sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Abate de bovinos cai 2,5% no terceiro trimestre, mas de frangos e suínos tem alta

Também foi registrado crescimento na aquisição de leite e na produção de ovos de galinha


O abate de bovinos teve uma queda de 2,5% no terceiro trimestre de 2010, em relação aos três meses imediatamente anteriores, segundo pesquisa sobre a pecuária divulgada nesta sexta, dia 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento registrou, no entanto, crescimento nos abates de frangos e suínos, na aquisição de leite pela indústria e na produção de ovos de galinha.
Nos meses de julho a setembro, 7,394 milhões de bovinos foram abatidos. Embora menor do que o do segundo trimestre do ano, o número representa um aumento de 2,6% na comparação com o do terceiro trimestre de 2009. No acumulado do ano, o abate de bovinos é 7,1% superior ao de 2009, inclusive nas parciais trimestrais.
De acordo com o IBGE, a queda observada no terceiro trimestre se deve à redução do abate de vacas, que caiu 10,9%, já que no mesmo período o de bois subiu 1,9%.

No desempenho regional, o Centro-Oeste, responsável por 35% do abate nacional de bovinos no trimestre, apresentou queda de 2,3% em relação ao mesmo período de 2009. Nessa região, o estado de Mato Grosso teve uma queda de 5,6% no abate de bovinos.
Já nas regiões Sul e Sudeste os resultados foram positivos, com destaque para os estados do Rio Grande de Sul, com 29% a mais de abates, e Paraná, com 25,1%. Em São Paulo, o crescimento foi de 3,6%.
Um outro item da pesquisa a apresentar queda no terceiro trimestre foi o referente à aquisição de peças inteiras de couro cru bovino, com redução de 6,1% sobre o resultado do terceiro trimestre de 2009 e de 2,4% em relação ao do segundo trimestre deste ano. O total de couro efetivamente curtido pelos estabelecimentos pesquisados pelo IBGE foi de 8,935 milhões de unidades.
A aquisição de leite pela indústria no terceiro trimestre deste ano cresceu 5,7% em relação à dos três meses anteriores e 6% na comparação com a do terceiro trimestre de 2009, somando 5,191 bilhões de litros. No acumulado do ano, a alta é de 8,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 15,373 bilhões de litros. O estado de Minas Gerais responde por 25,9% da aquisição de leite, seguido do Rio Grande do Sul (15,8%).
O abate de frangos somou 1,283 bilhões de unidades no terceiro trimestre de 2010, uma alta de 3,8% sobre o trimestre anterior e de 1,3% em relação ao terceiro trimestre de 2009. O acumulado de 2010 registrou uma alta de 4,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o IBGE, com esse resultado, a produção de frangos atinge um novo patamar, superando o desempenho de 12 meses atrás.
Um novo recorde também foi atingido pelo abate de suínos, que somou 8,305 milhões de cabeças, 2,9% a mais que o do segundo trimestre do ano e 2,5% maior que o volume do terceiro trimestre de 2009. O abate de suínos no acumulado no ano é 5,1% superior ao de 2009.
Para o IBGE, esse crescimento no abate reflete o aumento do consumo interno de carne de porco, uma vez que não está havendo uma alta nas exportações desse item.
A produção de ovos de galinha, crescente em todos os meses de 2010, alcançou 622,499 milhões de dúzias no terceiro trimestre, um aumento de 1,8% em relação ao verificado no trimestre anterior e de 2,4% sobre o resultado do terceiro trimestre de 2009. De janeiro a setembro, o aumento foi de 4,5% em relação à produção do mesmo período de 2009, atingindo 1,839 bilhão de dúzias.
A Região Sudeste concentra mais da metade da produção nacional de ovos e, entre os estados, São Paulo, Minas Gerais e o Paraná são os maiores produtores nacionais. O IBGE destaca o crescimento da avicultura em Mato Grosso, onde a produção de ovos cresceu 49,5% na comparação com a do terceiro trimestre de 2009.

