sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Boi/Cepea: Carne recua e pressiona arroba

Cepea – Mesmo com a oferta ainda baixa, os preços da arroba do boi gordo caíram nos últimos sete dias, conforme dados do Cepea. A pressão veio do mercado atacadista. Agentes de muitos frigoríficos consultados pelo Cepea comentam que têm tido forte dificuldade de venda da carne no atacado, devido à resistência de consumidores frente aos preços elevados. Entre 24 de novembro e 1º de dezembro, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa teve queda de 5,9%, fechando em R$ 103,95 nessa quarta. No mesmo período, a carcaça casada de boi desvalorizou 7,14% no atacado da Grande São Paulo, fechando a R$ 6,37/kg na quarta-feira.

CEPEA - Centro de Estudos Avançados em Economia Ap

Com mercado brasileiro forte, setor de suínos reduz exportações

SÃO PAULO (Reuters) - O brasileiro nunca comeu tanta carne suína como em 2010, no embalo do crescimento da renda da população, e as indústrias só exportaram o produto quando valia mais a pena do que vendê-lo no mercado doméstico, o que resultará numa queda no volume exportado este ano.

A receita com as vendas externas, por outro lado, fechará 2010 em alta de mais de 10 por cento na comparação com 2009, para algo em torno de 1,37 bilhão de dólares, com preços melhores no mercado internacional do que no ano passado, informou nesta quinta-feira a Abipecs, entidade que representa os produtores e exportadores de carne suína do país.

O Brasil, quarto exportador mundial de cortes suínos, consumirá em 2010 mais de 80 por cento da produção total, de 3,23 milhões de toneladas, com o consumo per capita subindo 4 por cento ante 2009, para 14,8 kg por habitante.

"Diminuiu o volume (exportado) porque o brasileiro comeu mais... Hoje, o Brasil só exporta se tiver preço bom", declarou o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, em evento com jornalistas para realizar um balanço do ano do setor.

As exportações do país deverão cair mais de 7 por cento para aproximadamente 560 mil toneladas em 2010, na comparação com o ano passado, uma redução no volume que por ora não preocupa a indústria, fortemente focada no brilhante mercado doméstico, onde o crescimento da produção ficou abaixo do aumento do consumo.

PRÓXIMO ANO

Para 2011, Camargo Neto prevê um quadro semelhante para o setor, com o consumo interno crescente. Mas o volume exportado deverá se recuperar, após o Brasil perder este ano parte do mercado da Rússia (principal importadora do Brasil) para Estados Unidos e União Europeia, que ofereceram um produto mais competitivo.

Camargo Neto avalia que o país deverá elevar suas exportações para algo em torno de 600 mil toneladas em 2011, próximo de um volume registrado nos últimos anos, mas a receita exportada tende a subir, acompanhando a alta nos preços dos grãos, matéria-prima para a produção de carnes.

"O preço deve ficar estável, mas com viés de alta, a receita pode melhorar", declarou ele, ponderando, entretanto, que os resultados das companhias podem não ser tão bons como neste ano, por margens mais apertadas decorrentes da alta das commodities.

NOVOS MERCADOS

"Se continuar só com Rússia, continua no que está aí", declarou o executivo ao comentar a previsão para exportações em 2011.

Mas o setor acredita que a Coreia do Sul, terceiro importador global de carne suína, poderá finalmente abrir o seu mercado para a carne brasileira, especialmente depois de os Estados Unidos terem liberado recentemente o Estado de Santa Catarina, livre de aftosa sem vacinação, para exportar aos norte-americanos.

Segundo ele, o processo para liberação da carne brasileira pela China, que compraria também o produto de outros importantes produtores, além de Santa Catarina, está mais adiantado que o da Coreia. Mas ele avaliou que o caminho de liberação pelos chineses é mais incerto do que aquele trilhado pelos coreanos.

No caso da Coreia, o setor espera a vinda de uma segunda missão de técnicos, no primeiro trimestre do ano que vem, para que o processo possa ser finalizado.

Camargo Neto disse ainda que a União Europeia poderia autorizar a carne produzida em Santa Catarina em 2011.

Mas caso nada disso aconteça no ano que vem, ele também não vê sérios problemas para o setor, pois o mercado interno continuará consumindo boa parte da carne produzida no país.

Reuters

AGC do Frialto: Acrimat alerta que “banco não tem boi”

A terceira Assembleia Geral de Credores – AGC - realizada na manhã desta quinta-feira (02-12), no município de Sinop (MT), foi suspensa para o dia 16 de dezembro sob protesto da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, pecuaristas e trabalhadores. “Os bancos não têm boi e uma hora a corda vai arrebentar”, reagiu indignado o presidente da Acrimat, Mario Candia de Figueiredo. Ele ressalta que foi uma grande decepção para os pecuaristas a suspensão da assembleia, “mesmo sabendo que a proposta do Frialto era péssima para o produtor, isso demonstra que os bancos estão usando de pressão para conseguir novas vantagens”.

A suspensão da AGC foi aprovada por 100% dos bancos presentes e mais uma vez sem a apresentação de uma proposta oficial por parte do grupo Frialto. A Acrimat promete reagir “a mais uma manobra e vamos tomar as medidas judiciais cabíveis para evitar que isso aconteça novamente, pois existe um prazo de 180 dias, após a promulgação do Plano de Recuperação Judicial por parte da justiça, para que haja uma definição do processo”, explicou o assessor jurídico da Acrimat, Armando Biancardini. A quarta AGC foi marcada para o dia 16 de dezembro, às 9 horas, na Rua das Avencas, n.º 2377 – Amazon Centro de Eventos, em Sinop/MT.

O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, disse que as reuniões preliminares com o Frialto não têm surtido efeito desejado. “Ouvimos todas as propostas do Frialto e o combinado era que uma proposta seria apresentada e que os bancos iriam votar. Mas, isso não vem acontecendo e o pecuarista está decepcionado com essa situação”. Ele disse que durante a reunião que antecedeu a assembleia no dia 1º de dezembro, foi uma apresentada um plano “impossível de ser aceito”. A proposta dos representantes do Frialto foi de pagamento em uma única parcela para o pecuarista com crédito até R$ 15 mil logo após a aprovação do Plano. De 15 mil a R$ 30 mil, o pagamento seria feito em dez parcelas. Acima disso a dívida seria indexada ao preço da arroba e paga em 20 parcelas, sendo quatro parcelas por ano o que levaria cinco anos para o pecuarista receber o que tem direito. “Não vamos aceitar essa proposta e o pecuarista que se sentir prejudicado pode parar de entregar boi para o frigorífico”, salientou Vacari.

O pecuarista de Juara e credor do Frialto, Fernando Conte, disse que o frigorifico perdeu a oportunidade de manter um diálogo saudável com os produtores e que “é lastimável essa posição que o grupo vem tomando, pois todos nós pecuaristas tínhamos uma outra visão dos proprietários, que atuam há anos nesse setor”. Ele disse ainda que “a proposta que pretendiam fazer não contempla os pecuaristas de Mato Grosso e não vamos aceitar caso ela seja apresentada no próximo dia 16”.

