quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sara Lee derruba rendimento de bônus da JBS

A JBS, maior indústria de carne bovina do mundo, apresenta desempenho abaixo das suas congêneres no mercado de títulos, devido a temores de que uma potencial aquisição da Sara Lee possa elevar seu endividamento.

Os títulos de 8,25% da companhia com vencimento em 2018 deram retorno de 0,7% desde 20 de dezembro, na comparação com um ganho de 1,6% para emissões com vencimentos semelhantes da Marfrig Alimentos, segunda maior produtora de carne bovina da América do Sul, segundo demonstram dados compilados pela "Bloomberg". Os títulos corporativos brasileiros registraram ganho de 1%, segundo o índice CEMBI do J.P. Morgan Chase.

O JBS está no encalço da companhia de alimentos dos EUA, depois de já ter anunciado ou concluído 14 aquisições desde 2007, por US$ 19,1 bilhões. Essas transações pressionaram para cima a alavancagem líquida da companhia sediada em São Paulo em quase quatro vezes, para US$ 8,3 bilhões, no terceiro trimestre, ante o mesmo período no ano anterior, segundo informes oficiais da companhia. A Sara Lee, que tem um valor de mercado de US$ 11 bilhões, é uma aquisição cara, disse Bevan Rosenbloom, analista da RBS Securities em Stanford, Connecticut.

"O temor de a aquisição estar sendo financiada com endividamento é o que está puxando o desempenho para abaixo da média do setor", disse Rosenbloom, em entrevista por telefone. "Se eles venderem títulos, isso deixará os detentores de dívida de fora, e diluirá os seus investimentos".

As companhias continuam se empenhando em calcular um preço de compra, depois de a Sara Lee ter recusado uma oferta, disse uma pessoa com conhecimento direto da situação, em 23 de dezembro. Um representante da JBS, que não pode ser identificado em conformidade com a política da companhia, disse que a firma não quis comentar. Alissa Bolton, uma porta-voz da Sara Lee, não quis comentar.

Apesar de as duas companhias não terem confirmado as conversas, o executivo-chefe da JBS, Joesley Mendonça Batista, disse a jornalistas ano passado em São Paulo que a companhia continuará se expandindo à medida que busca mais aquisições nos EUA e no Brasil, os maiores produtores de carne bovina do mundo, assim como em outros países.

As informações são do jornal Valor Econômico, adaptadas pela Equipe CaféPoint.

Mercado Atacado São Paulo

Atacado - 05/01/11




Assine o Boletim Intercarnes

Agropecuária precisa se adaptar às novas regras de tratamento de lixo

O setor agropecuário deverá se adaptar às novas regras de tratamento e destinação do lixo. O Decreto nº 7.404, publicado em 23 de dezembro de 2010, regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos e estabelece as normas para coleta seletiva e restituição dos resíduos sólidos do setor produtivo para reaproveitamento ou outra destinação ambientalmente adequada

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Frigoríficos projetam aumento dos abates em 2011

Com os primeiros sinais de recomposição do rebanho no Brasil no mês de dezembro, os frigoríficos projetam uma retomada do ciclo de alta nos abates a partir deste ano. "A possibilidade de aumento de produção em 2011 é grande, dado que o estoque de gado aumentou", afirma Eduardo Takeiti, gerente de relações com investidores do frigorífico Minerva.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o abate mensal passou de cerca de 2 milhões de cabeças em maio do ano passado para pouco acima de 1,4 milhão de animais no mês de novembro.


A queda dá sinais de ter chegado ao fim, abrindo espaço também para preços mais baixos do boi gordo. "Para 2011, vemos uma tendência de queda de preços, ainda que a média deva continuar superior à do ano passado", afirma Ricardo Florence, diretor de planejamento e relações com investidores do Marfrig.


Para a empresa, a principal aposta para aumentar a participação no mercado é a aquisição da americana Keystone Foods, o que deve render sinergias de US$ 100 milhões até 2013. A estratégia é usar a Keystone para exportação de carne, já que é uma das principais fornecedoras do McDonald's. De acordo com a Marfrig, a parceria com a Keystone gera a expectativa de fornecer uma boa parte da produção para o restaurante. "Com dados pro forma [estimativa de integração das duas companhias], esperamos mais de 30% das vendas da empresa somente para o McDonald's ".


