O governo já aprovou a isenção de PIS/Cofins em suínos e aves para pequenos e médios frigoríficos que atuam no mercado interno. Frigoríficos que exportam já são isentos de PIS/Cofins, por isso não serão atingidos pela medida. No mercado interno, o incentivo é considerado pelo setor uma forma de combater a concorrência de empresas que realizam abate de forma ilegal.
De acordo com o deputado federal, Valdir Colatto, esta Lei é uma conquista de todo setor produtivo, que terá melhores condições de trabalhar e investir em estrutura e geração de emprego.
"Com esta medida, os frigoríficos tendo menos despesas com impostos, poderão remunerar melhor o produtor, um dos nossos objetivos nesta briga", revela. Ele ressalta também que muitas pequenas indústrias estavam fechando as portas por inviabilidade econômica e esta lei vem a dar mais fôlego aos empresários.
Estimativas do setor indicam que cerca de 30% do abate nacional é irregular. O número representa cerca de 15 milhões de cabeças que saem de frigoríficos sem fiscalização.
Segundo ele, a ideia é dar mais equilíbrio entre a exportação e o mercado interno. "Isso vai tornando essa concorrência muito difícil. Então, nós, da bancada ruralista vínhamos estudando uma equalização entre os exportadores que também produzem para o mercado interno e aqueles que produzem somente para o mercado interno", finaliza. O presidente do Instituto Nacional da Carne Suína, INCS, Wolmir de Souza, comemora a decisão, ressaltando que esta é uma das premissas da entidade, buscando maior remuneração ao produtor e melhores condições de trabalho aos frigoríficos.
As informações são do Instituto Nacional da Carne Suína, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
Um blog para falar sobre o mercado da carne bovina,suina ,aves e seus cortes no Rio de Janeiro, tentando passar as melhores informações possiveis, do que realmente á falado na Bolsa de Gêneros Alimentícios do Rio de Janeiro, com linguagem simples assim como o clipping de informações importantes de toda a cadeia produtiva.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
O empurrão que a ovinocultura precisava
A criação de ovinos voltou a chamar a atenção dos fazendeiros gaúchos – o preço do quilo vivo que, historicamente, era de R$ 1,90 ou pouco mais, próximo do quilo do boi, nesta primavera chegou a R$ 8,00, quase três vezes o preço do boi, diante da falta de animais para atender a uma extraordinária demanda pela carne, que entrou na moda, e pela diminuição da oferta internacional. Mas, com a crise da lã, que diminuiu o rebanho gaúcho de 13 milhões de cabeças para apenas 3 milhões, a cadeia produtiva, de comercialização e de abate se desestruturou. Também as cidades chegaram mais perto do campo, levando problemas urbanos para as áreas rurais, o que tornou a criação de ovinos diferente da que se fazia há 20 ou 30 anos. Muita coisa precisa ser mudada para que ela volte a crescer.
Ovinos - abate garantido
Uma tentativa importante está sendo feita pelo frigorífico Marfrig com o objetivo de desenvolver a ovinocultura nas regiões Sul e Central, através de novas tecnologias de produção e cruzamentos e garantia de comercialização e abate. A intenção é aumentar a qualidade dos animais. Tanto no Brasil Central quanto no Rio Grande do Sul, o projeto começou em 2009. O primeiro passo foi inaugurar um frigorífico de ovinos, em Promissão (SP), com capacidade de 1.000 abates/dia, que recebe animais de SP, MS, MT, GO, PR e MG, e dois confinamentos, em Getulina e Marilia (SP), com capacidade estática de 1.000 cordeiros.
Ovinos - excelentes mães
A primera é um composto terminal formado pelas raças suffolk, white suffolk e pool dorset, com características de rápido ganho de peso, alto rendimento frigorífico e excelente qualidade de carcaça. A highlander é um composto materno, formado pelas raças texel, finn e romney, cujas características são precocidade reprodutiva, alta prolificidade, excelente habilidade materna e produção de lã de qualidade. Ambas chegam a produzir até três cordeiros por parto, mas isso não é recomendável pela falta de alimento aos recém-nascidos.
Ovinos - Com confinamento
No Rio Grande do Sul, o Marfrig arrendou os frigoríficos de ovinos de Mato Leitão, Alegrete e Capão do Leão I, do Grupo Mercosul, com capacidade de abate de 3.500 animais/dia. Paralelamente, foi instalado um confinamento de 5.000 animais, já sendo estruturado para abrigar 20.000 animais. A terminação é feita em regime de parceria, com o produtor tendo a opção de venda dos animais tanto terminados quanto magros, garantindo a comercialização, inclusive para os pequenos produtores, pois o frigorífico compra qualquer quantidade, sem preenchimento de cotas.
Ovinos - 9 mil cordeiros por semana
A primera, mais produtora de carne, é ideal para cruzamento terminal com qualquer outra raça com o objetivo de obter cordeiros, tanto machos quanto fêmeas, destinados ao abate. A highlander é ideal para cruzamentos absorventes, selecionado-se as melhores fêmeas para futuras matrizes e abatendo as demais e todos os machos para carne. A meta dos programas do Marfrig é produzir 4.000 mil cordeiros por semana na unidade de Promissão e 5.000 cordeiros por semana, no Rio Grande do Sul, para abastecer Alegrete e Capão do Leão I. A dúvida é a questão dos preços a serem pagos pelos cordeiros.
Ovinos - primera e highlander
Diego Alagia Brasil, gerente de Fomento do MFB Marfrig Frigoríficos S.A., informa que o grupo quer melhorar a produção levando ao produtor informações sobre técnicas de produção, eficiência, produtividade, sustentabilidade e mercado, uma troca de experiências entre campo, indústria e consumidor. Qualquer produtor pode participar. Diante da crise da ovinocultura nos últimos 50 anos, o Marfrig sabe que terá um longo trabalho pela frente, inclusive ajudando na seleção e melhoramento genético. Atualmente, o projeto trabalha com duas raças relativamente novas no Brasil, a primera e a highlander, ambas chamadas “compostas”.
Divisão vinífera
Um dos aspectos que mais prejudicou a vitivinicultura gaúcha foram as brigas e disputas inter-regionais e até intervicinais que existiam nos anos 50, 60, 70 e 80 do século passado na região produtora italiana. Hoje, quando o vinho brasileiro (gaúcho) ganha os mercados nacional e internacionais, pelo aumento de qualidade, e as exportações de vinhos não são mais apenas um sonho, acreditava-se que o passado de desentendimentos e rivalidades estava sepultado. Parece que não. Bento Gonçalves, que sempre teve o comando do Sindicato do Vinho (Sindivinho), um dos mais antigos do estado, vem desde 1928, perdeu, em 2007, a presidência, para Cristiane Passarin, de Flores da Cunha, e não se conformou muito.
