quarta-feira, 22 de junho de 2011

JBS socorre Pilgrim´s


O presidente-executivo da Pilgrim's Pride admitiu ontem que os temores de que a companhia poderia romper cláusulas de sua dívida com os bancos afetaram recentemente os preços das ações da empresa, mas disse a que produtora de carne de frango não espera nenhum problema de liquidez neste ano.
Bill Lovette disse que os bancos da companhia estão "confortáveis" com sua estratégia e acrescentou que a JBS, a produtora de carne brasileira que detém dois terços do capital da Pilgrim's Pride, poderá, se necessário, emprestar até US$ 100 milhões que poderiam servir como "proteção" para a companhia.
A ação já perdeu mais de um terço de seu valor em 2011 e no começo do ano atingiu o ponto mais baixo em 52 semanas. Questionado sobre a queda em uma apresentação a investidores, Lovette disse que vem recebendo muitas perguntas sobre a situação da indústria da carne de frango em geral e sobre o cumprimento dos termos de suas dívidas.
Recentemente, a agência de classificação de risco Moody's Investors Service revisou a perspectiva da companhia de positiva para estável, alegando que se os preços do frango não melhorarem a empresa provavelmente terá de retificar cláusulas de sua dívida na segunda metade do ano.
A Pilgrim's, que se viu obrigada a entrar em processo de recuperação judicial em 2008 ao ser afetada pela forte alta dos custos com ração, enfrentou pressões similares neste ano, assim como o resto do setor de aves.
O mercado como um todo não foi rentável em nenhuma semana do ano, segundo Bill Lovette.
Os custos da empresa com ração subiram US$ 188 milhões no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2010. Lovette diz que a empresa já comprou todo o milho que precisará neste ano.
Analistas dizem que a sorte do setor não melhora de forma significativa até que a produção comece a cair. Embora os estoques continuem elevados, o número de ovos em incubadoras - indicador da oferta futura - caiu nas últimas semanas, e no quarto trimestre os números poderiam mostrar queda entre 4% e 6%, segundo Lovette.
A oferta, teimosamente alta, impediu os preços do frango de subir, apesar do valor recorde das carnes bovina e suína, que alguns no setor torciam para levar os consumidores a comprar mais frango, que é um produto mais barato.
Lovette disse ter ficado surpreso com o fato de os preços do frango não terem aumentado, acrescentando que isso indicava uma "falta fundamental de demanda por todas as proteínas".
As ações da Pilgrim's subiram durante a apresentação de Lovette. Chegaram a avançar 6,1%, para US$ 4,71.
Valor Econômico

Frigorífico será implantado em Mato Grosso

Silvana Bazani

Mais um abatedouro de aves será instalado em Mato Grosso, no município de Barra do Bugres, a 168 quilômetros de Cuiabá. Unidade terá capacidade de abate diária de 1,5 mil frangos caipiras, provenientes de assentamentos rurais de Tangará da Serra, Nova Olímpia, além de Barra do Bugres. Foram investidos R$ 300 mil, oriundos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), para execução do empreendimento, incluindo construção e aquisição de equipamentos.

Estimativa da Secretaria de Agricultura do município é que mil famílias sejam beneficiadas com o empreendimento. "Essa atividade irá contribuir para fortalecer a renda dos produtores, além de outras já desenvolvidas, como apicultura e olericultura, fortalecendo a cadeia produtiva regional", explica o engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Sustentável de Barra do Bugres, Ozíris do Espírito Santo.

Projeto está sendo coordenado pela prefeitura municipal, mas a coordenação será transferida para os próprios criadores, após formação de cooperativa. "Por enquanto, está sendo discutido o Plano de Negócios". Ação semelhante será concluída em Santo Antônio do Leverger até o final deste ano. Mais de 100 criadores de frango caipira irão fornecer aves para o abatedouro do município. De acordo com o proprietário Hélio Azevedo, cerca de R$ 4 milhões estão sendo aportados no projeto industrial, que tem capacidade de abate de 5 mil aves por dia. "Temos estudo de demanda e vamos atender todo Estado".