AGÊNCIA BRASIL

NEGÓCIOS - Marcos Molina

Em pouco mais de dez anos, o fundador do Marfrig construiu um império que fatura R$ 28 bilhões e está presente em 23 países dos cinco continentes. Em 2009, a compra da Keystone Foods o colocou como o maior fornecedor global do McDonald's
Por Ralphe Manzoni Jr.
Na recepção da sede do grupo Marfrig, em São Paulo, faço a identificação de praxe. Pego um documento e digo que vou conversar com Marcos Molina. Ao meu lado, um homem baixo e magro me interrompe:
- Vai falar com o Marquinhos? Conheço ele há muito tempo. Sou um de seus primeiros clientes e estou aqui para tratar o final do ano com ele. Vamos passar o Réveillon juntos, diz Daniel Wessel, CEO da companhia que herda o seu sobrenome.
O breve diálogo revela muito sobre Marcos Molina, fundador do frigorífico brasileiro Marfrig, um gigante de R$ 28 bilhões, 90 mil funcionários, 151 fábricas em 23 países dos cinco continentes. 

À medida que sua companhia se transforma numa das maiores empresas de alimentação do mundo, Molina cultiva relacionamentos e amizades como quando, aos 16 anos, pediu emancipação ao pai, um açougueiro em Mogi-Guaçu, interior de São Paulo. 

Sua meta era criar um negócio de distribuição de carnes. A partir daí, não parou mais. Em 2000, comprou o primeiro frigorífico em Bataguassu, Mato Grosso do Sul. Em 2010, adquiriu, por US$ 1,2 bilhão, 

o americano Keystone Foods, que atende 28 mil restaurantes e fatura US$ 6,4 bilhões, tornando-se o maior fornecedor do McDonald’s no mundo. Foi a 38a aquisição em 60 meses, no ritmo alucinante de uma a cada 45 dias. 
Depois de fechar 38 aquisições, Molina quer tirar férias, mas, para ele,
isso significa consolidar as operações e buscar sinergias



Por esse motivo, Molina foi escolhido o EMPREENDEDOR DO ANO NA INDÚSTRIA. “Agora, vamos tirar férias”, disse à DINHEIRO Molina. “Precisamos consolidar as operações e aproveitar as sinergias.” 

Molina não está planejando um período de descanso. Seus planos de crescer internacionalmente estão ainda mais ousados, após a compra da Keystone Foods. “Criamos uma plataforma de negócios sólida”, diz o executivo. 

“Era preciso ter presença mundial, diversificação em proteína e produto industrializado.” Para ele, isso tudo já foi alcançado. A expansão geográfica permitiu desvencilhar-se de barreiras tarifárias e sanitárias contra a carne brasileira. 

As diversas aquisições deram-lhe variedade de produtos: bovinos, suínos e aves. E, com a Seara, adquirida da Cargill, ele conseguiu um nome forte de produtos industrializados. 

No mundo e no Brasil Publicidade da marca Seara durante a Copa do Mundo e
assinatura do acordo setorial para proibir a compra de carne ilegal da Amazônia


Agora, chegou a hora da expansão orgânica. Um dos lances da nova jogada pôde ser observado na Copa do Mundo da África do Sul, patrocinada pelo Marfrig. No mais global dos eventos,  a empresa mostrou a marca Seara para três bilhões de consumidores, da Arábia Saudita ao Japão. A dose será repetida em 2014. “O mundo não tem uma marca global de proteínas”, afirma Molina. “Vamos fazer isso com a Seara.” 

Os produtos da Seara já são vendidos em 100 países. Aos poucos, eles vão chegar a todos os rincões do planeta. Mas Molina quer preservar as características dos locais onde atua. 

Na Argentina, por exemplo, o Marfrig é dono da marca Paty, sinônimo de hambúrguer, e as duas marcas  vão conviver. E assim será em todas as regiões onde o Marfrig tem presença. 

São dezenas de marcas: a Moy Park, linha à base de frangos da Europa, a Patagonia, de cordeiros no Chile, a Tucuarembó, de hambúrgueres no Uruguai, e a recém-adquirida Keystone Foods, nos EUA. 

No Brasil, além da Seara, a companhia é dona da Bassi, Mabella, DaGranja, Pena Branca e Palatare. Essa forte presença global colocou o Marfrig como a sexta empresa brasileira mais globalizada em 2010. 

No setor, ela só perde para o JBS-Friboi, que lidera o ranking deste ano, segundo a Fundação Dom Cabral. Mas enquanto o JBS é o maior abatedouro do mundo, o Marfrig caminha para vender produtos de maior valor agregado. Com isso, seu modelo de negócios se assemelha ao da Brasil Foods cujo faturamento superou ao comprar a Keystone Foods.   

