quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Rigor na produção eleva exportações da carne tocantinense

Leão destaca ser este o outro lado que vem fazendo com que o circuito da carne tocantinense atenda à demanda em potencial do mercado externo

Os 15 anos de controle sanitário da febre aftosa em território tocantinense têm resultado em condição privilegiada para que a carne produzida no Estado continue sendo produto de frente de sua pauta de exportações. Apesar de ocupar o atual 2º lugar nas vendas ao exterior, o produto vinha em declínio até o ano passado, quando a atividade começou a ser reestruturada.


O outro fator que tem contribuído para o êxito no setor, conforme a Secretaria da Agricultura, Pecuária e do Desenvolvimento Agrário (Seagro), são as políticas públicas de incentivos em obras e melhorias estruturantes que, nos dois casos, a pasta avalia que têm que continuar sendo encaradas com “bastante seriedade pelos agentes envolvidos”.


Neste aspecto, o coordenador de Sustentabilidade do Agronegócio da Seagro, Corombert Leão, diz ser fundamental o papel do Estado em garantir condições eficientes à cadeia produtiva da carne por meio de estradas, energia elétrica, serviço de telecomunicações, incentivos ao produtor e ao parque industrial da área.

Leão destaca ser este o outro lado que vem fazendo com que o circuito da carne tocantinense atenda à demanda em potencial do mercado externo. Não apenas de carne bovina, mas com perspectiva de que com tal empenho o Estado possa vir a suprir a demanda de carne suína, de aves e das demais commodities agrícolas, ressalva o coordenador.

Corombert, como também Osvaldo Stival, um dos produtores e empresários mais importantes do ramo de frigoríficos do Tocantins e que ano passado esteve na missão tocantinense liderada pelo governador Siqueira Campos a países asiáticos, afirmam que foi dado um passo importante nessa direção. E acrescentam que “tudo tem que estar estruturado para que os elos da produção, desde o produtor e todos os demais segmentos envolvidos, não falhem e possam ter meios de produzir com condições”, avaliam.

Eles mencionam que no caso do Japão foi firmada a necessidade de parcerias com empresa japonesas, inclusive na formação de joint-ventures no Tocantins. Destaque-se que Japão, Tawain e Coréia do Sul, por algumas restrições, ainda não importam carne in natura do Estado, e que, a partir do momento de aparadas tais arestas, veem como mais uma fronteira ampliada na exportação da carne tocantinense.

O superintendente Federal de Agricultura no Tocantins, Jalbas Manduca, embora afirme que a produção de carne interna tenha crescido pouco mais de 2% em 2011, em relação a 2010, devido à redução da matéria-prima, houve aumento de 7,3% nas exportações no mesmo período para vários países. Para ele, esse é o indicativo de que o Tocantins tem que se preparar para atender à demanda, seja da comunidade européia, dos países asiáticos e Oriente Médio.

Jalbas e Corombert convergem ainda no aspecto de que as Boas Práticas Agropecuárias que estão contribuindo para que o Estado comemore 15 anos de controle sanitário da febre aftosa habilitando o trânsito livre para exportação da carne produzida aqui, não seja motivo de acomodação. “Ao contrário, há que se aperfeiçoar essas boas práticas a cada momento, por parte dos agentes públicos e produtores, pois um só foco da doença pode se ter o descredenciamento não apenas do Tocantins, como de todo o circuito Centro-Oeste”, alerta o representante do Mapa no Tocantins.

Ele fala ainda do programa ABC, do Governo federal, que no Estado visa dar suporte ao produtor incentivando, ao mesmo tempo, a recuperação de pastagens e a preservação ambiental, no sequestro de carbono e na produção, contando para essa parceria com a Embrapa, Superintendência Federal da Agrilcultura, Delegacia da Agricultura no Tocantins e Secretaria da Agricultura da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário do Tocantins.

