sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Em abertura, mercado chinês pode ser o maior em 2 anos


Sexta-feira, 17 de Fevereiro de 2012, 08:09:22
Exportação
Dois navios em alto mar carregam cinco contêineres com 125 toneladas de carne suína da Coopercentral Aurora, embarcados em Itajaí (SC), com destino à China. "É uma semente que se planta", diz o presidente da cooperativa, Mário Lanznaster, de olho em um mercado com 1,3 bilhão de pessoas e consumo per capita de 38,4 quilos do produto.
A Aurora planeja enviar volumes crescentes ao país asiático, que exige da empresa um tratamento especial - rastreabilidade dos animais desde o desmame, por exemplo. Quinze mil suínos já estão sendo preparados para o próximo lote, que deve ser o dobro do atual e ser embarcado daqui três ou quatro meses. "Esperamos que os embarques sejam diários no próximo ano", acrescenta Lanznaster.
Por enquanto, a operação não dá lucro, pois o custo logístico "empata" com o ganho previsto, segundo o empresário. "É um investimento que se faz necessário. Daqui três ou quatro anos, queremos exportar dez, quinze, vinte vezes esse volume [125 toneladas]", afirma. O embarque de estreia é visto como um "ensaio".
Maior mercado possível - Assim como a habilitação de três frigoríficos brasileiros para exportar à China, em abril do ano passado, pode ser vista como um ensaio à maior relação comercial do País no segmento de cárneos. Em dois anos, os chineses devem se tornar um "grande mercado", com potencial para ser "o principal", na visão do presidente da Associação Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto.
"A China deve se tornar, num futuro próximo, um grande mercado. Mas não deve ser em 2012", diz o representante. "Somada a Hong Kong, pode ser o principal", pontua.
Em janeiro, Hong Kong foi o principal destino da carne suína brasileira, absorvendo 37% do volume total. As exportações cresceram 8,47% em toneladas e 4,08% em valor no mês, em relação a janeiro de 2010. Foram embarcadas 37.756 toneladas e obteve-se uma receita de US$ 96, 82 milhões, de acordo com a Abipecs. Houve queda de 4,05% no preço médio do produto.
Foi no ano passado que a participação do mercado interno superou a do externo na pauta da suinocultura - mudança atribuída a uma migração no consumo de carnes e, em parte, à maior disponibilidade de carne suína, devida ao embargo russo.
Para Camargo Neto, a suinocultura só tem chance de voltar à orientação que vigorava até 2010 - mais exportações do que consumo interno - se a Rússia retomar suas compras no País. "Só se abrir a Rússia novamente", diz ele.Mas os negócios com a China tendem a pesar cada vez mais na balança comercial brasileira.
Além da Aurora, outras duas companhias foram autorizadas, em abril do ano passado, a exportar ao país asiático: a Marfrig, por meio da subsidiária Keystone Foods, e a BR Foods, que resulta da fusão entre a Sadia e a Perdigão.
Desde então, a Keystone atua na China por meio de duas joint ventures (associação entre duas empresas com projeto único e fins lucrativos), sendo suas parceiras a COFCO - maior fabricante de alimentos chinesa e grande importadora e exportadora de grãos, óleos e alimentos - e a Chinwhiz - situada em WeiFang, na província de Shandong, fabrica rações e abate frangos em 90 subsidiárias.
Os empreendimentos se baseiam na instalação de seis centrais de distribuição de alimentos, com investimento de US$ 252 milhões em dez anos, no caso da primeira parceria; e no processamento diário de 200 mil aves, de acordo com a definição da outra joint venture.
A Marfrig nã o quis comentar os negócios com a China. Quanto à BR Foods, comunicou a acionistas nesta semana que também estabeleceu uma joint venture com a companhia chinesa Dah Chong Hong Limited. O objetivo, segundo a empresa brasileira, é levar a marca Sadia ao mercado chinês. O alcance pretendido inclui a China continental, Hong Kong e Macau. Os volumes anuais são estimados em 140 mil toneladas de carne e US$ 450 milhões de receita. A BR Foods também não quis falar do assunto.
Líder em produção - No final de 2011, quando entrou na pauta de exportações da suinocultura brasileira, a China encomendou apenas 57 toneladas do produto. Sua produção, por outro lado, é a maior do mundo: 51,3 milhões de toneladas, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O país é o quarto importador (560 mil ton) e o quinto exportador (280 mil).
Fonte: DCI

