sábado, 9 de julho de 2011

Expô Araçatuba julga 550 animais nelore para o ranking anual


Uma das mais importantes feiras agropecuárias do país, aExpô Araçatuba foi aberta oficialmente na manhã deste sábado (9/7), no Centro de Eventos Agropecuários do Recinto Clibas de Almeida Prado, em Araçatuba, cidade distante 540 quilômetros da capital São Paulo. Em sua 52ª edição, a feira irá julgar 550 animais da raça nelore, que irão compor o ranking Nelore 2011 da Associação de Criadores de Nelore do Brasil (ABCN). Os julgamentos já começaram antes mesmo da abertura da feira. 

De acordo com a organizadora da raça nelore na feira, Daniele Marque de Almeida, até agora já foram julgados 84 animais de quatro categorias de bezerras de oito a doze meses, onde foi selecionada a Campeã Bezerra da Fazenda Jatobá. “O animal é do criador Carlos Ceará, um dos maiores expositores da Expô de Araçatuba”, destaca. Ainda segundo ela, durante os primeiros julgamentos mais uma campeã da categoria se destacou, vinda do Mato Grosso do Sul, do criador Roberto Bavaresco. 

Na sexta-feira (08/08), foram julgados um total de 54 cabeças, e a campeã Novilha menor foi o animal do criador José Roberto Colli e a reservada campeã foi o animal da fazenda Agropecuária Vila dos Pinheiros, de Indaiatuba. 

O Brasil é hoje o maior exportador de carne bovina do mundo, devido a qualidade genética dos animais, principalmente da raça nelore que possui um grande contingente de animais no país, como explica o juiz responsável pelo julgamento da raça, Luiz Renato Tiveron. “Para o animal ser premiado, o criador primeiramente precisa ter o reconhecimento do seu trabalho, pois quanto melhor e mais produtivo o animal for, maior é sua rentabilidade. Esses animais que se destacam em pistas por serem premiados, vão se reproduzir focando no melhoramento genético de todo rebanho nacional, por isso o pais esta em primeiro lugar na exportação de carne”, afirma. 

Segundo Tiveron, durante o julgamento, são analisadas as características enquadradas no padrão da raça e ascaracterísticas econômicas. “A raça nelore é uma grande produtora de carne e por ser uma raça pura que precisa estar enquadradas nas características da raça, os animais são divididos em categorias por campeonato. O primeiro prêmio de cada categoria volta em um segundo momento, para que ao final seja feita uma competição com os machos e com as fêmeas. Os campeões de cada campeonato se reúnem para o para a grande final, onde será analisado qual o melhor animal da feira”, conclui. Os julgamentos da raça Nelore ainda ocorrem neste sábado (09/07) e o grande vencedor da raça será conhecido no domingo (10/07).

Assembleia do frigorífico Quatro Marcos é adiada para agosto

"Sempre fui contra suspensões e adiamentos, mas precisamos primeiro definir qual é o valor da dívida" com trabalhadores

A Assembleia Geral de Credores (AGC) do frigorífico Quatro Marcos foi novamente adiada, desta vez para o dia 10 de agosto, às 14 horas. Logo no início do encontro desta sexta-feira, às 11 horas, representantes da companhia e dos credores suspenderam as atividades por quatro horas, mas, depois, a pedido do advogado Leonardo Augusto, que representa os trabalhadores da empresa, outra data foi marcada.
"Sempre fui contra suspensões e adiamentos, mas precisamos primeiro definir qual é o valor da dívida da companhia com a classe trabalhadora", disse. Ele afirmou, ainda, que não há garantias para o pagamento dessa dívida.
A AGC de hoje iria votar a modificação do plano de recuperação judicial, que prevê o pagamento dos credores trabalhistas e credores de Pré-pagamento de Exportação (PPE) com créditos que o frigorífico possui com a companhia Times, que adquiriu a unidade da empresa em Jales (SP) e a alienação judicial das unidades produtivas de Vila Rica e Cuiabá, ambas em Mato Grosso. Os créditos do PPE seriam de cerca de US$ 121 milhões, líquidos de taxas.
Segundo o advogado Leonardo Augusto, que representa os credores trabalhistas, o grande impasse quanto aos créditos da Times é que a empresa não teria seus bens livres e disponíveis no momento para liberar o crédito do Quatro Marcos. A dívida total do Quatro Marcos, quando começou o processo, era de R$ 427,869 milhões.
Hoje, há dívidas remanescentes no total de R$ 118,256 milhões, sem incluir os créditos oriundos dos incidentes instaurados na recuperação judicial nem os de condenações como devedor solidário ou subsidiário. Também não estão inseridos os débitos de US$ 121 milhões com os PPE.

Exposição Agropecuária com expectativa de movimentar R$ 150 milhões em negócios

Com expectativa de público de 200 mil pessoas, a 52ª Exposição Agropecuária e Industrial do Norte Fluminense, um dos maiores eventos de agronegócios do país, iniciada no dia 1º de julho, deverá movimentar nos 10 dias de feira cerca de R$ 150 milhões em negócios dentro e fora do parque de exposições.

Somente fruto dos leilões, os negócios devem ultrapassar a cifra de R$ 250 mil durante a 52ª edição do evento, devido à confiança no padrão dos animais que vão à pista. Este ano, criadores terão a oportunidade de adquirir bovinos das raças Brahman e ovinos das raças Santa Inês e Dorper, em leilões que acontecerão respectivamente nos dias 8 e 9, a partir das 19h, no tatersal.

Durante o 5° Leilão Brahman Rio Campos, na sexta-feira, serão negociados cerca de 40 animais, entre touros e fêmeas de alta qualidade genética. No sábado, encerrando a programação de leilões da feira, cerca de 40 lotes de ovinos de criadores do Rio de Janeiro e estados vizinhos vão à pista para negociação. A responsável pela organização do leilão é a Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Estado do Rio (Acocerj).