O Dia
Ovinos - abate garantido
Uma tentativa importante está sendo feita pelo frigorífico Marfrig com o objetivo de desenvolver a ovinocultura nas regiões Sul e Central, através de novas tecnologias de produção e cruzamentos e garantia de comercialização e abate. A intenção é aumentar a qualidade dos animais. Tanto no Brasil Central quanto no Rio Grande do Sul, o projeto começou em 2009. O primeiro passo foi inaugurar um frigorífico de ovinos, em Promissão (SP), com capacidade de 1.000 abates/dia, que recebe animais de SP, MS, MT, GO, PR e MG, e dois confinamentos, em Getulina e Marilia (SP), com capacidade estática de 1.000 cordeiros.
Ovinos - excelentes mães
A primera é um composto terminal formado pelas raças suffolk, white suffolk e pool dorset, com características de rápido ganho de peso, alto rendimento frigorífico e excelente qualidade de carcaça. A highlander é um composto materno, formado pelas raças texel, finn e romney, cujas características são precocidade reprodutiva, alta prolificidade, excelente habilidade materna e produção de lã de qualidade. Ambas chegam a produzir até três cordeiros por parto, mas isso não é recomendável pela falta de alimento aos recém-nascidos.
Ovinos - Com confinamento
MARFRIG/DIVULGAÇÃO/JC | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Highlander, um composto de texel, finn e romney |
No Rio Grande do Sul, o Marfrig arrendou os frigoríficos de ovinos de Mato Leitão, Alegrete e Capão do Leão I, do Grupo Mercosul, com capacidade de abate de 3.500 animais/dia. Paralelamente, foi instalado um confinamento de 5.000 animais, já sendo estruturado para abrigar 20.000 animais. A terminação é feita em regime de parceria, com o produtor tendo a opção de venda dos animais tanto terminados quanto magros, garantindo a comercialização, inclusive para os pequenos produtores, pois o frigorífico compra qualquer quantidade, sem preenchimento de cotas.
Ovinos - 9 mil cordeiros por semana
A primera, mais produtora de carne, é ideal para cruzamento terminal com qualquer outra raça com o objetivo de obter cordeiros, tanto machos quanto fêmeas, destinados ao abate. A highlander é ideal para cruzamentos absorventes, selecionado-se as melhores fêmeas para futuras matrizes e abatendo as demais e todos os machos para carne. A meta dos programas do Marfrig é produzir 4.000 mil cordeiros por semana na unidade de Promissão e 5.000 cordeiros por semana, no Rio Grande do Sul, para abastecer Alegrete e Capão do Leão I. A dúvida é a questão dos preços a serem pagos pelos cordeiros.
Ovinos - primera e highlander
Diego Alagia Brasil, gerente de Fomento do MFB Marfrig Frigoríficos S.A., informa que o grupo quer melhorar a produção levando ao produtor informações sobre técnicas de produção, eficiência, produtividade, sustentabilidade e mercado, uma troca de experiências entre campo, indústria e consumidor. Qualquer produtor pode participar. Diante da crise da ovinocultura nos últimos 50 anos, o Marfrig sabe que terá um longo trabalho pela frente, inclusive ajudando na seleção e melhoramento genético. Atualmente, o projeto trabalha com duas raças relativamente novas no Brasil, a primera e a highlander, ambas chamadas “compostas”.
Divisão vinífera
Um dos aspectos que mais prejudicou a vitivinicultura gaúcha foram as brigas e disputas inter-regionais e até intervicinais que existiam nos anos 50, 60, 70 e 80 do século passado na região produtora italiana. Hoje, quando o vinho brasileiro (gaúcho) ganha os mercados nacional e internacionais, pelo aumento de qualidade, e as exportações de vinhos não são mais apenas um sonho, acreditava-se que o passado de desentendimentos e rivalidades estava sepultado. Parece que não. Bento Gonçalves, que sempre teve o comando do Sindicato do Vinho (Sindivinho), um dos mais antigos do estado, vem desde 1928, perdeu, em 2007, a presidência, para Cristiane Passarin, de Flores da Cunha, e não se conformou muito.
O Dia
Fusão cria maior empresa de laticínios do Brasil
SÃO PAULO (Reuters) - A Bom Gosto e a LeitBom anunciaram nesta quarta-feira a fusão das duas empresas, dando origem à LBR, Lácteos Brasil, que ambas anunciam como a maior empresa nacional de laticínios.
Segundo o comunicado, a companhia terá faturamento de anual de cerca de 3 bilhões de reais e captação anual de mais de 2 bilhões de litros de leite.
"Ao todo, são 30 unidades, com capacidade para processar 8,3 milhões de litros de leite por dia, em torno de 6.400 funcionários e acesso a uma cadeia de 56 mil fornecedores regulares", informaram as companhias, em nota.
O novo conglomerado reunirá marcas como Parmalat, LeitBom, Paulista, Poços de Caldas, Glória, Boa Nata, Bom Gosto, Líder, Cedrense, DaMatta, São Gabriel, Sarita, Corlac e Ibituruna.
Com a fusão, todos os acionistas da Bom Gosto e da LeitBom passam a ser acionistas diretos da LBR. A BNDESPar, braço de participações do BNDESP, fará um aporte de 700 milhões na companhia, sendo 450 milhões de reais via aumento de capital e outros 250 milhões de reais via a subscrição de debêntures conversíveis a serem emitidas pela LBR.
O CEO da LBR será Fernando Falco, oriundo da LeitBom. O Conselho de Administração da nova empresa será co-presidido por Wilson Zanatta, fundador e diretor-presidente da Bom Gosto, e por Fersen Lambranho, co-presidente da GP Investments.
De acordo com as companhias, a fusão permitirá ainda que a LBR chegue ao mercado em condições de competir internacionalmente no setor.
(Reportagem de Aluísio Alves)
"Ao todo, são 30 unidades, com capacidade para processar 8,3 milhões de litros de leite por dia, em torno de 6.400 funcionários e acesso a uma cadeia de 56 mil fornecedores regulares", informaram as companhias, em nota.
O novo conglomerado reunirá marcas como Parmalat, LeitBom, Paulista, Poços de Caldas, Glória, Boa Nata, Bom Gosto, Líder, Cedrense, DaMatta, São Gabriel, Sarita, Corlac e Ibituruna.
Com a fusão, todos os acionistas da Bom Gosto e da LeitBom passam a ser acionistas diretos da LBR. A BNDESPar, braço de participações do BNDESP, fará um aporte de 700 milhões na companhia, sendo 450 milhões de reais via aumento de capital e outros 250 milhões de reais via a subscrição de debêntures conversíveis a serem emitidas pela LBR.
O CEO da LBR será Fernando Falco, oriundo da LeitBom. O Conselho de Administração da nova empresa será co-presidido por Wilson Zanatta, fundador e diretor-presidente da Bom Gosto, e por Fersen Lambranho, co-presidente da GP Investments.
De acordo com as companhias, a fusão permitirá ainda que a LBR chegue ao mercado em condições de competir internacionalmente no setor.