Frigorífico acusado de fazer “vaquinha” para compensar empregado que perdeu a perna

Wilson Aquino
O Frigorífico JBS II está sendo acusado de fazer “vaquinha” (arrecadaçãofinanceira diversa) junto aos mais de mil empregados da indústria, pararepassar à família do empregado Luiz Henrique Anunciação Ribeiro, 30 anos, quesofreu acidente na segunda-feira e perdeu uma perna (amputada ontem) depois quemédicos da Santa Casa de Campo Grande tentaram, por mais de 10 horas deoperação, evitar esse procedimento. A denúncia é de Vilson Gimenes Gregório,presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afinsde Campo Grande –Stiac/CG.
Osindicalista denunciou também que a empresa está operando normalmente e que nãotomou nenhuma providência para reparar os danos na esteia do matadouro, queestá com defeito e que provocou o acidente com o funcionário por conta disso. “Esseequipamento pode provocar novos acidentes. Isso é um absurdo”, comentou Vilson.
Eledisse também que a arrecadação financeira junto aos funcionários, encabeçadapelo supervisor do órgão, Rodolfo de tal, que teria feito reunião com todos osempregados hoje pela manhã, “é uma maneira de fugir de sua responsabilidade decobrir todas as despesas médicas e indenizatórias do funcionário”, comentou osindicalista.
VilsonGimenes disse também que o movimento sindical lamentou o desfecho do acidentecom Luiz Henrique Anunciação Ribeiro, que apesar de todos os esforços médicosacabou perdendo uma perna. Ele informou que o Sindicato está tomando todas asprovidências, por intermédio de sua Assessoria Jurídica, para que o funcionárioreceba todos os seus direitos por conta desse acidente grave. “Se ele tiverdireito a pensão, indenização ou qualquer outra coisa, vamos correr atrás erecorrer à justiça para que esses direitos sejam garantidos a ele”, comentou.
Osindicalista criticou a postura da direção da empresa que além de não promovero imediato conserto da esteira, cujos defeitos já haviam sido apontados pelosempregados e pelo sindicato, pouco fez na área médica para ajudar ofuncionário. “Ela se limitou a enviar algumas pessoas para simples visita aofuncionário. Todo atendimento médico ficou por conta do SUS. A empresa não ajudouem nada”, criticou o sindicalista.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Rússia libera um frigorífico de suíno e outro de bovino Rússia libera um frigorífico de suíno e outro de bovino

AE
Serviço sanitário russo liberou importações de carne suína da Seara e de carne bovina da Marfrig
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O serviço sanitário russo, Rosselkhoznadzor, desta vez tomou uma decisão favorável às exportações brasileiras. Ainda que sob rígido controle, o Rosselkhoznadzor liberou desde ontem as importações de carne suína da unidade da Seara localizada no município catarinense de Seara (SIF 490). Os russos também liberaram a entrada de carne bovina da unidade do frigorífico Minerva instalado em Araguaína (GO), de SIF 1940.
Os dados foram disponibilizados no site do Rosselkhoznadzor, que ainda não enviou comunicado oficial sobre a liberação para as autoridades sanitárias brasileiras. Na semana passada, os russos suspenderam as importações de carne suína da planta do frigorífico Riosulense (Pamplona) localizada em Rio do Sul (SC), fato que não também não foi oficializado ao governo brasileiro.
Atualmente existem três plantas habilitadas a exportar carne suína para a Rússia, duas delas foram liberadas no fim do ano passado. Na semana passada, a Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura encaminhou ao Rosselkhoznadzor um parecer sobre o relatório feito pela missão veterinária russa que esteve no Brasil no fim do ano passado.
O próximo passo previsto no entendimento entre os dois países será a discussão da equivalência das normas sanitárias, que é apontada pelos russos como justificativa para o embargo imposto desde maio do ano passado às importações de carnes do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.