Exportações
De acordo com o Ministério da Agricultura da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário (Mapa), por meio da Superintendência Federal da Agricultura no Tocantins, o Estado obteve em 2011 R$ 196 milhões em carne in natura (20 mil toneladas sem osso), cerca de 7,3% a mais dos R$ 192,5 milhões de 2010 (18,640 toneladas), quando o aumento fora de pouco mais 2% relativo ao ano anterior, de 2009.

A Rússia é o principal parceiro nas importações de carne bovina do Tocantins com 5,8 toneladas; Hong Kong com 3,7 mil t; Egito 3,1 mil t; Irã 3 mil t; Venezuela 2,1 mil t e Argélia com 1,8 mil t.
Foto: Kleiber Arantes           Fonte: SECRETARIA DA COMUNICAÇÃO DO TOCANTINS - SECOM           Postador:Gustavo Rocha

Frigorífico é multado em R$ 1 mi por vazamento em MS

Agência Estado
O grupo Marfrig Frigoríficos e Comércio de Alimentos S/A. foi multado em R$ 1 milhão pelo vazamento de produto químico que causou a morte de quatro funcionários e deixou mais de 30 intoxicados, ontem à tarde, no município de Bataguassu, em Mato Grosso do Sul.
A multa foi dada pela Polícia Militar ambiental do Estado, calculada com base no artigo 61 do decreto federal de 2008, que trata da penalidade imposta quando os níveis da poluição causam danos aos seres humanos. Segundo a Polícia ambiental, após avaliação no local, foi constatado que o vazamento foi um acidente e que as licenças do estabelecimento estavam em dia.
De acordo com a Polícia ambiental, a empresa  tem 30 dias para se manifestar. O auto de infração será julgado e a multa poderá ser aumentada ou reduzida ao final do processo administrativo instaurado pelo Instituto de MeioAmbiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).
Os autos administrativos também foram encaminhados à Polícia Civil, que abriu inquérito para apurar as mortes dos funcionários, e ao Ministério Público do Estado, que vai investigar possíveis danos ambientais.

Brasil pode retomar terreno em exportação bovina em 2012

01/02 
Fabíola Gomes

SÃO PAULO

Análise - O Brasil pode ser favorecido no mercado externo de carne bovina em 2012, ante a expectativa de boa demanda global e aumento da disponibilidade local de animais, recuperando participação depois de um ano de acirrada disputa com seus principais concorrentes, os Estados Unidos e a Austrália, avaliam especialistas do setor.

A expectativa do aumento da oferta de animais para abate no Brasil representa uma grande chance para o país exportar, o que somente não se cumprirá em caso de agravamento da crise na Europa, por seu impacto direto na demanda, observa Maurício Nogueira, diretor executivo da Bigma Consultoria.

Em 2011, o Brasil exportou 1,09 milhão de toneladas métricas de carne bovina, volume quase 11 por cento menor se comparado ao ano anterior.

Nogueira observa que até novembro do ano passado, dado mais recente do governo norte-americano, as exportações dos EUA cresceram mais de 20 por cento, para 1,17 milhão de toneladas métricas.

"Se em dezembro o ritmo (de exportações) for mantido, os americanos terão passado o Brasil em toneladas métricas e equivalente carcaça", estima o diretor da Bigma.

O cenário é mais favorável em 2012. "O Brasil recupera volume este ano. A expectativa é recuperar mercado em 2012... a Europa já flexibilizou", disse Nogueira, em referência à decisão do bloco europeu de transferir para o Brasil a listagem das fazendas habilitadas a exportar para a UE.

Neste cenário, diz Nogueira, o Brasil cresce absorvendo fatia de outros países, com mais dificuldades para elevar a oferta de carne no curto prazo. E cita o caso dos Estados Unidos, cujo rebanho atingiu o menor nível em décadas, depois de elevar fortemente o abate, inclusive de matrizes, nos últimos anos.

Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) da última semana indicam que o rebanho atingiu o menor nível em mais de seis décadas, depois que uma seca devastadora puxou custos de produçao e levou ao aumento dos abates no país.