(Reportagem de Aluísio Alves)
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Depois do boi, sobe o preço do frango
AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - Às vésperas de preparar a ceia das festas de fim de ano, o consumidor terá poucas opções para escapar da alta de preços da carne bovina. A disparada da arroba do boi gordo, que começou em junho, arrastou as cotações do frango e dos suínos, porque são as carnes substitutas.
Os preços de frangos e suínos no atacado subiram 11,16% e 6,03%, respectivamente, na segunda quadrissemana deste mês, aponta o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, apurado pelo Instituto de Economia Agrícola. Esse resultado indica tendência de alta dos preços ao consumidor do frango e do suíno. De 20 produtos pesquisados, o preço do frango liderou o ranking de alta e o da carne suína ficou na terceira posição. Já o preço da arroba do boi, que atingiu R$ 105,32 na primeira quadrissemana, praticamente ficou estável na última apuração.
"Com o grande poder de compra que existe hoje no mercado, com o pagamento do 13.º salário e aumento da massa de salários, os preços da carne ao consumidor devem começar a recuar só no ano que vem", prevê o técnico responsável pelo índice, Danton Bini. Com o começo das chuvas e a redução dos custos para engordar o gado, a tendência é de preços menores do boi gordo.
Apesar de a arroba ter atingido níveis recordes, com valorização de 43,56% em um ano e de 28,32% em seis meses, os produtores reclamam que a boa cotação não é repassada para o criador. Sem margem para repor as matrizes que foram abatidas no período de crise, entre 2006 e 2008, o pecuarista mantém o plantel reduzido. O preço alto, porém, pode afugentar o consumidor. "Quem quiser comer carne de primeira, vai ter de pagar o preço de bacalhau", afirma o pecuarista José Lopez Fernandez Neto, de Itapeva, sudoeste paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.A
SÃO PAULO - Às vésperas de preparar a ceia das festas de fim de ano, o consumidor terá poucas opções para escapar da alta de preços da carne bovina. A disparada da arroba do boi gordo, que começou em junho, arrastou as cotações do frango e dos suínos, porque são as carnes substitutas.
Os preços de frangos e suínos no atacado subiram 11,16% e 6,03%, respectivamente, na segunda quadrissemana deste mês, aponta o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, apurado pelo Instituto de Economia Agrícola. Esse resultado indica tendência de alta dos preços ao consumidor do frango e do suíno. De 20 produtos pesquisados, o preço do frango liderou o ranking de alta e o da carne suína ficou na terceira posição. Já o preço da arroba do boi, que atingiu R$ 105,32 na primeira quadrissemana, praticamente ficou estável na última apuração.
"Com o grande poder de compra que existe hoje no mercado, com o pagamento do 13.º salário e aumento da massa de salários, os preços da carne ao consumidor devem começar a recuar só no ano que vem", prevê o técnico responsável pelo índice, Danton Bini. Com o começo das chuvas e a redução dos custos para engordar o gado, a tendência é de preços menores do boi gordo.
Apesar de a arroba ter atingido níveis recordes, com valorização de 43,56% em um ano e de 28,32% em seis meses, os produtores reclamam que a boa cotação não é repassada para o criador. Sem margem para repor as matrizes que foram abatidas no período de crise, entre 2006 e 2008, o pecuarista mantém o plantel reduzido. O preço alto, porém, pode afugentar o consumidor. "Quem quiser comer carne de primeira, vai ter de pagar o preço de bacalhau", afirma o pecuarista José Lopez Fernandez Neto, de Itapeva, sudoeste paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.A
Consumo doméstico de carne de frango mantém-se nos níveis de 2002/03
Campinas, 22 de Dezembro de 2010 - Enquanto os segmentos produtores de arroz e feijão constatam, assustadíssimos, que nos últimos seis anos o consumo doméstico dos dois produtos apresentou queda de 40% e 26%, respectivamente, a avicultura de corte observa que o consumo doméstico da carne de frango praticamente não se alterou: passou de 12,792 kg per capita em 2002/03 para 12,774 kg per capita em 2008/2009, o que significa que recuou apenas 0,14%.
Mas isso só já não é motivo de preocupação? De forma alguma – o que vale tanto para a carne de frango como para o arroz e o feijão. Esses dados, levantados pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (2002/03 e 2008/09) do IBGE, se referem apenas às aquisições de alimentos para consumo no lar. E como a industrialização e a urbanização são continuamente crescentes (assim como os índices de ocupação da mulher fora do lar), é natural que o consumo doméstico de produtos in natura apresente redução no decorrer do tempo.
Isso aceito, a simples estabilidade no consumo doméstico da carne de frango já é um avanço. Mas que, provavelmente, deve ser creditado ao aumento do poder aquisitivo do consumidor. Que deve ter permitido também, por exemplo, um aumento de 0,85% no consumo doméstico de carne bovina.
Como aponta o quadro abaixo, no período analisado as carnes avícolas apresentaram o maior índice de retração (-4,75%). Mas essa retração ficou restrita a carnes que não a de frango, pois a participação deste no consumo total de carnes de aves, que era de 92% em 2002/03, subiu em 2008/09 para, praticamente, 97%.
Em relação à carne de frango, especificamente, houve significativa queda (já esperada, de 18%) no consumo do frango inteiro, com aumentos expressivos em todos os cortes. A maior expansão (+169%) ocorreu entre os cortes não-especificados (no quadro, N/E), o que dificulta apontar com mais precisão onde ocorreram as maiores expansões.
Mas isso só já não é motivo de preocupação? De forma alguma – o que vale tanto para a carne de frango como para o arroz e o feijão. Esses dados, levantados pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (2002/03 e 2008/09) do IBGE, se referem apenas às aquisições de alimentos para consumo no lar. E como a industrialização e a urbanização são continuamente crescentes (assim como os índices de ocupação da mulher fora do lar), é natural que o consumo doméstico de produtos in natura apresente redução no decorrer do tempo.
Isso aceito, a simples estabilidade no consumo doméstico da carne de frango já é um avanço. Mas que, provavelmente, deve ser creditado ao aumento do poder aquisitivo do consumidor. Que deve ter permitido também, por exemplo, um aumento de 0,85% no consumo doméstico de carne bovina.
Como aponta o quadro abaixo, no período analisado as carnes avícolas apresentaram o maior índice de retração (-4,75%). Mas essa retração ficou restrita a carnes que não a de frango, pois a participação deste no consumo total de carnes de aves, que era de 92% em 2002/03, subiu em 2008/09 para, praticamente, 97%.
Em relação à carne de frango, especificamente, houve significativa queda (já esperada, de 18%) no consumo do frango inteiro, com aumentos expressivos em todos os cortes. A maior expansão (+169%) ocorreu entre os cortes não-especificados (no quadro, N/E), o que dificulta apontar com mais precisão onde ocorreram as maiores expansões.