Além do pavilhão comercial, 73 expositores comercializam diversos tipos de produtos nas instalações do parque. Do outro lado dos muros da Fundação Rural de Campos, o comércio também é aquecido pela feira, como acontece todos os anos. Comerciantes informais cadastrados na Prefeitura de Campos ocupam espaços com tendas e barracas para garantir um faturamento extra nos dias de festa. Outra atividade comum durante a exposição é a exploração de terrenos como estacionamento.

Novidade
 — Na noite do último sábado, foi fundada nas instalações do parque de exposições da Fundação Rural a Associação dos Criadores de Jumentos e Muares Pêga do Estado do Rio de Janeiro (ACJMPERJ), que reúne criadores e apreciadores das espécies.).

Leilão Brahman na ExpoAgro espera ultrapassar R$ 250 mil

O casamento entre as raças bovinas Nelore e Brahman continua criando boas expectativas entre os principais pecuaristas de todo o território nacional, que asseguram estar nascendo o gado ideal para o Brasil. Pensando no desenvolvimento agropecuário do Norte Fluminense, a Associação dos Criadores de Brahman do Estado do Rio de Janeiro (BrahmanRio) realiza amanhã, a partir das 20h, o 5º Leilão Brahman Rio Campos, no parque de exposições da Fundação Rural de Campos (FRC), durante a 52ª ExpoAgro. A expectativa é ultrapassar R$ 250 mil em negócios.

O leilão, segundo os organizadores, será a oportunidade de criadores apostarem no melhoramento de seus plantéis, investindo em zebuínos que se estabeleceram como ideal para cruzamentos industriais, consequentemente, também se firmando como raça pura. Isso se explica pelo fato de que em pouco mais de 18 anos o Brahman vem crescendo exponencialmente no Brasil e mantendo uma qualidade ele-vada, que chega a impressio-nar quem inicia sua criação. “Não só estudos, mas a própria prática na criação da raça Brahman, que é um zebu mais encorpado e precoce, utilizado no cruzamento com outras raças, não somente o Nelore, resulta em animais com maior velocidade no ganho de peso, o que, certamente, representa lucratividade para o pecuarista. O Brahman possui essas e outras características, além da facilidade na adaptação ao nosso clima”, enfatiza o presidente da BrahmanRio, Aldo Valente.

No 5° Leilão Brahman Rio Campos, serão leiloados 36 lotes, entre reprodutores e matrizes, selecionados de alguns dos melhores plantéis do país, tendo como convidados especiais o Uberbrahman, o Brahman Vile, com o criador Roberto Salgado, e o Brahman Aquidaban, do criatório de Victorio Cabral.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Boi inteiro Rio de Janeiro

Traseiro R$ 6,80
Dianteiro R$ 4,80
Ponta de Agulha R$ 4,80

Peito no saco para industria R$ 6,30 kg . Na pa sem osso pedem R$ 6,20 kg

ndústria de Carnes se reúne para discutir tendências e inovações do setor

Em alta no país, Indústria de Carnes brasileira se reúne em feira na cidade de São Paulo para debate sobre mercado e futuro do segmento.



Por William Soares
De 23 a 25 de agosto, o Centro de Exposição Imigrantes, em São Paulo, será palco de mais uma edição da TecnoCarne – Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria da Carne. Além de todas as novidades em tecnologia e produtos já costumeiros na feira, a edição deste ano traz, excepcionalmente no dia 24, uma atração especial: o 1º Fórum sobre Tendências e Inovações para as Indústrias de Carnes.
Através dessa iniciativa, realizada em parceria com o Centro de Tecnologia de Carnes (CTC) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), os visitantes poderão ter acesso aos assuntos mais relevantes do mercado de carnes, sejam questões relativas a inovações tecnológicas, ou até mesmo de consumo da proteína animal.
Com uma grade de programação atual e focada, principalmente, nas análises do setor e no debate das propensões de consumo, o Fórum aparece como uma grande oportunidade de atualização profissional e networking para os empresários e trabalhadores da área.
Temas de destaque, como as possibilidades de inovação na indústria de alimentos e as novas tendências na industrialização das carnes – tanto no que se refere a ingredientes quanto a embalagens e processos em geral, prometem ditar o ritmo da conferência.
Para ministrar as palestras, os organizadores apostam na experiência e na qualificação de renomados profissionais ligados ao segmento frigorífico. Alexandre Barbosa, presidente da BTS Informa, empresa promotora da TecnoCarne, faz questão de destacar o alto nível e o objetivo do encontro: “Trata-se de uma oportunidade única para o visitante da feira, em especial para o profissional da área de P&D, marketing ou planejamento estratégico, aprender e se desenvolver profissionalmente com a nata da indústria de carnes brasileira.”, afirma.
As inscrições para o congresso ainda estão abertas. Para mais informações:
Tel: (19) 3743-1759 ou (19) 3743-1758
E-mail: eventos@ital.sp.gov.br
Site: www.ital.sp.gov.br

TecnoCarne – 10ª Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria da Carne

Local: Centro de Exposições Imigrantes / São Paulo – SP
Dias: 23 a 25 de agosto de 2011
Horário: das 14h às 21h

1º Fórum sobre Tendência e Inovações para as Indústrias de Carnes

Local: Centro de Exposições Imigrantes / São Paulo – SP
Dia: 24 de agosto de 2011
Horário: das 8h30 às 16h30
Valor Investimento: Até 25 de Julho – Normal – R$ 280,00 / Estudantes – R$ 120,00
Após 25 de Julho – Normal – R$ 340,00 / Estudantes – R$ 180,00