Azevedo diz que alguns criadores poderão fornecer até 6 mil aves caipiras por mês. Iniciativa prevê parcerias também para fornecimento de ração. De acordo com o secretário adjunto de Desenvolvimento Regional da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), Renaldo Loff, a criação de frango caipira é uma cadeia produtiva nova no Estado, por isso ainda não foi elaborada uma política específica para o setor. "Mas o Estado tem investido e incentivado, é um nicho de mercado bem interessante". A maior parte da produção está concentrada no vale do Rio Cuiabá, entre os municípios de Nortelândia, Barra do Bugres e Santo Antônio.

Escala industrial - Projetado para abater 320 mil aves por dia, um novo frigorífico de aves está sendo instalado em Paranatinga, um investimento de R$ 240 milhões do grupo paranaense Integro. A indústria irá gerar 3 mil empregos diretos e outros 15 mil indiretos. A empresa atuará na fabricação de rações, abate de aves e incubadora de frangos. Na sua fase inicial manterá abate de 40 mil aves por dia. "É o maior grupo frigorífico do segmento de toda América Latina", observou o prefeito do município, Valdir Pires.

Conforme dados da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), até o ano passado havia 35 empresas atuando com abate de aves, suínos e outros pequenos animais em Mato Grosso.

Gazeta Digital

terça-feira, 21 de junho de 2011

Pecuaristas estão insatisfeitos com proposta de pagamento aos credores do Mataboi

Associação divulgou insatisfação através de nota





PORTAL DO AGRONEGÓCIO
A Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), afirmou em nota que a proposta de pagamento aos credores da recuperação judicial do frigorífico Mataboi não atende às necessidades dos pecuaristas.

O documento prevê pagamento integral aos pecuaristas com crédito de até R$ 60 mil, em quatro parcelas trimestrais de 25% do valor total. Já os pecuaristas que tem crédito acima de R$ 60 mil devem receber 12 pagamentos trimestrais de 8,33% da dívida, com carência de 12 meses.

A empresa, que atua há mais de 60 anos em vários Estados brasileiros, confirmou no dia 31 de março deste ano que estaria em recuperação judicial.

Reunião dos vendedores da BGA-RJ

Para destacar ou imprimir , clicar na imagem

Preços Cortes Rio de Janeiro

Esses são preços pedidos na Bolsa hoje, por um grande frigorifico :
Dianteiro sem osso  R$ 6,20 kg
Coxão Mole R$ 8,50 kg
Patinho,lagarto e Coxão Duro R$ 8,40
Contra e alcatra R$ 10,00



China estabelecerá sistema de rastreamento de carne e hortaliça nas zonas urbanas até 2015

O Ministério do Comércio da China informou nesta terça-feira que o país asiático estabelecerá um sistema de rastreamento de carne e hortaliça em todas as cidades com uma população superior a um milhão antes do final de 2015, a fim de impulsionar a segurança alimentar.
A medida foi tomada como resultado dos debates públicos sobre a segurança alimentar do país após uma série de escândalos. O sistema de rastreamento fornecerá informações sobre a produção, a circulação e o consumo de carne e vegetais.
A China estabeleceu o sistema de rastreamento em dez cidades no ano passado, incluindo Shanghai e Dalian, para proteger os consumidores de riscos, disse Yao Jian, porta-voz do ministério.
O país começou a promover o sistema em outras dez cidades este ano, incluindo Tianjin e Jinan. O sistema cobre atualmente 176 matadouros, 100 mercados atacadistas de grande escala, mais de 3 mil mercados de alimentos, mais de 1,4 mil supermercados e 4,4 mil grupos de consumo, revelou um funcionário do departamento de supervisão de mercado, subordinado ao ministério.
O sistema de rastreamento também protege os agricultores já que as autoridades poderão saber em tempo viável quando e onde as carnes e hortaliças contaminadas foram produzidas, e dessa forma, os outros agricultores não serão afetados pelas inspeções de segurança, acrescentou o funcionário.
(por Agência Xinhua)

Bahia combate abate clandestino de animais

"Combater o abate clandestino é uma questão de segurança alimentar", afirma o secretário estadual da Agricultura da Bahia, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, comparando a situação com a segurança pública. "Oideal seria termos um policial em cada esquina, mas isso o Estado não tem como fazer. Da mesma forma, não podemos ter um fiscal agropecuário em cada distrito ou município da Bahia, um Estado com 56 milhões de hectares, dos quais 30 milhões com atividades agrícolas e pecuárias".
    