Investimentos contra aftosa crescem quase 1.700% em oito anos
No período de 2003 a 2010, os recursos passaram de R$ 3,3 milhões, para R$ 55,9 milhões
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem intensificado as ações contra a febre aftosa nos últimos oito anos. No período de 2003 a 2010, os recursos passaram de R$ 3,3 milhões, para R$ 55,9 milhões. O resultado representa crescimento de 1.693,9%. No próximo ano, os investimentos para controlar a doença podem alcançar R$ 59 milhões e serão aplicados no apoio à manutenção e melhoria estrutural dos serviços veterinários, capacitação de pessoal, campanhas de vacinação estratégicas e trabalhos de educação sanitária. No total, serão destinados para a Saúde Animal R$ 93,8 milhões.– Vamos continuar atuando, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste para alcançarmos, até o fim de 2011, o status de país livre de febre aftosa com vacinação. Já o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) deverá ocorrer em 2012 – informa o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Francisco Jardim.
Neste ano, foram realizadas vacinações oficiais contra a doença no Amapá, nos 12 municípios da Calha do Rio Amazonas e em áreas indígenas de Roraima (nas reservas Raposa Serra do Sol e São Marcos).
Em relação à cobertura vacinal da primeira etapa da campanha, no primeiro semestre deste ano, o índice alcançou 97,2%. O destaque foi o estado de Mato Grosso, que vacinou 100% dos animais com idade abaixo de 12 meses, em fevereiro, na região de fronteira com a Bolívia, e 99,7% dos animais com menos de 24 meses, em todo o estado, em maio.
Segundo o secretário Jardim, a retirada da vacinação deve ser vista com cautela.
– É preciso que os serviços veterinários estaduais estejam estruturados, com profissionais capacitados para realizar uma detecção rápida da doença e que o controle de trânsito dos animais seja efetivo – explica.
Entre os avanços conquistados neste ano, está o reconhecimento pelos Estados Unidos de Santa Catarina como estado livre de febre aftosa sem vacinação. A decisão é mais um passo para a abertura daquele mercado à carne suína catarinense, pleiteada pelo governo desde 2007.
Classificação
Neste ano, alguns estados evoluíram na classificação contra a febre aftosa. O noroeste do Pará passou de alto para médio risco. O Amazonas e o Amapá deixaram de ser risco desconhecido, passando para alto risco. Assim, o Brasil não tem mais nenhum estado como risco desconhecido.
Hoje, 15 unidades da federação já detêm o status de livre de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. Santa Catarina é o único estado considerado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como livre de febre aftosa sem vacinação.
Assembleia de credores do Arantes é adiada para dia 28
Assembleia de credores do Arantes é adiada para dia 28
Frigorífico realizou uma assembleia geral dos credores nesta terça em São José do Rio Preto (SP)
Agência Estado-Suzana Inhesta
Mais uma vez a questão do pagamento dos credores do Grupo Arantes, em recuperação judicial desde julho de 2009, foi adiada. O frigorífico realizou uma assembleia geral dos credores (AGC), em segunda convocação, nesta terça, dia 21, em São José do Rio Preto (SP), cidade onde fica a sede da companhia.
Segundo o advogado do grupo, Paulo Campana, da Felberg & Associados, não houve deliberações e a assembleia foi suspensa. Nova reunião foi marcada para o próximo dia 28, no mesmo local e horário (Ypê Park Hotel, localizado na rodovia Washington Luiz, quilômetro 428, em São José do Rio Preto, a partir das 10h).
De acordo com fontes que participaram do encontro, a nova data marca a preocupação da companhia em aprovar um novo plano de reestruturação da dívida ainda em 2010 para conseguir alguns benefícios fiscais. Segundo o plano de recuperação judicial do grupo, aprovado em janeiro pelos credores, o pagamento aos pecuaristas seria realizado até abril de 2011, mas nenhuma parcela foi quitada.
Conforme novo plano de recuperação judicial do grupo que o Arantes quer aprovar na assembleia, uma nova companhia seria criada para assumir os cerca de R$ 120 milhões da dívida e também a injeção de outros recursos, como a unidade de Nova Monte Verde (MT) e divisão de carnes da Frigor Hans e Frio Eder.
Em dezembro de 2008, a dívida total do Arantes era de R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão com 24 bancos. Antes do pedido de recuperação, o grupo, formado por nove empresas, entre elas a Sertanejo Alimentos, Guaporé e Brafri, tinha cerca de quatro mil trabalhadores.
AGÊNCIA ESTADO
Segundo o advogado do grupo, Paulo Campana, da Felberg & Associados, não houve deliberações e a assembleia foi suspensa. Nova reunião foi marcada para o próximo dia 28, no mesmo local e horário (Ypê Park Hotel, localizado na rodovia Washington Luiz, quilômetro 428, em São José do Rio Preto, a partir das 10h).
De acordo com fontes que participaram do encontro, a nova data marca a preocupação da companhia em aprovar um novo plano de reestruturação da dívida ainda em 2010 para conseguir alguns benefícios fiscais. Segundo o plano de recuperação judicial do grupo, aprovado em janeiro pelos credores, o pagamento aos pecuaristas seria realizado até abril de 2011, mas nenhuma parcela foi quitada.
Conforme novo plano de recuperação judicial do grupo que o Arantes quer aprovar na assembleia, uma nova companhia seria criada para assumir os cerca de R$ 120 milhões da dívida e também a injeção de outros recursos, como a unidade de Nova Monte Verde (MT) e divisão de carnes da Frigor Hans e Frio Eder.
Em dezembro de 2008, a dívida total do Arantes era de R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão com 24 bancos. Antes do pedido de recuperação, o grupo, formado por nove empresas, entre elas a Sertanejo Alimentos, Guaporé e Brafri, tinha cerca de quatro mil trabalhadores.
Marcas fortes despertam interesse pela Sara Lee
Ilan Brat e John Lyons
The Wall Street Journal
The Wall Street Journal
Nos últimos cinco anos, a Sara Lee Corp., que já teve uma colcha de retalhos de marcas de consumo, estreitou seu foco para produtos alimentícios. Mas suas divisões, que vão dos cafés Pilão e do Ponto à linha de frios Hilshire Farm, ainda têm pouco em comum, um dos motivos que tornam a empresa um alvo tentador de uma aquisição.
Este ano, o conselho da Sara Lee rejeitou uma proposta da firma de private equity Kohlberg Kravis Roberts & Co. Nas últimas semanas, o conselho vem considerando a venda da empresa para a empresa brasileira de processamento de carnes JBS SA, dizem pessoas familiarizadas com a situação.
Uma venda interromperia o esforço iniciado pela ex-diretora-presidente da empresa Brenda Barnes cinco anos atrás para transformar a Sara Lee, de uma holding com divisões bastante independentes, numa empresa operacional mais centralizada e sofisticada.
Um porta-voz da Sara Lee não quis comentar. Funcionários da JBS também não quiseram comentar.
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Peru mais barato é opção natalina
Os preços dos alimentos subiram cerca de 10%, em média, desde o Natal do ano passado, informou a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). E isso vai fazer com que a ceia do brasileiro pese um pouco mais no orçamento este ano.
