Agroinvest em Xangai foi o ponto alto da missão empresarial da CNA, liderada por sua presidente, senadora Kátia Abreu. Ela abriu o encontro apresentando a história de sucesso da agropecuária brasileira. Em 40 anos, o Brasil saiu da condição de importador de alimentos e, com um ganho de 300% em produtividade, passou a disputar a liderança mundial do setor com os Estados Unidos.

Para dar a dimensão exata do tamanho e da diversidade da agropecuária brasileira e das potencialidades de investimento no Brasil, a missão da CNA reuniu presidentes de sete Federações da Agricultura nos estados (MS, MG, CE, ES, MA,  RR, AP) e dirigentes de entidades setoriais – como soja, algodão, celulose e frigoríficos. Também participaram da série de painéis sobre as cadeias do agronegócio a cúpula do Senar nacional e dos estados, além de expoentes do quadro técnico da CNA.

“O seminário apresentou, com precisão, um panorama de oportunidades com dados e possibilidades concretas de investimentos e os caminhos para que as parcerias possam ser desenvolvidas”, resumiu, ao final do encontro, o ex-embaixador brasileiro na China e consultor da CNA, Clodoaldo Hugueney.

Segundo o vice secretário-geral do Conselho Chinês para a Promoção de Comércio Internacional (CCPIT) em Xangai, Yu Chen, a China demanda cada vez mais alimentos. “O governo também encoraja muito o desenvolvimento de nossas empresas no exterior”, afirmou, destacando que os investimentos fora de seu país este ano vão ultrapassar 80 bilhões de dólares.

“A  China fica muito distante do Brasil, mas isso não é dificuldade”, disse o representante da CCPIT. Para que não haja dúvida e de olho nos bilhões que a China ainda vai investir, a CNA aproveitou o seminário para lançar o Portal Agroinvest Brasil (www.agroinvestbrasil.com), uma plataforma em três idiomas – português, inglês e mandarim –  que funcionará como uma vitrine de projetos e de oportunidades de investimentos on line, facilitando a concretização de negócios. “O portal apresenta projetos de forma mais detalhada e contribui para romper a barreira da língua, aproximando compradores e vendedores. Além disso, dará continuidade à ação que foi iniciada neste seminário”, explicou o presidente do Instituto CNA, Moisés Gomes.

Ao encerrar o painel sobre as potencialidades das exportações brasileiras de alimentos para a China, o ex-ministro e consultor da CNA, Roberto Brant, destacou que “o Brasil deixou claro que tem todas as condições de atender o aumento da demanda chinesa por alimentos, seja pela fartura de terras e de água, seja pelos ganhos de produtividade. Estamos prontos e com os olhos voltados para a China”, concluiu.

http://surgiu.com.br/ 
Foto: Ascom/Kátia AbreuFonte: Ascom/Kátia AbreuPostador: Fernando Calin Sá

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Rússia aprova dois frigoríficos do PA para embarque de carne bovina

SÃO PAULO, 29 Ago (Reuters) - A Rússia, importante importador de carne bovina do Brasil, habilitou dois frigoríficos do Pará para exportação aos países da união aduaneira, que inclui ainda Belarus e Cazaquistão, informou o Ministério da Agricultura nesta quinta-feira.
Segundo o ministério, a aprovação foi comunicada na véspera pelas autoridades sanitárias e os embarques podem ter início imediatamente.
A Rússia é o segundo maior importador de carne bovina do Brasil, com 177,7 mil toneladas no acumulado do ano até julho, atrás de Hong Kong, que comprou 209,7 mil toneladas no período, segundo levantamento da associação que reúne os exportadores (Abiec).

(Por Fabíola Gomes)
Reuters Brasil

sexta-feira, 12 de julho de 2013

País exportará recorde de US$6 bi em carne bovina em 2013

 

Perspectiva é positiva pela esperada retomada das vendas a países do Oriente Médio, que haviam embargado total ou parcialmente compras de carne do Brasil

 

 


Remy Gabalda/AFP
produção de carne
Produção de carne: país registrou receita recorde de 5,8 bilhões de dólares com as exportações do produto em 2012

