segunda-feira, 5 de março de 2012

Secretaria que cuida do embargo à carne brasileira e do combate à febre aftosa tem novo titular

Marques, que é médico-veterinário e fiscal federal aposentado, substitui Francisco Jardim, nomeado assessor especial do ministro Mendes Ribeiro Filho há duas semanas.


5 de março de 2012 - O Diário Oficial da União publicou na sexta-feira a nomeação de Enio Marques como secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (Mapa). Marques, que é médico-veterinário e fiscal federal aposentado, substitui Francisco Jardim, nomeado assessor especial do ministro Mendes Ribeiro Filho há duas semanas.
A Secretaria de Defesa Agropecuária concentra os maiores desafios dentro do Mapa, como o combate à febre aftosa e os problemas de embargo à carne brasileira por outros países, como a Rússia, que suspendeu as importações de carnes de frigoríficos do Rio Grande do Sul, Paraná e de Mato Grosso desde 15 de junho de 2011.
A meta em relação à aftosa é obter o reconhecimento de todo o território brasileiro como livre da doença com vacinação até 2013. No entanto, focos registrados entre o final do ano passado e o início deste no Paraguai podem atrapalhar esse objetivo.
(Agência Brasil)


Embarque de carnes cai em fevereiro

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Vendas externas de carne bovina não processada caíram 1739% em volume em fevereiro ante mesmo período do ano passado
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As vendas externas de carne bovina in natura (não processada) caíram 17,9% em volume em fevereiro ante o mesmo mês de 2011, passando de 67 mil toneladas para 55 mil toneladas. A receita também recuou, 16,6%, para US$ 270,8 milhões ante US$ 324,7 milhões de fevereiro de 2011. Os preços praticados no período subiram 1,6%, para US$ 4.924/tonelada.
Em fevereiro do ano passado, a proteína foi vendida a US$ 4.846/tonelada. Os embarques de carne suína e de frango in natura também registraram recuos tanto em receita quanto volume ante o mesmo período do ano passado. A receita cambial com as vendas externas de carne suína somou US$ 84,7 milhões em fevereiro, queda de 5,8% ante US$ 89,9 milhões de fevereiro de 2011.
Em volume, os embarques recuaram 6,1%, passando de 32,8 mil toneladas para 30,8 mil toneladas. Os preços médios ficaram em US$ 2.2.750/tonelada, aumento de 0,3%. As exportações de carne de frango totalizaram US$ 469,1 milhões, queda de 6,6% ante os US$ 502,3 milhões de fevereiro de 2011.
Em volume, as vendas externas passaram de 268,6 mil toneladas para 257 mil toneladas, recuo de 4,3%. Já os preços praticados no período ficaram em US$ 1.825/tonelada, diminuição de 2,4%.
Comparação mensal
Na comparação com janeiro, os números seguem os mesmos da primeira nota que o MDIC divulgou. As exportações de carne bovina diminuíram 10% em receita e 11,9% em volume. Os preços praticados subiram 2,1%. Já a exportação de carne suína teve recuos de 0,4% em receita, por conta da diminuição de 0,7% nos preços. Mas em volume, houve avanço de 0,3%.
As vendas externas de carne de frango tiveram queda de 12% em receita e de 12,5% em volume. Em movimento contrário, os preços subiram 0,6%. A variação em ambas as comparações é explicada, em parte, pelo número de dias úteis de cada período. O mês passado teve 19 dias úteis, ante 20 dias úteis de fevereiro de 2011 e 22 dias úteis de janeiro de 2012.

Marfrig nega participação em triangulação com ex-BB

Movimento teria como objetivo repassar recursos para o ex-vice-presidente do banco, Allan Toledo

por Agência Estado
Marcelo Min
Marcos Molina, fundador do frigorífico Marfrig e presidente do Grupo Marfrig, é sócio de Mantovani na empresa Biocamp (Foto: Marcelo Min)
Grupo Marfrig negou neste domingo (4/3) qualquer envolvimento em uma possível triangulação envolvendo o empresário Wanderley Mantovani, que teria como objetivo repassar recursos para o ex-vice-presidente do Banco do BrasilAllan Toledo. Em comunicado enviado à Agência Estado, o grupo destacou que mantém "relações comerciais e societárias legalmente constituídas e públicas" com Mantovani e que tais relações "envolvem diversas transações de ordem comercial e financeira". Essas operações, entretanto, "se restringem ao âmbito da natureza específica dos negócios existentes", segundo o texto.Marcos Molina, fundador do frigorífico Marfrig e presidente do Grupo Marfrig, é sócio de Mantovani na empresaBiocamp