Para se ter uma ideia, no caso das carnes, a alta chegou a mais de 40%. Mas, quem não abre mão do tradicional peru na mesa natalina poderá comer sem culpa. É que o preço da ave já recuou 11,45% desde dezembro de 2009.
A mesma queda foi verificada nos preços do chester. Portanto, quem optar pelas aves neste ano, além de saborear uma refeição mais saudável, ainda vai aliviar o orçamento familiar.
Para os consumidores que não dispensam o pernil e o lombo no período de festas, o melhor é preparar o bolso. Desde o Natal passado, esses cortes suínos já foram reajustados em 14,83% e 18,38%, respectivamente.
No caso das carnes bovinas, o preço médio subiu 31% no período. Os maiores aumentos ocorreram nos preços da picanha (39,9%) e do file mignon (39,4%).eBand
Para se ter uma ideia, no caso das carnes, a alta chegou a mais de 40%. Mas, quem não abre mão do tradicional peru na mesa natalina poderá comer sem culpa. É que o preço da ave já recuou 11,45% desde dezembro de 2009.
A mesma queda foi verificada nos preços do chester. Portanto, quem optar pelas aves neste ano, além de saborear uma refeição mais saudável, ainda vai aliviar o orçamento familiar.
Para os consumidores que não dispensam o pernil e o lombo no período de festas, o melhor é preparar o bolso. Desde o Natal passado, esses cortes suínos já foram reajustados em 14,83% e 18,38%, respectivamente.
No caso das carnes bovinas, o preço médio subiu 31% no período. Os maiores aumentos ocorreram nos preços da picanha (39,9%) e do file mignon (39,4%).eBand
Natal com mais carne
A demanda por carne mostra-se aquecida apesar do reajuste generalizado nos preços ao consumidor verificado no último ano. Nos próximos dias, o setor produtivo espera novo aumento, pela proximidade das festas de Natal e Ano Novo. A cadeia prevê que, passada essa empolgação, o consumo ainda será bom o suficiente para justificar incremento na criação de frango, suínos e bovinos no Paraná.
Os preços de todos os tipos de carne bovina, suína e de frango subiram no varejo, mostra o Departamento de Economia Rural Rural do Paraná (Deral). O filé mignon foi campeão, com alta de 51,17% na comparação com dezembro de 2009. Entre as carnes bovinas, a que menos subiu foi o acém, que está 20% mais caro.
Na carne suína, houve reajustes de 19,62% (lombo sem osso) a 29,25% (paleta com osso). O frango congelado subiu 27,15% e o resfriado 28,31%. A alta generalizada atingiu também outras carnes, como a de carneiro. O pernil de ovino com osso teve aumento de 45,11% no último ano, registra o Deral.
Na outra ponta da cadeia da carne, os preços pagos ao produtor subiram menos. No caso do frango, a cotação praticada no Paraná teve reajuste de 15,69% desde dezembro de 2009. O preço recebido pelo suinocultor aumentou 42,75% no último ano. Já o bovinocultor teve alta de 35,22% no período, como um recado direto da demanda crescente.
"Houve ganho real no preço da carne bovina, não foi só inflação. Calculamos ganho real de 43,8% entre setembro de 2009 e setembro deste ano. Esse reajuste permite que o pecuarista se capitalize depois de três anos de preços horríveis", afirma o zootecnista Paulo Rossi Júnior, um dos coordenadores do Laboratório de Pesquisas em Bovinocultura (LapBov) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A alta nos preços foi marcada pelo pico de R$ 106 por arroba de boi gordo, registrada em novembro pelo LapBov. O laboratório pesquisa diariamente negócios concretizados em dez mesorregiões do estado. Na avaliação de Rossi, o índice LapBov deve se estabilizar entre R$ 85 e 90 a arroba em 2011, interrompendo o abate de fêmeas e estimulando investimentos em bezerros.
Na carne bovina, os preços aumentaram porque a terminação do gado foi antecipada e faltaram novilhos no final da entressafra, explica o setor. No mercado de suínos e aves, os reajustes devem-se à interferência dos preços da carne vermelha e também ao crescimento do consumo.
"Com a migração de consumidores dos grupos D e E para os B e C aumenta a demanda por frango, a carne mais acessível e mais consumida no Brasil. As exportações estão crescendo, mas continuam representando um terço da nossa produção, graças a essa expansão do mercado interno", afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins.Gazeta do Povo
Os preços de todos os tipos de carne bovina, suína e de frango subiram no varejo, mostra o Departamento de Economia Rural Rural do Paraná (Deral). O filé mignon foi campeão, com alta de 51,17% na comparação com dezembro de 2009. Entre as carnes bovinas, a que menos subiu foi o acém, que está 20% mais caro.
Na carne suína, houve reajustes de 19,62% (lombo sem osso) a 29,25% (paleta com osso). O frango congelado subiu 27,15% e o resfriado 28,31%. A alta generalizada atingiu também outras carnes, como a de carneiro. O pernil de ovino com osso teve aumento de 45,11% no último ano, registra o Deral.
Na outra ponta da cadeia da carne, os preços pagos ao produtor subiram menos. No caso do frango, a cotação praticada no Paraná teve reajuste de 15,69% desde dezembro de 2009. O preço recebido pelo suinocultor aumentou 42,75% no último ano. Já o bovinocultor teve alta de 35,22% no período, como um recado direto da demanda crescente.
"Houve ganho real no preço da carne bovina, não foi só inflação. Calculamos ganho real de 43,8% entre setembro de 2009 e setembro deste ano. Esse reajuste permite que o pecuarista se capitalize depois de três anos de preços horríveis", afirma o zootecnista Paulo Rossi Júnior, um dos coordenadores do Laboratório de Pesquisas em Bovinocultura (LapBov) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A alta nos preços foi marcada pelo pico de R$ 106 por arroba de boi gordo, registrada em novembro pelo LapBov. O laboratório pesquisa diariamente negócios concretizados em dez mesorregiões do estado. Na avaliação de Rossi, o índice LapBov deve se estabilizar entre R$ 85 e 90 a arroba em 2011, interrompendo o abate de fêmeas e estimulando investimentos em bezerros.
Na carne bovina, os preços aumentaram porque a terminação do gado foi antecipada e faltaram novilhos no final da entressafra, explica o setor. No mercado de suínos e aves, os reajustes devem-se à interferência dos preços da carne vermelha e também ao crescimento do consumo.
"Com a migração de consumidores dos grupos D e E para os B e C aumenta a demanda por frango, a carne mais acessível e mais consumida no Brasil. As exportações estão crescendo, mas continuam representando um terço da nossa produção, graças a essa expansão do mercado interno", afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins.Gazeta do Povo
JBS preocupa analistas
Enquanto JBS e Sara Leemantinham ontem silêncio sobre um possível acordo de compra da multinacional americana pela brasileira, analistas e fontes desses mercados avaliavam quais as alternativas da JBS para financiar a eventual nova aquisição.