São Paulo - As exportações de carne bovina do Brasil devem atingir um recorde de 6 bilhões de dólares em 2013, com a perspectiva de aumento das vendas aos principais mercados, incluindo países do Oriente Médio e Ásia, disse o presidente da associação que reúne a indústria nesta quinta-feira.
"O Brasil retornou ao primeiro lugar nas exportações em outubro do ano passado. E neste ano vamos consolidar nossa posição, tanto em volume como receita", disse o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, à Reuters.
O Brasil, maior exportador global de carne bovina, registrou receita recorde de 5,8 bilhões de dólares com as exportações do produto em 2012.
Segundo Camardelli, a perspectiva é muito positiva pela esperada retomada das vendas a países do Oriente Médio, que haviam embargado total ou parcialmente compras de carne bovina do Brasil após a descoberta de uma fêmea morta que possuía o agente causador da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), mas não havia manifestado a doença, em dezembro de 2012.
"O que nos deixa otimistas? Com a ratificação do nosso status sanitário na OIE os países que baniram o Brasil devem progressivamente se reinserir", disse Camardelli.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmou em maio a classificação do Brasil como "risco insignificante" para a EEB, conhecida como mal da vaca louca.
A desvalorização do real é outro fator favorável à indústria, uma vez que torna o produto brasileiro mais barato em relação a seus concorrentes, como Estados Unidos e Austrália, ressaltou.
Semestre Recorde
No primeiro semestre do ano, os embarques de carne bovina do Brasil cresceram 21 por cento, para 674,7 mil toneladas, gerando receita recorde de 3 bilhões de dólares, alta de 13,6 por cento ante igual período do ano passado.
Os frigoríficos brasileiros têm conseguido compensar a queda do preço médio de carne com a ampliação do volume exportado, acrescentou a Abiec em nota.

Segundo Camardelli, a indústria tem trabalhado para ampliar sua participação em importantes regiões, incluindo a Europa, a Ásia e o Oriente Médio.

O principal destino da carne bovina brasileira nos primeiros seis meses do ano foi Hong Kong, que registrou aumento de 67,7 por cento na comparação anual, totalizando 172,8 mil toneladas no período, alcançando fatia de 25 por cento das vendas totais.
Camardelli atribuiu o crescimento expressivo para Hong Kong a uma estabilização do poder aquisitivo e à consolidação da presença da carne brasileira na região.
Hong Kong, normalmente, já comprava miúdos do Brasil, mas agora incluiu cortes melhores nas importações. Segundo o acompanhamento da Abiec, enquanto as vendas de miúdos saltaram 10 por cento no período, as de cortes in natura avançaram 140 por cento.
O segundo destino no semestre foi a Rússia, tradicional importador das carnes brasileiras, que importou 154,7 mil toneladas no período, incremento de 9,3 por cento ante igual período de 2012, com fatia de cerca de 20 por cento.
Em 2012, a Rússia foi o principal destino da carne bovina do Brasil, mas neste ano Hong Kong vem liderando as importações, segundo o levantamento da indústria.
O executivo citou ainda Irã e Argélia, com volumes menores, mas que apresentaram importante crescimento percentual, de 98,4 por cento e 60,7 por cento, respectivamente

Fonte: Exame.com

BRF vai exportar carne suína para a Mitsubishi no Japão

Será a primeira empresa brasileira a fornecer esse produto ao país
Por Redação
A BRF anunciou que iniciará processo de exportação de carne suína para o Japão. A empresa será a primeira a fornecer esse produto ao país asiático.
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Será a primeira empresa brasileira a fornecer esse produto ao país
 
A primeira carga, que sai do Porto de Itajaí no próximo domingo, está composta de filé de lombo e sobrepaleta de lombo (copa) produzidos na unidade fabril de Campos Novos (SC).
 

Falta de leite de búfala causa fraudes no mercado de mozarela

Falta de leite de búfala causa fraudes no mercado de mozarela
André Cabette Fabio -  do UOL, em São Paulo  
 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

"Carne bovina não pode ficar fora da dieta", diz nutricionista





Mau humor, deficiência cognitiva, anemia, aumento de colesterol e problemas cardíacos são apenas alguns dos sintomas de quem retira a carne bovina da alimentação. Estes e outros dados foram apresentados no dia 27 de junho, durante o último painel do Congresso Internacional da Carne 2013 com o tema: Carne como alimento funcional.

A primeira palestra foi ministrada pela nutricionista e consultora Licínia de Campos. Ela falou sobre as dietas da moda, usadas sem conhecimento técnico e dos pontos positivos de uma alimentação balanceada sem restringir a ingestão de carne bovina. A nutricionista desmistificou, ainda, inverdades sobre a carne, como a demora em digerir o alimento.

"Percebo que a evolução humana se deu, em muito, porque o homem aprendeu a cozinhar. Nosso cérebro não teria a capacidade intelectual que tem hoje se não tivesse descoberto o fogo e tivesse passado a cozinhar a própria carne. Até mesmo o nosso humor reflete o que comemos. Em crianças, por exemplo, a falta de alimento causa a falta de retenção do conhecimento e não estamos falando disso na África. No Brasil, em 80% das crianças, incluindo as de nível sócio-econômico elevado, percebemos falta de proteína e os sintomas disso são inúmeros", afirmou Licínia de Campos.