O eventual envolvimento entre Marfrig e Allan Toledo foi publicado no último sábado (3/3) em reportagem do jornal Folha de S. Paulo. A matéria destaca que Toledo teria recebido depósitos de quase R$ 1 milhão em sua conta bancária e que parte desse dinheiro teria passado pelas contas de Mantovani. O empresário, por sua vez, teria adquirido a casa de uma aposentada que tem Toledo como procurador e herdeiro, ainda segundo a publicação. 

Molina detém 22% das quotas da Biocamp e Mantovani, sócio fundador da usina, outros 12%, segundo o comunicado da Marfrig. A Biocamp, localizada no município de Campo Verde (MT), produz biodiesel a partir do uso de sebo e óleos vegetais

No texto, o Grupo Marfrig destaca que firmou contrato de opção e promessa de cessão não vinculante e não material das quotas de Mantovani e seus sócios na Biocamp. Com isso, o Marfrig assumiria o controle do projeto originado em uma iniciativa experimental da Universidade de Campinas (Unicamp). 

"O projeto da usina de biodiesel expandiu e foi um sucesso, tanto que outras empresas do setor de agrobusiness e players do mercado bovino entraram no segmento. Para manter o direito de preferência em relação à usina, a empresa (Marfrig) firmou um contrato de opção e promessa de cessão não vinculante e não material (...) com Mantovani e seus sócios", explicou o Marfrig. A viabilidade da operação ainda depende de avaliação a ser feita por auditoria. 
Resposta
Essa operação seria a origem do repasse de recursos de Molina e do Grupo Marfrig para Mantovani. "A empresa assegura que nenhuma de suas transações com o empresário Wanderley Mantovani e seu grupo empresarial (inclusive com a imobiliária Mantovani Imóveis) teve por objetivo participar direta ou indiretamente do processo de aquisição do imóvel citado pela reportagem", destaca o comunicado. "O Grupo não aceita qualquer insinuação ou vinculação de seu nome à prática de atos que não estejam de acordo com seu Código de Ética", complementa o texto.
O comunicado ressalta ainda que o Grupo Marfrig mantém operações regulares de crédito com o Banco do Brasil há duas décadas e que as operações de crédito da instituição financeira não são definidas por uma única pessoa. "O corpo técnico da instituição é altamente preparado e participa sempre, de forma atenta e minuciosa, de todas as inúmeras instâncias e etapas de avaliação, visando a preservar os legítimos interesses daquela instituição financeira", destaca o Marfrig, sinalizando que Toledo não poderia aprovar um financiamento para o grupo sem o aval de uma análise técnica. 

"Além do Banco do Brasil, a companhia opera com diversas instituições bancárias e todas as operações financeiras são sujeitas a um criterioso processo de avaliação e aprovações pelos competentes comitês de crédito", complementa o grupo, que encerra o comunicado reiterando sua "rígida política de Governança Corporativa" e se colocando à disposição para esclarecimentos adicionais sobre o tema.