Rodopa quer crescer em carne


Pouco mais de um ano após iniciar seu processo de profissionalização, a Rodopa Alimentos - dona da marca Tatuibi - investe em aumento da capacidade de abate de bovinos e espera elevar em 30% seu faturamento bruto em 2011. No ano que passou, a receita da companhia foi de R$ 766 milhões.
A Rodopa, criada em 1958 em Limeira (SP), pela família Bindilatti, tem três unidades em operação e acaba de arrendar (com opção de compra) um frigorífico na cidade de Goiás (GO), com capacidade de abate de 500 bovinos por dia, segundo Sérgio Longo, diretor geral executivo da companhia. A unidade, que já foi arrendada pelo Frigoestrela (hoje em recuperação judicial), entrará em atividade na segunda quinzena de agosto.
Longo, que foi diretor-financeiro da JBS S.A., diz que o plano é ampliar a capacidade de Goiás e habilitar a planta para exportar à Europa. As outras unidades, em Santa Fé do Sul e Ipuã, ambas em São Paulo, e em Cassilândia (MS), têm capacidade de abate equivalente de 2.500 animais por dia. A de Santa Fé é habilitada a vender para países da lista geral e também para a Europa. Cassilândia pode exportar para os de lista geral.
Além do arrendamento de Goiás, a Rodopa também investiu em ampliação das fábricas de Santa Fé e Cassilândia e na frota de caminhões. No total, os aportes somaram, segundo Longo, R$ 30 milhões. "Está previsto mais para este ano", acrescenta. Os valores ainda não estão definidos. "São investimentos necessários para sustentar o crescimento da companhia".
Antes do começo do processo de profissionalização, a Rodopa pertencia a três irmãos da família Bindilatti, Paulo, Marcos e Rosana, que possuiam ainda revendas de automóveis, corretoras de seguros e fazendas de gado bovino. No início de 2010, a família decidiu separar os diferentes negócios, e Paulo Bindilatti comprou a participação dos irmãos na Rodopa. Hoje, ele é presidente da companhia.
Entre 2008 e 2009, quando o setor de carne bovina foi afetado por uma crise que levou várias companhias a pedir recuperação judicial, o faturamento da Rodopa caiu de R$ 586 milhões para R$ 526 milhões. No ano passado, quando as mudanças na gestão foram implementadas, a receita bruta subiu para R$ 766 milhões. O lucro bruto foi de R$ 111 milhões, 56% mais do que em 2009 e o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 50 milhões, mais do que o dobro dos R$ 23,7 milhões do ano anterior, segundo a empresa.
Os números mostram ainda uma alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) de 1,09 vez no fim de 2010. A empresa fechou o ano que passou com dívida líquida de R$ 57,6 milhões e Ebitda de R$ 50 milhões. Hoje, segundo Longo, a empresa está trabalhando no alongamento de seu passivo financeiro. Dentre as possibilidades, a empresa avalia, para o segundo semestre, a emissão de um bond no mercado internacional.
Com 90% de sua receita proveniente de vendas no mercado interno - especialmente pequeno e médio varejo do interior do país -, a Rodopa também busca reforçar sua atuação no food service. A origem da companhia, assim como a da concorrente Marfrig, é exatamente a distribuição. Antes de ter unidades de bovinos, a empresa terceirizava o abate dos animais e distribuía a carne com a marca Tatuibi.
A Rodopa, que atua ainda em higiene e limpeza, também considera a possibilidade de uma fusão para continuar a crescer. "Podemos crescer por meio de fusão, de várias formas (...). Não vamos sair comprando [ativos] para não crescer demais e ficar com demanda inferior à oferta", afirmou Longo.
Em 2008 e 2009, foi justamente o excesso de capacidade num cenário de queda de demanda por carne bovina que detonou a crise dos frigoríficos no país.
O executivo não comenta, mas o Valor apurou que a Rodopa tentou uma fusão com o frigorífico Mataboi, que pediu recuperação judicial. A negociação, porém, não prosperou, segundo fontes do setor de carne bovina.
Valor Econômico

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Compare os benefícios e malefícios da carne vermelha

Alguns modos de preparo e cortes a deixam mais saudável

Poucos alimentos têm sido tão atacados nos últimos anos como a carne vermelha. Mais famosa por ser fonte de gorduras e colesterol do que pelos benefícios que traz ao organismo, ela foi tirada do cardápio de muitas pessoas que procuram perder peso e ter uma alimentação mais saudável. Mas, segundo muitos especialistas, cortar esse alimento da dieta sem antes procurar um nutricionista é um erro. "A carne vermelha é fonte de todas as proteínas e os aminoácidos essenciais para o nosso corpo. Ela não tem um substituto único e contém vitaminas que não são encontradas em nenhum outro alimento. Por isso, as pessoas devem pensar duas vezes antes de cortá-la da dieta", explica o nutrólogo Wilson Rondó, autor do livro "Sinal Verde para a Carne Vermelha".

De acordo com o especialista, uma alimentação saudável é aquela que traz um equilíbrio entre os micronutrientes, ou seja, vitaminas e minerais, e os macronutrientes, como gorduras, proteínas e carboidratos. Fechar a boca para alimentos ricos no último grupo, como a carne vermelha, pode até fazer mal ao organismo. Compare os prós e contras:

Prós


De acordo com o endocrinologista Fillipo Pedrinola, especialista do Minha Vida, a carne vermelha contém inúmeros nutrientes que, se forem consumidos na medida certa, são importantes para o bom funcionamento do organismo. "Uma alimentação balanceada deve conter grande variedade de alimentos, incluindo carne branca, vermelha, peixe, laticínios, frutas, vegetais e grãos", explica.