Para o Minerva, a perspectiva de aumento de produção é positiva. Com menor porte e sem contar com as grandes aquisições internacionais como Marfrig e JBS, a tática é aproveitar a força do mercado interno para elevar o uso da capacidade nas plantas e reduzir os custos fixos. "A capacidade instalada do grupo hoje está em 9.840 cabeças por dia. A projeção para atingir plena capacidade é o final deste ano", diz Takeiti.


No setor de processados, o Minerva também tem sinergias a colher com a recente aquisição do controle da joint venture Minerva Dawn Farms. "Acreditamos que a demanda do segmento food service, principal foco da empresa, continuará bastante aquecida", disse Takeiti.


Para o Marfrig, a queda nos abates deste ano não foi negativa. Além de se voltar para o mercado internacional, aproveitou para aumentar sua participação no mercado interno, que atingiu 14% do abate nacional no terceiro trimestre do ano passado. Contribuiu para o crescimento a aquisição e arrendamento de fábricas. Do início de 2009 até o terceiro trimestre de 2010 os abates do frigorífico cresceram 167%, enquanto no país a alta foi de apenas 9%."Este crescimento nos bovinos foi conseguido com programas de fomento, criação e confinamento próprio", afirmou o presidente Marcos Molina.

Nem todas as empresas podem arcar com esses programas. "O confinamento próprio dos frigoríficos tem capacidade para 400 mil cabeças, mas em 2010 ficou muito abaixo", calcula Bruno Andrade, zootecnista da Associação Nacional de Confinadores (Assocon).


As razões são muitas. O alto custo de produção intensiva - muito acima do custo do boi de pasto - além do tempo de três meses necessário para a engorda do boi elevam a necessidade de capital de giro para a atividade. "Nos bovinos, o confinamento é uma operação muito mais longa e cara que nos frangos", diz Molina.


A queda nos números de abate também se refletiu nas exportações. O volume vendido ao exterior deve apresentar queda de 15% em 2010, recuo que se reflete nos principais mercados compradores: Europa, Rússia e Ásia.


Para a Europa, as exportações não dão sinais de mudanças em 2011. "A crise na Europa está longe de ter terminado", afirmou Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Com a pressão dos pecuaristas europeus, sobretudo da Inglaterra e da Irlanda, as autoridades da região não reduzem as exigências à carne brasileira, ainda que o consumidor esteja pagando mais pelo produto.


"Não esperamos nenhum aumento de vendas para a Europa", diz o CEO da Seara, Mayr Bonassi. "Estão estagnados e têm produção própria". O Oriente Médio é a principal alternativa: a receita de exportações para a região aumentou 94%, passando de US$ 617,8 milhões de janeiro a novembro de 2009 para US$ 1,2 bilhão neste ano.


O processo de retomada das exportações aos Estados Unidos, fechada desde maio passado, deve impulsionar o comércio exterior. Em 2009, as vendas aos americanos renderam US$ 223,1 milhões, atingindo 43,2 mil toneladas - eram os maiores compradores de carne industrializada do país.


A matéria é de Felipe Peroni, publicada no jornal Brasil Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

RS: JBS e Marfrig podem adquirir operações da Doux

Depois de o mercado aventar o interesse da Brasil Foods (BRF) em comprar as unidades gaúchas da Doux-Frangosul, surgem agora os nomes da JBS-Friboi e do Marfrig como candidatos para adquirir as plantas de Montenegro/RS e demais abatedouros em território gaúcho. Uma fonte do mercado avícola afirmou que a JBS é o nome mas forte por estar aberta a novas compras - como a própria empresa divulgou recentemente -, e pelo interesse em plantas de abate de frangos no Brasil. Até agora, a empresa conta apenas com unidades com este perfil no México e nos Estados Unidos, após a aquisição da Pilgrims Pride.

Um alto executivo do setor é cético quanto à postura conservadora do Marfrig, que anunciou nesta semana não ter planos de aquisição. Um dos fatores que leva o executivo a levantar o nome do Marfrig é o fato de o grupo já ter adquirido a operação de perus da Doux, em Caxias do Sul, no ano de 2009, em uma operação que movimentou R$ R$ 65 milhões.

Os executivos consultados, porém, não descartam um possível interesse da BRF no negócio, mas apontam que pendências junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pela fusão Sadia e Perdigão, reduzem as chances de uma investida nas plantas gaúcha. "Eles ainda não botaram a casa em ordem e vão querer botar a dos outros?", indagou a fonte.