A empresa tem em caixa R$ 4,4 bilhões, mas seu endividamento é elevado. O de curto prazo está em R$ 5 bilhões e os financiamentos de longo prazo, em R$ 9,9 bilhões, segundo a Economática. O que preocupa os analistas é a alavancagem elevada da companhia, que recorreu a emissões de ações e de debêntures conversíveis em ações, no ano passado, para financiar as aquisições da Bertin Alimentos e da Pilgrim's Pride.
De acordo com a JBS, no fim de setembro deste ano, sua alavancagem - relação dívida líquida sobre EBITDA - era de 2,9 vezes. No fim do segundo trimestre deste ano estava em três vezes.
Um analista do segmento de carnes observa que, em todo o setor de frigoríficos de carne bovina, o processo de desalavancagem está sendo mais lento do que o esperado. Isso significa que a geração de caixa do setor não tem sido suficiente para que as empresas reduzam seu endividamento. Diante disso, a questão é se este é o momento para se endividar ainda mais.
A ausência de informações sobre o que exatamente a negociação englobaria também gera dúvidas no mercado. Nem JBS nem Sara Lee admitem as conversas, mas também não negam a existência de uma operação de venda de uma parte ou mesmo de toda a operação da Sara Lee para a companhia brasileira.
Segundo fontes do mercado ouvidas pelo Valor, as conversas entre as duas empresas tiveram início há cerca de seis meses e a JBS estaria interessada em adquirir toda a operação do grupo americano, que envolve indústrias e marcas de chá e café na Europa e Brasil, os negócios de food service e as empresas de alimentos industrializados, com forte presença nos Estados Unidos.
De acordo com essas mesmas fontes, a negociação estaria sendo demorada pela falta de consenso sobre o valor de cada ação da Sara Lee. A informação é que a JBS teria proposto pagar entre US$ 17,40 e US$ 17,60 por ação. A Sara Lee, no entanto, quer entre US$ 20 e US$ 20,50 por ação.
A Sara Lee cresceu graças a um processo forte de diversificação. Além de alimentos e bebidas, a empresa já atuou no mercado de cosméticos, higiene e até mesmo roupas íntimas. Nos últimos anos, iniciou um processo de reestruturação com a venda de ativos. Em 2005, a multinacional vendeu suas operações de café no mercado americano para a italiana Segafredo Zanetti, deixando de operar no maior mercado consumidor de café do mundo. Uma das últimas operações foi a venda de sua rede global de cuidados com o corpo e as suas empresas europeias de detergentes para a Unilever, uma operação de €1,21 bilhão.
No Brasil, segundo maior mercado consumidor de café, a Sara Lee detém uma fatia de quase 21% das 19 milhões de sacas comercializadas por ano, um mercado estimado em R$ 7 bilhões.
O interesse da JBS na Sara Lee chamou a atenção justamente pela diversificação da empresa americana. Segundo fontes, mesmo sem ter qualquer afinidade com a indústria de café, a JBS chegou a buscar informações no setor para entender o funcionamento desse mercado.
Mais compreensível é o interesse da brasileira na área de carnes e de food service da Sara Lee, já que a JBS pretende ampliar seus canais de distribuição no mercado americano.Valor Econômico
A empresa tem em caixa R$ 4,4 bilhões, mas seu endividamento é elevado. O de curto prazo está em R$ 5 bilhões e os financiamentos de longo prazo, em R$ 9,9 bilhões, segundo a Economática. O que preocupa os analistas é a alavancagem elevada da companhia, que recorreu a emissões de ações e de debêntures conversíveis em ações, no ano passado, para financiar as aquisições da Bertin Alimentos e da Pilgrim's Pride.
De acordo com a JBS, no fim de setembro deste ano, sua alavancagem - relação dívida líquida sobre EBITDA - era de 2,9 vezes. No fim do segundo trimestre deste ano estava em três vezes.
Um analista do segmento de carnes observa que, em todo o setor de frigoríficos de carne bovina, o processo de desalavancagem está sendo mais lento do que o esperado. Isso significa que a geração de caixa do setor não tem sido suficiente para que as empresas reduzam seu endividamento. Diante disso, a questão é se este é o momento para se endividar ainda mais.
A ausência de informações sobre o que exatamente a negociação englobaria também gera dúvidas no mercado. Nem JBS nem Sara Lee admitem as conversas, mas também não negam a existência de uma operação de venda de uma parte ou mesmo de toda a operação da Sara Lee para a companhia brasileira.
Segundo fontes do mercado ouvidas pelo Valor, as conversas entre as duas empresas tiveram início há cerca de seis meses e a JBS estaria interessada em adquirir toda a operação do grupo americano, que envolve indústrias e marcas de chá e café na Europa e Brasil, os negócios de food service e as empresas de alimentos industrializados, com forte presença nos Estados Unidos.
De acordo com essas mesmas fontes, a negociação estaria sendo demorada pela falta de consenso sobre o valor de cada ação da Sara Lee. A informação é que a JBS teria proposto pagar entre US$ 17,40 e US$ 17,60 por ação. A Sara Lee, no entanto, quer entre US$ 20 e US$ 20,50 por ação.
A Sara Lee cresceu graças a um processo forte de diversificação. Além de alimentos e bebidas, a empresa já atuou no mercado de cosméticos, higiene e até mesmo roupas íntimas. Nos últimos anos, iniciou um processo de reestruturação com a venda de ativos. Em 2005, a multinacional vendeu suas operações de café no mercado americano para a italiana Segafredo Zanetti, deixando de operar no maior mercado consumidor de café do mundo. Uma das últimas operações foi a venda de sua rede global de cuidados com o corpo e as suas empresas europeias de detergentes para a Unilever, uma operação de €1,21 bilhão.
No Brasil, segundo maior mercado consumidor de café, a Sara Lee detém uma fatia de quase 21% das 19 milhões de sacas comercializadas por ano, um mercado estimado em R$ 7 bilhões.
O interesse da JBS na Sara Lee chamou a atenção justamente pela diversificação da empresa americana. Segundo fontes, mesmo sem ter qualquer afinidade com a indústria de café, a JBS chegou a buscar informações no setor para entender o funcionamento desse mercado.
Mais compreensível é o interesse da brasileira na área de carnes e de food service da Sara Lee, já que a JBS pretende ampliar seus canais de distribuição no mercado americano.Valor Econômico
80% da dívida não foi paga
Crédito pendente de 4 frigoríficos junto aos pecuaristas de MT chega a R$ 150 milhões
Vívian Lessa
Da Redação
Vívian Lessa
Da Redação
Aproximadamente 80% dos pecuaristas mato-grossenses ainda não receberam o pagamento do valor devido pelos frigoríficos Arantes, Quatro Marcos, Independência e Frialto. A estimativa é da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) que calcula que esses credores tenham créditos pendentes na ordem de R$ 150 milhões com as 4 empresas que atuam no Estado. O valor estadual é praticamente a metade do total do débito existente, que inclui pecuaristas de outros estados. De acordo com o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Armando Biancardini Candia, o setor está cada vez mais pessimista quanto ao recebimento das dívidas.