A Dívida com os pecuaristas

São 1.203 pecuaristas credores de 12 Estados de chega a R$ 95.041.779,12. A maior parte dessa dívida é com os pecuaristas de Mato Grosso, que corresponde a 50,37% do débito com R$ 47.874.301,27 a receber por parte de 49,37% dos credores, totalizando 594 pecuaristas, divididos em 37 municípios.

A divida com os demais Estados é a seguinte: Rondônia (RO) R$ 18.083.374,27 e 296 credores; Mato Grosso do Sul (MS) R$ 14.612.175,51 e 202 credores; Pará (PA) R$ 5.305.803,00 e 66 credores; Paraná (PR) R$ 3.443.563,42 e 21 credores; São Paulo (SP) R$ 3.875.460,03 e 18 credores; Minas Gerais (MG) R$ 135.186,17 e 2 credores; Santa Catarina (SC) R$ 678.463,01, e 1 credor; Goiás (GO) R$ 611,707,06 e 1 credor; Amazonas (AM) R$ 337, 069,81 e 1 credor; Maranhão (MA) R$ 46.732,17 e 1 credor; e Rio Grande do Sul (RS) R$ 37.943,40 e 1 credor.

O pedido de Recuperação Judicial

A empresa protocolou o pedido de recuperação judicial na Comarca de Sinop (MT), no dia 24 de maio. O grupo possui 8 unidades de abates em 5 Estados ( MT, MS, RO, SP, GO). Em Mato Grosso são 3 plantas, localizadas em Nova Canaã do Norte, Matupá e Sinop , e uma planta em construção em Tabaporã. A dívida total do Frialto é de R$ 564 milhões.
 
As informações são da assessoria de imprensa da Associação dos Criadores de MT - Acrimat.


Vacinação contra a aftosa é prorrogada em cinco estados

A campanha de vacinação de bois e búfalos contra a febre aftosa foi prorrogada no Amazonas, Mato Grosso e em quatro municípios do Acre até 15 de dezembro. No Rio Grande Sul, a campanha teve autorização para seguir até o dia 10 de dezembro apenas em municípios que enfrentaram atrasos na logística de disponibilidade de vacinas.

De acordo com o coordenador do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), Plínio Lopes, o critério para as prorrogações foi estabelecido segundo a realidade de cada área, evitando prejuízos à cobertura vacinal. “No Amazonas e Mato Grosso ocorreram problemas climáticos. A estiagem gerou dificuldades de acesso a propriedades no primeiro e de manejo de animais no segundo caso, o que prejudicou a vacinação”, explica.

Já no Acre, a execução da campanha continua apenas nos municípios de Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Santa Rosa do Purus e Jordão, realizada diretamente pelo serviço oficial. “Pretendemos garantir maior cobertura vacinal dos rebanhos desses municípios”, explica Plínio Lopes.

No Rio Grande do Sul, onde apenas os animais com menos de 24 meses devem ser imunizados nessa etapa, o serviço veterinário estadual alegou atrasos no recebimento e na logística de distribuição das doses, principalmente no noroeste do estado, que foi autorizado a estender a vacinação apenas nos municípios atingidos. “As vacinas chegaram depois da metade da campanha em alguns municípios. E essa é uma área que concentra grande número de pequenas propriedades”, informa o chefe do Serviço de Saúde Animal no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini.

Em Mato Grosso do Sul, a vacinação foi prorrogada até o dia 25 de dezembro, apenas na Zona de Alta Vigilância. As mudanças recentes nos procedimentos de vacinação para aquela área não foram desenvolvidas totalmente, exigindo do serviço oficial alteração nas estratégias.

Segunda etapa – Nesta terça-feira, 30 de novembro, a campanha contra aftosa terminou nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e Tocantins, além do Distrito Federal. No Amapá, a vacinação e o recadastramento das propriedades estão sendo realizados diretamente pelo serviço veterinário oficial, e as atividades devem durar até 3 de dezembro. No total, mais de 151,8 milhões de cabeças devem ser imunizadas em todo o Brasil.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

BOI INTEIRO - RIO DE JANEIRO - AGORA A TARDE

PEDIDA NO BOI INTEIRO AGORA Á TARDE NO RIO DE JANEIRO  :

TRASEIRO   R$  7,5
DIANTEIRO R$ 4,0
PA                 R$ 4,0

Sadia embargada


O Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Federação Russa (Rosselkhoznadzor) decidiu suspender temporariamente as importações da carne suína de uma unidade da Sadia, no bairro de São José, em Uberlândia, no Estado de Minas Gerais. A decisão é válida para lotes enviados a partir do próximo dia 7. A medida foi tomada na terça-feira passada (23) e está disponível no site do órgão (www.fsvps.ru). Compras de carne de empresas da Alemanha e da França também foram suspensas.
Segundo o documento, exames de rotina identificaram substâncias proibidas e nocivas em produtos de origem animal enviados à Rússia. No caso dos suínos da unidade mineira da Sadia exportados ao país foi encontrada a bactéria Salmonella. "A decisão de liberar os lotes dependerá do controle laboratorial obrigatório", afirmou o serviço federal veterinário russo, na nota.
Procurada pela Agência Estado, a Sadia, por meio de nota, informou que não foi comunicada oficialmente sobre a suspensão e que todas as medidas necessárias para que as autoridades russas reavaliem a decisão serão tomadas pela companhia. "Além de Uberlândia, a Sadia possui outras duas fábricas habilitadas a exportar para o mercado russo, motivo pela qual não haverá qualquer tipo de impacto em suas vendas externas para aquele mercado", disse a empresa no documento, reafirmando que possui rígidos controles internos de qualidade, com produtos inspecionados pelo Ministério da Agricultura.
A Sadia hoje é uma subsidiária da BRF - Brasil Foods, porém operacionalmente ainda atua separada da BRF enquanto aguarda a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da fusão das duas companhias.
Agência Estado