As declarações do secretário foram feitas nesta sexta-feira, (17), na abertura do 1 Encontro Baiano sobre Abate e Comércio Ilegal de Carnes, no Fiesta Convention Center, em Salvador. O evento foi promovido pelo Ministério Público da Bahia, com apoio da Agência Baiana de Defesa Agropecuária, Adab.
   
Destacando a relevância do evento realizado para discutir o tema no Estado, o secretário disse que a educação sanitária é tão importante quanto a fiscalização. Em parceria com o Sindcarne e com a Federação da Agricultura do Estado da Bahia, Faeb, a Adab tem se empenhado em promover a edcução sanitária, realizando peças educativas nas escolas e nas comunidades, conscientizando crianças e adultos para a importância de consumir alimentos sadios. "Esse encontro fortalece o trabalho de inteligência realizado pelo governo, juntamente com as entidades parceiras. Somente assim, com essa união, conseguiremos levar carne com mais qualidade para a mesa dos baianos".
   
O secretário lembrou ainda que a Seagri/Adab desenvolveu uma planta padrão para construção de frigoríficos, com capacidade para abate de 30 a 100 animais/dia, com preço reduzido. "Dizia-se que não se construía uma unidade frigorífica com menos de R$ 5 milhões. Nós conseguimos fazer uma planta que viabiliza a construção com R$ 1,2 milhão", afirmou. A planta padrão da Seagri foi validada pelo Ministério da Agricultura e tornou-se modelo para o Brasil, solicitada pelos secretários de agricultura de outros estados.
   
O procurador-geral de justiça do Estado em exercício, José Gomes Brito, também salientou a importância de as entidades fiscalizadoras se unirem para fortalecer as ações de combate ao abate informal, e afirmou que o Ministério Público estadual continuará coibindo com veemência as atividades ilegais. Segundo o MP, o abate clandestino é responsável pela procedência de mais de 45% da carne consumida no Estado.
   
Para o coordenador-geral da Adab, Paulo Emílio Torres, o abate não inspecionado vem diminuindo pouco a pouco na Bahia, graças, sobretudo, às inúmeras campanhas educativas feitas pelo órgão. "O nosso público-alvo são as crianças. Precisamos e estamos inserindo a educação sanitária nas escolas. Os estudantes de hoje serão os produtores e consumidores de amanhã", pontuou.

Frigoríficos
Outra questão chave para combater o abate informal de animais é a construção de unidades frigoríficas no Estado, que faz parte do Projeto de Descentralização e Regionalização do abate. O secretário Eduardo Salles lembrou que a Seagri, através da Adab, assinou com 15 municípios baianos termom de compromisso para construção de unidades frigoríficas de abate. "Os novos abatedouros vão se somar aos 30 existentes, ampliando o combate ao abate clandestino", disse.
   
Com planta padrão desenvolvida pela Seagri/Adab, os abatedouros são modulares, com capacidade para abater de 30 até 100 animais por dia. Dez deles serão instalados nos municípios de Itanhém, Barra, Santa Rita de Cássia, Medeiros Neto, Valente, Iguaí, Araci, Itaberaba, Jaguaquara e Paramirim. Os outros cinco vão ser implantados em Bom Jesus da Lapa, Valença, Remanso, Morro do Chapéu e Itabuna e terão capacidade de abater pelo menos 100 animais/dia.
O projeto está sendo executado em parceria com os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.
   
De acordo com o secretário, os 15 municípios onde as novas unidades serão instaladas foram definidos depois de um estudo das zonas do Estado que mais necessitavam do equipamento, em função das distâncias dos já existentes e do rebanho da região. "Dessa forma, preservamos as demandas locais. No município de Barra, por exemplo, onde estivemos essa semana realizando o Programa Seagri Itinerante e também iremos implantar um abatedouro, a carne transportada precisa percorrer 200 quilômetros para chegar ao destino de abate. Essa realidade será modificada".
  