Dentre todos os nutrientes encontrados na carne, os que ganham papel de destaque são as proteínas. Elas são consideradas completas, pois contêm os nove aminoácidos essenciais. Uma quantidade de 100 gramas de carne magra - com menos gordura - contém por volta de 20 a 30 gramas de proteína, o que equivale a, aproximadamente, 50% das necessidades diárias de um ser humano adulto.  
Para quem pratica exercícios físicos, ficar sem comer carne vermelha pode atrapalhar o treino, já que ela é fonte de diversos nutrientes que melhoram o desempenho muscular, como a mioglunulina - que promove o transporte de oxigênio para os músculos -, o ácido linoleico - que ajuda a perder peso e promove a perda de gordura - e a creatina, que ajuda a restaurar ATP após o esforço muscular. ATP é um tipo de molécula produzida durante a respiração celular, que dá energia ao corpo.

Segundo um estudo feito pelo Laboratório de Nutrição e Metabolismo da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, a creatina também ajuda a controlar a taxa de açúcar no sangue elevada em pessoas com diabetes. 
Músculos- Foto Getty Images
Além disso, a carne vermelha também é fonte de mioglobulina, uma proteína que promove o transporte de oxigênio para as células musculares e age como antidepressivo, o que permite exercícios mais intensos e sensação de bem-estar. O alimento ainda é a única fonte de vitamina B12, indispensável para o funcionamento das células nervosas do corpo.

"Por isso, a maioria das pessoas que não comem nenhum tipo de alimento de origem animal, principalmente a carne vermelha, apresentam carência dessa vitamina em longo prazo quando não tomam suplementos vitamínicos", explica Wilson Rondó.  
Contras

Mesmo que a carne vermelha traga benefícios ao organismo, seu consumo deve ser controlado, como praticamente todos os alimentos. "Ela pode liberar algumas substâncias nocivas à saúde se for cozida em excesso ou se for de procedência duvidosa", explica o nutrólogo Wilson, que afirma que a melhor opção de carne sempre será a que foi tirada de um gado criado em pastagens naturais e orgânicas.

Um estudo publicado pela revista Archives of Internal Medicine demonstra que quem controla o consumo de carne vermelha e carnes processadas vive mais. A pesquisa acompanhou por dez anos mais de meio milhão de pessoas com idades entre 50 e 71 anos. As pessoas que mais ingeriam carne vermelha (média de 62,5g em uma dieta de 1000 Kcal por dia) foram as que apresentaram maior mortalidade por doenças cardiovasculares e câncer, quando comparadas a aquelas que ingeriam menos carne vermelha (média de 9,8g / 1000 Kcal por dia). 
Carne Vermelha- Foto Getty Images
Os malefícios desse alimento estão mais ligados ao seu consumo excessivo, ou ao exagero da escolha de cortes muito "gordos", que contêm grande quantidade de gordura saturada que, por sua vez, está associada ao aumento dos níveis de colesterol, da pressão arterial e do risco de câncer. As carnes vermelhas ainda possuem compostos carcinogênicos que, se consumidos em excesso, aumentam as chances de câncer de intestino e próstata.

Veja quais são os cortes com mais gordura e mais magros: 
Cortes magros

Patinho - 7 gramas de gordura
Maminha - 7 gramas de gordura
Músculo - 7 gramas de gordura
Lagarto - 9 gramas de gordura
Filé mignon - 9 gramas de gordura
Coxão duro - 9 gramas de gordura
Coxão mole - 9 gramas de gordura

Cortes gordos


Acém - 11 gramas de gordura
Alcatra - 12 gramas de gordura
Contra-filé de costela - 13 gramas de gordura
Cupim - 13 gramas de gordura
Picanha - 20 gramas de gordura
Fraldinha - 26 gramas de gordura
Costela - 28 gramas de gordura
Além disso, pessoas retêm mais ferro do que deveriam, precisam diminuir ou evitar o consumo de carne vermelha, que é rica nesse mineral. "Quem sofre de câncer de próstata deve tomar o mesmo cuidado, pois a carne estimula a produção de testosterona, o que pode prejudicar o quadro da doença", lembra Wilson Rondó.

Rótulos de alimentos vão ter mais informação

O Parlamento Europeu aprovou, esta quarta-feira, novas regras de rotulagem dos alimentos, passando esta a ser mais clara e legível para permitir aos consumidores escolherem mais facilmente o que pretendem adquirir.
O regulamento actualiza as regras da UE aplicáveis à rotulagem dos géneros alimentícios, fundindo num único diploma legislativo as directivas sobre a rotulagem em geral e a rotulagem nutricional.
A nova legislação, já negociada entre os eurodeputados e os Estados-membros, visa garantir que a rotulagem dos alimentos na UE "seja mais clara e legível, criando condições para que os consumidores possam fazer escolhas mais saudáveis", segundo o Parlamento Europeu.  
De acordo com as novas regras, o valor energético e a quantidade de lípidos, ácidos gordos saturados, hidratos de carbono, açúcares, proteínas e sal terão de ser referidos de forma legível no rótulo dos produtos.  
Toda a informação relevante em matéria nutricional deve constar no mesmo campo visual, num formato tabular, de modo a ser facilmente identificada pelos consumidores.  
As informações passam também a ser expressas por 100g ou por 100ml, podendo adicionalmente ser referidas por porção.  
Por outro lado, as substâncias que provocam alergias terão de ser incluídas na lista de ingredientes, de modo a que os consumidores as identifiquem com facilidade. A informação sobre as substâncias alergéneas terá também de ser fornecida em relação a alimentos não embalados, como os que são vendidos em restaurantes ou refeitórios.  
A indicação do país de origem passa a ser obrigatória para a carne fresca de suínos, caprinos, ovinos e aves.  
As regras relativas à declaração nutricional não se aplicam aos produtos artesanais, para os quais é prevista uma derrogação.  
Os consumidores deverão também ser informados sobre a fonte específica de óleos vegetais usados em produtos, como, por exemplo, o óleo de palma.  
O novo regulamento visa ainda assegurar que os consumidores não são enganados com a apresentação das embalagens.  
Depois de o regulamento ser formalmente aprovado e publicado no Jornal Oficial da UE, as empresas do sector alimentar terão três anos para se adaptarem às novas regras e dois anos adicionais (ou seja, cinco anos no total) para aplicarem as exigências relativas à informação nutricional.
 