Grupo Unibrax adquire parte do Frigo Casbe e deve abater 300 animais/dia em Chapadão do Sul

O frigorífico está localizado na BR 060 km 48, entre Chapadão do Sul e Paraíso
O Grupo Unibrax adquiriu 66% do Frigorífico Casbe e deve abater cerca de 300 cabeças de gado por dia em Chapadão do Sul, confirmou nesta quarta-feira o empresário Edilso de Oliveira, durante visita ao Prefeito Jocelito Krug.

A viabilização do empreendimento conta com o apoio da Prefeitura Municipal, que por meio do Programa de Desenvolvimento Integral de Chapadão do Sul – PRODICHAP fará o asfalto do acesso e estacionamento do frigorífico, além de dar todo o suporte necessário.

Edilso de Oliveira explicou que o grupo Unibrax adquiriu parte do frigorífico e locou o restante da estrutura por 36 meses e deve reiniciar o abate de gado no dia 1º de março. Segundo ele, neste princípio serão abatidos 300 animais por dia, mas o projeto já prevê uma ampliação para o abate de 450 animais no período de um ano. Outro investimento será no abate de suínos, que já está na fase de licenciamento.

O frigo Casbe passará a ser Uniboi e a previsão é que pelo menos 70 empregos diretos sejam criados, gerando mais renda no município.

O frigorífico está localizado na BR 060 km 48, entre Chapadão do Sul e Paraíso

O Grupo Unibrax atua há mais de 30 anos no mercado. Possui um empreendimento de desossa e distribuição de carne em Campo Grande e também um comércio de distribuição em São Paulo.

Grupo Guaporé Carnes é vendido para a Friboi e causa revolta dos trabalhadores da unidade de Confresa

Conforme noticiado em primeira mão nesse blog BOINORIO em 08-02-2012 :


Grupo Guaporé Carnes é vendido para a Friboi e causa revolta dos trabalhadores da unidade de Confresa
O grupo Guaporé carnes foi vendido ao grupo JBS Friboi, e o momento de transição da empresa esta causando revolta nos trabalhadores, principalmente do setor de abate, onde desde sábado os trabalhadores paralisaram as atividades diversas vezes, inclusive deixaram 400 bois no curral que deveriam ser abatidos.


Os serviços de abate estão suspensos na unidade de Confresa. Os trabalhadores paralisaram as atividades, devido o descontentamento relacionado ao acerto dos direitos trabalhistas, “nós queremos nossos direitos, o Guaporé vai entregar a unidade para a Friboi e não quer pagar os direitos dos funcionários e disse ainda que quem quiser receber que peça a contas”, disse a trabalhadora Marinalva do setor de abate, ao Portal Agência da Noticia.


  A venda do Grupo Guaporé carnes ao JBS foi confirmada na manhã desta quarta-feira (15-02) pelo Diretor Geral da Unidade do Frigorifico Guaporé de Confresa, “A empresa esta agora em fase de transição e aguardando a chegada da presidência do Grupo JBS prevista para hoje, onde será realizada uma reunião entre membros dos dois Grupos”, disse João Valdir ao Portal Agência da Noticia.  “Todas as sete unidades do frigorifico Guaporé foram vendidas ao Grupo JBS, e até o dia 17-02 o Grupo Guaporé Carnes continua as atividades, após esta data assumirá o Grupo JBS e os funcionários poderão continuar trabalhando sem necessidades de demissão de nenhum funcionário” complementou João Valdir, ao Portal Agência da Noticia.


João disse ainda que os acertos trabalhistas serão acertados com o Grupo JBS de cada funcionário que continuar normalmente, e se caso algum funcionário for mandado embora mesmo depois que o JBS assumir o acerto será feito concernente o tempo de trabalho, contanto com o tempo ocorrido enquanto Guaporé, o tempo de férias da mesma forma continuará contanto a partir do dia que o funcionário entrou na empresa, ou seja, na Guaporé, pois os direitos serão repassados assim como acontece nas grandes fusões.


