sábado, 14 de agosto de 2010

Selo de procedência valoriza carne em até 40%


Mariana Flores


O Pampa Gaúcho é conhecido como a “terra do churrasco”. Os produtores da região querem ser identificados não somente pelo sabor da carne preparada, mas também pela boa procedência do que vai para a churrasqueira. Desde 2006, 73 produtores usam o registro de Indicação Geográfica fornecido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O selo certifica a qualidade da carne local em que os produtores se orgulham de não utilizar tempero. Juntos, os criadores da região reúnem um rebanho bovino de mais de cem mil cabeças.

O selo garante valorização de até 40% no preço da carne, segundo o secretário-executivo da Associação dos Produtores de Carne do Pampa Gaúcho da Campanha Meridional (ProPampa), Rogério Jaworski. Só os cortes mais nobres recebem a etiqueta.

A entidade mostra que a aceitação do produto tem sido positiva. Uma pesquisa de 2009 com 250 restaurantes e 50 atacadistas de todo o Brasil informa que 94% deles acham extremamente importante o selo de origem e a preservação ambiental. O levantamento foi feito pela ONG internacional Alianza Del Pastizal.

O produtor Fernando Adauto Loureiro de Souza atesta os resultados do estudo. Ele é dono de uma área de mil hectares onde pastam 1,2 mil bois. “Visitamos a Europa e vimos que os produtos de áreas com Indicação Geográfica levam um tempo para deslanchar. Mas, a indicação agrega valor ao produto e à região. Mexe com o brio do produtor. Passamos a ter um reconhecimento pelo diferencial que oferecemos”, afirma.

Para conquistarem o selo de Indicação Geográfica, os empresários se submetem a um programa de avaliação de conformidade, que analisa desde o processo de produção até o resultado final. Para ter o registro, a carne deve ser originada de gado que se alimente exclusivamente de pastagens nativas, nativas melhoradas ou cultivadas de inverno, num regime de criação extensivo. Os animais têm de ser rastreados desde o nascimento. A carne produzida dentro desses conceitos obtém o selo do Inpi.

Agência Sebrae de Notícias

Marfrig divulga nota sobre as demissões no município

A Marfrig Alimentos S.A. divulgou nota nessa sexta-feira, sobre a demissão de aproximadamente 70 funcionários da planta de Mato Leitão, arrendada no segundo semestre do ano passado do antigo Frigorífico Mercosul. Conforme o texto encaminhado por meio da assessoria, a empresa vem otimizando e expandindo suas operações no Rio Grande do Sul.


“Algumas atividades da unidade industrial de Mato Leitão estão sendo transferidas para Alegrete, o que implica em demissões em uma unidade e contratações na outra”, informa a nota. Ainda conforme o texto, “a unidade industrial de Mato Leitão continuará operando por tempo indeterminado dentro das suas capacidades funcionais e estruturais, basicamente destinadas à distribuição e produção em baixa escala de ovinos”. Ainda de acordo com a manifestação da empresa, “o Grupo Marfrig se orgulha de ser um dos maiores empregadores e geradores de riqueza do Rio Grande do Sul. Através de suas nove unidades industriais instaladas no Estado, fazem parte hoje do quadro funcional da empresa 8.571 funcionários”.

As alterações na planta industrial foram informadas na manhã da última quinta-feira, quando dois representantes tiveram um encontro com a direção do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Venâncio Aires.

Cassilândia: Frigorifico inaugura na terça-feira

Cassilândia volta a contar com dois frigoríficos, a partir de terça-feira. O que estava fechado foi arrendado pela empresa Canaã, do Estado de São Paulo, e retorna aos abates na próxima terça-feira. Ela fica na MS 306, cerca de 12 quilometros de Cassilândia, na direção Chapadão.


Segundo o comprador conhecido por Mancha, as compras já foram iniciadas e o frigorífico está pagando R$ 76 por arroba da carne de vaca e R$ 80 para o boi, a arroba.

Em Cassilândiafunciona há muitos anos, ininterruptamente, o frigorífico Tabuibi

CARNE BÊBADA

Jantar de quarta-feira, ainda estava com um pouco de mal estar, mas tinha que fazer uma comidinha para o jantar do meu amorzinho. Pensei numa carne assada, que fosse rapida e prática, sem aquela trabalheira de dourar a carne antes, assar e depois fazer molho. Então encontrei um pacotinho de sopa de cebola e então pensei: "...vou colocar tudo na panela de pressão e assim quando terminar de assar já vai estar tudo pronto." A sopa de cebola com agua, achei que não ia ficar tão bom, então vi que tinha cerveja e vinho na geladeira e assim misturei as duas e "voila"!!
Aí esta a carne Bêbada!!








1 kg de lagarto redondo1 pacote de sopa de cebola1 latinha de cervejaa mesma medida de vinho tinto2 colheres (sopa) de mostarda2 colheres (sopa) de catchup2 cenouras em rodelas








Modo de preparo:
1 kg de lagarto redondo1 pacote de sopa de cebola1 latinha de cervejaa mesma medida de vinho tinto2 colheres (sopa) de mostarda2 colheres (sopa) de catchup2 cenouras em rodelas

Para as amigas portuguesas que não sabem que parte do boi é o lagarto, pois perguntaram da outra vez que postei uma carne assada, aqui vai uma figura com todos os cortes do boi que usamos e denominamos aqui no Brasil. O lagarto, apesar de não especificar na gravura, é dividido em lagarto redondo e plano, sendo o redondo o mais usado para assar, aqui no Brasil.
Beijos a todas!!

Pudim de leite



Tipo de receita: Sobremesa

Número de doses: 1 

Tempo de Preparação: 1 Hora(s)

Tempo de Confecção/Cozedura: 5 Minuto(s)

Dificuldade: Fácil

















ngredientes:

Pudim:
- 3 ovos
- 8 colheres (sopa) de açúcar
- 4 colheres (sopa) de farinha de trigo
- 1/2 litro de leite fervendo.