Acre recebe a 4ª etapa do Circuito Boi Verde

No ano passado participaram 162 animais de seis pecuaristas acreanos.


Nos dias 24 e 25 de julho acontece na cidade de Rio Branco (AC) a 4ª etapa do Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças 2011, iniciativa da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). Para o primeiro dia está marcado o julgamento in vivo, no seguinte o abate será realizado no Frigorífico Frigomaq.



No ano passado participaram 162 animais de seis pecuaristas. 64,2% dos bois apresentaram até quatro dentes e 67,3% pesaram entre 16 e 20 arrobas. Metade do rebanho analisado apresentou acabamento mediano e uniforme. A expectativa inicial é a de superar o número de animais. A vencedora em 2010 foi a Fazenda GF, de Pedro Wilson Rodrigues da Silva.



A 4ª etapa do Circuito Boi Verde conta com o apoio e participação da Associação do Nelore Acreano (Anacre) e do Frigorífico Frigomaq. Mais informações sobre a participação no Circuito Boi Verde podem ser obtidas através do telefone (11) 3293 8900 ou site www.nelore.org.br.
Fonte: Portal DBO, com informações da ACNB

Expor Cordeiro (RJ) 2011

A Holanda: os humanistas “verdes” provocam discórdias

6.07.2011, 15:56


foto: RIA Novosti




Os “verdes” da Holanda conseguiram a proibição de executar o abate de animais sem a anestesia. Esta lei já provocou protestos das comunidades muçulmana e judaica. Os pecuaristas apoiaram estes ortodoxos, afirmando que a nova lei vai arruiná-los.

A lei contradiz as regras de “kashrut” e “halal”, - afirmam os muçulmanos e judeus da Neerlandia, pois as normas religiosas permitem o abate somente de animais, cuja “saúde não foi lesada de antemão”. Mas de acordo com a lei, antes do abate o animal deve ser aturdido ou anestesiado. A represente do Partido de Proteção de Animais Karen Sowter declarou que a nova norma torna o processo de abate muito mais humano.


Os animais continuam conscientes alguns minutos depois do abate. Perdem muito sangue e morrem no próprio sangue. De acordo com as regras, deve ser aplicado um único golpe de faca. Mas as pesquisas evidenciam que normalmente são aplicados 3 – 5 golpes.

O parlamento aprovou esta lei precisamente por iniciativa do Partido dos Verdes que possui apenas duas cadeiras neste órgão legislativo. Mas as personalidades religiosas declararam que mesmo se esta lei fosse aprovada pela maioria dos deputados, não poderia obter a força legal. A vontade da minoria foi imposta à maioria e isso é inadmissível num Estado democrático, - argumentam os ortodoxos. Tanto mais que o Estado não tem direito de intervir em semelhantes questões, - assevera o líder de uma das comunidades judaicas Ronney Eizenmann.

Afirma-se que o assassinato ritual é fruto da ignorância, acusam-nos de ter estimulado a violência. Mas esta é uma parte da religião que professamos. E enquanto vivemos na sociedade holandesa moderna não precisamos da aprovação do Estado para isso.

Os pecuaristas neerlandeses também estão contra o abate “desumano” de animais. Afirmam que esta lei vai destruir granjas pecuárias pequenas e prejudicar as maiores. Para evitar isso, o Estado terá que conceder novos subsídios ao ramo, que já agora existe exclusivamente à custa de dotações, - aponta Ecaterina Kuznetsova, diretora de programas europeus do Centro de Estudo da Sociedade Pós-industrial.

A crise econômica, especialmente na Europa, jamais foi obstáculo para o desenvolvimento da legislação. Dada a envergadura da produção da carne na Holanda, a necessidade de fazer injeções anestésicas antes do abate vai exigir, certamente, despesas complementares. Admito que na primeira etapa o Estado possa, inclusive, subsidiar esta atividade ou decretar um certo período de transição para os pecuaristas a fim de diminuir o fardo financeiro complementar.

A lei escandalosa, aprovada pela câmara baixa, deve obter ainda a aprovação do senado. A fim de diminuir a tensão, foi inventado um subterfúgio especialmente para os ortodoxos. Eles foram convidados a fundamentar durante um ano o fato de que o abate é humano. Todavia os peritos afirmam que esta iniciativa veio a ser mais uma prova de que a Neerlândia renuncia ao princípio de multiculturalismo.

Frigorífico da Capital estaria planejando demitir 600 funcionários

O início do período de entresafra da pecuária de Mato Grosso do Sul pode agravar a situação de frigoríficos que têm dificuldade para conseguir animais para abate. Uma grande indústria do setor, com sede em Campo Grande, estaria planejando demitir mais de 600 funcionários nas próximas semanas se a situação não se reverter, informa Rinaldo de Souza Salomão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Campo Grande e Região.