Presença global: Compra da Keystone transformou o Marfrig no maior fornecedor do McDonald's em todo o mundo
  

Apesar de global, o Marfrig tem o DNA de seu fundador. Dono de um sotaque caipira carregado, Molina é um empreendedor diferente. Não fez faculdade, não fala inglês e não lê livros de gestão. 

Nas reuniões, não gosta que usem PowerPoint. “Sou direto e objetivo”, afirma ele. “Temos de fazer as coisas sem burocracia. O que precisa ser resolvido tem de ser resolvido e da forma certa.” 

A simplicidade é a marca do estilo Molina de administrar. E ela cativa as pessoas com quem faz negócio. “O nosso perfil é atender o cliente. Sempre foi”, diz Molina. A frase é um chavão do mundo corporativo. 

No entanto, quando questionado se seus concorrentes não fazem o mesmo, Molina responde de bate-pronto: “Será que os outros ouvem mesmo o cliente?” Molina tem os ouvidos atentos. 

Enquanto seus rivais vendiam um produto padronizado para cadeias de restaurante, ele entregava cortes sob medida. Ele também se antecipou a uma necessidade do mercado quando proibiu a compra de carne do gado criado na Região Amazônica.

Durante encontros de negócios, geralmente fica calado, ouvindo o interlocutor. “Quando ele dá a resposta, ela é definitiva”, diz Arri Coser, fundador da Fogo de Chão, tradicional rede de churrascaria que compra 80% de sua carne do Marfrig. 

“Ele resolve as coisas na hora”, diz Daniel Wessel, que recebe do Marfrig os produtos cortados e embalados para serem vendidos com sua marca. “Para ele, é sim ou não. Não existe meio-termo.” 

Os clientes têm seu celular e podem ligar a qualquer hora. “Ele nunca deixou de atender uma ligação”, diz um funcionário que trabalha diretamente com Molina. Da forma inversa, Molina liga para os clientes com frequência. 

“A primeira pergunta sempre é: Está bem servido?Precisa de alguma coisa?”, diz Coser. Apesar da fome de aquisições, Molina resistiu à tentações de entrar em novos negócios. 

Quando Eduardo Batalha trouxe a rede de fast-food Burger King ao Brasil, convidou Molina para ser seu sócio. Convite recusado. “A grande qualidade do Marcos é não perder o foco na carne”, diz Batalha, que também é pecuarista.

Toda essa informalidade não significa que o Marfrig não seja profissionalizado. Para quem tem como sócio o BNDES – dono de quase 14% da empresa – , seria impossível colocá-lo nos trilhos sem um time de primeira. 

Por isso, Molina se cerca dos melhores profissionais para aconselhá-lo. No conselho de administração estão Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central, e Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose. 

“Não tinha tempo para mais nada. Mas fui conversar com ele e fiquei impressionado com a forma como ele toca os negócios e contrata as pessoas”, conta Maciel Neto. Desde que se emancipou, Molina anota em um caderninho os nomes de todos os bons profissionais com quem se relacionou. Boa parte deles, hoje, trabalha no Marfrig. É com estilo caipira que Molina, assim como quem não quer nada, criou uma das empresas brasileiras mais internacionais.


Produção brasileira de carne de frango deverá crescer 10,9% em 2010

17/12 
Agências - A produção brasileira de carne de frango deverá crescer 10,9% em 2010, no comparativo com o ano anterior.

De acordo com dados preliminares da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), a perspectiva é de que a produção atinja um total de 12,180 milhões de toneladas, superando em mais de 1,2 milhão de toneladas o volume total de 2009, um recorde histórico para o setor. Segundo o Presidente Executivo da UBABEF, Francisco Turra, o aumento do consumo interno, aliado à retomada dos volumes de exportação, foi determinante para os resultados da produção. "Por um lado, o cenário interno se mostrou bastante positivo durante o ano, inclusive, com alta no consumo per capta, que deverá ser próximo a 44 quilos em 2010. Por outro, a recuperação dos patamares de consumos dos tradicionais importadores e a abertura de novos mercados internacionais contribuíram para a conquista desse resultado histórico", ressalta o presidente da UBABEF.