Calda:
- 1 xícara (chá) de açúcar
- água.
 Preparação:

Acenda o forno no máximo e coloque lá dentro uma forma com cerca de dois
dedos de água fria. Verifique, antes, se sua forma de pudim cabe lá dentro.
Coloque o açúcar numa panela, junte 1 xícara (café) de água, mexa bem para
dissolver o açúcar e leve ao fogo. Não mexa mais com a colher. Quando a
calda apresentar um tom dourado escuro, tire-a do fogo e, com o auxílio de
uma colher, caramelize uma forma de pudim, isto é, espalhe a calda em toda a
forma, sem esquecer o cone central. Reserve. Coloque no liquidificador os
ovos, o açúcar e bata por 5 minutos, até que esteja bem fofo e claro. Junte
a farinha de trigo, colher por colher, sempre batendo e, por fim, o leite
fervendo, aos poucos. Continue batendo por mais uns dois minutos. Despeje a
massa obtida, quase líquida, na forma caramelizada. Leve ao forno, colocando
dentro da forma que estará com água fervendo. Deixe por cerca de 50 minutos
à uma hora, até que esteja bem dourado. Retire ainda quente, para que a
calda não se solidifique. Se deixar esfriar, vai perder a calda e o pudim
ficará seco, além de mais difícil de tirar. Não tenha medo, pois este pudim
é muito mais firme que o de leite condensado e vai sair sem problemas. Não
há risco de quebrar. Se quiser, antes de tirar, prove o ponto com uma faca:
enfie a faca no pudim, esta deve sair limpa.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Entressafra faz frigorífico paralisar abate na Capital

A oferta menor de gado por conta da entressafra já deve provocar paralisação de abates em Campo Grande, conforme noticiado pelo jornal O Estado de São Paulo.


O Grupo JBS deve suspender entre sábado e segunda-feira os abates na planta de Campo Grande e em outras haverá férias coletivas.

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, não acredita que haja reflexos para o mercado.

Para ele, é uma questão operacional, de enxugamento de custos, mas considerando que o JBS e Bertin estão associados a planta do segundo deve absorver a demanda do período para dar cumprimento aos contratos.

Segundo Maia, a arroba esta cotada hoje a R$ 81,00, mas já se fala em negócios a R$ 85,00 e a oferta de gado é reduzida.

Carne suína valoriza com demanda aquecida


Os preços da carne suína, tanto da carcaça comum quanto da especial, subiram de forma expressiva nos últimos sete dias, de acordo com pesquisas do Cepea.
O impulso veio da demanda mais aquecida, típica da primeira quinzena do mês. Entre 5 e 12 de agosto, a carcaça suína comum valorizou 4,8% no atacado da Grande São Paulo (SP) – principal termômetro consumidor do País –, negociada na quinta-feira, 12, a R$ 4,15/kg.
O preço da carcaça especial subiu 3,2% no mesmo período, comercializada a R$ 4,33/kg na terça (10/08).

Carnes à Rússia

Principal destino das exportações de carne bovina brasileira, a Rússia ensaia endurecer as regras sanitárias para forçar concessões do Brasil em negociações bilaterais. A intenção é pressionar a indústria nacional a reduzir o preço da carne exportada, apurou o Valor. A cotação média do produto brasileiro lá aumentou 30% no primeiro semestre deste ano na comparação com 2009. O movimento também neutralizaria a pressão brasileira pela elevação das cotas de exportação aos russos.
As autoridades sanitárias russas já informaram ao governo brasileiro que passarão a exigir testes mais rigorosos para detectar resíduos de antibióticos na carne brasileira. Os principais alvos são princípios ativos como tetraciclina e bacitracina. Os russos ameaçam impor zero de limite a esses medicamentos usados pelos pecuaristas no manejo do rebanho.
"Ou não usamos ou teremos que mudar prazos de carência antes do abate", diz uma fonte do setor. O curioso é que, na Rússia, é permitido o uso desses antibióticos. Mas o país não segue as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), o que torna quase nula a margem do governo para exigir qualquer reciprocidade.
A decisão russa de exigir os testes ocorre depois que os EUA encontraram resíduos do vermífugo ivermectina em carne processada da JBS, acima dos limites permitidos, o que levou o Ministério da Agricultura a suspender as vendas do produto aos EUA.
Os russos exigem, ainda, o cumprimento de padrões de microbiologia e resíduos. Mas os exportadores brasileiros dizem que as metodologias usadas aqui e lá são muito diferentes. Os laboratórios russos são menos equipados e não fornecem contraprova. "Isso pode virar uma trava intransponível", diz a fonte. Além disso, a Rússia quer impor normas e regras de termometria, temperatura, tempo de sangria e detecção de listeria. Os exportadores nacionais protestam ao exigir equivalência de regras e harmonização dos sistemas.
O Brasil cobra maior acesso ao mercado russo de carnes. Seja sob a forma de cotas de exportação maiores, seja por redução das tarifas dentro e fora dessas cotas. Há duas semanas, uma teleconferência retomou as negociações sobre concessões mútuas para permitir a entrada da Rússia na OMC.
O caso é ainda mais complicado porque o Ministério da Agricultura aceitou um conjunto de regras impostas pela Rússia. Em meados de maio deste ano, o então secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, assumiu compromisso de apertar o cerco a "não conformidades" encontradas por uma missão veterinária russa em visita ao país, em meados de abril. Os exportadores rejeitaram as imposições e pediram ao governo a revisão dos termos do acordo. Pressionado pelas indústrias, o atual secretário Francisco Jardim deve ter seu primeiro encontro com o "czar" sanitário da Rússia, Sergei Dankvert.

China e Rússia entram para o rol dos 10 maiores importadores do frango brasileiro

Campinas, 13 de Agosto de 2010 - O SECEX/MDIC apresentou os dados consolidados quanto à carne de frango in natura no primeiro semestre de 2010 e mostrou que Rússia e China integram o rol dos 10 principais importadores do produto brasileiro (pela primeira vez nos seis meses iniciais do ano, sem considerar industrializados e carne de frango salgada). 
Exceto eventuais trocas de posição, os oito primeiros maiores importadores da carne de frango do Brasil já figuravam entre os “10 mais” do primeiro semestre do ano passado. Assim, Rússia e China surgem, respectivamente, na nona e décima posições.
A receita cambial proporcionada pela Rússia (cuja posição em 2009 os dados da SECEX/MDIC não possibilitam identificar) mais do que dobrou no semestre, fazendo com que a participação russa nas exportações brasileiras de carne de frango in natura aumentasse 72% - de 1,8% do total no primeiro semestre de 2009 para 3,1% no mesmo período deste ano. 
Bem mais significativo, no entanto, foi o incremento observado em relação à China, de quase 8 mil por cento, o que fez com que a participação anterior, próxima de zero no ano passado, subisse para 3% nos seis primeiros meses de 2010. Mas essa expansão, de qualquer forma, precisa ser encarada na sua exata medida, pois corresponde, ao menos parcialmente, a substituições de importações antes realizadas através de Hong Kong.
É talvez por isso que Hong Kong está entre os dois países (dos dez que lideram as importações do produto brasileiro) cuja receita cambial no período sofreu retração. O outro é a Venezuela, que gastou 14,4% menos e, com isso, recuou da quarta para a quinta posição entre os “10 mais”. 
A ressaltar que, embora o volume de carne de frango in natura exportada tenha aumentado apenas 1% nos seis primeiros meses de 2010, a receita cambial dessas exportações apresentou incremento de 18%.