Ele tomou conhecimento por intermédio de empregados da indústria que já estariam comentando sobre o “facão” (cortes de funcionários) que estaria sendo preparado pela empresa. “Acreditamos que é uma boa hora do governo liberar a importação de gado em pé do país vizinho, o Paraguai, onde muitos fazendeiros brasileiros criam e engordam gado”, afirmou o sindicalista que pede o empenho também das autoridades do legislativo de Mato Grosso do Sul para viabilizar essa compra externa.



O sindicalista disse que prefere não dizer o nome da empresa pois não tem a confirmação oficial da possível demissão dos empregados. Ele pretende entrar em contato com a indústria para tentar evitar a onda de demissão.



Rinaldo Salomão disse também que tem ouvido muitos pecuaristas reclamarem dessa possível “solução” para a crise no período de entresafra brasielira, por temerem que os frigoríficos fiquem liberados para promover a importação de gado em pé “à vontade” e que isso prejudicaria o mercado interno, baixando o valor da arroba no mercado e, consequentemente, provocando sérios prejuízos econômicos para quem reserva cabeças para venda nesse período crítico.



“Ora, o governo poderia estabelecer uma cota limitada de importação. Só mesmo para suprir a demanda nesse período”, explica o sindicalista que defende a imediata tomada de providências para que os frigoríficos o Estado tenham gado para abate para cumprir acordos e contratos internos e externos.



Postos de trabalho – Rinaldo Salomão informou ainda que Mato Grosso do Sul perdeu cerca de 8 mil postos de trabalho nos últimos anos no setor industrial de alimentação e bebida, que ainda não se recuperou. Só na Capital são mais de 2 mil desempregados de frigoríficos, fábricas de biscoitos, massas, trigo, óleo comestível e outros produtos, informa.



“As nossas autoridades precisam se conscientizar disso e parar de tentar maquiar uma realidade que infelizmente está aí para todos constatarem”, afirma o sindicalista citando o fechamento, por exemplo, de 7 frigoríficos, fábricas de massa, trigo, bebidas, biscoito e óleo de soja. “Essas estruturas precisam ser reativadas urgentemente para oportunizar o retorno dos profissionais”, afirma o sindicalista.



O quadro só não reflete social e economicamente o problema porque muitos desses 8 mil profissionais acabaram buscando outros mercados ou partindo para informalidade, “caso contrário, seria o caos em Mato Grosso do Sul”, afirma Rinaldo lembrando que o setor industrial precisa gerar novas oportunidades de emprego para muitos que ainda estão desempregados e para jovens que estão em busca do primeiro emprego.



Fonte: Assessoria Wilson Aquino

terça-feira, 5 de julho de 2011

Festa Nacional do Carneiro no Buraco começa hoje


Carneiro é cozido por seis horas em um buraco de 1,5 m de profundidade


Credito: Divulgação/Prefeitura de Campo Mourão
Festa Nacional do Carneiro no Buraco começa hoje
Crédito: Divulgação/Prefeitura de Campo Mourão
A 21ª edição da Festa Nacional do Carneiro no Buraco começa nesta terça-feira (5), no Parque de Exposições Getúlio Ferrari, às 20h, em Campo Mourão, a 92 km de Maringá, no Norte do Paraná.

De acordo com os organizadores, a estimativa é de que 150 mil pessoas visitem a festa até o domingo (10), quando encerram as programações. O carneiro é cozido em um buraco de 1,5 metros de profundidade por cerca de seis horas. Serão preparadas quatro toneladas de carne em 149 tachos.


Além do tradicional almoço com o prato típico do carneiro, que será servido no domingo, a festa conta também com rodeio, leilões, feiras gastronômicas e agroindustriais e parque de diversões.


Nesta edição, o evento contará também com três shows. O primeiro será na quinta-feira (7) com a dupla Munhoz e Mariano, na sexta-feira (8) será a vez da dupla Conrado e Aleksandro e no domingo a apresentação será com Maria Cecília e Rodolfo.


A entrada é gratuita. Os ingressos para os shows custam R$ 15 (antecipados), R$ 20 (no dia) e R$ 25 na bilheteria. O preço para o almoço é de R$ 25 para os adultos e R$ 15 para crianças de oito a 12 anos. Menores não pagam. Parte da renda arrecadada será revertida para entidades beneficientes.

Festa Nacional do Carneiro no Buraco começa hoje


Carneiro é cozido por seis horas em um buraco de 1,5 m de profundidade

Credito: Divulgação/Prefeitura de Campo Mourão
Festa Nacional do Carneiro no Buraco começa hoje
Crédito: Divulgação/Prefeitura de Campo Mourão
A 21ª edição da Festa Nacional do Carneiro no Buraco começa nesta terça-feira (5), no Parque de Exposições Getúlio Ferrari, às 20h, em Campo Mourão, a 92 km de Maringá, no Norte do Paraná.

De acordo com os organizadores, a estimativa é de que 150 mil pessoas visitem a festa até o domingo (10), quando encerram as programações. O carneiro é cozido em um buraco de 1,5 metros de profundidade por cerca de seis horas. Serão preparadas quatro toneladas de carne em 149 tachos.


Além do tradicional almoço com o prato típico do carneiro, que será servido no domingo, a festa conta também com rodeio, leilões, feiras gastronômicas e agroindustriais e parque de diversões.


Nesta edição, o evento contará também com três shows. O primeiro será na quinta-feira (7) com a dupla Munhoz e Mariano, na sexta-feira (8) será a vez da dupla Conrado e Aleksandro e no domingo a apresentação será com Maria Cecília e Rodolfo.


A entrada é gratuita. Os ingressos para os shows custam R$ 15 (antecipados), R$ 20 (no dia) e R$ 25 na bilheteria. O preço para o almoço é de R$ 25 para os adultos e R$ 15 para crianças de oito a 12 anos. Menores não pagam. Parte da renda arrecadada será revertida para entidades beneficientes.