Ela alerta ainda para o grande risco de dietas restritivas como as que são vistas diariamente na internet, por exemplo e ressalta perdas significativas de nutrientes. "Sem carne bovina temos índice alto de deficiência de zinco, selênio, ferro e outros vários. Os riscos para manter um padrão estético considerado bonito não valem a pena. Muitas pessoas usam, por exemplo, suplementos alimentares ricos em aminoácidos, isso é bobagem. Come um bom bife que vai ser muito melhor. Cada pessoa tem uma dieta, ninguém é igual", acrescentou.

Outra falsa crença esclarecida pela consultora é de que a carne de frango é mais magra que a bovina. Segundo ela, um peito de frango possui 3,5g de gordura para cada 100g. No contrafilé o valor é de 2,4; coxão mole 1,7 e lombo cozido 6,7. Licínia ressaltou ainda que não só o peixe possui ômega 3, mas também o boi. Como hábito perdido, ela exemplificou a sopa feita com ossos, rica em tutano e afirmou que este pode ser um dos motivos de tantas pessoas terem osteoporose.

"Temos alta densidade nutricional na carne bovina, com uma riqueza incomparável de nutrientes: B6, B12, fósforo, proteína e niacina, que é responsável por cuidar do sistema imune e combate radicais livres. Com isso é possível regenerar ossos e tendões. Muitos acreditam que o ferro está apenas no feijão. Com 100g de carne absorvemos 30% de ferro contra 15% do feijão. Para adquirir a mesma quantidade de nutriente, precisamos do dobro de calorias. A carne é um alimento funcional que previne doenças crônicas como Alzheimer", disse.

A nutricionista não se limitou a falar dos pontos positivos e brincou dizendo que ainda bem que o churrasco não é feito todos os dias. "Brasileiro adora churrasco, mas ainda bem que ele não é feito todo dia. Variedade é um dos pilares, mas carne bovina precisa ser alternada com outras proteínas", finalizou.

Confiança com o consumidor

A segunda palestra do painel ficou a cargo do diretor-técnico do Sebrae Goiás, Wanderson Portugal Lemos, com o tema:Estabelecendo confiança com o consumidor. Ele ressaltou que a qualidade da carne do século XXI, que passa por todo o processo de produção e comércio.

"Antes a gente acreditava que o produtor ditava as normas, mas quem faz isso é o consumidor. Hoje, temos vários conceitos de qualidade, o deste século é mais abrangente com fatores intrínsecos, éticos, ecológicos, sociais e seguro. A exigência atual é de sustentabilidade, uso da mão de obra sem trabalho escravo e segurança dos alimentos. De uma forma geral, a exigência está muito maior. O alimento seguro é resultado de segurança na cadeia da carne, da produção ao transporte e consumidor final. De que adianta todo o cuidado se no açougue tivermos problema de temperatura? Assim, o objetivo é trabalhar em conjunto", concluiu.

FONTE

Agência CNA (Agrosoft Brasil)

terça-feira, 11 de junho de 2013

Marfrig se desfaz da Seara para reestruturar dívida

Venda chega a R$ 5,8 bilhões e envolve outros ativos

Jornal do Brasil
O frigorífico JBS compra  a Seara e outros ativos do frigorífico Marfrig por R$ 5,8 bilhões, o que vai permitir ao grupo reduzir sua dívida, que chega a R$ 9,9 bilhões. Com a venda, a empresa deverá se reestruturar e evitar a perda de outros ativos de maior importância estratégica, como a Keystone Foods que atua em mais de 50 países. A operação terá ainda como consequência um encolhimento do Marfrig em cerca de 30%, mas vai permitir que o grupo volte a crescer em bases mais sólidas.
A venda da Seara, adquirida pelo JBS por US$ 700 milhões, foi dentro de uma estratégia de crescimento estabelecida pelo Marfrig nos últimos cinco anos, com o objetivo de aumentar sua participação no setor. Junto com essa aquisição, o Marfrig abocanhou diversas outras empresas aumentando sua fatia na área de alimentos, mas elevando também sua dívida na mesma proporção.
A expansão do Marfrig foi possível devido a compra de debêntures que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fez da empresa, num total de R$ 2,5 bilhões, em 2010, de acordo com uma ação do governo que pretendia dar ao Marfrig o porte de uma gigante mundial de alimentos. A Seara cresceu significativamente e hoje ocupa a segunda posição de maior produtora de carne de aves e suínas no país, atrás da líder BRF.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