Mercado

Embora os supermercadistas estejam reticentes em comprar cortes de alcatra e contra  pois , para eles, o  pico para promoções é  R$ 10,00 kg (existe uma afirmativa que quando esses cortes passam desse pico as vendas caem novarejo)   o mercado está enxuto e provavelmente,  mesmo estando na segunda quinzena  do mês e devido ainda a  falta de gado para abate por diversas razões  fará com que esse preço  na semana que vem gire em torno de no mnimo R$ 10,50 kg

Mercado

Ontem, havia frigorifico de grande porte , pedindo na alcatra e contra file R$ 10,20 kg e R$ 10,40 kg respectivamente, ao passo que, havia um frigorifico médio , que não está em crise,  ofertando o mesmo produto a R$ 9,90 kg e R$ 10,20 kg . Foi vendido isoladamente o contra file a R$ 10,30 kg.
Havia comprador para peito bovino em bloco resfriado saco para industria a R$ 6,20 kg a vista.

Falta de bois faz frigorífico dar férias coletivas

Grupo JBS suspendeu trabalhos por 30 dias nas unidades de Anápolis (GO) e Cáceres (MT)


A oferta escassa de bois no mercado levou o Grupo JBS a dar férias coletivas de 30 dias nas unidades de Anápolis (GO) e Cáceres (MT). A Agência Estado apurou que uma das quatro fábricas no Pará da maior companhia de proteína animal do planeta também paralisará as atividades e que o abate em uma das unidades de Campo Grande (MS) deverá ser suspenso entre sábado (14) e segunda-feira (16) pelo mesmo motivo. Procurada pela reportagem, o JBS ainda não se pronunciou.


O fim do período de férias, em setembro, coincidirá com o possível aumento da oferta de bovinos, já que no próximo mês animais que foram confinados durante o período da seca devem estar disponíveis. A oferta, no entanto, ainda é incerta, já que os principais confinadores informaram uma redução no número de animais este ano em virtude do alto preço do boi para a engorda.

Em Anápolis, de acordo com funcionários da unidade do JBS, a maioria dos 450 empregados inicia as férias coletivas na segunda-feira. Apenas o setor de vendas e alguns funcionários de logística permanecerão na planta industrial. Com a escassez de animais, a companhia, que pagava R$ 69 por arroba do boi gordo, a prazo, negociava animais hoje a R$ 82 a arroba, sem muita oferta.

Corretores relataram que a oferta restrita e a demanda em alta fizeram com que fêmeas fossem negociadas a R$ 82 a arroba a prazo em Goiás, o que é incomum no mercado. "É vaca a preço de boi", disse um corretor. O presidente do Sindicato Rural de Cáceres, João Oliveira Gouveia Neto, confirmou que o JBS deu férias coletivas e suspendeu desde segunda-feira o abate de gado na unidade instalada no município, a 225 quilômetros a oeste de Cuiabá.

Segundo Gouveia Neto, a explicação dada pela empresa também foi a falta de boi acabado pronto para abate. A planta industrial do JBS em Cáceres, que emprega 550 funcionários e tem capacidade para abater 600 animais por dia, deve retomar as atividades também em 30 dias. Gouveia Neto afirmou que os criadores estão vendendo gado para a unidade do JBS situada em Araputanga, a 100 quilômetros de Cárceres. Segundo ele, mesmo com menor disponibilidade de gado os preços na região se mantêm em R$ 77 para boi gordo e R$ 72 para a vaca gorda.

O maior problema para os criadores de Cáceres, explica Gouveia Neto, é que a unidade do JBS de Araputanga é habilitada para exportação e não abate fêmeas, maior parte do gado comercializado pelos criadores do município, com 58% do território em áreas do Pantanal. Além de Araputanga, o JBS tem outras duas plantas que podem comprar o gado do município: Quatro Marcos e Cuiabá. A quarta opção para os criadores é a planta da Perdigão que fica em Mirassol D'Oeste (MT).

O diretor superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, questiona a justificativa de concessão de férias coletivas por causa da falta de gado para abate, principalmente na região que concentra o maior rebanho de Estado. Ele diz que, na realidade, a oferta é restrita e, por isso, os frigoríficos estão adotando a estratégia de comprar "da mão para a boca", operando muitas vezes com 60% da capacidade de abate.

Maior rigor da Rússia na importação de carne

Pecuária: País quer reduzir preço do produto brasileiro e exigirá testes mais estritos para detectar resíduos


Mauro Zanatta, de Brasília

Principal destino das exportações de carne bovina brasileira, a Rússia ensaia endurecer as regras sanitárias para forçar concessões do Brasil em negociações bilaterais. A intenção é pressionar a indústria nacional a reduzir o preço da carne exportada, apurou o Valor. A cotação média do produto brasileiro lá aumentou 30% no primeiro semestre deste ano na comparação com 2009. O movimento também neutralizaria a pressão brasileira pela elevação das cotas de exportação aos russos.

As autoridades sanitárias russas já informaram ao governo brasileiro que passarão a exigir testes mais rigorosos para detectar resíduos de antibióticos na carne brasileira. Os principais alvos são princípios ativos como tetraciclina e bacitracina. Os russos ameaçam impor zero de limite a esses medicamentos usados pelos pecuaristas no manejo do rebanho.

"Ou não usamos ou teremos que mudar prazos de carência antes do abate", diz uma fonte do setor. O curioso é que, na Rússia, é permitido o uso desses antibióticos. Mas o país não segue as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), o que torna quase nula a margem do governo para exigir qualquer reciprocidade.

A decisão russa de exigir os testes ocorre depois que os EUA encontraram resíduos do vermífugo ivermectina em carne processada da JBS, acima dos limites permitidos, o que levou o Ministério da Agricultura a suspender as vendas do produto aos EUA.

Os russos exigem, ainda, o cumprimento de padrões de microbiologia e resíduos. Mas os exportadores brasileiros dizem que as metodologias usadas aqui e lá são muito diferentes. Os laboratórios russos são menos equipados e não fornecem contraprova. "Isso pode virar uma trava intransponível", diz a fonte. Além disso, a Rússia quer impor normas e regras de termometria, temperatura, tempo de sangria e detecção de listeria. Os exportadores nacionais protestam ao exigir equivalência de regras e harmonização dos sistemas.