Nas exportações, Turra destaca que o país superará o volume de 3,8 milhões de toneladas em 2010, outro recorde para a avicultura. Antes desse índice, o melhor resultado obtido pelo setor exportador de frangos foi registrado em 2008, com 3,64 milhões de toneladas de carne de frango embarcadas. Com informações da UBABEF.(VA)

Só Notícias

Boi/Cepea: Preço da arroba volta a subir

17/12 
Cepea – As cotações do boi gordo no mercado brasileiro subiram nos últimos dias, influenciadas pelo aquecimento das vendas de carne no atacado da Grande São Paulo, segundo levantamentos do Cepea. Entre 8 e 15 de dezembro, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (São Paulo, à vista – CDI e para descontar os 2,3% do Funrural) subiu 1,03%, fechando a R$ 105,12 nessa quarta-feira, 15. Na parcial de dezembro, no entanto, o Indicador acumula pequena queda de 0,26%. Apesar disso, o ritmo de negociações continua lento. Conforme pesquisas do Cepea, a oferta de animais para abate segue baixa e muitos frigoríficos ainda comentam que têm dificuldades para realizar novas aquisições.

CEPEA

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mercado Carne em São Paulo em 15-12-2010 - Boi Castrado

15/12/2010]

Atacado - 15/12/10



                               
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Rebanho de MT atinge 27 mi

16/12 
Aproximadamente 17% da criação de bovinos em Mato Grosso está concentrada em apenas 6 municípios do Estado. São 4,559 milhões de animais situados em fazendas das cidades de Juara (907,4 mil cabeças), Alta Floresta (808,4 mil), Marcelândia (801,8 mil), Cáceres (794,8 mil), Vale de São Domingos (672,1 mil) e Juína (574,9 mil). Essas regiões se destacam entre as 20 maiores produtoras de gado do país. O Estado, por outro lado, é líder isolado nesse ranking nacional, somando 27,357 milhões de cabeças. Os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), referentes ao ano de 2009, foram divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A primazia de Mato Grosso nesse segmento se estabelece mesmo em torno de problemas pontuais que devem estagnar a expansão da atividade nos próximos anos. As paralisações de 11 plantas frigoríficas no interior do Estado, por exemplo, sustentam a ideia de que o setor precisa de transformações para continuar crescendo. É o que analisa o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari. Ele observa que todos os 6 municípios abrigam unidades frigoríficas. "O que se faz necessária a retomada dessas plantas". Atualmente há no Estado 27 em operação.

Para ele, além de ter o maior rebanho bovino do país, é imprescindível que Mato Grosso também tenha um excelente parque industrial. O superintendente da Acrimat ainda acrescenta que a eficiência do pecuarista em manter um padrão de qualidade da carne, a genética do animal, entre outros fatores, são responsáveis por refletir o tamanho da pecuária mato-grossense comparando-a aos números nacionais. É preciso considerar que o efetivo nacional de bovinos atingiu a marca de 205,292 milhões de cabeças, na qual 13,3% da produção é de gado criado nas pastagens mato-grossenses. Na sequência surge Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, com 10,9% cada.

Quanto à distribuição regional desse efetivo, o Centro-Oeste respondeu por 34,4% das cabeças de gado, seguido pelo Norte, com 19,7%, e o Sudeste, com 18,5%. A pesquisa mostrou que Corumbá (MS) ocupou a primeira posição entre os municípios, com 1,973 milhão de cabeças de gado (1,0% do total), vindo, em seguida, São Félix do Xingu (PA) e Ribas do Rio Pardo (MS), com 0,9% e 0,6%, respectivamente.

O Brasil possui o 2º maior rebanho de bovinos do mundo, atrás apenas da Índia (de acordo com Food and Agriculture Organization. É 2º maior produtor de carne bovina, depois dos Estados Unidos, e maior exportador mundial do produto.

Grande porte - Entre os animais de grande porte, o efetivo de bubalinos em Mato Grosso soma 18,125 mil animal. No país somam 1,136 milhão de animais em 2009.Os maiores rebanhos estavam alojados no Pará e Amapá. Os principais municípios produtores foram Chaves (PA), Cutias (AP) e Almeirim (PA). O Estado também cria 318 mil equinos, 85 mil muares (mula) e 4 mil asininos (asno ou jumento).