RJ Aftosa: Vacinação começa hoje


Aftosa: Vacinação começa hoje

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Teve início oficialmente ontem a primeira etapa da campanha nacional de combate à febre aftosa deste ano. Na Região Norte do Estado do Rio de Janeiro existe mais de 600 mil animais e a expectativa é que mais de 90% do rebanho seja imunizado. A exemplo de outros anos as prefeituras do Norte Fluminense — Campos, Macaé, Quissamã, São João da Barra e São Francisco disponibilizam vacinas que serão aplicadas gratuitamente aos pequenos produtores a partir de hoje. De acordo com a coordenadoria regional de Defesa Agropecuária, o Estado do Rio de Janeiro não apresenta nenhum caso da doença desde 1997.
Atualmente o município de Campos possui cerca de 225 mil animais que pertencem a 1.500 produtores. Desse total, 25% do rebanho são vacinados através da Prefeitura, ou seja, os produtores com até 70 animais receberam a vacina gratuitamente. Ao todo serão distribuídas 87 mil doses.
O trabalho visa imunizar o rebanho de forma gratuita, mantendo o gado sadio, contribuindo para a saúde da população que consome os produtos e garantindo a segurança da economia pecuarista. O subsecretário Eduardo Alves informou que, a partir de junho, outras vacinas também serão cedidas aos pecuaristas. Segundo ele, 12 vacinadores devem aplicar 45 mil doses para combater a raiva dos herbívoros; 6 mil doses para brucelose e 45 mil doses para clostridioses, tétano e botulismo.
— A falta de vacinação do rebanho é bastante prejudicial, tanto aos produtores, por conta dos prejuízos, quanto aos consumidores dos produtos derivados desses animais, que podem ser contaminados. Por isso, é importante que os produtores estejam sempre atentos às campanhas de vacinação — alerta o subsecretário.
Macaé é outro município que fará a distribuição gratuita da vacina  aos pequenos produtores da cidade que tenham até 50 cabeças.  A ação realizada pela Prefeitura contará com 10 agentes de saúde e dois veterinários. A estimativa é que 500 produtores sejam contemplados com a vacinação de aproximadamente 15 mil cabeças.
Para o coordenador regional de Defesa Agropecuária, Cláudio Vilela, alguns estados são livres, mas outros da região nordeste não e a febre aftosa é uma doença muito grave, que deve ser prevenida.
— Nos últimos anos mais de 95% dos animais foram vacinados em todo o estado do Rio de Janeiro. Os grandes proprietários têm mais consciência porque se não vacinar não vai poder comercializar os animais e isso é prejuízo para eles. Já os pequenos agricultores se esquecem ou deixam mais por conta das prefeituras, mas as secretarias municipais de agricultura só vacinam o gado dos produtores cadastrados — informou.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Com Índia no retrovisor, Brasil retoma posto de maior exportador de carne


Carne
Para associação de exportadores, Brasil é o país com melhor potencial para crescimento de receita


O Brasil retomou no último ano o posto de maior exportador mundial de carne, mas vem ganhando a concorrência cada vez mais forte de um país com pouca tradição no setor: a Índia.
Dados compilados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos mostram que o Brasil exportou no ano passado 1,52 milhão de toneladas de carne, retomando o posto de maior exportador que havia perdido em 2011 para a Austrália, cujas exportações no ano passado ficaram em 1,41 milhão de toneladas.
A novidade na compilação do órgão americano é o crescimento acelerado da Índia, que exportou no ano passado 4 mil toneladas a mais de carne que a Austrália e se colocou na segunda posição do ranking de exportadores.
Para este ano, a previsão é de que a Índia assuma a liderança, com exportações estimadas em 1,7 milhão de toneladas, contra 1,6 milhão do Brasil e 1,47 milhão da Austrália.
Apesar disso, levantamentos feitos pela BBC Brasil indicam que a ascensão da Índia no mercado de exportação de carnes não vem afetando a lucratividade do setor no Brasil.
Segundo a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), os exportadores brasileiros bateram o recorde de receita no ano passado, com US$ 5,77 bilhões, superando em 6,8% o recorde anterior, estabelecido em 2008 – apesar de uma redução no volume em relação ao pico registrado em 2007, com 1,62 milhão de tonelada.
Dados do Ministério do Comércio da Índia mostram que as exportações de carne do país no ano fiscal de 2011-2012 (de abril a abril) geraram uma receita de US$ 2,9 bilhões. Nos seis primeiros meses do último ano fiscal, a receita foi de US$ 1,4 milhão. O governo indiano não tem os dados de receita compilados pelo ano do calendário, de janeiro a dezembro.
A produção total indiana é de menos da metade da produção brasileira, mas como o mercado interno no país é bastante reduzido, a maior parte dessa produção é destinada à exportação.