O Brasil cobra maior acesso ao mercado russo de carnes. Seja sob a forma de cotas de exportação maiores, seja por redução das tarifas dentro e fora dessas cotas. Há duas semanas, uma teleconferência retomou as negociações sobre concessões mútuas para permitir a entrada da Rússia na OMC.

O caso é ainda mais complicado porque o Ministério da Agricultura aceitou um conjunto de regras impostas pela Rússia. Em meados de maio deste ano, o então secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, assumiu compromisso de apertar o cerco a "não conformidades" encontradas por uma missão veterinária russa em visita ao país, em meados de abril. Os exportadores rejeitaram as imposições e pediram ao governo a revisão dos termos do acordo. Pressionado pelas indústrias, o atual secretário Francisco Jardim deve ter seu primeiro encontro com o "czar" sanitário da Rússia, Sergei Dankvert.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Barreira sanitária no RS apreende 12 toneladas de carne

Produtos de origem animal estavam sendo transportados de forma inadequada, com temperatura acima da permitida pela legislação vigente

Nesta última semana, os técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio do Rio Grande do Sul (Seappa-RS) apreenderam cerca de doze toneladas de carne bovina, durante uma barreira sanitária realizada em Arroio dos Ratos.
— Do montante total, aproximadamente uma tonelada da carga foi inutilizada pelos fiscais da Inspetoria Veterinária e Zootécnica (IVZ) do município — informou a médica veterinária responsável pela ação, Juliane de Carvalho Galvani.

Os produtos de origem animal estavam sendo transportados de forma inadequada, com temperatura acima da permitida pela legislação vigente que é de 7°C.

A verificação da temperatura, durante o trânsito dos produtos de origem animal, é um aspecto fundamental para o alcance de uma melhor condição higiênico-sanitária no comércio e no consumo desses produtos, segundo Juliane. A médica veterinária também salienta que sem estas medidas, aumentam os riscos à saúde da população.

Exportadores de frango pedem abertura de ação contra União Europeia na OMC

Novas regras em vigor desde maio são protecionistas, segundo União Brasileira de Avicultura

A União Brasileira de Avicultura (Ubabef) entregou hoje ao Ministério de Relações Exteriores (MRE) documento em que pede a abertura de uma ação na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra a nova legislação da União Europeia para carne fresca e suas preparações.


Segundo o presidente da Ubabef, Francisco Turra, as novas regras, em vigor em maio deste ano, são protecionistas e proíbem o uso de carne salgada de frango nas preparações, impedindo que o produto importado congelado seja reprocessado e congelado novamente.

Turra explicou que as medidas são uma barreira à exportação das cerca de 200 mil toneladas de carne de frango brasileira embarcadas anualmente para a Europa, o representa cerca de US$ 450 milhões, já que todo esse volume é congelado. Segundo ele, o chefe do Departamento Econômico do MRE, ministro Carlos Rosendey, prometeu analisar o pedido rapidamente, com a possibilidade de ser encaminhado para a reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex) da próxima semana.

— Não há impedimento de ordem política de entrar com esse painel [ação] na OMC [contra a União Europeia] — afirmou Turra.

Ele disse que o documento entregue ao MRE apresenta um estudo técnico mostrando que a nova legislação da União Europeia privilegia a compra do frango produzido no bloco, violando algumas regras da OMC. Assim, outros países, como o Brasil, principal fornecedor de carne de frango para o bloco, são prejudicados.

A Ubabef informou que em nenhum órgão internacional foi detectado algum problema relacionado à saúde causado pela ingestão de carne de frango que passou pelo processo proibido na Europa. Além da mudança que na legislação, os exportadores brasileiros se dizem preocupados com a elevação das tarifas de importação de oito tipos de cortes de frango pela União Europeia

Deputado Devanir Ribeiro consegue liberação do SIF para frigorífico

O deputado federal e candidato a reeleição pelo PT (Partido dos Trabalhadores), Devanir Ribeiro interviu junto ao Ministério da Agricultura e conseguiu agilizar o processo de liberação do SIF (Sistema de Inspeção Federal) para a unidade do Boifrig em Fernandópolis.
O selo dará direito a exportar produtos e derivados bovinos, foi liberado e os animais abatidos em Fernandópolis passam agora ganhar o mundo. O frigorífico, recém inaugurado e administrado por um grupo de Iranianos dependia da liberação do selo para manter o funcionamento em Fernandópolis e gerar renda para o município. Os representantes do Frigorífico estão em Brasília e já receberam na tarde desta quinta-feira, o selo do Ministério da Agricultura.

No início de junho, quando as atividades foram retomadas, o Grupo Iraniano, responsável pelo empreendimento, destacou que é a primeira experiência de cooperação entre o Brasil e o Irã. “É muito importante para os iranianos essa experiência em Fernandópolis, onde estamos estabelecendo nossos negócios, promovendo trabalho à população e comemorando a boa relação com o município. A nossa expectativa é contratar até 650 pessoas quando chegarmos ao abate de 750 cabeças de gado por dia”, afirmou.

A interferência do deputado federal Devanir Ribeiro, soma mais um setor na lista de exportadores, gerando divisar e criando novos empregos em Fernandópolis. O deputado é o nome principal da criação da ZPE no município recentemente criada por meio de decreto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ribeiro conquistou para a região noroeste no último biênio um total de R$ 10 milhões em emendas e encaminhamentos que beneficiaram diversas cidades da região.

Brazilian Chicken no ar

A União Brasileira de Avicultura (Ubabef), numa parceria com a Apex-Brasil, estruturou um novo website para fomento da cadeia avícola. Trata-se do Brazilian Chicken - www.brazilianchicken.com.br - que tem como principal objetivo divulgar a carne de aves do Brasil e as empresas exportadoras associadas.


Para Francisco Turra, presidente da Ubabef, o site é "uma importante ferramenta na promoção da carne de frango do Brasil".

Acesse agora: www.brazilianchicken.com.br

Para socorrer frigoríficos médios, governo estuda patrocinar fusões

O governo avalia socorrer frigoríficos de carne bovina de médio porte debilitados por dificuldades financeiras derivadas da crise econômica global. Ao menos 15 indústrias precisariam da injeção de R$ 2,5 bilhões de capital por meio de uma nova linha de crédito oficial, apurou o Valor. Algumas dessas empresas já entraram em recuperação judicial e outras ainda buscam saídas para evitar um recurso à Justiça.