Exportações de carne bovina in natura em junho

Fonte: Scot Consultoria/ médico veterinário Hyberville Neto
As exportações de carne bovina in natura somaram US$383,9 milhões em junho, valor 14,9% maior que em maio. Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Em relação ao mesmo período de 2010 o resultado foi praticamente o mesmo, com recuo de 0,1% na receita. Em junho de 2010 foram embarcados US$384,2 milhões em carne bovina.

Foram exportadas 101,0 mil toneladas equivalente carcaça (tec), 21,5% mais que no mês anterior. Em maio foram exportadas 83,1 mil tec.

Em relação ao mesmo período do ano passado o volume em junho foi 19,4% menor. Em junho de 2010 foram exportadas 125,3 mil tec.

O preço médio da carne exportada em junho foi US$3,8 mil por tec, valor 5,5% menor que em maio. Em relação a junho de 2010 o preço foi 23,9% superior.

Cortes

As pedidas de cortes de cane tiveram uma leve difernça essa semana.
O dianteiro sem osso pedida R$ 6,30 kg . Ja nos cortes do coxão (patinho,duro e lagarto) R$ 8,50 kg e o Coxão Mole (Chã) R$ 8,70 kg .

Reunião vendedores BGA-RJ

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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Exportações de frangos do Brasil crescem 6,8% em volume no primeiro semestre

por Globo Rural On-line
Fabiano Accorsi
As exportações de frangos no primeiro semestre do ano somaram 1,928 milhão de toneladas, aumento de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo informou nesta segunda-feira (04/07) a União Brasileira de Avicultura (Ubabef). A receita cambial no período totalizou US$ 3,999 bilhões, com incremento de 28,5%.

Segundo o presidente executivo da entidade, Francisco Turra, embora os números indiquem crescimento, o setor continua sendo impactado pela valorização do real frente ao dólar, o que está comprometendo a competitividade do produto no mercado internacional, desestimulando a exportação. “A verdade é que poderíamos ter obtido uma expansão ainda maior, por conta de aumento da demanda no mercado internacional. Mas estamos perdendo competitividade dia a dia. Desta maneira, mantemos a previsão de crescimento entre 3% e 5% nos embarques”, afirma Turra.

O presidente da Ubabef ressalta ainda a preocupação do setor avícola com os custos de produção. Entre janeiro do ano passado e junho deste ano, o preço da saca de milho, um dos principais insumos avícolas, teve aumento acumulado de 47% a 111% nas principais praças de comercialização. “Trata-se de um momento decisivo para que o governo federal intervenha de maneira firme, estabelecendo como prioridade o abastecimento interno de milho”, defende.


Vendas por segmento e por destino

As exportações de cortes somaram 1,019 milhão de toneladas (+8,1%) e receita cambial de US$ 2,147 milhões (30,6%). Já as vendas de frango inteiro totalizaram 732 mil toneladas (+4,1%), com receita de US$ 1,295 bilhão (+27%).

As exportações de frango industrializado, de 89 mil toneladas (19%), representaram receita de US$ 280 milhões (+38,9%). E nos outros segmentos, os embarques foram de 86,8 mil toneladas (+3,8%), com uma receita de US$ 277,2 milhões (+12,3%.)

Principal destino da carne de frango brasileira, o Oriente Médio comprou, no primeiro semestre, 718,3 mil toneladas, aumento de 8,6% na comparação com o mesmo período de 2010. A receita cambial somou US$ 1,361 bilhão, crescimento de 31,7%. As exportações destinadas à Ásia somaram 541 mil toneladas, 9,7% acima do verificado no período do ano anterior, enquanto a receita foi de US$ 1,236 bilhão, com incremento de 34,9%. A União Europeia respondeu como o terceiro maior mercado comprador no período, com encomendas de 240 mil toneladas, ou 14,1% a mais do que entre janeiro e junho de 2010. A receita cambial, de US$ 700,9 milhões, foi 32,5% maior na mesma comparação.

Para a África as vendas totalizaram 228,4 mil toneladas (+0,7%) e a receita cambial ficou em US$ 313,9 milhões (crescimento de 19,7%). Para as Américas, o Brasil exportou 132,7 mil toneladas de carne de frango, 4,9% a menos na comparação com o período do ano anterior, obtendo uma receita de US$ 243,9 milhões (+5,1%). E no caso dos demais países da Europa, os embarques foram de 65,7 mil toneladas, com queda de 9,2%, e aumento de 1,7% na receita, totalizando US$ 139,5 milhões.

Brasil tenta suspender embargo à carne

Técnicos brasileiros e russos terão uma nova reunião hoje (4), em Moscou

 PORTAL DO AGRONEGÓCIO


O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse durante a semana que a presidente Dilma Rousseff liberou R$ 50 milhões para modernização dos laboratórios de análise dos alimentos brasileiros. O objetivo dos investimentos é fazer que a infraestrutura brasileira passe a corresponder a níveis internacionais de qualidade.

De acordo com Rossi, o acordo entre ele e Dilma foi informal. Os recursos, portanto, só serão liberados após a apresentação de um projeto feito por grupo técnico do ministério. Segundo ele, o ministério já havia autorizado técnicos brasileiros a recorrerem a laboratórios privados - tanto nacionais quanto estrangeiros- para que as exigências russas fossem cumpridas.

Wagner Rossi, na cúpula do G-20 agrícola, em Paris, teve encontro com o chefe do serviço veterinário da Rússia, Sergei Dankvert, e garantiu que o Brasil está disposto a atender às exigências russas.

Na missão técnica que irá a Moscou, serão apresentadas 140 empresas capazes de retomar o comércio de acordo com os padrões exigidos. O embargo à carne suína brasileira tem sido imposto pela Rússia desde abril deste ano.