'Não vale a pena competir'


"A ascensão da Índia não preocupa os produtores brasileiros, porque os dois países não competem pelos mesmos mercados", disse à BBC Brasil o diretor-executivo da Abiec, Fernando Sampaio.
Búfalo nada em rio no sul da Índia
Índia ganhou mercado com carne de búfalo, considerada de menor qualidade e com menor preço
A quase totalidade das exportações indianas é de carne de búfalo, considerada de menor qualidade. As vacas são consideradas sagradas no país e têm o abate proibido, mas os búfalos não têm a mesma proteção legal.
Sampaio observa que a Índia exporta principalmente carne processada para embutidos, vendida primordialmente para países muçulmanos no Oriente Médio e na Ásia.
"O Brasil não atende o mesmo mercado que a Índia por causa do preço. Mesmo se quiséssemos competir nesses mercados, não valeria a pena", observa o executivo da Abiec. "Não queremos vender a carne pela metade do preço só para poder competir com a Índia."
Segundo ele, mesmo com o crescimento das vendas indianas, os maiores competidores da carne brasileira no exterior continuam sendo a Austrália e os Estados Unidos (quarto maior exportador, com 1,1 milhão de toneladas em 2012).
Ele aponta mercados consumidores de produtos de alto valor, como Japão, Coreia do Sul e União Europeia, como principal objetivo para os exportadores brasileiros.
Ao contrário das exportações brasileiras, que no último ano cresceram também 13,8% em volume em relação ao ano anterior, as exportações australianas e americanas mostram uma tendência de estabilização nos últimos anos, por conta de limitações para a produção interna.
Tanto a Austrália quanto os Estados Unidos sofreram nos últimos anos com secas prolongadas em áreas de criação de gado e outros problemas que limitaram o crescimento da produção, como a alta dos preços da ração animal e a restrição do espaço para pasto.
"Ao contrário dos nossos principais concorrentes, que não têm mais para onde crescer, o Brasil tem espaço, tem água, tem capacidade de ampliação da indústria sobrando", afirma Sampaio.
"Com o aumento previsto da demanda mundial, o Brasil tem mais capacidade para sair ganhando", diz.

http://www.bbc.co.uk/portuguese



quarta-feira, 27 de março de 2013

Carne bovina rastreada no GPA


Grupo Pão de Açúcar firma compromisso com fornecedores e estende programa para 100% da carne bovina vendida nas lojas Pão de Açúcar e Extra

 

DO PORTAL DO AGRONEGÓCIO

 


DO PORTAL DO AGRONEGÓCIO

Em pré-lançamento realizado na manhã dessa segunda-feira, 25 de março, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) convidou seus fornecedores de carne bovina para firmar o compromisso de adesão ao programa Qualidade Desde a Origem (QDO) encestando a ação a 100% da cadeia. “Ao estender o programa a 100% dos fornecedores de carne bovina avançamos na consolidação de uma  

  cadeia de valor sustentável, que inclui desde o micro fornecedor até grandes empresas, garantindo benefícios a todos os envolvidos e ainda maior segurança e confiabilidade dos nossos consumidores aos nossos produtos e serviços”, afirma José Roberto Tambasco, presidente do varejo alimentar do GPA, que inclui as redes Pão de Açúcar e Extra.


O Qualidade Desde a Origem é um programa exclusivo do GPA e pioneiro no varejo brasileiro. O QDO estabelece pontos críticos de controle ao longo da cadeia de suprimento, do produtor ao cliente final, e tem como objetivo garantir padrões socioambientais eficientes, gerando valor aos consumidores, respeitando o meio ambiente e desenvolvendo soluções inovadoras, em um modelo parceiro, de responsabilidade compartilhada no qual todos se beneficiam. Para Paulo Gualtieri, VP comercial e supply chain, "essa ação demonstra um processo de cooperação entre varejo e indústria, buscando alternativas possíveis para a oferta da melhor prestação de serviços ao consumidor".

Por meio de indicadores que controlam o padrão de qualidade do fornecedor, o GPA consegue monitorar o produto desde a planta do fornecedor até as lojas das redes Extra e Pão de Açúcar. Para Leonardo Miyao, diretor comercial perecíveis do varejo alimentar do Grupo, o QDO permite maior interação entre o produtor e o supermercadista com captura de sinergias e benefícios em toda a cadeia. “Os fornecedores melhoram seus produtos e processos através de um fluxo de informação bidirecional, enquanto o GPA garante a oferta de um produto de mais qualidade e padrão de segurança no aspecto sanitário e de maciez da mercadoria. Dessa maneira, o consumidor tem a melhor experiência de compra, com a garantia de produtos saudáveis e que foram produzidos, transportados e armazenados de acordo com padrões que respeitam as boas práticas produtivas”, declara.