Uma solução costurada nos bastidores aponta para a fusão desses frigoríficos em um ou dois grupos que concorreriam com JBS, Marfrig e Brasil Foods. Além disso, qualquer crédito estatal seria "carimbado" para garantir o pagamento das dívidas com pecuaristas (estimadas em R$ 800 milhões) e instituições financeiras, além do capital de giro necessário para tornar viáveis a nova operação.

A ação do governo também obrigaria as empresas a profissionalizar sua gestão. Antes resistentes a ceder o controle de suas empresas, todos os industriais se mostram favoráveis à união patrocinada pelo governo. A fatia dos novos sócios no futuro grupo seria equivalente ao patrimônio e ao endividamento atuais de cada empresa.

O assunto entrou no radar do governo nesta semana em conversas reservadas da indústria com alguns ministros. E foi levado à reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Representante da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) esteve ontem com Rossi e o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, para reforçar o pedido de socorro. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já foi informado do situação.

A situação financeira dos frigoríficos tem piorado desde a imposição de restrições da União Europeia à venda de carne brasileira, em 2007. Depois, a crise internacional fez secar linhas de crédito antes fartas e baratas. O mau momento pegou as empresas alavancadas, com altos investimentos, margens apertadas e com capital de giro rarefeito. Em 2009, as exportações sofreram um tombo de US$ 1 bilhão. Com planos de crescimento frustrados, as indústrias alegam ter ficado sem condições de quitar as pesadas dívidas e com uma capacidade ociosa que beira 30%. Neste ano, as vendas externas devem estacionar nos mesmos US$ 5 bilhões de 2009.

Os frigoríficos médios reclamam apoio do governo e apontam como desequilibrada a atuação do BNDES no setor. Criticam o que chamam de "Carnebrás", patrocinada com dinheiro público. Nas conversas de bastidor, o governo tem defendido de forma intransigente a estratégia do banco estatal de concentrar o foco em JBS e Marfrig. Mas admite ter faltado uma ação mais sistêmica de ajuda ao setor, sobretudo para pequenas e médias indústrias.

Uma linha de R$ 10 bilhões foi lançada no início de 2009 para tentar ajudar as agroindústrias, inclusive frigoríficos. Mas o nível de exigência em garantias reais e a alta taxa de juros de 11,25% ao ano (mais "spreads") impediram algumas empresas de emprestar os recursos. Apenas R$ 6,4 bilhões foram desembolsados e, segundo o governo, metade do dinheiro destinado a frigoríficos acabou nas mãos de JBS e Marfrig.

Executivos que acompanham as negociações com os ministros avaliam que a demanda foi recebida com boa vontade pelo governo. Parte da equipe do presidente Lula avalia que a situação é realmente difícil. O cenário econômico tampouco é animador, segundo esses relatos. A crise na UE e a forte pressão política interna para barrar a carne brasileira no bloco seguem uma trava importante para a superação da restrição de demanda. Os sinais de desaceleração nos EUA e na China também reforçaram a sensação de urgência na ação do governo. Por fim, questões operacionais no Irã e barreiras não-tarifárias na Rússia dificultam uma retomada das exportações.

Mas a questão que mais angustia uma parcela do governo é o impacto social de uma quebradeira generalizada no setor. Os empresários fizeram chegar ao governo que estão em jogo 80 mil empregos diretos nos médios e pequenos frigoríficos. Além disso, o Ministério da Agricultura está preocupado com os efeitos de um calote das indústrias na atividade pecuária.

O domínio de JBS e Marfrig sobre o mercado não interessa ao governo porque esse seria o caminho mais curto para uma ampla crise de renda na pecuária via depressão de preços. O governo lembra dos impactos da crise da Parmalat no setor leiteiro, em 2004, que deixou milhares de pequenos produtores sem ter para quem vender e deprimiu os preços do leite.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Exportação do agronegócio cresce 16% em julho puxada por carnes e açúcar

Receita dos embarques de açúcar cresceu 62,3%, para US$ 1,236 bilhão, e de carnes (bovina, suína e de frango), 22,4%


SÃO PAULO - As exportações do agronegócio brasileiro aumentaram 16,6%, para US$ 7,329 bilhões em julho, ante o mesmo período em 2009, de acordo com informações divulgadas hoje pelo Ministério da Agricultura. As importações cresceram 42%, para US$ 1,13 bilhão. Com isso, o superávit do comércio de produtos agropecuários foi de US$ 6,198 bilhões, 12,87% superior ao registrado em julho do ano passado. As exportações do agronegócio representaram 41,5% do total exportado pelo País no mês passado.
No acumulado do ano, as exportações do agronegócio tiveram alta de 12,1% em relação ao valor exportado no mesmo período de 2009, somando US$ 42,302 bilhões, ou 39,6% do total exportado pelo Brasil no período. As importações também apresentaram variação positiva (36,7%), totalizando US$ 7,211 bilhões. O saldo comercial do agronegócio aumentou de US$ 32,453 bilhões para US$ 35,091 bilhões de janeiro a julho.
O aumento das vendas de açúcar e carne bovina puxaram o resultado das exportações do agronegócio em julho. A receita dos embarques de açúcar cresceu 62,3%, para US$ 1,236 bilhão, ante US$ 761 milhões no mesmo período do ano passado. Em volume, as vendas foram 24,9% maiores, com 2,901 milhões de toneladas embarcadas, ante 2,323 milhões de t em julho de 2009. O complexo carnes (bovina, suína e de frango) registrou aumento de 22,4% na receita, para US$ 1,273 bilhão, de US$ 1,040 bilhão no mesmo período passado. Em volume, foram 550 mil toneladas exportadas, aumento de 11%, ante 496 mil t em julho de 2009.
Outros produtos que impulsionaram a receita das exportações no último mês foram os florestais (21,9%), café (32,4%), milho (70%), couros, produtos de couro e peles (31,7%) e animais vivos (65%).
O complexo soja, maior item das exportações do agronegócio, registrou queda de receita em julho, apesar do aumento no volume exportado, por causa do recuo do preço mínimo dos produtos que o compõem. A receita total em julho caiu 0,8%, para US$ 2,186 bilhões, de US$ 2,204 bilhões em julho de 2009. Mas o volume aumentou 17,2%, para 5,76 milhões de toneladas, de 4,914 milhões de t na mesma base de comparação. No acumulado do ano, a receita caiu 5,1%, para US$ 11,743 bilhões, de US$ 12,371 bilhões. O volume recuou 0,2%, de 31,496 milhões de toneladas, para 31,427 milhões de toneladas.