Rússia piora oferta de cota para compra de carne suína do Brasil


A Rússia reduziu quase pela metade sua oferta de cota para importação de carne suína para 2011, em uma decisão que afeta diretamente o Brasil e provoca um retrocesso na negociação bilateral que poderá atrasar a entrada russa na Organização Mundial do Comércio (OMC).
O Valor apurou que Moscou voltou atrás e baixou sua oferta de cota global de 470 mil toneladas para cerca de 250 mil, causando surpresa no Brasil, diante do que vinha sendo discutido até agora entre os dois países. O Brasil deveria ser um dos principais beneficiados dentro da cota pelo seu desempenho exportador.
Este ano, a cota global para suínos foi de 470 mil toneladas, sendo que a cota "outros", na qual o Brasil está incluído, foi de 189 mil toneladas. A expectativa era de manutenção no próximo ano. Além da vendas dentro da cota "outros", abocanhada toda pelo Brasil, também há exportações extra-cota. Assim, este ano, até outubro, o país exportou à Rússia 206,6 mil toneladas, o equivalente a US$ 565,135 milhões.
O diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, ministro Carlos Márcio Cozendey, confirmou que a Rússia "reduziu bastante" a oferta para suínos, mas não quis informar o montante. E advertiu que a nova postura "vai ser um problemão para o Brasil dar seu apoio à Rússia" na OMC.
Negociações bilaterais ocorrerão de novo na semana que vem, em Genebra, num novo cenário e podem frear o plano de Moscou de aderir rapidamente ao sistema multilateral de comércio.
"Será a oportunidade de o Brasil equacionar a discriminação resultante da questão das cotas de carnes com a Rússia, principal destino do país", afirmou Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
"Não teria sentido o Brasil sair prejudicado com o apoio à entrada da Rússia na OMC, ainda mais quando o comércio Brasil-Rússia infelizmente é somente carnes e açúcar. Mais absurdo ainda seria o EUA e a União Europeia manterem seus privilégios em carnes quando já estão obtendo o que pediram em propriedade intelectual, serviço e preços de energia", disse Camargo.
Moscou quer manter uma cota fixa para carne suína por dez anos, sem aumento nesse período. A alocação seria por desempenho histórico. A tarifa seria de 15% e fora da cota, de 75%. Em 2020, haverá apenas alíquota de importação, sem cota. Até lá, a Rússia espera ter aumentado sua produção interna para depender cada vez menos do exterior.
No caso da carne de frango, Moscou também restringiu o acesso a seu mercado. Oferece cota global de 250 mil toneladas, 65% abaixo do volume de dois anos atrás, sem possibilidade de aumento. A tarifa que os russos querem aplicar é de 27,5%. Fora da cota, a tarifa será de 80%, na prática inviabilizando a entrada em seu mercado.
Para a carne bovina, a situação é menos complicada. A cota para 2011 será de 530 mil toneladas. A proposta russa para quando o país entrar na OMC é de uma cota fixa para o período de dez anos. A cota acabaria após esse periodo. A tarifa dentro da cota seria de 15% e fora, de 27,5% ad valorem. O Brasil exportou US$ 1 bilhão em carne bovina no ano passado à Rússia.
Outro problema é a insistência russa em obter autorização para dar US$ 9 bilhões de subsídios por ano a seus agricultores, reduzindo para US$ 4,4 bilhões ao fim de cinco anos. O problema não é só o valor, bem maior do que Moscou concede hoje, mas também o destino do dinheiro.
Brasil e Argentina correm o risco de, não apenas perderem mercado para suas exportações na Rússia, como também em terceiros mercados para os produtos russos subvencionados. Os países exportadores querem estabelecer disciplinas para Moscou não concentrar os subsídios na produção animal ou de soja, por exemplo.
A proposta "piorada" russa foi recebida como um "banho de água fria" nas negociações bilaterais, conforme um observador. Também chama a atenção como os EUA e a União Europeia fecharam acordos com a Rússia, com base nas ofertas para carnes apresentadas pelo governo Medvedev. Para analistas, ou esses países negociaram muito mal, o que é improvável, ou obtiveram garantia de abocanhar as fatias mais importantes do mercado de carnes russo, em detrimento de brasileiros, argentinos, australianos, canadenses.
O fato é que a substituição da importação de carnes pela Rússia está se acelerando mais do que previsto. De maneira geral, a Rússia aumentou sua produção em 12% este ano e reduziu as importações em 20%. A tendência é continuar reduzindo as compras de carnes de frango e suína, mas não de bovina. As ações da Rússia para reduzir as importações começaram em 2003, com a imposição de cotas e de barreiras sanitárias.
O Brasil só conseguiu obter maior pedaço do mercado porque os EUA e a UE sofreram restrições em suas vendas por problemas sanitários. Em acordo preliminar com o Brasil, o então presidente Vladimir Putin prometeu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a situação para o exportador brasileiro não pioraria
Valor Econômico

Carne de frango: os principais importadores do Brasil no ano

Campinas, 2 de Dezembro de 2010 - Dados consolidados da SECEX/MDIC relativos às exportações brasileiras de carne de frango dos dez primeiros meses de 2010 revelam (para a receita cambial do produto in natura, exclusivamente) que os cinco principais importadores do produto permanecem na mesma posição registrada há um ano.
Isso significa dizer que o Japão, até poucos meses atrás ocupante da primeira posição, se encontra novamente na segunda posição, como em idêntico período de 2009. Mas enquanto no ano passado a Arábia Saudita – de volta ao primeiro posto – registrava receita cambial US$100 milhões superior à do Japão, em 2010 apresenta diferença inferior a US$600 mil. Não que a Arábia Saudita tenha importado menos (incremento de 21%): as compras do Japão é que aumentaram significativamente mais (acréscimo de 45%).
Mas se os cinco principais importadores permanecem nas mesmas posições de 2009, o mesmo não pode ser dito dos ocupantes do sexto ao décimo postos, pois saíram do rol Holanda, África do Sul e Cingapura (8ª, 9ª e 10ª posições, respectivamente), nele entrando Rússia (6º lugar), China (8º) e Egito (9º lugar).
O que praticamente não muda nessa relação é o índice de participação dos 10 principais compradores do frango brasileiro na receita cambial do produto in natura: entre janeiro e outubro de 2010 eles responderam por, aproximadamente, 70% da receita cambial total, 1,7 ponto percentual menos que o índice registrado no mesmo período de 2009.
Mas não só isso: com essas compras, os 10 maiores clientes da avicultura geram 2% de toda a receita cambial brasileira – um índice que ressalta sua importância para as exportações e para a própria economia brasileira.
Aliás, sozinhos, Arábia Saudita, Japão e Hong Kong geram, apenas com as compras de frango, garantiram mais de 1% da receita cambial brasileira do período. Os outros 99% foram gerados por milhares de produtos exportados pelo Brasil para mais de 150 diferentes mercados.

Boi: carne recua e pressiona arroba

Autor: Cepea 

Mesmo com a oferta ainda baixa, os preços da arroba do boi gordo caíram nos últimos sete dias, conforme dados do Cepea. A pressão veio do mercado atacadista. Agentes de muitos frigoríficos consultados pelo Cepea comentam que têm tido forte dificuldade de venda da carne no atacado, devido à resistência de consumidores frente aos preços elevados. Entre 24 de novembro e 1º de dezembro, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa teve queda de 5,9%, fechando em R$ 103,95 nessa quarta (1). No mesmo período, a carcaça casada de boi desvalorizou 7,14% no atacado da Grande São Paulo, fechando a R$ 6,37/kg na quarta-feira.

