sexta-feira, 29 de abril de 2011

Rússia suspende importação de carne de frigoríficos brasileiros

A decisão surpreendeu o Ministério da Agricultura. Relatório afirma que empresas não cumpriam regras de sanidade

De acordo com os técnicos do Ministério da Agricultura, as 29 unidades frigoríficas visitadas pela missão russa em abril foram reprovadas. Vinte e uma unidades já estavam impedidas de exportar e continuam sob restrições. Outras oito de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, que estavam autorizadas a vender carnes e ração para o mercado russo, tiveram a habilitação suspensa.
O relatório da missão russa enviado ao governo brasileiro afirma que os frigoríficos não estavam de acordo com as regras de sanidade animal e vegetal. Mas segundo o Ministério da Agricultura, todas as unidades inspecionadas seguem recomendações internacionais de produção. Por isso, o resultado da missão russa surpreendeu o governo brasileiro.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, Pedro Camargo Neto, falou sobre a decisão dos russos e espera que ela seja mais detalhada. “Existem dúvidas de interpretação, de tradução, de que, ao retirar um estabelecimento, se está retirando como um todo ou se está retirando a parte de produtos industrializados, o que muda muito”.
O Ministério da Agricultura pediu mais detalhes da decisão do governo russo e deve apresentar uma resposta semana que vem. Uma missão oficial brasileira vai visitar a Rússia no dia 15 de maio. As informações são do G1.

Frigorifico em Cruzeiro do Sul assina acordo de não comercializar carne ilegal



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Acordo é o segundo a ser assinado
O frigorífico Frigonorte, instalado em Cruzeiro do Sul, assinou nesta quarta-feira, 27, um acordo judicial proposto pelo Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Ministério Público do Trabalho, se comprometendo a não comprar carne bovina de áreas embargadas em razão de desmatamento ilegal ou de exploração de trabalho escravo.
O Frigonorte é o segundo frigorífico a assinar o acordo. A JBS, maior empresa também se comprometendo com as mesmas cláusulas do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que foi proposto antes de a ação civil ser ajuizada, mas que não teve a adesão de nenhum dos 14 frigoríficos citados.
Para a Procuradora de Justiça Patrícia Rêgo, que esteve em Cruzeiro do Sul, a decisão das duas empresas mostra que os demais estabelecimentos também tem condições de cumprir o TAC, proposto em março.
Com o acordo assinado, a partir de agora, a JBS e o Frigonorte estão isentos do pagamento de multa, mas caso o acordo seja descumprido deverão pagar R$ 500 por quilo de carne comercializado irregularmente.


quinta-feira, 28 de abril de 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Exportações de carne bovina de MT têm 2º pior trimestre dos últimos 5 anos

27 de abril de 2011 - 07:11h 
Autor: Só Notícias/Alex Fama 

As exportações de carne bovina de Mato Grosso, no primeiro trimestre deste ano, fecharam em 45,27 mil toneladas de equivalente carcaça, de acordo com estatística da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Este montante é o segundo menor número para este período dos últimos cinco anos. Este volume embarcado é apenas maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2009, quando foram exportadas 35,04 mil toneladas.

De acordo com boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em relação ao ano passado o acumulado dos primeiros três meses do ano obteve recuo de 4%. Janeiro foi o mês que mais comprometeu os números, uma vez que os embarques foram os menores desde fevereiro de 2009. 

“A combinação da manutenção da cotação do dólar na casa de R$ 1,50, com preço elevado internamente e problemas políticos no Oriente Médio podem ter atrapalhado o desempenho do Estado. Estes fatores e o resultado do primeiro trimestre demonstram que, apesar de apresentar recuperação, a economia internacional ainda não está totalmente curada do forte abalo que sofreu em 2008”, analisa o boletim do instituto. 

“Como este primeiro semestre, juntamente com o último, é historicamente período de esfriamento natural da demanda internacional, o sinal de alerta ainda se encontra em meia-luz. Deste modo, a tensão internacional continua, mas ainda é muito cedo para jogar a toalha em 2011”, ressalta. 