Frigorífico municipal volta a funcionar no fim do ano


O frigorífico foi construído na localidade de Monte Líbano e estava sem uso desde 2007
O frigorífico municipal de Cachoeiro de Itapemirim já dispõe de licença de operação. Agora, a empresa que tem a concessão para administrar o local promove reformas e está instalando o sistema de tratamento de efluentes líquidos. Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, José Arcanjo Nunes, a previsão é que o frigorífico comece a funcionar até o fim do ano.

"Essa é uma ótima notícia para Cachoeiro. A entrada em funcionamento do frigorífico vai gerar mais emprego e renda para nosso município", disse. As instalações ficam na Rodovia do Contorno, Fazenda Monte Líbano, em Morro Grande.

O frigorífico entrou em funcionamento em 2002 e operou até 2007, quando foi fechado a pedido do Ministério Público Estadual e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema). Entre as principais exigências dos dois órgãos, estava o tratamento dos efluentes provenientes do abate do gado, para impedir a contaminação do meio ambiente.

Em 2008, a prefeitura fez uma licitação, com a finalidade de determinar uma empresa para administrar o frigorífico municipal. A vencedora foi a Cofril, que já está realizando os reparos necessários e se preparando para começar a operar no local assim que todas as obras forem concluídas.

“A prefeitura fez um esforço muito grande para que a Cofril obtivesse a licença de operação, pois o interesse da municipalidade no retorno do funcionamento do matadouro é muito grande. Isso atende aos pedidos dos produtores rurais e promove a geração de trabalho e renda no município de Cachoeiro”, disse o secretário.

 

CARNE BOVINA VALORIZADA PUXA COTAÇÃO E CONSUMO DE FRANGO

Com as recentes altas nos preços da carne bovina, o frango ganha mais espaço no mercado. Segundo Alex Santos Lopes da Silva, analista da Scot Consultoria, a sinalização de recuperação da avicultura ocorreu na primeira semana de agosto, quando as cotações da carne de frango abatido avançaram 11%, depois de um recuo de 13% registrado na segunda quinzena de julho. De lá para cá, de acordo com o analista, o valor do quilo do frango passou de R$ 2,25 para R$ 2,50.
Para Silva, as cotações da ave devem seguir em alta, mesmo com as ofertas aquecidas. "O excesso de oferta tem segurado os preços, mas quando a carne dianteira do boi valoriza, o frango - seu concorrente direto - segue o mesmo caminho", diz.
O analista considera, ainda, que a cotação estável - em R$ 1,60 do frango vivo ao produtor, há um mês, em São Paulo - também pode mudar. "A tendência é de avanço, mas a lei da oferta e procura é que definirá o mercado", diz.
De acordo com o mercado, o produtor mineiro já teria recebido no início deste mês reajuste de R$ 0,10 por quilo de frango vivo.
Segundo o analista, a cada 1% da renda do brasileiro, 0,5% vai para a carne bovina. "O consumidor vê a carne bovina mais cara e migra para o frango", diz.
Estudo da Scot Consultoria mostra que a carne dianteira bovina acumulou um avanço médio de 1,5% na última semana.
De acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), do fim de julho até a primeira semana deste mês, o preço do frango congelado no atacado, em São Paulo, avançou 5%, o maior valor desde fevereiro de 2010. A cotação fechou a primeira semana do mês a R$ 2,75 o quilo.
Estimativa da União Brasileira de Avicultura (Ubabef) aponta a produção brasileira de carne de frango em 11,5 milhões de toneladas em 2010 - aumento de 3% se comparado ao volume em 2009. "Se conquistarmos mais mercado, em 2011 devemos ultrapassar esse índice de crescimento", diz Francisco Turra, presidente executivo da Ubabef.
O cenário positivo para a avicultura nacional se estende ainda às exportações. Segundo Silva, a recuperação da economia nos países em desenvolvimento tem favorecido o comércio internacional de carne de frango.
Dados do Cepea apontam que no mês passado foram embarcadas 324,1 mil toneladas de frango in natura, volume 5,5% maior se comparado a junho.
Para Turra, que se reúne amanhã com membros do governo federal para negociar abertura de novos mercados internacionais, os embarques da carne do Brasil para países asiáticos e africanos têm avançado positivamente. "Esses destinos vem crescendo bastante e ainda temos fortes chances de exportar para a Indonésia, Malásia, Paquistão e Índia"
O mercado indiano, de acordo com Turra, é o mais promissor, no entanto, questões tarifárias não permitem negociações. "A Índia é um mercado fantasticamente grande", afirma.
Segundo Turra, tanto o volume exportado este ano quanto a receita mostram que o setor caminha para recuperar as perdas que vieram com a crise econômica mundial em 2009. "O volume cresceu 1,9% e a receita 16% no primeiro semestre", diz. Em 2009, de acordo com o presidente da Ubabef, o setor registrou queda de 19% na receita.
Para Turra, o aumento nas exportações brasileiras para a Venezuela não deve ser levado em consideração para avanço do setor. "A Venezuela é mercado de eleições. Sempre foi forte comprador neste período. Não representa venda estável para 2011."

Valorização bovina
Como o DCI publicou no fim de julho, a valorização da carne bovina se deve a escassez de animal para abate. Além de faltar atualmente bovinos para a indústria, o volume de gado confinado no País e os estoques de animais, acima de 36 meses em Mato Grosso, segue em queda. Segundo Luciano Vacari, superintendente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o setor pode não conseguir suprir avanço de demanda. Com isso, segundo Silva, os preços do boi se fortaleceram. O mercado acreditava na retenção de boi pelo pecuarista para forçar preço. Com o inverno, a teoria não se concretizou.

Indicação: Fernando Toyoji Tatemoto

"$eja + 1 a acreditar na Avicultura e seremos milhõe$"


Frigorífico busca mão de obra indígena

    Marli Lima, de Matelândia (PR)
    11/08/2010
A Cooperativa Lar contratou 41 índios avá-guaranis da aldeia Ocoy, no oeste do Paraná, para trabalhar no frigorífico de Matelândia
A Cooperativa Lar contratou 41 índios avá-guaranis da aldeia Ocoy, no oeste do Paraná, para trabalhar no frigorífico de Matelândia. Alguns deles já tinham feito serviços para organizações não governamentais, mas é a primeira vez que uma empresa privada emprega membros da tribo, que vivem da caça. Em expansão, a cooperativa vai abrir mil vagas em seis meses e distribuiu panfletos na cidade com oferta de salário de R$ 652 e plano de saúde. Quem indicar um trabalhador ganha prêmio de R$ 100.
Indicação de matéria : Bruno Bertolossi

Mercado Rio

A pedida no boi inteiro hoje  é de  6,50 x 4,60 x 4,20 e alcatra e contra tem oferta de produto nos seguintes preços : - alcatra a R$ 9,90 kg e contra file a R$ 10,20 kg.