"Iremos encerrar o ano de 2010 menos esperançosos se comparado a dezembro de 2009, quando as perspectivas para o pagamento dos valores eram iminentes". Ele revela que o frigorífico Arantes é o que mais preocupa os produtores. A empresa, que teve o Plano de Recuperação Judicial (PRJ) aprovado por 66% dos credores em 19 de janeiro de 2010, mas até agora não efetuou nenhum pagamento aos credores. Os pecuaristas aprovaram o pagamento da dívida de R$ 20 milhões em até 12 meses. Em Mato Grosso o débito do Arantes chega a R$ 13 milhões com pecuaristas. Com os produtores de Cachoeira Alta (GO), Imperatriz (MA) e Unaí (MG), o montante é de R$ 7 milhões. A dívida do frigorifico com demais fornecedores é de mais de R$ 30 milhões e com os trabalhadores cerca de R$ 10 milhões. A maior fatia, no entanto, é junto a 22 instituições bancárias no valor de R$ 1,1 bilhão. O advogado da Acrimat diz que a esperança está na reunião que ocorrerá hoje (21), em São Paulo. "Iremos discutir o atraso no pagamento dos débitos".
Em situação não muito diferente encontra-se o frigorífico Quatro Marcos que conseguiu pagar somente 7 parcelas de uma dívida total de R$ 427,8 milhões. Desse valor R$ 35,7 milhões são com pecuaristas, sendo que 273 são produtores de Mato Grosso, que precisam receber R$ 26 milhões do frigorífico. O Plano de Recuperação da empresa foi aprovada em 24 de março de 2010, após 7ª tentativa de negociação. O acordo previa que a dívida com os pecuaristas fossem pagas em 12 parcelas. Biancardini ressalta que desconhece os motivos que levaram a suspensão dos pagamentos. "O que sabemos é que a empresa tem posto em leilão as unidades frigoríficas". O Quatro Marcos foi alvo de protestos no ano passado quando pecuaristas ameaçaram, sem sucesso, fechar a unidade de Alta Floresta que havia sido arrendada pela JBS/Friboi. Esse grupo arrendou as 5 plantas do Quatro Marcos que estavam desativadas em Mato Grosso (Juara, Alta Floresta, Colíder, Cuiabá e São José dos Quatro Marcos) que abatiam 4,025 mil animais/dia.
O assessor jurídico da Acrimat ainda lembra que o frigorífico Independência também não quitou seus débitos junto aos pecuaristas. Ele explica que a empresa, conforme previsto no primeiro Plano de Recuperação (aprovado em 6 de setembro de 2009), pagou todos os pecuaristas que tinham créditos de até R$ 100 mil (totalizando R$ 152,4 milhões). "Com isso, 80% da dívida foi paga, mas as parcelas restantes, que deveriam ser pagas em até 24 meses, foram canceladas pelo Independência". Vale lembrar que em 6 de junho de 2010 o grupo, formado Independência S/A e Nova Carne Indústria de Alimentos Ltda, pediu a modificação do plano, que foi aprovado novamente no dia 22 de junho de 2010.
A empresa tem uma dívida total de R$ 194 milhões. O financeiro do Independência Luiz Carlos de Souza conta que a empresa resolveu desativar todas as 16 unidades espalhadas pelo país - dessas 5 estão em Mato Grosso. De acordo com ele, o grupo deverá continuar no dia 31 de janeiro de 2011 a assembleia com credores iniciada em 22 de novembro deste ano. "A intenção é discutir no próximo encontro a opção de que investidores aportem capital de giro para a retomada da indústria". Souza acrescenta que não há previsão para a retomada das unidades.
O Frigorífico Frialto é o último da lista que teve o Plano de Recuperação Judicial aprovado pelos credores, na quinta-feira (16), em Sinop, após 4 tentativas de negociação. O texto do plano aprovado foi diferente do apresentado na última Assembleia Geral de Credores (AGC) que previa o pagamento em 5 anos com parcelas trimestrais. Depois de reivindicações por parte dos pecuaristas, o frigorífico reduziu para 4 anos o prazo para pagamento, com parcelas mensais. O Frialto tem uma dívida de cerca de R$ 94 milhões com quase 2 mil pecuaristas, localizados em 3 estados (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia). Só em Mato Grosso a dívida chega a R$ 45 milhões junto a aproximadamente 1,1 mil criadores. A reportagem entrou em contato com o representantes do Arantes mas não obteve retorno. Os diretores do Quatro Marcos não foram localizados.
"Iremos encerrar o ano de 2010 menos esperançosos se comparado a dezembro de 2009, quando as perspectivas para o pagamento dos valores eram iminentes". Ele revela que o frigorífico Arantes é o que mais preocupa os produtores. A empresa, que teve o Plano de Recuperação Judicial (PRJ) aprovado por 66% dos credores em 19 de janeiro de 2010, mas até agora não efetuou nenhum pagamento aos credores. Os pecuaristas aprovaram o pagamento da dívida de R$ 20 milhões em até 12 meses. Em Mato Grosso o débito do Arantes chega a R$ 13 milhões com pecuaristas. Com os produtores de Cachoeira Alta (GO), Imperatriz (MA) e Unaí (MG), o montante é de R$ 7 milhões. A dívida do frigorifico com demais fornecedores é de mais de R$ 30 milhões e com os trabalhadores cerca de R$ 10 milhões. A maior fatia, no entanto, é junto a 22 instituições bancárias no valor de R$ 1,1 bilhão. O advogado da Acrimat diz que a esperança está na reunião que ocorrerá hoje (21), em São Paulo. "Iremos discutir o atraso no pagamento dos débitos".
Em situação não muito diferente encontra-se o frigorífico Quatro Marcos que conseguiu pagar somente 7 parcelas de uma dívida total de R$ 427,8 milhões. Desse valor R$ 35,7 milhões são com pecuaristas, sendo que 273 são produtores de Mato Grosso, que precisam receber R$ 26 milhões do frigorífico. O Plano de Recuperação da empresa foi aprovada em 24 de março de 2010, após 7ª tentativa de negociação. O acordo previa que a dívida com os pecuaristas fossem pagas em 12 parcelas. Biancardini ressalta que desconhece os motivos que levaram a suspensão dos pagamentos. "O que sabemos é que a empresa tem posto em leilão as unidades frigoríficas". O Quatro Marcos foi alvo de protestos no ano passado quando pecuaristas ameaçaram, sem sucesso, fechar a unidade de Alta Floresta que havia sido arrendada pela JBS/Friboi. Esse grupo arrendou as 5 plantas do Quatro Marcos que estavam desativadas em Mato Grosso (Juara, Alta Floresta, Colíder, Cuiabá e São José dos Quatro Marcos) que abatiam 4,025 mil animais/dia.