Rio de Janeiro

Um representante de um frigorifico médio me informou hoje,  que ele tem boi inteiro para vender a :

Traseiro   R$ 7,50
Dianteiro  R$ 3,80
PA           R$ 3,90 / R$ 4,00

Carnes: Costa do Marfim abre mercado para frango brasileiro

Agências - A Costa do Marfim, localizada no oeste africano, é o mais novo mercado aberto para as exportações brasileiras de frangos. A informação foi repassada à União Brasileira de Avicultura (UBABEF), na sexta-feira (26/11), em Brasília (DF), durante reunião com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). País de língua francesa, com tamanho equivalente ao estado de Goiás e população estimada de 16,7 milhões de habitantes (26% destes, estrangeiros, segundo dados da embaixada do país no Brasil), a Costa do Marfim registra crescimento médio demográfico de 3,9% ao ano. Segundo o presidente executivo da UBABEF, Francisco Turra, com a abertura
desse novo mercado, o Brasil reforçará ainda mais sua presença em território africano, que tem registrado taxas de crescimento que fizeram superar em 2010 a União Européia como terceiro maior destino das exportações de frangos.

"Apenas entre janeiro e outubro deste ano, embarcamos para o continente africano 409 mil toneladas, com crescimento de 17,6% no comparativo ao mesmo período de 2009. Há um grande potencial a ser explorado nesse mercado,reforçado agora pela Costa do Marfim, em que o Brasil busca cada vez mais se firmar como parceiro em prol da segurança alimentar dos países da África", explica Turra.

Outros mercados abertos - Na avaliação do Presidente Executivo da UBABEF, a parceria entre setores público e privado e os esforços brasileiros para a expansão internacional da avicultura brasileira foram decisivos para a abertura de novos mercados em 2010.

Além da Costa do Marfim, estão entre os mercados abertos neste ano para a carne de frango do Brasil Uruguai, Turquia, São Vicente e Granadinas, para carne in natura, e a Argélia, para termo processada. Há ainda negociação em andamento com vários outros potenciais importadores do produto brasileiro. "Estes novos mercados representam avanços estratégicos em nossa atuação comercial e deverão contribuir ainda mais para o incremento das exportações de frangos nos próximos anos", ressalta Turra. Com informações da UBABEF.
(VA)

Só Notícias

Pagamento do 13º influencia mais o consumo de cortes bovinos mais baratos

JOSÉ VICENTE FERRAZ
ESPECIAL PARA A FOLHA

A influência do pagamento do 13º salário no consumo de carne bovina é um fenômeno que merece atenção, pois acaba por se refletir nos preços recebidos por todos os elos da cadeia produtiva e até mesmo em outras cadeias de produção de alimentos.
Na terça-feira, as empresas pagaram a primeira parcela do 13º; no dia 20 deste mês, pagarão a segunda.
É senso comum que o aumento da massa salarial leva ao aumento do consumo, mas persistem várias dúvidas a respeito de como esse aumento se distribui.
Isso ocorreria também sobre itens de consumo essenciais, como alimentos e especificamente no caso das carnes, por exemplo?
Entre os diversos cortes disponíveis, quais seriam os mais influenciados?
O consumo de carnes alternativas típicas do período natalino e de final de ano tem alguma influência no consumo e nos preços de cortes bovinos mais nobres, normalmente substituídos pelo consumo das mesmas?
Embora não se possam obter respostas definitivas às questões acima propostas, uma análise das margens brutas praticadas pelo varejo (supermercados) para diversos cortes bovinos na cidade de São Paulo pode ser esclarecedora.
Observa-se que os cortes bovinos comercializados no varejo pelos menores valores absolutos (e, portanto, mais consumidos pelos estratos de menor renda), como lagarto (média de cinco anos de R$ 11,03 por quilo), acém (média de R$ 7,53) e músculo (média de R$ 7,59), registram exatamente no mês de dezembro as maiores margens de lucratividade para os varejistas.
Em oposição, a picanha (preço médio de cinco anos de R$ 21,14 por quilo) registra a menor margem no mesmo mês de dezembro.
Deve-se ressaltar que, para um estabelecimento varejista, muitas vezes é mais lucrativo comercializar um corte bovino mais caro com margem menor do que um mais barato com margem maior.
Isso ocorre, por exemplo, com o filé-mignon, que, na média dos meses de outubro dos últimos cinco anos, comercializado na sua menor margem, rendeu um lucro bruto por quilo, para o estabelecimento varejista, cerca de 220% maior do que o do acém comercializado na média do mês de maior margem (dezembro).
Essas estatísticas parecem indicar que os estabelecimentos varejistas se aproveitam do ganho de renda representado pelo recebimento do 13º salário para ampliar as suas margens de lucro na comercialização dos cortes bovinos mais populares.
Ao mesmo tempo, estreitam seus ganhos relativos para os cortes bovinos de maior valor, pois os consumidores típicos desses cortes são menos estimulados pelo acréscimo de renda representado pelo 13º salário e, muito possivelmente, mais propensos ao consumo de carnes alternativas mais sofisticadas.
JOSÉ VICENTE FERRAZ é engenheiro-agrônomo e diretor técnico da AgraFNP.

Folha de São Paulo

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Preço do frango sobe empurrado pela alta da carne bovina e do milho

Valor das aves teve alta de quase 7,5% no último mês


Cristiano Dalcin | Porto Alegre (RS)
As festas de fim de ano costumam ser responsáveis por um aumento no consumo e no preço da carne de frango. Este ano, dois fatores contribuíram para que o setor avícola tivesse um rendimento maior antes da época esperada: a alta do milho, que elevou o custo de produção, e a valorização da carne bovina.
O aumento do consumo da carne de frango tem reflexo no Índice do Custo de Vida, calculado pelo Dieese. O item alimentação, que aumentou 1,03% em setembro, subiu mais 1, 44 pontos percentuais em outubro. O preço das aves teve alta de quase 7,5% no último mês.
Há quatro meses, o preço do frango sofre o impacto da alta do milho, que subiu de R$ 20,00 para R$ 30,00 em algumas regiões do país. De acordo com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), as correções de valores não devem acompanhar o ritmo de aumento da carne bovina.
– Houve um aumento no preço do frango vivo também e, automaticamente, todos os elos da cadeia que têm custo para produzir esta carne também devem receber o repasse deste aumento, que está sendo colocado no mercado – explica o secretário-executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos.

CANAL RURAL

Faturamento do Marfrig deve triplicar e ir a R$ 29 bi em 2011

SÃO PAULO - O Grupo Marfrig deve triplicar o faturamento em 2011, em comparação ao ano passado, e atingir a marca de R$ 29 bilhões, conforme declaração do diretor de Planejamento daempresa, Ricardo Florence, que atribuiu a informação ao "consenso de mercado". Com a mesma base de previsão, espera-se fechar este ano com R$ 16 bilhões, ante os 9,6 bilhões de 2009. Este crescimento é atribuído principalmente a aquisição da empresa americana Keystone Foods, em junho deste ano, que deve alavancar a área de produtos industrializados, responsável por 35% da receita.