Gado em pé: Exportações brasileiras crescem em 2010

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), em julho, o país exportou 73,8 mil cabeças de bovinos vivos, um crescimento de 62% em relação a junho, quando foram enviados 45,5 mil animais para o mercado externo. No mesmo período de 2009 foram embarcados 55 mil animais, ou seja, 75% a menos. Todos os animais exportados no último mês tiveram como destino a Venezuela, tradicional importador de gado brasileiro. Em faturamento, esse comércio rendeu cerca de US$77,2 milhões ao Brasil.
O Pará se firma cada vez mais como principal exportador nacional de gado em pé. Todas as cabeças exportadas em julho saíram do estado. Em 2010, foram exportados cerca de 365 mil animais, e desse montante, 94% tiveram como origem o Pará.

AFTOSA – Ainda segundo o Mapa, o Brasil tem o maior rebanho bovino livre de febre aftosa do mundo, são cerca de 177,73 milhões de bovinos livres da enfermidade, seja com ou sem vacinação. O rebanho que mais se aproxima da condição do Brasil é o norte-americano, com cerca de 94,5 milhões de cabeças, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Em 2010, apenas carne bovina registra valorização

Campinas, 11 de Agosto de 2010 - Considerado o preço médio obtido no atacado da cidade de São Paulo, nos sete primeiros meses de 2010 somente a carne bovina obteve valorização em relação às cotações registradas no primeiro grande dia de negócios deste ano, 4 de janeiro. O pior desempenho ficou com a carne de frango.


No final desses sete meses (ou 212 primeiros dias do ano) a carne bovina apresentou ganho de, praticamente, 40% em relação ao preço inicial do ano, enquanto o preço da carne suína recuava 7% e o da carne de frango 12%.

Levando em conta a cotação média alcançada nesse período, a carne bovina registrou preço 19% superior ao valor inicial de 2010, enquanto os preços das carnes suína e de frango ficaram, na média, 6 e 8% abaixo da cotação inicial.

429 trabalhadores de Nova Xavantina receberão do Frigorífico Independência

O juiz Hamilton Siqueira Júnior firmou 429 acordos trabalhistas entre ex-empregados e representantes do Frigorífico Independência, em atuação na Vara Itinerante em Nova Xavantina.
A primeira rodada de negociação iniciou entre os dias 26 a 30 de julho e a segunda, de 02 a 06 deste mês. Pelos acordos firmados, será pago aos trabalhadores cerca de R$ 1 milhão.
De acordo com informações da assessoria do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a empresa deverá pagar a cada um dos trabalhadores o valor definido no processo, em dez parcelas iguais que vencerão todo o dia 30 ou primeiro dia útil subsequente.
O acordo terá início a partir do dia 30 de novembro deste ano.
Os valores serão depositados na conta a ser aberta no Banco do Brasil de Nova Xavantina, tendo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indútrias de Alimentação de Barra do Garças e Região, como titular, o qual fará o repasse mensal aos trabalhadores.
Também foi estipulado, em caso de inadimplência, uma multa de 50%, para cada parcela em atraso, resultando ainda no vencimento antecipado das demais.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Reunião de formação de preços da BGA_RJ

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Embarque de carnes

As exportações brasileiras de carnes somaram US$ 73,214 milhões na primeira semana de agosto, período compreendido de 01 a 08. A média acumulada é 28,9% superior à média diária de julho, de US$ 56,794 milhões.


Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nessa segunda-feira (09). No comparativo com a média diária de agosto de 2009, de US$ 47,103 milhões, o desempenho deste mês é 55,4% superior

Carnes no RJ

Na lista de compra dos brasileitos, as carnes estão entre os alimentos que mais encareceram em julho. Com alta de até 0,33% no mês passado, o alimento já acumula no ano variação de 3,17%. O movimento de subida de preços das carnes bovinas reflete o período de entressafra - cujos efeitos podem se estender nos supermercados e açougues, ao menos, até o fim do mês. Mas há a opção de pescados e frangos que estão, respectivamente, 0,65% e 1,27% mais em conta.


"Com menos bovinos nos frigoríficos, a cotação sobre no atacado e, em seguida, no varejo. Com isso, o consumidor acaba migrando para artigos como o frango. É uma questão de preço mesmo", disse José de Sousa, Presidente da Bolsa de Gêneros Alimentícios do Rio, frisando que os preços do cortes dianteiros subiram, no atacado, de R$ 4,10 para R$ 4,40 e os cortes traseitos, de R$ 5,80 para R$ 6,50 no últimos 30 dias.

Em tempo de preços salgados, o consumidor pode mexer no cardápio sem alterar a qualidade dos pratos da sua família. Segundo a nutricionista Carolina Medeiros, da RDI Fitness, o frango, o peixe, o leite e os ovos podem substituir a carne vermelha.

Mercado

O boi inteiro continua sendo ofertado o traseiro a R$ 6,50 kg , o dianteiro a R$ 4,50 kg e a pa R$ 4,10 kg.

BNDES: empréstimos concentrados em poucas empresas

BOM DIA BRASIL

O BNDES, que existe para reduzir o custo de financiamento do investimento, está no centro da discussão. Sempre ofereceu dinheiro mais barato, só que agora há questionamento por vários motivos, entre eles, pela concentração.
Na época da crise, a ajuda para capital de giro foi para apenas 14 empresas, sendo que algumas receberam R$ 800 milhões, como no caso da Votorantim. Cinquenta e sete por cento de todo capital do banco foi para 12 companhias. Antes, emprestava dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e recursos que voltavam de empréstimos antigos, agora não, empresta dinheiro do Tesouro, que se financiou a um custo alto. Foram passados R$ 180 bilhões para o BNDES emprestar.
Um dos casos que está gerando muita polêmica é o empréstimo excessivo para o setor de frigorífico. Os empresários fizeram um manifesto em defesa do banco, mas não é o BNDES que está sendo atacado, mas sim, escolhas que a atual direção está fazendo. A ajuda tem ido para poucas empresas, o que tem provocado discussão.


http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2010/08/10/bndes-emprestimos-concentrados-em-poucas-empresas-314983.asp

Mesmo com crise, oferta interna de carne de frango teve alta evolução nos últimos 24 meses

Campinas, 10 de Agosto de 2010 - Analisada a evolução da oferta interna mensal e diária de carne de frango nos 24 meses encerrados em abril de 2010 (último dado disponibilizado pela APINCO) é possível constatar que ficou para trás o baixo volume registrado um ano antes, ocasião em que o volume disponibilizado (pouco mais de 500 mil toneladas) recuou cerca de 18% em relação a abril de 2008.