O assessor jurídico da Acrimat ainda lembra que o frigorífico Independência também não quitou seus débitos junto aos pecuaristas. Ele explica que a empresa, conforme previsto no primeiro Plano de Recuperação (aprovado em 6 de setembro de 2009), pagou todos os pecuaristas que tinham créditos de até R$ 100 mil (totalizando R$ 152,4 milhões). "Com isso, 80% da dívida foi paga, mas as parcelas restantes, que deveriam ser pagas em até 24 meses, foram canceladas pelo Independência". Vale lembrar que em 6 de junho de 2010 o grupo, formado Independência S/A e Nova Carne Indústria de Alimentos Ltda, pediu a modificação do plano, que foi aprovado novamente no dia 22 de junho de 2010.
A empresa tem uma dívida total de R$ 194 milhões. O financeiro do Independência Luiz Carlos de Souza conta que a empresa resolveu desativar todas as 16 unidades espalhadas pelo país - dessas 5 estão em Mato Grosso. De acordo com ele, o grupo deverá continuar no dia 31 de janeiro de 2011 a assembleia com credores iniciada em 22 de novembro deste ano. "A intenção é discutir no próximo encontro a opção de que investidores aportem capital de giro para a retomada da indústria". Souza acrescenta que não há previsão para a retomada das unidades.
O Frigorífico Frialto é o último da lista que teve o Plano de Recuperação Judicial aprovado pelos credores, na quinta-feira (16), em Sinop, após 4 tentativas de negociação. O texto do plano aprovado foi diferente do apresentado na última Assembleia Geral de Credores (AGC) que previa o pagamento em 5 anos com parcelas trimestrais. Depois de reivindicações por parte dos pecuaristas, o frigorífico reduziu para 4 anos o prazo para pagamento, com parcelas mensais. O Frialto tem uma dívida de cerca de R$ 94 milhões com quase 2 mil pecuaristas, localizados em 3 estados (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia). Só em Mato Grosso a dívida chega a R$ 45 milhões junto a aproximadamente 1,1 mil criadores. A reportagem entrou em contato com o representantes do Arantes mas não obteve retorno. Os diretores do Quatro Marcos não foram localizados.
Negociação entre Sara Lee e JBS trava em preço, diz fonte
21/12
A empresa de alimentos e bebidas Sara Lee Corp tem mantido conversações para ser vendida à produtora brasileira de carnes JBS, mas ainda não se chegou a um consenso sobre preços e não está claro se um acordo poderá ser alcançado, disse uma fonte próxima ao assunto na noite de domingo (19).
As conversações têm ocorrido há meses, disse a fonte à Reuters, acrescentando que as empresas ainda não conseguiram chegar a um acordo sobre os termos da venda.
Baseado no preço de fechamento da ação da Sara Lee na sexta-feira, de 17,26 dólares, a empresa tem um valor de mercado de 11 bilhões de dólares. O valor do JBS é de cerca de 10,5 bilhões de dólares.
O JBS, maior companhia de proteína animal do mundo, informou que não comenta o assunto.
"A JBS S.A., de acordo com as boas práticas de governança corporativa, comunica a seus acionistas e ao mercado em geral que a Companhia declina comentar sobre as recentes especulações a respeito de uma potencial aquisição na América do Norte", limitou-se a dizer a companhia em nota ao mercado.
A Sara Lee Corp, que também disse que não comenta o assunto, possui uma grande gama de produtos no varejo, em vários países, como cafés, produtos de carne. No Brasil, a empresa é uma das líderes no varejo de café torrado e moído, com marcas como Café do Ponto e Café Pilão.
O futuro da Sara Lee, cujas marcas incluem também as linguiças Jimmy Dean e o café Senseo, tem sido assunto nos últimos meses.
Em novembro, a companhia vendeu sua unidade de panificação para a empresa mexicana Grupo Bimbo por 925 milhões de dólares. E analistas indicaram que o novo foco da companhia, carnes na América do Norte e café na Europa, ficou um pouco sobreposto.
Bem como a possível venda, a Sara Lee também está considerando opções de desmembrar seus negócios de carnes e bebidas, disse a fonte.
A Sara Lee tem operado com um presidente-executivo interino desde agosto quando Brenda Barnes deixou o cargo por motivos de saúde.
O presidente-executivo interino, Marcel Smiths, e Christopher J. (CJ) Fraleigh, chefe do serviço de varejo e alimentos da companhia para a América do Norte, são considerados como candidatos para o principal cargo.
A companhia de equity privado Apollo Global Management sondou a Sara Lee sobre um acordo, disse uma fonte à Reuters em outubro, após notícias de que a empresa havia recusado uma oferta no valor de 12 bilhões de dólares da KKR.
As conversações têm ocorrido há meses, disse a fonte à Reuters, acrescentando que as empresas ainda não conseguiram chegar a um acordo sobre os termos da venda.
Baseado no preço de fechamento da ação da Sara Lee na sexta-feira, de 17,26 dólares, a empresa tem um valor de mercado de 11 bilhões de dólares. O valor do JBS é de cerca de 10,5 bilhões de dólares.
O JBS, maior companhia de proteína animal do mundo, informou que não comenta o assunto.
"A JBS S.A., de acordo com as boas práticas de governança corporativa, comunica a seus acionistas e ao mercado em geral que a Companhia declina comentar sobre as recentes especulações a respeito de uma potencial aquisição na América do Norte", limitou-se a dizer a companhia em nota ao mercado.
A Sara Lee Corp, que também disse que não comenta o assunto, possui uma grande gama de produtos no varejo, em vários países, como cafés, produtos de carne. No Brasil, a empresa é uma das líderes no varejo de café torrado e moído, com marcas como Café do Ponto e Café Pilão.
O futuro da Sara Lee, cujas marcas incluem também as linguiças Jimmy Dean e o café Senseo, tem sido assunto nos últimos meses.
Em novembro, a companhia vendeu sua unidade de panificação para a empresa mexicana Grupo Bimbo por 925 milhões de dólares. E analistas indicaram que o novo foco da companhia, carnes na América do Norte e café na Europa, ficou um pouco sobreposto.
Bem como a possível venda, a Sara Lee também está considerando opções de desmembrar seus negócios de carnes e bebidas, disse a fonte.
A Sara Lee tem operado com um presidente-executivo interino desde agosto quando Brenda Barnes deixou o cargo por motivos de saúde.
O presidente-executivo interino, Marcel Smiths, e Christopher J. (CJ) Fraleigh, chefe do serviço de varejo e alimentos da companhia para a América do Norte, são considerados como candidatos para o principal cargo.
A companhia de equity privado Apollo Global Management sondou a Sara Lee sobre um acordo, disse uma fonte à Reuters em outubro, após notícias de que a empresa havia recusado uma oferta no valor de 12 bilhões de dólares da KKR.
Reuters
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