Uma das maiores empresas do setor de alimentos do País, a Marfrig afirmou que está apostando em produtos industrializados para expandir seus negócios tanto no mercado interno como externo. Após adquirir a Keystone, a multinacional passou a tratar do fornecimento de carnes para redes de food service como a KFC, a Subway, o Outback e até o McDonald's comentou Florence.

A Marfrig que já atua diretamente em mais de 22 países, e atende mais de 200, está de olho na operação mundial das grandes redes de food service. "Nossos clientes de food service tem operação no mundo inteiro e querem um atendimento global. Com essa plataforma mundial que possuímos, podemos atender, por exemplo, clientes na China, na Europa, nos EUA e na América do Sul", garantiu o presidente da companhia Marcos Molina.

Para Molina, a empresa pretende, usando a plataforma de atendimento da Keystone, reforçar a sua importância como fornecedora global do McDonald's, que segundo ele, tem fortes planos para aumentar o numero de lojas na China. "Com o crescimento esperado pela rede na China, a nossa idéia é acompanhá-la nessa jornada e nos transformar em um grande fornecedor no mercado chinês".

Além disso, o presidente também confidenciou que Marfrig também está buscando a parceria com o Burger King considerado o maior rival do McDonald's no segmento. "Sem duvida o McDonald's é um grande cliente, mas o Burger King (BK) também. Há um mês nós fechamos um contrato com o BK para vender peixe e podemos vender carne bovina também. Sendo uma empresa quase brasileira vamos ver se eles nos dão preferência agora", brincou Molina.

O Brasil é considerado o maior exportador de carne bovina e de frango do mundo e o quarto fornecedor de suínos. A Marfrig afirmou que a aposta para os próximos anos ficará a encargo dos ovinos.

Crescimento

A participação da empresa nas exportações de carne de frango do Brasil saltou de 8,2%, registrado no primeiro trimestre de 2009, para 19,6% no terceiro trimestre deste ano. "O Brasil é o maior exportador mundial de frango, que é uma proteína com ausência de restrições e tem um ciclo curto de produção. Com isso, ele tende a ser uma das bases do nosso negócio", contou Ricardo Florence.

Ele também destacou o crescimento das outras proteínas, nesse período. A participação da carne bovina saltou de 11,4% para 18,9% no terceiro trimestre deste ano. E a carne suína que registrava apenas 5% de participação nas exportações brasileiras, atingiu 14%, no 3T10. No Brasil, a Marfrig está atrás apenas da JBS em relação a carne de boi, e no setor de frango e suínos ela figura na segunda posição, perdendo para a Brasil Foods.

Gargalos

Em relação ao crescimento da economia brasileira, Molina destacou que problemas logísticos tanto rodoviários quanto portuários ainda são limitadores importantes para sua evolução. Para ele, o cambio também atrapalha bastante a competitividade dos produtos brasileiros no exterior.

No entanto, o maior problema enfrentado pela multinacional, no Brasil, é a falta de mão de obra. A Marfrig é responsável por empregar mais de 90 mil pessoas no mundo todo, sendo que somente no Brasil, esse montante ultrapassa a casa dos 50 mil.

De acordo com o diretor e Planejamento e Relações com Investidores da companhia, Ricardo Florence, existem três mil vagas abertas, que abrangem o complexo Seara/Marfrig, num total de 34 unidades, em 15 Estados brasileiros, sendo 14 da Seara e 20 da Marfrig. "Temos vagas desde a linha de produção, passando pelo frigorífico até os cargos de gerência, e estamos com dificuldades para arrumar mão de obra especializada", disse.

Além de faltar pessoas qualificadas nas cidades em que o Grupo Marfrig atua, segundo Florence, a densidade populacional é pequena, ampliando a rivalidade com a demanda das indústrias residentes, que também buscam profissionais.

Grupo Marfrig deve triplicar o faturamento em 2011, em comparação a 2009, e chegar a R$ 29 bilhões, conforme declaração do diretor de Planejamento da empresa, Ricardo Florence.

Boi inteiro com osso

No Rio a pedida no traseiro com osso R$ 7,80 kg e no dianteiro R$ 4,10 kg.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fast-food rivais podem dividir hambúrguer brasileiro


 Marcos Molina, diz que quer tornar multinacional brasileira mais global


.

.
 Multinacional Marfrig vende carnes para o McDonald’s e já negocia com o Burger King

Do R7.

As redes de fast-food McDonald’s e Burger King são os maiores rivais mundiais no mercado de lanchonetes, mas elas podem passar a ter mais em comum do que se imagina além de venderem hambúrgueres. A Marfrig, segundo maior frigorífico brasileiro e que já fornece carnes à cadeia do Ronald, poderá fechar contrato para fazer as carnes que recheiam os lanches da concorrente.



O presidente da Marfrig, Marcos Molina, afirmou, nesta terça-feira (30), que está buscando uma parceria com o Burger King para fornecer carnes bovinas processadas à rede.

A medida faz parte da estratégia de expandir ainda mais os negócios do frigorífico – que já tem 151 fábricas em 22 países e vende cortes de aves, bovinos, suínos e peixes, além de congelados e outros alimentos, para mais de 200.

- O McDonald’s, hoje, é um dos nossos maiores clientes. Um mês atrás já começamos a vender filé de peixe para eles. Agora que o Burger King tem dedo brasileiro, vamos ver se eles nos darão a preferência na hora de escolher a carne.

Uma das marcas americanas mais conhecidas em todo o mundo no ramo de alimentos (tanto quanto a Coca-Cola ou o próprio McDonald’s), o BK foi comprado por um grupo que tem entre seus controladores três brasileiros.

O grupo 3G Capital, que ofereceu R$ 5,63 bilhões (US$ 3,26 bilhões, pelos valores do dólar desta terça-feira) pela empresa, é formado pelos brasileiros Marcel Telles, Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira. Eles são fundadores da AmBev, que faz parte do grupo internacional AB-InBev, a maior cervejaria do mundo, entre cujas marcas está outro ícone americano – a cerveja Budweiser.

O McDonald’s, por sua vez, passou a usar carnes brasileiras depois que a Marfrig comprou o frigorífico americano Keystone Foods, em junho, por R$ 2,17 bilhões (US$ 1,26 bilhão). A aquisição fez com que a multinacional brasileira assumisse o fornecimento de carnes para redes como Campbell's, Subway e Outback, como explica Carlos Langoni, ex-presidente do BC e conselheiro do Grupo Marfrig.

- A compra da Keystone foi emblemática. Antes já tínhamos um relacionamento muito forte com o McDonald’s aqui na América Latina. Nosso objetivo foi aproveitar a plataforma [da Keystone para ampliar os negócios aos EUA]. Clientes desse porte impõem níveis de qualidade muito grandes. E isso ajuda a reforçar a importância da Marfrig como fornecedor global.

Entre os principais mercados da empresa estão países asiáticos e europeus, grandes consumidores de carnes bovinas daqui. No Oriente Médio, as aves são os mais vendidos.