Após processo, maior empresa do mercado aceita acordo contra comércio de carne ilegal


Por: ALTINO MACHADO

O frigorífico JBS-Friboi decidiu assinar nesta quarta-feira (27), em Rio Branco (AC), um acordo judicial se comprometendo com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado e Ministério Público do Trabalho.
A partir do acordo, que terá abrangência nacional, a maior empresa do mundo no setor de carne bovina assume o compromisso de não comprar, permutar, receber em doação, processar industrialmente, vender, ou doar produtos bovinos oriundos de áreas embargadas em decorrência de desmatamento e de exploração do trabalho escravo no Acre.
O TAC foi apresentado em março por procuradores e promotores de justiça durante audiência pública, mas os frigoríficos se recusaram a assiná-lo. Por causa disso, foi ajuizada uma ação civil pública de R$ 2 bilhões em multas e danos morais ambientais contra 14 frigoríficos e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).
A ação pede que o Ibama cumpra o dever de multar os frigoríficos, nos valores levantados durante investigação, ou seja, mais de R$ 1 bilhão, além de indenização por danos morais ambientais no mesmo valor.
A pecuária é a atividade econômica que mais desmata na Amazônia e a que mais se beneficia com o lucro advindo do trabalho semelhante ao escravo.
Investigação do MPF identificou que frigoríficos continuam comprando carne de fazendas que já sofreram embargos, o que é ilegal e gera multa de R$ 500 por quilo comercializado.
Durante a investigação, entre 2007 e 2010, o JBS-Friboi foi flagrado  comprando carne de fazendas embargadas por danos ambientais e cujos donos respondem a processos por trabalho escravo.
A ação civil pública contra os frigoríficos que atuam no Acre vem sendo coordenada pelo procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. Segundo o procurador, o frigorífico JBS é o que tem demonstrado maior disposição para o diálogo, preocupado em atender a legislação sem comprometer o empreendimento.
Reação
No Acre, onde nasceu e morreu o líder sindical e ambientalista Chico Mendes, políticos e o governo estadual tem criticado duramente a atuação dos procuradores e promotores de justiça. O governador Tião Viana (PT) acionou a Procuradoria Geral do Estado para defender os interesses dos pecuaristas e dos frigoríficos.
Os senadores Jorge Viana e Aníbal Diniz, ambos do PT, ocuparam a tribuna nesta segunda-feira (25) para criticar o Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado e o Ministério Público do Trabalho.
- Adotou-se uma medida extrema, uma medida que tenta trazer de novo o medo para o Acre, o medo e a insegurança que o Acre, há muitos anos, superou - afirmou Viana, que evitou defender diretamente os frigoríficos e os pecuaristas da região.
Segundo Viana, a ação dos procuradores e promotores de justiça “mexe com a vida do povo acreano, das pessoas simples, do pequeno produtor, daquele que tem na sua criação a sua poupança para uma emergência no caso de saúde”.
- São exatamente essas pessoas; não são – e não estou fazendo nenhum juízo – os grandes proprietários, os grandes criadores - acrescentou.
No site do Superior Tribunal Eleitoral, os grandes pecuaristas do Acre ocupam posições de destaque na lista de doadores das campanhas do PT no Estado

terça-feira, 26 de abril de 2011

Mercado boi inteiro Rio

Preços negociados de boi inteiro no Rio de Janeiro

Traseiro  R$ 7,10 kg
Dianteiro R$ 5,30 kg
Pa           R$ 4,80 kg

Frigorificos brasileiros comandam 36% dos abates no Uruguai


JBS, Marfrig e agora o Minerva são as três empresas



Na última terça-feira o frigorífico Minerva ampliou o peso das empresas frigoríficas brasileiras que atuam no Uruguai e também no Cone Sul, quando entrou no país por meio da aquisição do frigorífico Pull.
O governo uruguaio, através do Instituto Nacional de Carnes (Inac), realizou um levantamento e constatou que as empresas brasileiras que atuam no país possuem hoje 29,4% do abate total de gado bovino, somando 2.203 milhões de cabeças no ano passado. Com a venda do frigorífico Pull para o Minerva, as companhias brasileiras irão deter 36% na participação dos abates no Uruguai, já que, o Pull detinha 6,6% do abate total.

Além do Minerva, que está entrando agora no país, as empresas Marfrig e JBS (por meio da Bertin) já atuam a algum tempo no Uruguai e nos últimos anos fizeram várias aquisições. As empresas Cledinor, Tacurembó, Colônia e Inaler (todos do Uruguai) forão compradas pelo Marfrig. Em 2006, antes de ser incorporada pelo JBS, a Bertin adiquiriu a Canelones.

As assessorias de comunicação das empresas informaram que só no Uruguai, a Marfrig possui capacidade para abater 3.900 bovinos por dia e a JBS 1.100 cabeças. A empresa frigorífica Pull, adquirida pelo Minerva, tem hoje capacidade de 1.100 cabeças por dia, mas com a incorporação espera alcançar 1.400 cabeças, informa o diretor-presidente do Minerva, Fernando Galetti de Queiroz.

