segunda-feira, 9 de abril de 2012

Carne in natura brasileira terá avaliação nos EUA

Consulta pública deve ser publicada no site do USDA até o finsal deste semestre, projeta Abiec
Marcela Caetano

Até o final deste semestre deve ser publicada no site do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) uma consulta pública para avaliar a permissão da importação de carne brasileira in natura. O Brasil nunca embarcou esse tipo de produto aos norte-americanos e exporta apenas com carnes processadas para aquele país.
A presidente Dilma Rousseff está nos EUA para discutir, entre outras questões, a abertura de mercado para a carne brasileira.
Este é um dos degraus que está faltando e a expectativa é muito grande”, comenta o presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Carnes (Abiec), Antonio Camardelli. O prazo para manifestações deve ser de 60 dias.
Ele salienta que será necessária a harmonização conceitual entre os dois governos sobre questões como encefalopatia espongiforme bovina - doença da vaca louca - e de outros parâmetros na área para que as vendas possam ser concretizadas. Neste aspecto, a alteração de classificação de risco de controlável para negligenciável pode ser favorável à decisão dos EUA, observa Camardelli.
Na avaliação do dirigente, alterações como esta exigem também uma nova postura do mercado interno. “Hoje compramos o animal e buscamos o mercado, e temos que fazer o contrário. Partindo desta troca conceitual, o mercado norte-americano cai como uma luva”, argumenta.

Ele salienta que trata-se de um mercado de baixa gordura, que utiliza a carne para produtos como hambúrgueres, o que dá outro direcionamento comercial ao dianteiro, além de ter preços atrativos.
Novos mercados
Além de abir as portas para empresas americanas, uma eventual aprovação dos Estados Unidos também dará acesso aos países do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), México e Canadá.

“A perspectiva é de que possamos competir em mercados mais disputados e ainda em países da América Central que usam os parâmetros dos Estados Unidos como referência”, salienta Camardelli.
Fonte: Portal DBO
PORTAL DBO

Rigor encerra as atividades e manda para casa 560 trabalhadores


Funcionários da empresa em São Carlos (SP) cumpriam aviso prévio.
Direção decidiu que empregados deveriam esperar em casa pela rescisão.



Do G1 São Carlos e Região
 
A sede da empresa Rigor Alimentos em São Carlos (Foto: Reprodução/EPTV)A sede da empresa Rigor Alimentos em São Carlos
(Foto: Reprodução/EPTV)
Funcionários da empresa Rigor Alimentos, deSão Carlos (SP), encontraram os portões fechados na manhã desta segunda-feira (9). Os 560 trabalhadores teriam que cumprir aviso prévio até o dia 24 de abril, mas foram informados que deveriam esperar em casa pela rescisão no começo do mês que vem.
Os funcionários foram pegos de surpresa com a medida. “Falaram que seria no dia 13 que fecharia, depois passaram para o dia 20. Chegamos agora e fecharam as portas e ninguém deu uma explicação”, disse Genilda da Cruz, que tem o cargo de serviços gerais na empresa.
Crise financeiraNo começo de fevereiro, a empresa demitiu 510 trabalhadores, 390 em São Carlos e 120 emDescalvado (SP). Assinou também um acordo com o Ministério do Trabalho para pagar as rescisões em três parcelas, a última seria paga em maio.
O grupo comprou o abatedouro em outubro de 2010. Esta já é a quarta empresa a assumir o frigorífico de aves que, só em São Carlos, chegou a ter 1500 funcionários. A crise começou no final do ano passado, por causa dos prejuízos com o baixo preço do frango no mercado.
Direitos trabalhistasA auxiliar de produção, Kátia de Brito, disse que muitos funcionários estão com medo de não receberem os direitos trabalhistas após a demissão em massa “A preocupação é da gente não receber a rescisão mesmo. Todos que trabalham aqui precisam e agora vamos para casa, ficamos sem receber nosso direito. A gente não sabe o que vai acontecer com a gente”.
O gerente regional do Trabalho e Emprego, Antônio Valério Morillas Júnior, disse que os funcionários não podem cumprir aviso prévio em casa e que vai fiscalizar se eles estão recebendo todos os direitos. “Ainda está no prazo desse pagamento. Todos os pagamentos, nos prazos legais, e todos os direitos dos trabalhadores demitidos terão que ser respeitados”.
Morillas disse ainda que o Ministério do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho vai investigar o caso e, se houver alguma postura irregular, serão tomadas providências administrativas e judiciais.
Rigor AlimentosA Rigor Alimentos informou que a paralisação do abate na unidade de São Carlos foi decida pela diretoria da empresa. Agora, todo o abate está centralizado em Descalvado.
Sobre os dias a serem cumpridos pelos funcionários, a empresa disse que vai pagar, mesmo não sendo trabalhados. Disse ainda que o prédio será devolvido em breve aos antigos proprietários.

G1

Preços sugeridos pelos vendedores da BGA-RJ


Essses preços não são oficiais