A unidade do Guaporé em Confresa tem 400 funcionários diretos, e exportam carnes para São Paulo, Minas Gerais e para região Nordeste e os miúdos são exportados para a China e o Couro é levado para o Curtume de Sinop, de lá é exportado para Europa. O valor da venda ainda não foi revelado.

Consumo argentino de carne bovina em 2011 foi o menor de 90 anos





Buenos Aires - O consumo de carne bovina por habitante na Argentina em 2011 foi o menor dos últimos 90 anos: 55,5 quilos. O número representou queda de 3,7% em relação a 2010, segundo a Câmara de Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (Ciccra). Somente em 1921, no pós-Primeira Guerra, se consumiu menos carne no país, 53,7 quilos por pessoa. Mesmo assim, nos anos posteriores, o consumo per capita não baixou de 60 quilos até chegar a 2002, ano da crise do default, quando cada argentino consumiu algo em torno de 58 quilos por ano.

A queda do consumo foi provocado pela forte queda no rebanho e os altos preços do produto ao consumidor, que optou por outras carnes. Conforme levantamento do Instituto de Promoção de Carne Bovina Argentina (Ipcva, na sigla em espanhol), entre dezembro de 2008, último ano antes da forte crise do setor, e dezembro de 2011, o preço do "asado" (costela), por exemplo, subiu 186%. No período, o filé aumentou 121% e o coxão mole subiu 180%.

A produção de carne bovina na Argentina registrou nova baixa em 2011, recuando 4,7%, a 2,5 milhões de toneladas, na comparação com 2010. Em relatório, a Ciccra informou que no ano passado as 10,8 milhões de cabeças de bovino abatidas representaram queda de 9,2% em relação a 2010 e menos 32,5% comparado com 2009 Em contrapartida, o presidente da Ciccra, Miguel Schiariti, disse que o abate de vacas foi o menor dos últimos 22 anos, o que indicaria uma recuperação do rebanho. Do total de animais abatidos em 2011, 38,3% foram fêmeas.

O menor abate de vacas em idade fértil ocorre após dois anos de liquidação das matrizes, em consequência da política oficial de controle do setor e de um longo período de estiagem em 2008 e 2009. A Ciccra alertou que um eventual prolongamento da estiagem, que se verifica desde dezembro último, poderia provocar novo aumento do abate de vacas. Porém, nas últimas semanas, o país recebeu grande quantidade de chuvas, que evitariam uma seca mais severa.

Por causa da estiagem em dezembro, os produtores anteciparam muitos abates e a produção de carne aumentou 16%, comparada com igual mês de 2010, alcançando 246 mil toneladas. O abate cresceu 13%, alcançando 1,06 milhão de cabeças, no mesmo período. A Ciccra explicou que a falta de chuvas provoca escassez de alimentos e de água para os animais, que são enviados para o abatedouro antes de perder peso e valor. A Ciccra informou, ainda, que as exportações foram menores no período comparado, e experimentaram um retrocesso de 18,4%, a 156.552 toneladas. A indústria de carne bovina argentina vive uma crise nos últimos anos, com dezenas de frigoríficos fechando portas. 

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Suínos: frigorífico recolhe caminhões na fronteira com Argentina

AE
Aumento de exigências burocráticas para importação na Argentina poderá causar prejuízo, diz gerente do frigorífico Riosulense
selo
O frigorífico Riosulense (Pamplona), sediado em Rio do Sul (SC), confirmou ter trazido de volta caminhões que estavam na fronteira com a Argentina aguardando liberação do governo argentino para liberação de cargas de carne suína. O gerente comercial do Riosulense, Cleiton Pamplona, em entrevista à Agência Estado evitou dar detalhes sobre volumes que deixaram de ser exportados pela empresa desde o dia 1º deste mês, quando entraram em vigor as restrições impostas pelos argentinos às exportações brasileiras.
Mas ele reconhece que haverá prejuízo nas operações com a Argentina. Desde o início deste mês o governo argentino suspendeu as licenças automáticas e aumentou as exigências burocráticas, como apresentação de declaração juramentada junto à Receita Federal e envio de e-mail à Secretaria de Comércio Exterior para liberação das cargas por parte do importador argentino. Pamplona diz que as informações sobre os negócios são dados confidenciais da empresa e observou que as restrições afetam todos produtos brasileiros exportados para o mercado argentino.
Segundo informações de mercado, a paralisação de caminhões na fronteira se deve ao fato de os argentinos estarem proibindo a entrada de cortes nobres de suínos, como pernil, e liberando apenas os "retalhos" que são utilizados na fabricação de embutidos pela indústria local. Em janeiro, quando não havia restrição ao comércio, as exportações brasileiras de carne suína para o mercado argentino cresceram 21,2% em volume (para 4.272 toneladas) e 32,87% em receita (para US$ 13,9 milhões), com aumento de 9,61% no preço médio (para US$ 3.275 por tonelada). Os dados são do Ministério da Agricultura.