Os frigoríficos serão construídos com base nas exigências da Portaria 304 do Ministério da Agricultura, que regula o abate de bovinos, caprinos e ovinos, e impõe normas à construção dos equipamentos e a existência de câmaras de refrigeração. "Além de ser mais barata, tendo custo em torno de R$ 1,2 milhão, quando era voz corrente que não era possível construir uma unidade de abate com menos de R$ 5 milhões, a planta padrão contempla características peculiares, como o proveitamento de carcaças e vísceras", finalizou o secretário. Com informações da assessoria de comunicação da Secretaria de Agricultura da Bahia.
SAA/BA

Russos e brasileiros conversam sobre a carne


Embargo imposto pela Rússia à importação da carne do Brasil afeta 89 empresas

Ao longo desta semana, uma série de reuniões entre autoridades russas e brasileiras poderá trazer novas propostas para resolver o impasse criado pelo embargo imposto pelos órgãos de controle sanitário da Rússia à importação da carne produzida no Brasil.
Na quinta-feira, 16, os ministros do Exterior do Brasil e da Rússia, Antônio Patriota e Sergey Lavrov, conversaram por telefone sobre a questão. O ministro russo tranquilizou o colega brasileiro, afirmando que a decisão russa nada tinha de política, e que sua única motivação é de ordem sanitária, uma vez que os padrões brasileiros de conservação da carne e derivados foram considerados inadequados pelos sanitaristas e veterinários russos que visitaram frigoríficos brasileiros em abril.
Agora, resta a possibilidade de o diálogo entre russos e brasileiros produzir efeitos que revertam ou pelo menos atenuem as consequencias da suspensão das importações. O Ministro Lavrov disse que o mais recomendável, no momento, é esperar pela solução negociada, e o Ministro Patriota afirma ter recebido garantias do colega russo de que tudo se resolverá de acordo com padrões técnicos, sem qualquer envolvimento político.
O embargo russo imposto à importação da carne brasileira afeta 89 empresas situadas nos Estados do Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Época de baixas temperaturas compromete alimentação do gado

20/06 
Pastos perdem qualidade e a alimentação do rebanho fica comprometida. Pecuaristas utilizam o confinamento para que os animais engordem.

Do Globo Rural

Há seis anos o pecuarista Haroldo Martins, de Ourinhos, no centro-oeste paulista, decidiu parar de criar bois apenas em pastos e passou a se dedicar a produção de gado confinado para acelerar o processo de engorda dos animais.

“Hoje, por causa das baixas temperaturas e a falta de chuva, o ciclo do gado se torna mais rápido. Na hora que ele chega a propriedade ele passa por um semi-confinamento, que é uma fase de adaptação, e depois vai para o confinamento. A partir do nascimento demora de 25 a 28 meses. Em pasto levaria em torno de 36 meses”.

Com a queda nas temperaturas em períodos como o outono e o inverno, os pastos perdem qualidade e a alimentação do rebanho fica comprometida. Já com o confinamento, os animais recebem ração constantemente e não param de engordar.

“No confinamento ele tem uma ração completa, balanceada com proteínas, mineiras energia, tudo o que eles precisam para engordar em tempo hábil e rápido”, explica Marcelo Leirião Consalter, veterinário.

Só que esse sistema tem um custo elevado. As despesas com alimentação e mão de obra podem representar em alguns casos até 50% do valor negociado na hora da venda do boi. Por isso, o confinamento é uma alternativa viável para fazendas que engorda pelo menos 1.500 animais por ano e lucra graças a alta rotatividade de produção.

“Os custos são altos, mas o retorno é rápido. Se não fosse pelo confinamento, não teria estrutura para rodar o que roda hoje em dia”, declara Márcio de Souza, adminstrador de fazenda.

Mato Grosso do Sul
O vento gelado que sopra em São Gabriel d'oeste, no norte do estado, castiga ainda mais a pastagem que já sofre com os efeitos do clima. Foram 58 dias sem chuva, entre abril e maio. O frio também chegou cedo, o município já registrou doze graus de temperatura. E o pasto seco, antes do inicio de julho, anuncia uma estiagem rigorosa.

"Esse vento seca mais, faz mais mal do que a falta da água. Ele seca muito o capim, a terra resseca e a proteína vai embora", diz Rezala Elias Junior, pecuarista.

O pecuarista Rezala Junior já vendeu o primeiro lote de animais. Para manter 1.300 cabeças de gado, na propriedade de mil hectares, ele precisou liberar espaço. Na propriedade foi adotado um sistema de rotação para manter alimento do rebanho durante a seca.

A fazenda foi dividida em invernadas de quinze hectares, a cada quatro meses uma delas descansa por pelo menos 30 dias. Na chuva, é tempo suficiente para que o capim rebrote e cresça novamente. Na seca, vai servir de alimento para o rebanho durante toda entressafra.