O presidente da Ubabef, Francisco Turra, aposta que parcerias ou até mesmo a venda da Doux sejam necessárias para sanar a crise da empresa de Montenegro, que há meses deixa mais de 2 mil produtores integrados sem receber em dia. "Não acredito em solução própria, só na venda das unidades", diz. Para Turra, a compra da empresa significaria um bom negócio por se tratar de uma empresa bem estruturada no âmbito do Rio Grande do Sul. O dirigente lembra que, durante a feira de Sial, na França, conversou com o presidente da empresa, Charles Doux, e protestou quanto ao fato de a empresa ter chegado ao ponto de deixar os animais morrerem, por falta de ração. "Ele me garantiu que corria atrás de uma operação para salvar a empresa, e que buscou uma parceria internacional. Mas não deu certo e a situação só piorou." Turra aposta no bom momento do mercado como incentivo para que a negociação de empresas com a Doux se acelere. "Estamos em um momento de mercado aquecido, com incremento das exportações."

O consultor da ODConsulting Osler Desouzart afirma que negociações para a compra da Doux-Frangosul não são de hoje, já que a empresa se mostra "atraente" pelo quadro funcional que apresenta e pela tradição conquistada no mercado, além do fato de o mercado gaúcho ser um grande consumidor de proteína animal. "Se o boi fica caro a migração é direta para a carne de frango." No entanto, as tratativas esbarram na exigência da francesa de que sejam adquiridas não apenas as unidades gaúchas, mas as estrangeiras que não se mostram tão "interessantes" aos olhos dos compradores. "Aqui é viável, mas lá fora é outro assunto", afirma Desouzart.

A assessoria de imprensa da Doux-Frangosul voltou a afirmar que a empresa "não comenta especulações" e que só se comunica com a imprensa através de notas oficiais. A mais recente foi divulgada ontem, onde esclarece que a Doux vem realizando diariamente os pagamentos de lotes aos produtores integrados, e que está empenhada em regularizar os prazos no menor tempo possível. Em relação ao fornecimento de rações, a empresa garante que a questão foi resolvida e que o abastecimento encontra-se totalmente normalizado.

Eventuais perdas de peso total do lote que tenham sido causadas por atrasos de ração serão assumidas pela empresa. Já o presidente da Fetag, Elton Weber, afirma que as negociações entre os integrados e a empresa estão paralisadas. Segundo ele, os pagamentos vêm ocorrendo com um atraso médio de 70 e 90 dias.

As informações são do Jornal do Comércio, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

Mercado São Paulo

05/01/2011]