Carne processada aumenta risco de doenças como diabete

Comer carnes processadas como mortadela, salsicha, linguiça, presunto e salame pode aumentar o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 e doenças cardíacas. Pelo menos este foi o resultado de um estudo realizado por pesquisadores daUniversidade de Washington. 

Segundo a revista The American Journal of Clinical Nutrition, os pesquisadores acompanharam 2001 pessoas durante cinco anos, avaliando a associação entre o consumo habitual de carne processada e carne vermelha no aumento da incidência de diabetes.

Reprodução


Pelo estudo, o consumo acima de 11,4g de carne processada por dia, especialmente do tipo spam (spiced ham, no Brasil conhecido como fiambre) foi associada com maior risco para o desenvolvimento de diabetes (razão de chances [OR]: 1,63; intervalo de confiança: 95%). Pr outro lado, o consumo de carne vermelha não processada (acima de 2 porções por semana) não foi associado com maior incidência de diabetes. 

De acordo com os pesquisadores, não é exatamento a carne processada de vaca ou porco que eleva o risco da diabetes e doença cardíaca mas o sal e conservantes que são usados no processo de produção dos mesmos. 

"Este estudo contribui para as evidências que identificam o papel importante da dieta como um fator determinante na incidência de diabetes e sugere um alvo alimentar potencial para intervenções, objetivando sua prevenção", concluem os pesquisadores. 

Para Renata Micha, da Escola de Saúde Pública de Harvard, pessoas que consomem uma porção de carnes processadas ou menos, por semana, têm menos riscos. 

A conclusão dos pesquisadores foi que cada porção diária (50 gramas) de carne processada representa um aumento de 42% no risco cardíaco e de 19% no risco de desenvolver diabetes.

Justiça aceita recuperação de frigorífico

Mondelli já tem um administrador judicial e tenta retomar a produção, parada por causa das dificuldadesCRISTINA CAMARGO
cristina.camargo@bomdiabauru.com.br
A juíza Rossana Teresa Curioni Mergulhão, da 1ª Vara Cível de Bauru, aceitou nesta terça-feira (14) o pedido de recuperação judicial apresentado no final de janeiro pelo Frigorífico Mondelli, que vive uma crise financeira.
Segundo informações do cartório da 1ª Vara, já foi nomeado o administrador judicial. É Fernando Borges, o mesmo que atuou na recuperação do  Frigol, de Lençóis Paulista.
O advogado Geraldo Gouveia Júnior, da Advocacia De Luizi, contratada pelo Mondelli para a recuperação judicial,  disse no final da tarde desta terça-feira (14) que o administrador nomeado já esteve na empresa para verificar a situação.
Agora, o Mondelli tem 60 dias para apresentar à Justiça um plano de recuperação. A empresa contratou a consultoria internacional KPMG Restructuring para dar suporte à reestruturação.
Com o pedido aceito, o próximo passo é tentar retomar a produção. Há conversas com investidores para que o frigorífico consiga voltar a abater animais e comercializar carne.
A intenção é que isso aconteça em breve.
Os advogados também trabalham para liberar as contas bancárias do Mondelli, bloqueadas por meio de liminares pedidas pela Hapi Comércio Alimentícios, que representa franceses investidores no frigorífico desde o ano passado.
A empresa alega que o frigorífico só pode começar a recuperação judicial após pagar cerca de R$ 12 milhões aplicados numa operação chamada sociedade em conta de participação.
“Pelas regras legais, o Mondelli só poderá entrar em recuperação judicial, ou até mesmo falência, depois que liquidar o investimento feito pela empresa francesa. Ou seja, é preciso devolver este dinheiro antes de qualquer outra coisa”, afirma o advogado Thiago Munaro, que defende os franceses. 
A Hapi, no entanto, é tratada pelo frigorífico como mais uma das credoras.
“Tudo é feito às claras, dentro da lei ”, diz o advogado do Mondelli. “Essa medida [o pedido de recuperação] foi tomada para que a empresa evite a falência. Não há nada mais claro, nada mais transparente do que um processo de recuperação judicial”, reforça.   