- A ideia toda é acompanhar a expansão dessas redes na Ásia, principalmente a China, que tem grande potencial.

A expansão para o exterior é o grande foco. Langoni diz que, nos últimos três anos, foram mais de 40 aquisições e fusões, a maior parte fora do Brasil. A Seara foi comprada do grupo Cargill no fim do ano passado, por R$ 1,5 bilhão (US$ 900 milhões), e deve virar a marca global da Marfrig no mercado externo.

Ricardo Florence, diretor de planejamento e relações com investidores da Marfrig, resume a estratégia da companhia.

- Queremos combinar nossa cultura com a dos mercados que procuramos baseados no respeito. Temos instalações em 22 países e focamos sempre nos processos e produtos com operações locais. Ao mesmo tempo, planejamos vender carnes para o mundo todo com a compra da Seara, que a Marfrirg quer transformar em global.

Os executivos participaram hoje do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), presidido pelo empresário João Doria Jr.

Foto Daia Oliver /R7

Carnes para Argélia

O hipermercado Uno, aberto há seis meses em Argel, capital da Argélia, quer ampliar a pauta de importações do Brasil. Pertencente ao grupo argelino Cevital, que já importa produtos brasileiros como frutas, café, açúcar e suco de laranja, pretende agora comprar carnes e produtos lácteos do país.


“Eles estão bastante interessados nos produtos brasileiros porque o grupo Cevital pretende abrir mais dois hipermercados até 2012. A meta deles é crescer e se tornar o primeiro distribuidor argelino”, disse Fábio Ottaiano, analista de Desenvolvimento de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, que está em Argel como integrante de missão comercial promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária a Abastecimento (Mapa) a três países árabes.

De acordo com Ottaiano, algumas empresas brasileira integrantes da missão, como o frigorífico paranaense Mafripar, iniciaram contatos que podem gerar novos negócios futuramente. “A Argélia tem um plano de crescimento e modernização de varejo muito grande. O varejo local é muito fragmentado e formado por pequenos comerciantes. Agora, com o aparecimento dos primeiros hipermercados, a tendência é crescer em poucos anos”, afirmou o analista.

Nesta segunda-feira (29), o grupo participou de uma rodada de negócios promovida em parceria com a Embaixada do Brasil em Argel. Participaram cerca de 25 empresários argelinos. “A maioria dos empresários está interessada em estabelecer parcerias com o Brasil, não simplesmente importar produtos ”, destacou Ottaiano.

Segundo ele, o interesse foi demonstrado em relação a produtos como café e leite. No caso do café, um empresário argelino está disposto a montar uma torrefação local, em parceria com um brasileiro. O mesmo aconteceria com o leite que passaria a ser processado no país árabe, usando tecnologia brasileira, em parceria com outro empresário local. “Eles querem o ‘know-how’ brasileiro”, afirmou o analista.

A missão, que passou pelo Egito na semana passada, segue até o dia 4 de dezembro. Nesta quarta-feira (1), o grupo embarca para o Emirado de Ras Al Khaimah. Além de técnicos do Mapa, participam da delegação representantes de empresas e cooperativas dos setores de carnes bovina, suína e de aves e de arroz e soja.

ANBA

Hong Kong vira porta de entrada de carne brasileira para China

Cerceada por duras barreiras sanitárias da China continental, a carne bovina brasileira encontrou em Hong Kong um caminho mais livre -e ilegal - para chegar aos pratos da segunda maior economia mundial.


Com uma população de 7 milhões de habitantes, Hong Kong é o quarto maior comprador de carne bovina brasileira. Neste ano, foram 77,5 mil toneladas nos primeiros dez meses, um negócio de US$ 206,6 milhões.

O próximo país do ranking com uma população equivalente é Israel: 28,8 mil toneladas (9º lugar), vendidas a US$ 90,9 milhões.

Já a China, que autoriza importações de apenas quatro frigoríficos brasileiros (outros 14 estão em análise), importou apenas 1.279 toneladas (US$ 3,38 milhões) até outubro deste ano, apesar da sua população de 1,4 bilhão.

Os números foram compilados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

Mercados Distintos

Embora Hong Kong pertença à China, a região tem um regime administrativo diferenciado, resultado do acordo com o Reino Unido para a sua transferência, realizada em 1997. Na prática, portanto, são dois mercados distintos, com regras próprias.

Representantes do setor ouvidos pela Folha admitem que a carne é repassada pela China, mas que o contrabando não tem participação direta de empresas brasileiras. O ideal, afirmam, é a maior abertura do mercado chinês.

Parte dessa carne acaba apreendida pelo país. Em 10 de setembro, autoridades alfandegárias de Guangzhou, a 170 km de Hong Kong, recolheram "milhares" de toneladas de carne vindas do Brasil, da Polônia e dos EUA, informou o site de notícias "China News".

A reportagem da Folha telefonou para o Escritório Anticontrabando da província de Guangdong, onde está Guangzhou, entretanto, a resposta foi a de que o caso estava "sob investigação" e que eles não podiam dar informações adicionais.

Em Pequim, a Administração-Geral de Supervisão de Qualidade, Supervisão e Quarentena, órgão máximo da China para o controle de importação de carnes, ignorou pedidos de entrevista feitos por telefone e fax sobre o contrabando de carne brasileira na Ásia.

Há anos que o Brasil tenta ampliar as vendas de carne bovina, suína e de aves para a China, mas o processo tem sido bastante lento.

Uma missão chinesa esteve no Brasil na semana passada para avaliar a liberação das exportações de carne suína brasileira para a China.

Os chineses, que estão visitando 13 frigoríficos, devem aprovar exportações por 25 unidades brasileiras. As condições de saúde animal já foram avaliadas e aprovadas, restando agora a habilitação das unidades frigoríficas. Atualmente, o país não pode exportar esse tipo de carne para a China.

No caso de aves, o Brasil tem 25 frigoríficos habilitados e 41 sob análise, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Folha de São Paulo

Queda de importação da Rússia pode afetar venda de carnes brasileiras

A substituição da importação de carnes pela Rússia está se acelerando mais do que previsto, devendo afetar vendas do Brasil para aquele mercado no próximo ano.


O governo russo anunciou que vai cortar em 50% a cota de importação de frango, ao invés de um terço previsto inicialmente, mas não vai alterar as cotas para carnes suína e bovina.

De maneira geral, a Rússia aumentou sua produção de carne em 12% este ano e reduziu as importações em 20%. A tendência é de continuar diminuindo as compras de frango e de porco, mas não de carne bovina.

O vice-primeiro-ministro, Viktor Zubkov, anunciou em Moscou que a importação de carne de frango, que chegou a 700 mil toneladas no ano passado, será limitada a 350 mil em 2011.

A cota para importação de carne suína será de 472.100 toneladas, incluindo a cota de 57.500 toneladas para os EUA. A cota para carne bovina será de 530.000 toneladas.