Atacado - 05/01/11




Assine o Boletim Intercarnes

Câmbio afeta exportação


A mudança cambial na Venezuela preocupa os exportadores de alimentos do Brasil, que vinham se beneficiando da taxa favorável que era aplicada às importações de itens básicos. Como primeiro impacto, importadores venezuelanos já suspenderam o fechamento de novos negócios para compra de gado vivo. Entretanto, exportadores brasileiros ainda esperam que os efeitos sobre as vendas para a Venezuela não sejam grandes, já que o país vizinho depende dos itens importados, pois a produção local não supre a demanda.
Na semana passada, o governo venezuelano anunciou a "unificação" das taxas de câmbio do país em 4,3 bolívares por dólar. A Venezuela convivia com duas taxas oficiais: 2,6 bolívares por dólar para a importação de alimentos, remédios e outros itens essenciais e 4,3 bolívares por dólar para todo o resto. Para analistas, a "unificação" não passa de uma desvalorização da moeda para um setor importante do país.
O Brasil é um importante fornecedor de gado, açúcar e frango congelado para a Venezuela. Esses três itens representam quase 40% das exportações brasileiras para o vizinho. No ano passado, a exportação desses ítens rendeu ao Brasil perto de US$ 1,5 bilhão.
No caso do gado bovino em pé para abate, o principal item na pauta das exportações do Brasil para a Venezuela, a expectativa é de efeitos no curto prazo. A Venezuela é hoje o principal destino do gado vivo exportado pelo país. Entre janeiro e novembro do ano passado, o Brasil vendeu 580 mil animais ao exterior. Desse total, 532,7 mil cabeças foram para a Venezuela, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento. As vendas equivalem a US$ 547,5 milhões.
Como primeiro impacto do fim da taxa preferencial para importação de alimentos, os venezuelanos suspenderam o fechamento de novos negócios de compra de gado vivo, segundo Alcides Torres, diretor da Scot Consultoria, especializada em pecuária de corte. A razão é que, com a desvalorização, o produto importado ficou mais caro. "De imediato, as vendas devem cair, mas depois se ajeitam", afirmou.
Um exportador do setor, que pediu para não ser identificado, disse que é natural que haja uma suspensão temporária de novos negócios enquanto ocorre um realinhamento dos preços por conta da desvalorização. Ele não acredita, porém, em recuo nas vendas, já que a Venezuela depende das importações, já que não tem produção local. "Não há outro país de onde possam importar [gado vivo]."
Com a maior dificuldade de vender gado vivo ao país de Hugo Chávez, o Brasil terá de buscar outros mercados para os animais em pé. Já vende para Líbano e Egito, mas perdeu algum espaço no primeiro para a Colômbia, por conta da alta da arroba do boi no Brasil e do real valorizado em relação ao dólar, disse Torres.
Um exportador admitiu que o câmbio venezuelano valorizado vinha estimulando as vendas de boi em pé para o país. Ele afirmou que agora deve haver mais embarques para outros países importadores, como Líbano.
Uma fonte de setor frigorífico no Brasil acredita que as exportações brasileiras de carne bovina à Venezuela devem ser mais afetadas do que as de animais vivos. O motivo é o apelo "social" do gado em pé, uma vez que o animal vivo é exportado para abate em frigoríficos na Venezuela, ou seja, gera empregos naquele país.
No setor de açúcar, a expectativa também é que o Brasil não vá deixar de exportar para o vizinho. "A dependência da Venezuela [em relação ao açúcar brasileiro] é bastante grande. Estamos acompanhando a situação de perto, mas não esperamos impacto grande no curto prazo", disse Eduardo Leão de Souza, diretor executivo da Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar).
Leão de Souza lembra que o consumo de açúcar na Venezuela chega a 1,2 milhão de toneladas por ano. O país produz 500 mil toneladas e importa 700 mil toneladas. Só do Brasil, comprou no ano passado 350 mil toneladas.
Para a União Brasileira de Avicultura (Ubabef), "o maior impacto será para o consumidor venezuelano, que poderá reduzir o consumo e exigir novas formas de subsídio do governo para poder continuar comprando a proteína mais consumida, mais barata e mais popular". "Pelas experiências já vividas com a economia venezuelana, não se espera reflexo com relação às exportações brasileiras."
O analista venezuelano Luis Vicente León, diretor do instituto Datanálisis, diz que o impacto da desvalorização "sem dúvida deve ser muito grande na parcela mais pobre da população" do país. "O orçamento das famílias de classe C e D chega a ser comprometido em 65% para a compra de alimentos e remédios." Segundo o Datanálisis, as classes A, B e C comprometem até 43% de seus orçamentos com a compra desses ítens.
Para León, o governo deve anunciar em breve medidas para garantir a oferta de produtos no mercado e a manutenção artificial dos preços em patamares parecidos com os de hoje. E isso, segundo ele, deverá criar ainda mais distorções na economia do país. "O governo dá indícios de que vai apertar a política de controle de preços. Espera assim corrigir uma distorção ao aumentar outra. Se decidirem controlar os preços, ficará impossível sustentar a produção local."
Valor Econômico

Rússia abre espaço para o frango

05/01 
Os exportadores brasileiros de frango terão mais espaço para disputar o mercado russo. Segundo o Ministério da Agricultura (Mapa), a Rússia eliminou a distinção geográfica que privilegiava compras de cortes dos Estados Unidos e da União Europeia, cujas cotas eram de, respectivamente, 600 mil toneladas ao ano e 144,3 mil t/ano. Com a mudança, oficializada ontem, o Brasil disputará com todos os demais países exportadores do produto a cota de 350 mil toneladas por ano. Até então, o frango brasileiro acessava o mercado russo via cota "outros países", com limite de 35,7 mil toneladas por ano. Mesmo o fato do novo limite ser resultado de uma redução de 55% em comparação com o volume permitido em 2010 (780 mil toneladas/ano), o presidente da Ubabef, Francisco Turra, destaca que, agora, o Brasil disputará mercado de igual para igual com os demais países. "Não alimentamos a esperança de fazer performance melhor do que em 2010, mas alivia a situação."