Argentina: JBS muda foco para escapar da crise

Poucos são capazes de demonstrar otimismo com a indústria de carnes na Argentina, que demitiu mais de 6 mil trabalhadores e perdeu 11 milhões de cabeças de gado nos últimos quatro a cinco anos. Na Swift Armour, maior frigorífico do país, controlada pelo grupo brasileiro JBS, também não havia razões para vislumbrar um cenário promissor. Três de suas seis unidades estão paradas. Devido ao excesso de regulação e às dificuldades em exportar, só 40% da capacidade de abate - em torno de 5 mil animais por dia - está sendo aproveitada.

Mas o executivo Artêmio Listoni, que assumiu recentemente o comando da JBS na Argentina, começa a implementar um novo plano de negócios para mudar o foco de atuação da empresa e recolocá-la na trajetória de crescimento. A Swift se concentrará nas exportações da Cota Hilton à União Europeia e dará prioridade à venda de produtos industrializados no mercado interno. "Estamos saindo da história de simplesmente matar boi na Argentina".

Ele está convencido de que a inflação dos alimentos no país levará os argentinos a migrar cada vez mais para o consumo de produtos populares, como hambúrgueres e salsichas, em vez dos tradicionais bife de chorizo e assado de tira. Os preços dos alimentos subiram cerca de 40% em 2010, segundo medições independentes. Mesmo o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), desacreditado pela opinião pública e pelo mercado, admitiu uma alta de 14%. "O comportamento alimentar do argentino está mudando. Ele vai querer um produto de qualidade, de gosto bom e custo acessível."

Com a nova estratégia, Listoni acredita que o faturamento da Swift pode aumentar, dos US$ 500 milhões esperados neste ano, para US$ 700 milhões em 2012 e cerca de US$ 1 bilhão em 2013. Mas a composição será diferente. Hoje, 60% das receitas provêm das vendas ao exterior e 40% do mercado argentino. Em dois anos, a expectativa dele é inverter essa relação. Por isso mesmo, dá um recado claro aos concorrentes: as unidades da JBS no país "não estão à venda", ao contrário do que foi anunciado pela própria empresa em 2010.

Na aposta pelos industrializados, a empresa abriu há um mês uma nova linha de produção de hambúrgueres, com investimento de US$ 5 milhões. Isso lhe permitirá duplicar a capacidade, de 1 mil para 2 mil toneladas por mês, aumentando a participação de mercado, hoje em cerca de 10%. Nas salsichas, o objetivo é dobrar a participação, atualmente em 4%, com uma política de marketing mais agressiva.

Outras duas apostas estão nos patês e nos sebos. A unidade de Pontevedra, na Grande Buenos Aires, foi readequada para receber uma nova linha de produção de patês. A inauguração será em 1º de novembro. Com esse investimento, a produção aumentará em 25%, o que significa 3 milhões de latas por mês. Mais importante: será reaberto o abate em Pontevedra, com 600 cabeças de gado por dia, para assegurar o abastecimento.

"Temos 74% do mercado de patês na Argentina, mas chegamos a recusar um quinto dos pedidos, por falta de capacidade", diz Listoni, esperando solucionar o problema de oferta. Na linha de sebos, industriais (como insumo para produtos de higiene e cosméticos) e comestíveis (banha), a produção saltou de 25 para 250 toneladas por dia, em apenas um ano. Em breve, deverá atingir 320 toneladas por dia.

Listoni explica que os novos planos da JBS para a Argentina não estão baseados apenas em um diagnóstico da situação macroeconômica e da indústria de carnes em si, mas em uma extensa pesquisa feita recentemente pela empresa. Ela mostra que 90% dos consumidores locais conhecem a marca Swift e pelo menos metade já provou seus produtos. Mas a impressão generalizada é de que os produtos estão direcionados prioritariamente à exportação. Com ações de marketing a partir de julho, a empresa tentará mudar essa imagem. "A estratégia era matar vaca, cozinhar, botar dentro de uma embalagem e mandar para a Europa, para os Estados Unidos e para a Ásia. Não se atuava forte no mercado interno. E nós cometemos alguns erros aqui".

O executivo afirma que não deixará de atender seus clientes no exterior, mas o foco nas exportações será a Cota Hilton, cuja tonelada é negociada a mais de US$ 13 mil, com o envio de cortes nobres para o mercado europeu. Para complementá-la, os cortes dianteiros (mais baratos) serão enviados para países como Israel. No período 2010-2011, a JBS preencheu 2,2 mil toneladas da Hilton. Para a próxima temporada, entre julho deste ano e junho de 2012, foram pedidas 2,5 mil toneladas. O grupo brasileiro tem um bom argumento: nos últimos dois anos, a Argentina não conseguiu enviar à UE todo o volume acertado.

Listoni diz que a empresa não quer "atritos" com o governo argentino, mas avalia que a política de intervenção no mercado tornou "inviável" boa parte das exportações. "Aqui, carne e batata são como o feijão com arroz para a gente. O governo decidiu pôr a mão em cima da carne para reduzir o preço e aumentar o consumo. Aconteceu o contrário".

O executivo explica: para cada 2,5 quilos de carne para exportação, é preciso entregar ao mercado interno 1 quilo de cortes populares - são 13 ao todo, com preços tabelados pelo governo e congelados há três anos. Isso gera um custo adicional de aproximadamente US$ 500 por tonelada e torna pouco vantajoso exportar. "Não achamos as melhores decisões, mas aceitamos e procuramos nos enquadrar. Não é pela falta de boi que temos plantas fechadas. É pela inviabilidade do negócio."

A matéria é de Daniel Rittner, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.