Os russos podem fazer o que quiser, unilateralmente, porque continuam fora da Organização Mundial do Comércio (OMC). O Brasil negocia com Moscou a situação para quando o país aderir à entidade global de comércio.

“Na prática, não muda quase nada para o Brasil entre 2010 e 2011, mas vamos ver para depois”, diz um negociador brasileiro.

Atualmente, o Brasil não tem cota específica, ao contrário dos EUA e da União Europeia. Mas no caso da carne bovina, grande parte da cota, atribuída aos europeus, é na prática preenchida pelo Brasil, que exportou US$ 1 bilhão no ano passado.

Já a parte brasileira de carne suína não está sendo preenchida por causa do preço salgado do produto brasileiro.

O processo de entrada da Rússia na OMC está acelerado. Moscou assinou recentemente acordo bilateral com a UE. Mas ainda falta rever as condições para o Brasil dar seu apoio à entrada no clube multilateral.

Valor Econômico

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cariocas querem frango


Faltando menos de um mês para o Natal, o consumidor já pensa na festa de 25 de dezembro: além dos presentes para toda a família, amigos e agregados, é hora também de se pensar na tradicional ceia natalina. A tradição fala em perus, rabanadas, castanhas e - pelo menos no Brasil - a ave Chester, entre tantas opções da farra gastronômica do final de ano. Porém, um tradicional companheiro dos almoços dominicais também marca presença nas mesas de muitas famílias: o popular frango assado.
Seja comprado na padaria ou preparado em casa, o frango é uma opção barata para quem não quer entrar de cabeça na sanha consumista das festividades que ocorrem nessa época do ano. O setor supermercadista espera um aumento de até 10% no volume de vendas em relação ao ano passado. Entretanto, o aquecimento do consumo no Natal deve resultar em um aumento médio de 9% no preço do frango, o que não impede que a ave chegue às mesas ainda mais barata do que em 2009, visto que o frango acumula queda total de quase 18% este ano. O preço mais em conta faz com que os famosos "bichos de pena" sejam os preferidos do brasileiro, que consumiu no ano anterior, em média, mais de 38 quilos de frango, contra 35 quilos de carne bovina.
Pequenos comerciantes otimistas
Estes são alguns dos fatores que animam os comerciantes de Volta Redonda a investirem ainda mais no frango. Exemplo desse otimismo vem de Amarildo Souza de Oliveira, proprietário de um açougue no bairro Retiro. Ele acredita que o consumo de produtos avícolas será incrementado pelo alto preço da carne bovina - principalmente as mais nobres -, que não devem recuar antes de 2011. A expectativa de crescimento, segundo ele, é compartilhada por outros pequenos comerciantes.

"O frango sempre vende bem nessa época, ano passado vendemos 50% a mais que em 2008 no período do Natal. Porém, se o preço da carne não abaixar, o pessoal vai investir no frango e no pernil, já está escrito - declarou, lembrando que a procura por carne bovina já diminuiu entre 20 e 25% em outubro".
Amarildo também disse que o frango é o preferido das classes mais baixas para a ceia de Natal, em detrimento de pratos mais tradicionais como o Chester e o Peru.
"As pessoas de menos condição financeira costumam comprar entre dois e três frangos para o Natal, pois é a opção mais barata, e pedem sempre as unidades maiores", revelou.
Segundo o comerciante, ele chega a vender 150 unidades na véspera do dia 25 de dezembro, contra a média de 40 por semana.
Vendas maiores nos supermercados
Gerente da filial de uma rede de supermercados no Aterrado, Adílio Espiridião Monteiro prevê que as vendas de carne avícola aumentem entre 30 a 40% este ano.
"Antes mesmo do Natal já vendemos mais frangos do que carne bovina, já encomendamos para o final de ano 40% a mais que no ano passado", revelou, acrescentando que a venda da ave deve representar 30% do total do setor de açougue.

Assim como Amarildo, Adílio disse que a população de baixa renda é a que mais procura o produto, com as classes economicamente mais abastadas ´rocurando as aves mais nobres.
"Quem pode procura o Chester e outras carnes. A vendo de peru, mesmo, até que é boa - disse, acrescentando que as vendas do supermercado costumam aumentar na semana que antecede o Natal, com o pico de vendas sendo alcançado nos dias 23 e 24".

Trabalhando há 12 anos em um supermercado no Retiro, o açougueiro Alexandre Henrique de Almeida disse que, com a ampliação da unidade, a venda de frangos irá aumentar ainda mais.
"É normal faltar carne de frango no final de ano, e a procura deve aumentar ainda mais com a carne no preço atual. Acredito em um aumento de 10 a 15% nas vendas, virou tradição mesmo. Tem gente que chega a levar cinco peças, fora o pessoal que sempre deixa para comprar na última hora, como é normal no Brasil", declarou Alexandre.
Resta saber, agora, quem vai vencer a batalha pra comer as coxas e as asinhas na noite de Natal.
Diário do Vale

Oferta de ovinos não acompanha demanda

O final de ano de muitas pessoas também terá como alternativa em suas mesas os pratos a base de carne de ovinos, muito apreciados pela qualidade e sabor diferenciado. Em Mato Grosso, porém, de acordo com o presidente da Associação Mato-grossense dos Criadores de Ovinos (Ovinomat), Antônio Carlos Carvalho de Sousa, apesar da ser grande a expectativa de aumento na comercialização deste tipo de produto neste final de ano no estado, há uma preocupação quanto à oferta. Hoje, segundo ele, está havendo uma demanda muito grande dessa carne, mas a oferta não está sendo suficiente. Por isso, como o consumo nesta época aumenta tradicionalmente e pode faltar o produtos nas prateleiras dos mercados.

Nos dias de hoje, a carne de ovinos está mais acessível em função da queda no preço nos mercados. O produto está sendo comercializo numa média de R$ 10,00 a R$ 40,00 o quilo, dependendo do corte. O produtor está vendendo por um preço que varia entre R$ 8,00 a R$ 12,00 o Kg. O plantel do Estado é de cerca de 1 milhão de cabeças de ovinos. O setor em Mato Grosso se aperfeiçoa a cada dia com estudos e trabalhos de melhoramento genético. O que tem que ser implementado, segundo Antônio Carvalho, é o estimulo para que novas pessoas passem a criar ovinos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rebanho de ovinos existente no país hoje é de cerca de 16 milhões de cabeças, insuficiente para atender o consumo nacional. A boa notícia é que este ano os produtores estão se beneficiando de cotações nunca antes vistas no mercado, o que deve estimular a produção. Em São Paulo, onde a carne de cordeiro é apreciada pela alta gastronomia, a indústria está pagando até R$ 5,00 pelo quilo vivo ou R$ 11,00 pelo mesmo peso em carcaça.