Segundo o USDA, este é o quinto ano consecutivo de redução no rebanho dos EUA, que até 1o de janeiro era de 90,77 milhões de cabeças, queda de 2 por cento ante um ano atrás.

Este aumento expressivo no abate norte-americano, em meio à crise que afetou a demanda interna, implicou aumento das exportações em 2011, levando o Brasil a perder participação no mercado global de carne bovina.

LIMITES

"O mercado mundial deve estar demandante... e o Brasil poderá suprir parte desta demanda, mas existe um limite", disse Wander Sousa, analista do setor para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O analista pondera que o país ainda não tem plena oferta de animais, porque ainda sente os efeitos do abate de matrizes entre 2006 e 2007, em meio aos baixos preços do período.

Em 2010 e 2011, os preços da carne bovina no mercado interno permaneceram elevados por conta da baixa disponibilidade de animais prontos para o abate.

O analista da Pasturas, Fernando Penteado, aponta outro fator limitante para o Brasil cobrir espaço eventualmente deixado pelos Estados Unidos: acesso a mercados.

"O Brasil ainda atende principalmente a periferia do mercado mundial... são mercados que pagam menos", disse Penteado.

MERCADOS

O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Fernando Sampaio, reconhece que o Brasil não tem acesso a dois importantes mercados dos EUA, Japão e Coreia do Sul, que pagam melhor por cortes mais nobres.

No entanto, considera que, no prazo mais longo, o Brasil é o país que tem escala e condição de aumentar a produção, uma vez que os EUA têm esta diminuição do rebanho, a Austrália enfrenta limitações em área produtiva e a Argentina, problemas com restrições governamentais.

Ele explica que a indústria vem trabalhando para ter acesso a mais mercados, entre estes estão justamente os Estados Unidos, para onde a Abiec tem a expectativa de vender carne in natura.

A negociação é parte do acordo firmado depois que o Brasil venceu o contencioso na Organização Mundial do Comércio (OMC)contra os subsídios dos EUA concedidos aos produtores de algodão.

Uma das cláusulas deste acordo previa que os norte-americanos concluíssem a análise de risco para entrada de carne in natura brasileira no país. O processo deve entrar em consulta pública para receber eventuais sugestões de partes interessadas e só então definir regras de importação.

Reuters

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Comunicação

A Marfrig informa que o acidente envolvendo a unidade de curtume no município deBataguassu (MS) já foi controlado e que os funcionários atingidos já foram removidos e estão sendo atendidos pela Santa Casa local. O curtume foi evacuado e, em conjunto com a polícia civil e técnica, a causa do acidente está sendo apurada. Informações preliminares indicam que houve uma reação química decorrente de manipulação de insumos inerentes da atividade de curtume. Executivos da empresa estão no local empenhados na prestação de atendimento aos funcionários atingidos e suas famílias. Assim que as informações estiverem esclarecidas a empresa voltará a informar. A unidade frigorífica de Bataguassu, próxima ao curtume, não foi atingida pelo acidente.

Grupo Marfrig

Urgente! Vazamento de Gás no frigorífico Marfrig contaminou 8 pessoas

Lenix Barbosa
Cortume do Marfrig em Bataguassu

 No final da manhã desta terça-feira, aconteceu um desastre no Frigorífico Marfrig, o gás começou a vazar no Cortume e contaminou 8 pessoas, que estão recebendo atendimento na Sant Casa de Bataguassu. Centenas de pessoas estão nesse momento em frente a Santa Casa aguardando notícias sobre o estado de saúde das vítimas.
O Gás continua vazando porque ninguem conseguiu conter o vazamente, segundo informações do Corpo de Bombeiros, o Frigorífico aguarda profissionais especializados de Campo Grande para relizar o trabalhoo de contenção do vazamento.
A atendente da Recepção da Santa Casa de Bataguassu não quis informar se houve algum obito, disse simplesmente que "não pode passar informações". Não se sabe o porque da proibição já que centenas de pessoas querem notícias das vítimas.