O QDO é reconhecido pela Anvisa como modelo de desenvolvimento da cadeia abastecedora no varejo, utilizando a rastreabilidade e o controle de pontos críticos relacionados a qualidade, como oportunidade para prevenir e melhorar o produto final. O programa mapeia em uma plataforma online (Controle de Desempenho de Fornecedores de Carnes), as etapas de produção, permitindo ao fornecedor acompanhar o seu desempenho em todos os quesitos de qualidade definidos pelo Grupo: Auditoria, Inspeção de Qualidade no recebimento do produto, Monitoramento de Resíduos e Análises Microbiológicas, além do Índice de Maciez – considerado um dos mais importantes pilares na decisão de compra do consumidor.

A Inspeção de Qualidade, realizada no recebimento dos produtos nas Centrais de Distribuição, associada ao rastreamento, ou seja, ao frigorífico e as fazendas que compõem o lote de produção,possibilita identificar as não-conformidades e, para cada caso, propor ações corretivas mais assertivas. Esta integração de informação e ação impacta positivamente na melhoria da cadeia, não apenas na relação com o GPA, mas também para toda relação do fornecedor com o varejo nacional. Trata-se, portanto, de uma contribuição efetiva para a melhora da competitividade do segmento.

SOBRE O QUALIDADE DESDE A ORIGEM

O Programa Qualidade Desde a Origem, lançado em 2008, tem como principal objetivo desenvolver a cadeia produtiva dos fornecedores, através da qualificação e da adequação dos produtos às legislações vigentes, além da melhoria dos processos e sistemas de produção que proporcionam ao consumidor mais segurança e confiabilidade dos produtos. Em sua primeira fase, o programa incluiu o setor de frutas, legumes, verduras e agora se estende a 100% das carnes bovinas nas redes Pão de Açúcar e Extra de todo o país, totalizando mais de 615 lojas. O cronograma evolutivo prevê a cobertura total, em todos os pontos de venda GPA, até Junho/2013.

De maneira abrangente, o Programa contribui com a agropecuária no Brasil ao integrar todas as partes que compõem o setor: o produtor rural, os órgãos regulatórios, como o Ministério da Agricultura e da Saúde, o Ministério Público e os clientes do GPA.

GPA E A DESONERAÇÃO DA CARNE

Alem da oferta de produtos de alta qualidade e com total segurança e confiabilidade, desde o anúncio do Governo que desonerou impostos de alguns itens da cesta básica, o Grupo Pão de Açúcar repassou o beneficio aos seus clientes. Na categoria de carnes, aves e suínos, por exemplo, cujo imposto é recolhido diretamente pelo varejo, o impacto é imediato, beneficiando os consumidores e a economia do Brasil. "Com o repasse imediato da desoneração, o Grupo demonstra alinhamento e apoio as medidas do governo para o estímulo ao consumo e a manutenção do crescimento econômico", declara Enéas Pestana, presidente do GPA.
Mídia News 

  

MP e supermercados fazem acordo contra carne ilegal


O Estado de S.Paulo
Um acordo assinado ontem entre o Ministério Público Federal e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) promete combater o consumo de carne bovina proveniente de áreas desmatadas na Amazônia ou outra origem que desrespeite leis socioambientais. O termo de cooperação técnica ainda prevê incentivos para que seja divulgado, nos locais de venda, a procedência dos produtos.
O objetivo principal é mobilizar as mais de 82 mil lojas associadas à Abras em todo o País para a valorização de fornecedores que adotem práticas sustentáveis na produção. Além da exploração ilegal na Amazônia, o termo tem como alvo fazendas onde foram constatadas irregularidades, como invasão de terras públicas ou exploração de trabalho escravo.
A Abras se comprometeu, ainda no primeiro trimestre, a publicar em seu site na internet e em publicações institucionais as ações do MPF e de outros órgãos do governo no combate à produção irregular.
Nesses veículos será informada a relação de frigoríficos e fazendas produtoras que já participam de programas de boas práticas e gestão ambiental organizadas pelo Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
"Esperamos que em pouco tempo as grandes cadeias de supermercados de todo o País empreendam ações, como certificação e um controle de seus provedores, que garantam que não aceitam aqueles que desmatam, praticam trabalho escravo ou atividades que prejudicam comunidades indígenas", afirmou o procurador Daniel César Azeredo Avelino, que faz parte do grupo de trabalho Amazônia Legal.
Na questão da carne produzida na Amazônia, a Abras ficará responsável por ampliar o programa Municípios Verdes, lançado há dois anos no Pará, que tem a missão de promover o desenvolvimento econômico da região considerando a meta de desmatamento zero.
Com a participação dos governos estadual e federal, prefeituras, empresários e produtores, a iniciativa conta com a adesão de 92 cidades paraenses. O objetivo do programa é que cada município não ultrapasse o desmatamento anual de 40 km2.
Plano de ação. Durante a cerimônia de assinatura do acordo, o presidente da Abras, Fernando Yamada, entregou aos procuradores a primeira versão do plano de ação, com sugestões de práticas a serem implementadas pelos supermercados em pontos de venda e nas bandejas de carne. As primeiras iniciativas devem ficar a cargo dos estabelecimentos de grande porte.
"O MPF espera que o consumidor brasileiro e as empresas representadas pela Abras se engajem em um esforço pela preservação do meio ambiente", diz Avelino.