Seara tenta conquistar consumidor com marcas alheias


Produção. Seara ficou com fábricas e marcas da BRF
O frigorífico Marfrig diz há tempos que sua prioridade é expandir sua pegada no varejo. No entanto, nos últimos três anos, sua marca para o consumidor - a Seara - continuou em um distante terceiro lugar no mercado de carnes, com participação de 6% a 8% na maior parte dos segmentos. Segundo especialistas em marcas, o problema é que o consumidor ainda vê a Seara como uma alternativa às líderes Sadia e Perdigão.
Para mudar essa realidade, a empresa usará uma nova arma: as marcas adquiridas exatamente de sua maior rival, a Brasil Foods (BRF).
Forçada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a se desfazer de alguns ativos, para que a fusão entre Perdigão e Sadia fosse aprovada, a BRF repassou mais do que fábricas ao Marfrig. Foi obrigada também a ceder algumas marcas, entre elas Rezende, Tekitos, Patitas, Light Elegant e Fiesta, além da margarina Doriana.
O executivo americano David Palfenier (ex-PepsiCo) foi contratado há três semanas para comandar a Seara e ainda estuda quais marcas da BRF serão usadas. A ideia é aproveitar a 'herança' para criar linhas de produtos de alto valor agregado ou com o apelo light. 'É possível trazer mais variedade, como a PepsiCo fez com os salgadinhos. Mas sempre com a marca principal em mente', explica Palfenier.
Outra determinação do Cade - a que obriga a BRF a retirar a marca Perdigão de circulação por até cinco anos em determinadas linhas de produtos - deve ajudar o trabalho de Palfenier. Isso porque, segundo dados da consultoria Nielsen, Sadia e Perdigão tinham juntas 54% do setor de industrializados de carnes no Brasil, em volume, enquanto a Seara ficava com 7,6%. Com a Perdigão fora do caminho, a Seara lutará contra a força de só uma grande marca, em vez de duas. A pulverização do nome Seara em novas linhas pode ser uma arma para diminuir ao menos um pouco a vantagem da concorrente.
Vice. O Marfrig, diz Daniela Bretthauer, analista da Raymond James, está em um segmento forte, de grande crescimento, mas ocupa uma 'distante posição de número dois' - mais ou menos como ocorre com a Schincariol e a Petrópolis em relação à Ambev nas cervejas. 'É de interesse do varejista que esse domínio seja menos acentuado, até porque o dono do supermercado não quer ficar na mão de um só fornecedor. Esse é um ponto a favor do Marfrig', diz Daniela. 'Mas é claro que essa diferença nunca vai se fechar, talvez só diminuir um pouco.'
A ampliação de portfólio é conhecida no mercado como 'extensão de marca', segundo José Roberto Martins, presidente da consultoria Global Brands. É uma estratégia comum em grandes grupos. A 'marca-mãe' endossa produtos de nicho para diversificar sua presença nas gôndolas. 'É positivo, desde que os novos produtos tragam alguma novidade ao mercado.'
Segundo uma fonte do setor, a opção da BRF em fechar o acordo com o Marfrig pode ter tido como pano de fundo as dificuldades do frigorífico para firmar sua marca de varejo. Um grupo mais forte no setor, como a americana Tyson, poderia tirar maior proveito dos ativos e marcas herdados. Resta saber agora se o Marfrig, com o novo executivo, conseguirá provar que a concorrência está errada.
Divisão de processados
Na semana passada, o Marfrig criou uma divisão separada para alimentos processados, a Seara Foods. A unidade abrigará as operações da marca de varejo, da Keystone e da Moy Park.

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Henrique Meirelles


O  blog parabeniza a família Batista pela contratação do Dr .Henrique Meirelles para assumir a presidência da  
 J&F  Participações . Foi uma contratação impar   muito importante  e temos certeza que  ele alcançara  os objetivos do grupo com sua capacidade de liderança e conhecimento extraordinário do mercado financeiro mundial .

Henrique Meirelles assume a presidência da J&F Participações

Além do frigorífico, a holding J&F ainda detém o banco Original, a empresa de papel e celulose Eldorado, a fabricante de higiene e produtos de limpeza pessoal Flora e a fabricante de produtos lácteos Vigor.
Brasília - O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles assume amanhã a presidência do Conselho da J&F, holding que controla o frigorífico JBS, maior empresa de processamento de proteína animal do mundo. Ele vai ficar responsável por desenhar a estratégia mundial do grupo.
Além do frigorífico, a holding J&F ainda detém o banco Original, a empresa de papel e celulose Eldorado, a fabricante de higiene e produtos de limpeza pessoal Flora e a fabricante de produtos lácteos Vigor. O faturamento anual do grupo supera os R$ 55 bilhões.
Com a decisão de entrar no mundo corporativo, Meirelles abdica do plano político de disputar algum cargo nas eleições municipais de 2012. No ano passado ele se filiou ao PSD, a convite do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, para facilitar a eventual aliança entre o partido e o PT. O apoio declarado por Kassab à candidatura de José Serra (PSDB) para a prefeitura da capital paulista deixou essa participação de Meirelles no segundo plano.