Gazeta Digital

Acrimat avisa que não mais participa de ACC do Frialto

16/12 
A quarta Assembleia Geral de Credores (AGC) do Frialto, convocada para hoje (16), em Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá), promete ser calorosa. A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) acredita que pecuaristas e trabalhadores serão meros figurantes mais uma vez e que esta será a última assembleia de que participará. “Esta vai ser a última participação da Acrimat e vamos convocar todos os pecuaristas a não comparecerem também. Já que são os bancos que decidem, eles, os bancos, que criem o boi e toquem o frigorífico”, anunciou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, que já está em Sinop.

“Eu não vou a Sinop. Como credor e presidente da Acrimat, sei que o papel do produtor e dos funcionários será de expectadores e esse papel eu não faço mais”, desabafou o presidente da entidade, Mario Candia. Para ele “acabou o respeito que o setor produtivo tinha com o grupo frigorifico dos Bellincanta e agora vamos aguardar o resultado que os bancos decidirem nessa quarta assembleia”.

Candia lembra que foram realizadas diversas reuniões para definirem uma proposta, mas que nada do que foi acordado foi cumprido pelo Frialto, “pois não são eles que decidem e vai ser assim pelos próximos 20 anos, e se a empresa conseguir se manter no mercado, será comandada pelas instituições financeiras”. Ele avisa que “bancos não têm boi e uma hora a corda vai arrebentar”.

A dívida com os pecuaristas em 12 estados soma R$ 95 milhões, dos quais R$ 47,87 milhões devidos somente em Mato Grosso.

Diário de Cuiabá

Boi gordo: frigoríficos estão um pouco mais agressivos nas compras

16/12 
Scot Consultoria - Com as escalas não muito confortáveis e os feriados de final de ano se aproximando (quando geralmente o volume de negócios cai), os frigoríficos estão um pouco mais agressivos nas compras.

Em São Paulo os negócios com o boi gordo saem por R$102,00/@ a R$103,00/@, à vista, livre do funrural, com escalas para cerca de 4 dias.

No Triângulo Mineiro, assim como na região de Belo Horizonte-MG, o boi gordo é negociado por R$96,00/@, a prazo, livre do imposto, com oferta pequena e dificuldade no preenchimento das escalas.

Aliás, a dificuldade nas compras fez o preço do boi gordo subir no Mato Grosso, nas quatro praças pesquisadas pela Scot Consultoria.

Em Goiânia-GO o valor do boi gordo subiu para R$94,00/@, a prazo, livre do funrural e no Sul do estado as cotações variam de R$95,00/@ a R$96,00/@, nas mesmas condições.

No mercado atacadista de carne bovina os preços estão estáveis, com exceção da vaca casada, que subiu R$0,10/kg.

Só Notícias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mercado Boi castrado - São Paulo em 14-12-2010

[14/12/2010]

Atacado - 14/12/10



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Abiec: oferta de boi gordo se normalizará em 2011

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, espera que a oferta de boi gordo se normalize no ano que vem. "Depois do pico de abate de matrizes em 2006 estamos caminhando para uma constante no abate de fêmeas, que culminará na recomposição do rebanho. Em 2010, como foi um ano muito seco que acabou atrapalhando a engorda dos animais, ainda não vimos uma oferta e demanda equilibrada. Mas em 2011 teremos uma oferta melhor de animais", afirmou o executivo.

Camardelli também disse que o mercado interno compensou parte da queda nas exportações deste ano. "O objetivo é tratar igualmente os mercados e não abandonar um em função do outro. Mas se estão pagando mais pela carne aqui, se eu tenho mais facilidade de rentabilidade no mercado interno, eu não vou exportar. O mercado é soberano", afirmou. "O grande objetivo da Abiec, com um trabalho com o governo, é trazer competitividade à carne brasileira, neste momento atual de harmonização de preços, com o binômio de comparação: preço e pacote tecnológico e de autogestão", completou.

Sobre o câmbio, o presidente da Abiec foi enfático: "o governo tem que adotar um 'remédio mais amargo' para sustentar dólar num patamar mais alto. O dólar é a competitividade de qualquer setor." 