O Brasil conta com um excelente acervo genético, tecnologias, pesquisas e indústrias especializadas, faltando apenas produção em grande escala. Dessa forma, em franco crescimento mundial, a ovinocultura de corte é hoje uma excelente oportunidade de negócio, já que a carne de cordeiro é considerado um produto "premium" em todos os países importadores, sendo consumida por um público fiel, de alto poder aquisitivo.

Segundo especialistas, produzir em escala comercial é uma necessidade. Porém, é preciso atentar ao consumidor que deseja um produto de boa procedência, com sabor acentuado e de qualidade. O melhoramento genético é fundamental neste processo, proporcionando ganhos a grandes e pequenos produtores. O progresso genético do rebanho reduz o ciclo de produção e proporciona maior rendimento no abate, principalmente nos cortes nobres. Algumas raças estão ganhando terreno no Brasil por sua capacidade de produzir cordeiros prontos para o abate entre os 100 e 150 dias e com peso aproximado de 40 Kg de peso vivo. 

Carnes especiais são tendência no mercado

Até chegar ao consumidor final há um grande processo, desde a cria e engorda dos animais até o preparo nos restaurantes


Laís Costa Marques 
Da Redação 
Em busca de alternativas de mercado e fidelização de público, a indústria da carne investe em produtos diferenciados para clientes exigentes e dispostos a pagar mais pela qualidade extra. A iniciativa acaba tendo reflexos em toda cadeia produtiva da carne, dos produtores aos restaurantes, e a consolidação dos produtos ocorre em alta velocidade no Estado e em todo o país. Dos pequenos aos grandes, o objetivo é diversificar mercadorias e ainda oferecer qualidade certificada, desde a origem dos animais.
Com sua pequena produção de ovinos, o produtor rural e empresário Marco Túlio Duarte Soares identificou que o espaço ocioso em seu frigorífico (em decorrência da falta de animais para abater) poderia ser ocupado por bovinos. "Minha ideia era iniciar os abates bovinos no início de 2011, mas como havia esta capacidade, que não era ocupada, antecipei o projeto, que é todo diferenciado".
E o trabalho do frigorífico Celeiro começa no relacionamento com o pecuarista. Prezando pela qualidade, a empresa paga entre 3% e 5% a mais pela arroba dos animais das raças inglesas Angus e Hereford, que possuem um fina camada de gordura entre as fibras musculares que lhes concedem o marmoreio, ou seja, maciez e mais sabor. "Além de exemplares das raças europeias ou de cruzamentos dessas raças, os animais têm no máximo 24 meses e no caso de machos, são capões", conta referindo-se ao animais castrados.
A atuação do Celeiro no mercado surgiu da necessidade de diferenciar o produto e o modo de produção para se tornar competitivo. "Minha produção é em pequena escala, não teria como competir com grandes grupos que abatem em grandes escalas e vendem para o mundo inteiro. Percebi a demanda que havia e investi neste nicho", afirma ao comentar que grandes empresas até fazem este trabalho diferenciado, mas geralmente é voltado para o mercado internacional.
Na mesma direção, o grupo Frialto também inicia parceria para entrar neste mercado de cortes selecionados e de pecuária selecionada. O diretor do grupo, Paulo Bellincanta explica que o frigorífico precisa abrir uma outra marca para apresentar um novo produto com preços também diferenciados. Para isso, em uma ação inédita no país, o Frialto fechou uma parceria com o Esporte Clube Corinthias Paulista para que pudesse agregar às carnes, a marca do time. "Primeiramente serão dois projetos. O Timão, com exclusividade de picanhas selecionadas e em um ano o Corinthians Premiun, que serão cortes de animais de raça europeia, com pouca idade e criados em propriedades que respeitem a legislação ambiental e trabalhista". Bellincanta ressalta que o grupo fará parcerias com produtores para incentivar a pecuária diferenciada.
Para o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, este sistema de cria e de abate é uma tendência de mercado. "Existe um grande nicho de consumidores exigentes que estão dispostos a pagar a mais para ter uma carne de qualidade, acima do padrão", afirma ao comentar que em geral a carne brasileira já é de considerada muito boa. Segundo Vacari, a Associação estimula este tipo de produção por entender que Mato Grosso tem capacidade para atender qualquer demanda e criar todos os tipos de raças e realizar cruzamentos. "Estamos abertos para aproximar os pecuaristas e os empresários em busca de investimento em tecnologia".
O frigorífico Marfrig iniciou este ano a ampliação do programa Qualidade Nelore Natural, que acompanha, por meio de uma equipe técnica, o sistema de criação e características como peso mínimo, acabamento de gordura e idade, que quando dentro do padrão, são selecionados e os cortes recebem o selo Nelore Natural. Além disso, o programa também aproxima a indústria do produtor e permite um acompanhamento sobre o sistema de produção, se se enquadra ou não às exigências socioambientais. Em Mato Grosso, o município de Tangará da Serra irá participar do programa e até 2011, o acompanhamento terá iniciado.
O pecuarista Jorge Pires é um dos que investem na criação de raças e cruzamentos para atender a um mercado específico. Segundo ele, a inseminação e o manejo incrementam o custo de produção, mas que o retorno é garantido porque há quem queira pagar pelo diferencial. O Marfrig afirma que os produtores que participam do programa Qualidade Nelore Natural recebem até 4% a mais sobre o preço de mercado e ainda garantem a qualidade dos animais.
Aliás, pagar a mais não parece um problema. Nos supermercados que revendem essas marcas, os clientes não reclamam o alto valor porque sabem o que vão levar. O gerente de uma das lojas do supermercado Comper, que oferece carnes em cortes nobres e de novilho precoce, Edilson da Silva, diz que a linha tem tido crescimento constante e desde que chegou ao supermercado é comum ver clientes procurando pelo produto. Quanto ao preço, Silva diz que os consumidores estão cientes da qualidade do produto e não questionam o custo elevado. "Os clientes até reclamam quando a carne tradicional sofre aumento de preço, mas com relação aos cortes nobres isso não acontece".
Nos restaurantes que também elaboram pratos a partir dos cortes especiais, o produto fideliza o cliente. No Mahalo, a subchef, Claudineia Portela, diz que os clientes chegam a ligar um dia antes para pedir o preparo, principalmente do "flinstone", um pedaço que vem com osso e carne extremamente macia. "Este corte é preparado às quartas-feiras, mas nos outros dias os clientes ligam e pedem para deixar preparado porque querem exclusivamente aquele corte. Sem falar no "chorizo", que também tem ótima aceitação".
Luciano Vacari diz que grandes redes de supermercados, como Pão-de-Açúcar e Carrefour buscam fidelizar o cliente com o oferecimento de produtos exclusivos. Segundo Vacari, eles buscam uma raça em todo o mundo que se adapte no Brasil com qualidade extra e faz parcerias para que produtores e frigoríficos iniciem os trabalhos de cria e abate.
Restaurantes recebem consumidores que exigem determinados cortes e que não abrem mão do novo "padrão" da carne bovina

Reunião BGA-RJ

Para imprimir e visualizar melhor,  favor clicar  na imagem.