A expectativa é que as pastagens alcancem o ponto crítico, em Mato Grosso do Sul, na primeira quinzena de agosto.

G1 - Globo

Preços da arroba do boi gordo voltam a cair no mercado

20/06 
São Paulo - Apesar de a oferta de animais prontos para abate ter voltado a ficar limitada no mercado brasileiro, os preços da arroba do boi gordo registraram ligeiras quedas nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq, em São Paulo, as efetivações no mercado pecuário têm refletido basicamente as especialidades de cada transação. Entre 8 e 15 de junho, o Indicador do boi gordo Esalq/BM&FBovespa (à vista, CDI - São Paulo) caiu 1,33%, passando para R$ 96,84 na quarta-feira. No acumulado de junho, o Indicador registra queda de 1,8%.

DCI - Diário do Comércio & Indústria

Fusão Sadia-Perdigão sob más condições

Dois anos depois de anunciada a fusão entre Sadia e Perdigão — que resultou na BRF-Brasil Foods —, as duas maiores produtoras de carnes de aves e suínos do país, a cidade de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, vive a expectativa sobre a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Se outras empresas do setor temem uma concorrência desleal e predatória com uma gigante do porte da BRF-Brasil Foods, os trabalhadores apontam as dificuldades em convencer a companhia a melhorar as condições de trabalho. Mutilações e enfermidades causadas pelo frenético ritmo de produção levaram ao afastamento de 2.158 trabalhadores dos 6.900 da fábrica da Sadia na cidade nos últimos três anos.
Os baixos salários, somados a esses problemas de saúde sofridos pelos funcionários da Sadia na unidade de Chapecó, não têm atraído novos trabalhadores. A empresa, para manter a produção, tem buscado mão de obra em cidades distantes até 200 quilômetros da fábrica. Ela vem recrutando até índios na região. Nessa unidade são abatidos cerca de cinco mil suínos e pelo menos 400 mil frangos e perus por dia.
Empresa se comprometeu a desacelerar ritmo em 10%
Segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Chapecó (Sitracarnes), o número de funcionários afastados por doenças ou lesões ocupacionais na cidade é o maior entre todas as fábricas da Sadia no país.
As condições de trabalho na unidade e o grande número de afastados mereceram uma investigação do Ministério Público de Trabalho (MPT), que acabou em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A investigação foi iniciada em 2009, e o TAC foi assinado em março deste ano. Além de pagar uma indenização no valor de R$ 2 milhões, a Sadia se comprometeu a rever a jornada de trabalho, com redução em 10%, por exemplo, no ritmo de produção nas áreas de desossa até 2013.
Até a chegada do Ministério Público, os funcionários tinham de destroçar um frango sob água gelada a cada oito segundos na linha de produção. A situação não melhorou muito, mas o sindicato conseguiu que os trabalhadores tenham cinco intervalos de 8 minutos ao longo da jornada, que é de 8 horas e 48 minutos por dia.
Sindicato quer piso de R$ 890, Sadia oferece R$ 750
De acordo com o presidente do sindicato, Jenir Ponciano de Paula, o próximo desafio é convencer a direção da empresa a melhorar o piso salarial dos trabalhadores, que hoje está em R$ 701. Em plena negociação com a empresa, o sindicato quer propor um piso de R$ 890, reposição da inflação (6,44%) e 8% de aumento real. A empresa oferece piso de R$ 750 e reajuste de 7%.
" Já existe uma falta generalizada de candidatos para as vagas na indústria da carne de Chapecó. Com esse salário, muito em breve nem os índios vão querer trabalhar aqui" disse De Paula.
O Globo

Ucrânia embarga Brasil


A Ucrânia, a exemplo da Rússia, suspendeu a importação de carnes do Brasil. De pouca importância no caso de carnes de frango e bovina, essa suspensão afeta as vendas externas de carne suína. A limitação não inclui todos os frigoríficos brasileiros.
Essa suspensão é mais uma pressão russa, diz um participante desse setor. Eles querem impedir que a carne brasileira chegue à Rússia pela fronteira ucraniana. "A Rússia quer deixar o Brasil de joelho", diz a fonte.
Folha de São Paulo

Rio

Na sexta feira o traseiro de boi  inteiro com osso foi vendido a R$ 6,50 kg o dianteiro a R$ 4,50 kg e a pa a R$ 4,60 kg.