A matéria é de Suzana Inhesta, da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Boi gordo volta a apresentar forte desvalorização

O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 105,07/@, com variação negativa de R$ 0,52. O indicador a prazo registrou queda de R$ 1,25, sendo cotado a R$ 106,11/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio



Minerva: oferta de boi melhorará a partir de fevereiro de 2011

Para o presidente do frigorífico, já está ocorrendo no país uma retenção de matrizes, com a diminuição do abate de fêmeas e o aumento da produção de bezerros

Agência Estado
Suzana Inhesta
O cenário atual de oferta restrita de boi gordo no Brasil deverá se alterar somente a partir de fevereiro de 2011 e, consequentemente, haverá, a partir desse período, uma queda de preços nas cotações da arroba. A expectativa é do presidente do frigorífico Minerva, Fernando Galletti de Queiroz. Segundo ele, já está ocorrendo no país uma retenção de matrizes, com a diminuição do abate de fêmeas e o aumento da produção de bezerros.
– Aliás, se compararmos com a situação dos outros países, o Brasil é o único que está nesse momento de recomposição de rebanho. Por exemplo, a Argentina está numa situação complicada e já estão surgindo rumores de que o país começará a importar gado. Na Europa, cada vez mais estão cortando os subsídios ao agronegócio – afirmou o executivo.
– O Brasil estará sem concorrente nas exportações. Veremos em 2011 uma grande oportunidade nas exportações, embora com um mercado ainda muito volátil, já que praticamente todos os mercados estão com preços altos e estoques muito baixos – disse.
BNDES
O presidente do frigorífico Minerva afirmou que o recente apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas do setor de carne é muito importante, mas que as empresas ajudadas precisam ter responsabilidade em suas estratégias.
– O papel do BNDES em apoiar setores vencedores é extremamente relevante para o desenvolvimento da indústria. Mas isso não pode desviar a empresa da estratégia que ela tem. As companhias precisam ter responsabilidade e trabalhar com planos bem claros – disse.
– Nós tivemos disciplina para manter o foco e estamos bastante otimista sobre o futuro – afirmou.
Questionado sobre o câmbio, Queiroz não concorda que seja preciso haver medidas para depreciar o real ante o dólar.
– Sou totalmente contra mexer em câmbio. Somos nós que temos que nos adaptar ao novo patamar da moeda – disse em reunião da Apimec-SP (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo).

AGÊNCIA ESTADO

Exportação de carnes deve faturar US$ 5 bilhões

A expectativa das indústrias exportadoras de carne bovina é de fechar o ano com faturamento próximo dosUS$ 5 bilhões, cerca de US$ 900 milhões acima dosUS$ 4,1 bilhões apurados em 2009. Os números foram divulgados pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, nesta segunda-feira (13/12), em São Paulo.
quantidade de carne embarcada deverá cair. A previsão da Abiec é de exportar 1,64 milhão de toneladas, 15% abaixo de 2009. De janeiro a novembro deste ano as vendas externas foram de 1,593 milhão de toneladas contra 1,618 milhão de toneladas em 2009. O presidente da Abiec deixou claro, no entanto, que o importante é a receita, e não o volume de carne exportada. “Houve aumento na carne vendida ao exterior, o que compensou a queda no volume.”
Mesmo fazendo críticas ao câmbio – “tira a competitividade do setor” -, Camardelli acredita que o faturamento nos 12 meses de 2011 deve atingir de US$ 5,3 bilhões a US$ 5,5 bilhões, superando em no mínimo US$ 300 milhões o valor de 2010.
recorde de preços nas exportações aconteceu em 2008, antes da crise econômica mundial, quando o Brasil fechou os 12 meses com um faturamento de US$ 5,3 bilhões.
Sebastião Nascimento
(foto: shutterstock)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Mercado São Paulo - Boi castrado - Intercarnes

Presidente da Acrimat critica plano de recuperação do Frialto

Autor: Só Notícias/Alex Fama

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Mario Candia, criticou a forma como as negociações do plano de recuperação judicial do Frialto estão acontecendo, em artigo publicado na página de Opinião de Só Notícias. No dia 16 deste mês, a empresa fará a quarta tentativa de negociação entre os devedores. Nas outras quatro oportunidades, as assembleias foram suspensas pelo pedido dos bancos que não concodavam com o plano proposto.

Candia declara que não virá a Sinop para participar da assembleia de credores. “Por quê? Por que como credor e presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso não acredito mais nas ‘boas intenções’ do Frialto, pois quem fala e decide pelos Bellincanta, são os bancos e não os pecuaristas e os trabalhadores, que são meros expectadores nas assembleias gerais convocadas”.