Em princípio, as novas cotas são para carne de frango congelada desossada, congelada com osso em leg quarters e halves e carne de peru desossada e congelada. "Estamos esperando informações", diz o diretor de mercados da Ubabef, Ricardo Santin.

Correio do Povo

Brasil obteve receita de US$ 285,3 milhões com as exportações de carne bovina

05/01 
Agências - O Brasil obteve receita de US$ 285,3 milhões com as exportações de carne bovina "in natura" de dezembro. A média diária de embarques atingiu US$ 12,4 milhões, retração de 7,7% se comparado à média diária de novembro, de US$ 13,4 milhões. Em novembro, os embarques de carne bovina somaram US$ 268,9 milhões.

O volume total de carne bovina embarcado ficou em 58,6 mil toneladas, com média diária de 2,5 mil toneladas, 7,7% inferior à média diária de novembro. Os números são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). O preço médio pago pela carne bovina apresentou desvalorização. Em novembro, a carne bovina "in natura" foi negociada a US$ 4.869,9/tonelada, valor 0,1% inferior ao de novembro, de US$ 4.874,1/tonelada. No comparativo com dezembro de 2009, quando a receita média diária com exportações atingiu US$ 12,9 milhões, o desempenho de dezembro último foi 3,8% inferior. (VA)

Só Notícias

Grupo Big Frango investe em bovinos


05/01 
Com aposta no setor de novilhos precoces, Grupo Big Frango espera fechar o ano de 2011 com um faturamento de R$ 1,5 bilhão. Na produção de frangos, acompanhando o ritmo de crescimento do setor registrado em 2010, a empresa apresentou um crescimento de 70% nos últimos 12 meses. O Paraná, segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), terá alta de 6% nas exportações de frango em comparação a 2009.

De acordo com o presidente do Grupo Big Frango, Evaldo Ulinski, a estimativa para 2011 é dobrar a produção na unidade avícola de Santa Fé. Também está prevista, para o final do ano, a inauguração da unidade de Ubiratã, com abate inicial de 80 mil aves/dia. Segundo ele, a chave para o sucesso do Grupo foi a diversificação das atividades. ''Até 2009 só trabalhamos com frango, mas a partir de 2010 resolvemos investir em suínos, ovinos e fomos os primeiros do Brasil a lançar no mercado o novilho precoce'', salienta.

Segundo Ulinski, em abril deste ano, o Grupo Big Frango irá lançar 50 novos produtos de novilho precoce, abatidos com, no máximo, 24 meses. ''Iremos revolucionar o mercado de bovinos. Vamos colocar na gôndola produtos sortidos de qualidade. Queremos que os consumidores comprem carne bovina pela marca, assim como fazem hoje com o frango'', ressalta.

A empresa inicia 2011 com um faturamento de R$ 1,2 bilhão e, segundo o presidente do Grupo, a expectativa é de fechar o ano faturando R$ 1,5 bilhão. ''Em dezembro de 2009 faturamos R$ 56 milhões e em dezembro de 2010 o faturamento foi de R$ 97 milhões'', ressalta. Ao longo do ano passado, foram inauguradas cinco novas unidades: em Maringá, com a produção diária de 200 toneladas de embutidos; em Palmas, com abate de 1,5 mil suínos/dia; duas unidades em Santa Fé, uma com abate de 40 mil aves/dia e outra com processo de 300 cabeças de novilhos precoces/dia, e uma unidade em Nova Andradina-MS, também com abate de 300 cabeças de novilho precoce/dia.

Mariana Fabre

Folha de Londrina

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Arroba do boi fecha em alta

4/01 
Após 15 dias de estabilidade no final de dezembro, o boi gordo terminou o ano cotado em R$ 103 a arroba, valor a prazo e livre de imposto. Este valor é 35,1% maior que no início do ano. Em relação ao pico de preços de meados de novembro, o valor atual é 10,4% inferior quando comparado à escalada ocorrida no último ano.

Houve dois momentos de mercado frouxo, em maio devido à perda da qualidade das pastagens, com a venda dos animais pela falta de capacidade de suporte dos pastos. O outro foi em novembro, após o pico de preços com os pecuaristas vendendo para aproveitar as cotações, o que, ocasionou os recuos no fim do ano.

Diário de Cuiabá