Supermercados brasileiros controlam carne para proteger Amazónia


O objectivo é combater a desflorestação ilegal, a invasão de terras públicas e o trabalho escravo.


Pará e Mato Grosso são os estados onde mais floresta foi destruída BRUNO DOMINGOS/REUTERS

Os supermercados brasileiros vão iniciar uma série de iniciativas para evitar a venda de carne proveniente de áreas desmatadas ilegalmente na Amazónia. Um acordo neste sentido foi firmado segunda-feira entre a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) – que representa 82 mil lojas no país – e o Ministério Público Federal.
Segundo o acordo, a Abras irá incentivar os seus associados a informarem os consumidores da origem da carne que compram. Ao mesmo tempo, a associação irá divulgar através do seu portal na Internet e das suas publicações as acções do Ministério Público Federal no controlo das actividades ilegais na produção da carne.
O objectivo é não só combater o desmatamento ilegal da Amazónia como também outras práticas que têm vindo a ser alvo de acções de fiscalização, como a invasão de terras públicas e o trabalho escravo.
O acordo agora assinado vem na sequência de uma intensificação da vigilância sobre a pecuária pelas autoridades brasileiras, iniciada em 2009. Nessa altura, o Ministério Público autuou 20 herdades e 11 matadouros e armazenistas, acusados de terem desmatado 157 mil hectares de floresta no estado do Pará. As autoridades pediram 770 milhões de euros de indemnizações às empresas.
No mesmo ano, três grandes cadeias de supermercados – Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar – suspenderam a compra de carne de produtores envolvidos na desflorestação ilegal. Ao mesmo tempo, o Ministério Público lançou a campanha Carne Legal, para a regularização progressiva dos produtores.
A expansão da pecuária foi responsável por cerca de 70% da desflorestação da Amazónia desde 1995, segundo dados citados no site do Ministério Público Federal. Só no Pará haverá entre 150 mil e 220 mil propriedades rurais. No Mato Grosso, serão mais 111 mil, com 26 milhões de cabeças de gado. Ambos os estados são a principal fronteira da desflorestação da Amazónia, tendo sido responsáveis por dois terços de toda a área de floresta derrubada desde 1988, segundo a monitorização por satélite feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
A taxa de desflorestação da Amazónia tem, no entanto, vindo a cair nos últimos anos, tendo ficado nos 4656 quilómetros quadrados em 2012, o menor valor desde meados da década de 1970.
  