Argentina

As empresas brasileiras também possuem participação relevante na Argentina, outro país que integra o Cone Sul. Através da aquisição da Swift Armour, o JBS entrou no país em 2005, fazendo em seguida, novas aquisições. A capacidade de abate do frigorífico hoje é de 5.700 bovinos por dia. Já a Marfrig, abate 3.900 animais por dia.

O JBS possui seis unidade na Argentina, entretanto, três delas estão temporariamente fechada e a empresa continua interessada em desfazer-se delas. Segundo informações a venda da planta de San José, na província de Entre Ríos, pode ser fechada em breve.

A JBS detém hoje uma fatia de 10% da capacidade total de abate de bovinos que é de aproximadamente 17,5 milhões. Já a Marfrig tem 6% da fatia.
Paraguai

Os frigoríficos brasileiros JBS e Minerva abatem no país 1.700 bovinos por dia, sendo
1.000 a capacidade do Minerva e 700 do JBS. Segundo o diretor-presidente do Minerva, Fernando Queiroz, a empresa decidiu investir no Uruguai agora porque “o mercado está mais maduro” e a pecuária vive um ciclo favorável às atividades naquele país.

De acordo com ele a empresa espera um crescimento de 20% no faturamento este ano em relação aos R$ 3.350 bilhões de 2010. Os número ainda não podem informar quais serão os lucros obtidos após a aquisição do frigorífico Pull.

Fonte: A Tribuna News/Luciana Recio

Se Marisa for para o TCE, pecuarista que quebrou frigorífico assume vaga no Senado

Caso a vaga do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE) fique com a senadora tucana Marisa Serrano, o empresário e pecuarista Antonio Russo Netto será o mais novo senador por Mato Grosso do Sul. 
Antonio Russo Netto será o mais novo senador por Mato Grosso do Sul, se confirmar a vaga do TCE-MS para a Senadora Marisa.
Foto: NovaNews
Russo é dono do frigorífico Independência, que entrou em recuperação judicial em 2009, deixando uma enorme lista de credores às portas do Judiciário e deixou uma dívida na ordem de R$ 3 bilhões.
No ninho tucano já está como certo que a vaga deixada por Celina Jallad no TCE-MS será ocupada pela senadora Marisa Serrano. Tanto é que o presidente municipal do PSDB, Carlos Alberto Assis, afirma categoricamente que a sigla está preparada para a saída da senadora. “O PSDB está prepara para a saída de Marisa, pois ela preparou novas lideranças para ocuparem o seu lugar”, explica Assis.
Na disputa pela vaga do TCE está um embate velado entre o deputado Antônio Carlos Arroyo (PR) e Marisa Serrano. Arroyo é o principal candidato da própria Assembleia, e segundo uma enquete feita pela reportagem Arroyo tem o voto declarado dos deputados: Mara Caseiro (PT do B), Marquinhos Trad (PMDB), George Takimoto (PSL), Paulo Duarte (PT), Cabo Almi (PT), Pedro Kemp (PT), Laerte Tetila (PT), Paulo Corrêa (PR), Londres Machado (PR), Felipe Orro (PDT) e o seu próprio, somando 11 votos.
O escolhido para o TCE precisa somar 13 votos. Assim, teria 12 votos e mais um, uma vez que, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul tem 24 deputados. Entretanto, a possível preferência de André Puccinelli (PMDB) por Marisa Serrano e a possibilidade de uma votação secreta, onde alguns podem mudar o voto, serão decisivos para a escolha, que só deve sair na próxima semana.
Nos bastidores, as apostas são imensas e diversos nomes, entre eles o do conselheiro Waldir Neves, que já foi do PSDB, e do ex-senador Antônio João (PSD), são citados como influência na escolha de Marisa. Apesar disso, se tem ao certo que ninguém se lançou oficialmente a vaga e o próprio Arroyo, por ser da base aliada, pode não apresentar a candidatura.
Caso Arroyo e Marisa resolvam ir para a disputa no voto, cada candidato será votado individualmente e o primeiro a lançar candidatura terá a preferência. Assim, se conseguir os treze votos, elimina o concorrente. Caso não consiga, quem tiver o maior número de votos será o escolhido.
Vantagem de Marisa
A senadora Marisa Serrano sai em vantagem na disputa pelo TCE já que o governador André Puccinelli (PMDB) quer que Marisa não dispute as eleições para a prefeitura de Campo Grande e com a possível ida da senadora para o Tribunal facilitaria o jogo político, pois eliminaria uma forte candidata à prefeitura que provavelmente estragaria os planos de André de colocar uma pessoa dele na prefeitura. De quebra ajudaria a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) que é a virtual candidata ao Senado em 2014 já que não teria que dividir votos com Marisa.

Por Eduardo Penedo - Capital News (www.capitalnews.com.br)