Pagamento de vales ainda é dúvidaSegundo o advogado do frigorífico, a intenção é continuar pagando os funcionários  em dia, mas “isso foge da vontade da empresa”. Novamente o bloqueio das contas foi citado como fator que atrapalha.  O vale salarial teria de ser pago no próximo dia 22.
700É o número de funcionários do Mondelli, indústria histórica de Bauru instalada no Mary Dota
Processo vai revelar o valor da dívidaCom a abertura do processo de recuperação judicial, a empresa terá de publicar todos os seus balanços. O valor da dívida ficará público. “O que pauta a recuperação é o pagamento dos credores”, diz o advogado  Geraldo Gouveia Júnior.  Na avaliação dele, o frigorífico é viável e poderá superar a crise e continuar no mercado.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Brasil amplia potencial de comércio com a China

Novos frigoríficos brasileiros serão habilitados a exportar carne bovina, suína e de aves para a China. A ampliação do comércio bilateral foi anunciada pelos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, e Zhi Shuping, da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena, da China. O anúncio ocorreu durante a 2ª Reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), realizada em Brasília, nesta segunda-feira, 13 de fevereiro. O Vice-Presidente da República, Michel Temer, chefiou a delegação brasileira, e o Vice-Primeiro Ministro da China, Wang Qishan, a delegação chinesa.
Ao término das atividades, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, fez um balanço dos resultados obtidos com a visita da comitiva chinesa ao Brasil. Entre eles, Mendes Ribeiro destacou, como um dos principais avanços, o comprometimento do governo chinês em acelerar e finalizar o processo de habilitação de novos frigoríficos para exportar carne suína, de aves e bovina para aquele país. Na ocasião, também se tratou da ampliação das áreas autorizadas a exportar tabaco e da autorização para exportação de milho.
“Nos últimos dois anos estabeleceu-se, por meio da Cosban, um mecanismo eficaz de cooperação Brasil-China nas áreas sanitária e fitossanitária, com avanços e progressos para ambos os países”, destacou o ministro Mendes Ribeiro. Segundo ele, os governos dos dois países querem reforçar cada vez mais a cooperação e estão todos prontos para resolver, por meio de consultas, os problemas relacionados à inspeção, que impeçam o comércio bilateral de alimentos e produtos agrícolas. O ministro informou, ainda, que a partir dos entendimentos alcançados durante a Cosban, os dois governos vão aprofundar a implementação do plano decenal Brasil-China, aprovado em 2010 O plano engloba ações a serem anunciadas durante visita do Primeiro-Ministro da China ao Brasil, prevista para o próximo mês de junho. Para dar sequência às negociações, Mendes Ribeiro Filho estuda a possibilidade de ir a Pequim no final de março.
Carne suína
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera que 15 novos estabelecimentos de suínos sejam autorizados a exportar para a China ainda no primeiro semestre de 2012. O serviço de inspeção veterinário chinês está analisando a documentação e vai decidir se aprova esses estabelecimentos com base na análise dos relatórios de ações, que deve ser concluída até junho de 2012. Além disso, a autoridade sanitária chinesa deverá realizar visita in loco a dez desses estabelecimentos.
Carne bovina e de aves
O serviço veterinário chinês comprometeu-se, também, a acelerar a revisão de documentos para habilitação de mais nove estabelecimentos para exportar carne bovina ao país asiático. Além disso, governo do país asiático recebeu 47 questionários de estabelecimentos avícolas brasileiros, que estão em fase de análise. A autoridade sanitária chinesa vai organizar missões de inspeção a esses estabelecimentos de aves até o próximo mês de abril.