quarta-feira, 13 de março de 2013

Sistema tributário deve impedir queda esperada para as carnes

FOLHA DE SÃO PAULO

TATIANA FREITAS

DE SÃO PAULO- 13/03/2013 - 03h50


A redução de 9,25% no preço das carnes esperada pelo governo com a desoneração não deve ser totalmente atingida, porque esse produto tem um sistema tributário diferente de outros itens da cesta básica.
Após desoneração, preços da cesta básica sobem em vez de caírem
Na sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff disse que a isenção de tributos sobre a cesta básica possibilitaria uma queda de 9,25% no preço das carnes.
A queda ficará, entretanto, perto de 6%, segundo a Abras (Associação Brasileira dos Supermercados).
Isso ocorre porque, em 2010, o governo zerou a cobrança de PIS e Cofins nos frigoríficos, que tinham problemas para recuperar créditos tributários porque parte significativa de sua produção é destinada à exportação, isenta desses tributos.
Para concentrar a cobrança nas carnes destinadas ao mercado interno, o governo transferiu para o varejo o recolhimento de PIS e Cofins.
Os supermercados, que até então pagavam os tributos só sobre a margem de lucro, foram autorizados a se apropriar de parte de um crédito de 3,7% que pertencia aos frigoríficos -conquistado na aquisição de insumos.
Mesmo assim, ficaram responsáveis pelo recolhimento de cerca de 6% (9,25% com o desconto de 3,7% do crédito).
Em 2011, o mesmo modelo foi adotado para as indústrias de aves e suínos.
"Como o recolhimento, na prática, não é de 9,25%, o impacto da desoneração será menor do que em outros produtos", diz Flávio Tayra, gerente de economia da Abras.
Além das carnes bovina, suína e de frango, óleo de soja e café têm sistemáticas semelhantes e podem não ter o repasse integral.
Já em outros itens, como sabonete e açúcar, os preços devem cair mais -além de PIS e Cofins, pagavam 5% de Imposto sobre Produtos Industrializados.
Considerando essas diferenças e o peso dos produtos no IPCA, Tayra estima que a desoneração da cesta básica terá um impacto de 0,47 ponto percentual no índice oficial de inflação.

Prefeito e sindico se reúnem para tratar da reativação do frigorífico

Mais uma etapa para reativação do frigorífico de Anastácio já foi definida pela Justiça da Comarca de São Paulo, onde o processo transcorre célere.


Mais uma etapa para reativação do frigorífico de Anastácio já foi definida pela Justiça da Comarca de São Paulo, onde o processo transcorre célere. Trata-se da nomeação dos peritos judiciais que virão até Anastácio para avaliar aestrutura física e o acervo imobiliário da unidade frigorifica do Município.

Essa boa notícia foi dada ao prefeito de Anastácio, Douglas Figueiredo, na manhã desta terça-feira (12), pelo síndico administrador judicial da massa falida do Grupo Kaiowa, Amador Bueno, que esteve em visita ao Município para providenciar documentações acerca da negociação da indústria e, também, para dar uma posição da tramitação judicial à Administração Municipal.

O referido processo tramita normalmente, sem empecilhos, na 16a Vara Cível de São Paulo e está sendo julgado pela Dra Jacira Jacinto da Silva, a qual em novembro do ano passado, recebeu um relatório completo da vistoria feita nas dependências do frigorífico de Anastácio, bem como, um ofício expedido em conjunto entre a Prefeitura e a Câmara de Anastácio, no qual reiteram o apelo público e a importância social, administrativa e econômica da reativação da referida indústria.

Segundo informou Amador Bueno, após a avaliação dos peritos, o próximo passo judicial será a abertura de propostas para as empresas frigoríficas interessadas em adquirir as unidades frigoríficas da massa falida do Kaiowa, distribuídas nas cidades de Anastácio (MS), Guarulhos (SP), Presidente Venceslau (SP), Janaúba (MG) e Pires do Rio (GO).

Conhecedor de causa dos trâmites dos processos cíveis, o prefeito reafirmou que a Administração Municipal e a comunidade estão otimistas em relação ao julgamento e atenção que a Justiça tem dado ao processo para reativação do frigorífico em Anastácio. Ainda, segundo ressaltou o prefeito, a reativação do frigorífico não depende de decisão política, mas, é da alçada da justiça do Estado de São Paulo, onde o processo transcorre para julgamento. 

“Estamos confiantes na atuação e no discernimento da juíza responsável pelo processo. Acreditamos, que por se tratar de um problema social, administrativo e econômico que interfere diretamente no crescimento do Município, na economia da nossa cidade, na vida e renda de centenas de famílias, a Justiça continuará conduzindo o processo de maneira célere. Estamos otimistas e em nome da nossa gente, a Administração Municipal está à disposição para colaborar no que for necessário para que o frigorífico seja reativado o mais breve possível”, afirmou o chefe do Executivo em Anastácio.

O prefeito reforçou, ainda, que a reativação do frigorífico significa o fim de muitos prejuízos para credores e para a comunidade, a minimização do atraso econômico da região e, consequentemente, o fim do caos social que se instalou com as mais de mil vagas de empregos diretos e indiretos que foram perdidas com o fechamento do frigorífico. 

A reunião aconteceu no Hotel Fênix, em Anastácio, e contou com a presença do gerente da unidade, Cláudio Roberto da Silva; do agente do Ministério da Agricultura e Pecuária Amélio Ferreira Ocampos; do chefe de Gabinete da Prefeitura de Anastácio, Jamil Naglis; e dos vereadores João Batista dos Santos (Presidente do Legislativo), Gilberto José Silva e José Edson Barbosa.
Assessoria de Imprensa
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