O pecuarista ainda afirma que a proposta do plano de recuperação do empreendimento é “indecente para o pagamento à vista de R$ 15 mil e, acima desse teto, em dez anos para pagar os R$ 95 milhões que estão devendo aos pecuaristas que trabalharam três anos para produzirem o boi gordo entregue nos frigoríficos”.

O presidente afirma ainda que partir do próximo ano irá encampar uma campanha “incessante” junto aos pecuaristas da região Norte para não venderem mais boi para o Frialto. “Eu não vendo mais”, afirma ele.

A dívida
Ao todo, 1.203 pecuaristas são credores de 12 estados que chega a R$ 95 milhões. A maior parte dessa dívida é com os pecuaristas de Mato Grosso, que corresponde a 50,37% do débito com R$ 47,8 milhões a receber por parte de 49,37% dos credores, totalizando 594 pecuaristas, divididos em 37 municípios.

O frigorífico tem dívidas com pecuaritas dos estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Goiás, Amazonas, Maranhão e Rio Grande do Sul.

A empresa protocolou o pedido de recuperação judicial na Comarca de Sinop no dia 24 de maio deste ano. O grupo possui oito unidades de abates em cinco estados (MT, MS, RO, SP, GO). Em Mato Grosso são três plantas, localizadas em Nova Canaã do Norte, Matupá e Sinop. A dívida total do Frialto está avaliada em R$ 564 milhões.

Trabalhadores de frigorífico passam mal e culpam vazamento de amônia, mas empresa nega

Um vazamento de amônia no Frigorífico Peri, localizado na BR-262, a 4 km de Terenos, está criando polêmica entre os trabalhadores do local e a administração da empresa.
Segundo denúcnias dos funcionários, os vazamentos teriam ocorrido na semana passada pelo menos por três vezes. De acordo com eles, a primeira ocorrência aconteceu na sala das máquinas na segunda-feira (6). Além deste, teria ocorrido vazamentos por pelo menos outros dois dias no frigorífico.
Sobre o caso, os trabalhadores afirmaram que a empresa não teria dado esclarecimentos claros sobre o vazamento e que os funcionários teriam continuado o expediente até passarem mal. Além disso, eles denunciam que não tiveram o suporte da empresa e que a administração buscou empregados de Campo Grande para dar continuidade aos abates.
O dono do frigorífico, Ademir Lopes, confirmou que o vazamento de amônia houve, mas diz que aconteceu na segunda-feira (1º), no corredor das câmaras. Nesta tarde, os abates foram parados e o local evacuado.
Lopes afirma que a manutenção foi acionada, soldou o cano onde houve o problema e os trabalhos foram retomados no dia seguinte.
O empresário também disse que os funcionários estão passando mal devido a uma virose que está assolando não somente os trabalhadores da empresa, mas também outras pessoas que moram na cidade.
Sobre a busca por novos empregados, ele disse que há uma necessidade de continuar os trabalhos e como os funcionários receberam atestados era necessário contratar alguns empregados avulsos. De acordo com ele, ninguém será demitido devido aos problemas de saúde.
De acordo com o Posto de Saúde de Terenos, funcionários do frigorífico, assim como outras pessoas da cidade apresentaram um quadro de dor de cabeça, que está sendo caracterizado como virose, porém, segundo os médicos plantonistas, não houve nenhum caso de intoxicação.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Reunião BGA-RJ

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Boi Gordo: Mercado termina semana em alta

De acordo com a Scot Consultoria, a cotação do boi gordo registou alta em várias praças.



O mercado do boi gordo terminou a semana trabalhando em ambiente mais firme e em alta em diversas praças pecuárias. Em São Paulo, o preço referência está em R$101,00/@ à vista, mas, com a melhoria da demanda no atacado, há frigorífico pagando até R$ 2,00 a mais pela arroba.
No Mato Grosso do Sul, o mercado está aquecido pela demanda da indústria paulista, e, segundo analistas da Scot, o valor mínimo da cotação é de R$95,00/@, à vista, livre do imposto. Em Cuiabá, MT, Oeste do Maranhão e Triângulo Mineiro, o mercado também voltou a trabalhar em alta, depois da pressão de baixa das últimas semanas.A expectativa é de novos reajustes ao longo dessa semana.
Fonte: Scot Consultoria.