Dólar dos EUA derrubou preços do frango, diz FAO

Campinas, 14 de Fevereiro de 2012 - Ao atingir pouco mais de 214 pontos, o Índice de Preços dos Alimentos da FAO (FFPI, na sigla em inglês) do mês de janeiro de 2012 voltou a apresentar leves sinais de reversão.
Isso, porém, não se aplica às carnes, cujos preços permanecem em relativa estabilidade desde abril de 2011. Em janeiro, conforme a FAO, ficaram pouco acima dos 178 pontos, aumentando cerca de meio por cento em relação a dezembro.
Mas os preços dos vários tipos de carne evoluíram em diferentes direções: frente à expectativa de aumento das importações chinesas, a carne suína aumentou 2,8%. E o preço da carne bovina permaneceu estável, mas em um nível relativamente elevado, indicativo de que o abastecimento deve continuar ajustado.
Entre as três, a carne de frango foi a única a registrar declínio de preços: na média, 1% a menos que em dezembro. “Influência pela força do dólar dos EUA em relação às moedas de outros países exportadores, em particular o Brasil”, explica a FAO.
O FFPI da FAO ainda mostra que, em comparação a janeiro do ano passado, só as carnes fecharam o primeiro mês de 2012 com evolução positiva de preços (+7%), porquanto o Índice Geral e o índice relativo especificamente aos grãos regrediram 7,3% e 9%, respectivamente.
Mas isso só é válido para um curto espaço de tempo. Pois, por exemplo, em comparação à média anual de 2001, os preços dos grãos aumentaram 162%, enquanto o Índice Geral teve evolução de 138%. Já os preços das carnes aumentaram menos de 90%.

(AviSite) (Redação)

BRF firma parceria com empresa chinesa para distribuição e processamento de carnes na China

Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2012, 10:18:19Agroindústrias
A BRF e a empresa chinesa Dah Chong Hong Limited – DCH assinaram nesta terça-feira (14/02) documentos que oficializam a criação de joint venture, que permitirá à companhia brasileira distribuir produtos no mercado chinês, processar carnes em unidades locais, desenvolver a marca Sadia e atuar nos canais de varejo e food service na China Continental, Hong Kong e Macau.
O início das conversações entre as duas empresas foi anunciado ao mercado em maio do ano passado. A expectativa é que o negócio represente, no primeiro ano, volumes acima de 140 mil toneladas e receitas de aproximadamente US$ 450 milhões, com investimentos em capital de giro.
A joint venture contempla a participação de 50% para a BRF e 50% para a DCH, com abrangência em produtos in natura e processados; foco na geração de capacidade e a operação do mercado local, incluindo vendas, importação, suprimentos de produtos, customer clearance e trade marketing. A administração será compartilhada entre membros das duas companhias, que integrarão o Conselho de Administração e o Comitê Executivo.
Na primeira fase do projeto, caberá à BRF a produção, suporte técnico e marketing dos produtos a serem comercializados pela joint venture. A DCH atuará na cadeia de suprimentos e distribuição das operações, serviço de processamento, embalagem e serviços gerais de suporte de operação.
Tradição
A empresa Dah Chong Hong Limited – DCH, criada em 1949, é um dos maiores distribuidores de automóveis, alimentos e produtos de consumo na China, com estrutura para a distribuição de resfriados e congelados. As operações englobam os mercados de Hong Kong, Macau e China continental.  É uma companhia aberta, listada na Bolsa de Hong Kong desde 2007, e subsidiária integral do conglomerado internacional Dah Chong Hong Holdings Limited (DCHH).
O DCHH é controlado atualmente, em aproximadamente 55,9%, pelo Grupo CITIC Pacific Limited, companhia aberta, listada na Bolsa de Hong Kong. O Grupo CITIC Pacific Limited é controlado pelo CITIC Group Corporation, companhia estatal incorporada à People´s Republic of China.
Fonte:  Assessoria de Imprensa BRF