Neste ano, no mês de abril, o volume ofertado (668.390 toneladas) aumentou 33,54% sobre o mesmo mês de 2009, além de apresentar evolução próxima de 10% em relação a abril de 2008.

Este último índice significou expansão de oferta da ordem de 4,5% ao ano, índice sem dúvida elevado se aceito que o consumidor ainda não superou totalmente os efeitos da crise econômica de 2008. Aliás, essa expansão proporciona explicação cabal ao fato de, em abril de 2010, os preços do frango vivo e abatido terem apresentado, em alguns momentos do mês, preços inferiores aos de 24 meses atrás.

Rastreamento de gado não atinge toda a carne produzida na Amazônia

O Sistema de rastreamento do gado (Sisbov) ainda não permite identificar a origem de toda a carne produzida na Amazônia, que detém 35% do rebanho do País.

O Ministério da Agricultura informou que o sistema de rastreamento do gado (Sisbov) ainda não permite identificar a origem de toda a carne produzida na Amazônia. Até o final do ano, o governo federal estima completar o rastreamento do gado no Pará, atualmente restrito a cerca de 100 mil proprietários em todo o estado.
A Amazônia já detém mais de 35% do rebanho bovino do País. O Sisbov, que deveria permitir o rastreamento de todo o rebanho nacional, está limitado aos produtores que exportam para mercados que exigem carne certificada, basicamente a partir de nove Estados.

A campanha “Carne Legal”, do Ministério Público, é uma ação para conter o comércio de carne proveniente de gado vinculado ao desmatamento, à grilagem de terra ou ao trabalho escravo.

A iniciativa é objeto de disputa jurídica promovida pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, que é contrária à campanha. Para a senadora, os acordos do MP para a regularização fundiária, ambiental e trabalhista da pecuária na Amazônia são”uma farsa”.

Dados oficiais mostram que 70% da área desmatada ilegalmente desde 1995 na região virou pasto.

De acordo com informações do Estado de São Paulo (ESP), que teve acesso à defesa da campanha "Carne Legal" apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU), o documento sugere que a senadora Kátia Abreu está pregando a desobediência à lei.

"Afirmar que a identificação da origem do gado não é feita (ou que não deve ser feita) é afirmar que todo esse conjunto de leis deva ser descumprido", diz o documento, segundo o jornal.

Na ação apresentada à Justiça, Kátia Abreu argumenta que a campanha do Ministério Público "induz o consumidor a buscar por uma certificação de origem da carne que não existe".

A AGU insiste que a rastreabilidade do gado é objeto de lei aprovada no Congresso em 2009. A lei (12.097) prevê que o rastreamento ocorreria por meio de marcações no gado, das guias de trânsito animal e de notas fiscais.

Com base em exigência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sócio de grandes frigoríficos, esse sistema deveria estar implantado integralmente até o fim do ano, de acordo com a AGU.

Segundo o ESP, essa expectativa dificilmente será cumprida. Em entrevista, Kátia Abreu insistiu que a maioria dos produtores rurais da Amazônia não está com as propriedades regularizadas do ponto de vista ambiental ou fundiário. Segundo ela, frigoríficos e produtores vêm sendo pressionados a assinar acordos com o Ministério Público "que não serão cumpridos".

Ela se refere aos Termos de Ajuste de Conduta, adotado devido ao boicote de grandes redes de supermercado à compra da carne produzida em áreas desmatadas ilegalmente. De acordo com informações do jornal, em junho de 2009, o boicote atingiu a carne de 11 frigoríficos e 20 fazendas de gado processados pelo Ministério Público Federal do Pará.

Consumo interno de carne suína está em alta e não há pressão para exportação

Autor: Folha de São Paulo


O preço médio da carne suína subiu 23% nos sete primeiros meses deste ano no mercado externo. O Brasil não aproveita, no entanto, muito essa aceleração. Isso porque o volume das exportações está em queda.
O preço médio da tonelada de carne suína foi a US$ 2.455 (R$ 4.301) nos sete primeiros meses deste ano, enquanto as exportações recuaram para 313,5 mil toneladas no período - queda de 8,5%, segundo dados da Secex.

Um dos motivos desse cenário é que a crise europeia provocou desvalorização do euro e tornou a carne suína da região mais barata para os russos, que são os principais importadores do Brasil.

Os europeus passam a concorrer com o Brasil no momento em que o real está valorizado e torna o produto menos competitivo.

Já os brasileiros, para ganhar mais mercado externo, deveriam baixar os preços da carne, o que não compensa porque internamente o consumo está aquecido e remunera bem.

Na avaliação de Pedro Camargo Neto, presidente da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora), não há uma pressão para exportar mais neste momento.

"O mercado interno cresce, os estoques estão ajustados e o ciclo de produção de carne suína é longo", diz ele. "O setor está bem", conclui.

Camargo Neto adverte, no entanto, que os custos atuais ajustados, devido aos preços baixos do milho, podem subir. A aceleração dos preços externos do trigo está empurrando para cima as demais commodities agrícolas, entre elas o milho.

Exportações Os problemas climáticos enfrentados pelos europeus podem gerar demanda de até 2 milhões de toneladas de milho, na avaliação da consultoria Céleres.

Preços Clima na Europa e alta nos preços internacionais do trigo são uma real possibilidade de movimento de elevação dos preços internos do milho, segundo a consultoria.

Inflação A alta nos preços internacionais das commodities agrícolas devem influenciar o IPA (Índice de Preços por Atacado) do IGP, segundo avaliação da consultoria Rosenberg.

Recorde A safra de soja 2010/11 deverá registrar uma área recorde de 24 milhões de hectares, segundo a Agroconsult. A anterior foi de 23,4 milhões de hectares, mostra a Conab.

Ritmo forte A exportação de carne subiu 29% na primeira semana do mês, sobre julho, para US$ 73 milhões (R$ 128 milhões) por dia útil, mostra a Secex.

Funcionários de frigorífico em São José paralisam atividades

Trabalhadores reclamam não recolhimento do FGTS, além de uma ação de despejo do dono do imóvel por falta de pagamento de aluguel
Cerca de 83 funcionários de um frigorífico estão em greve, na zona norte de São José dos Campos. Segundo o sindicato que representa a categoria, os empregados resolveram tomar essa atitude após descobrirem que seriam despejados do local onde trabalham, devido a uma dívida da empresa com o dono do imóvel.
Ainda de acordo com o sindicato, a empresa não recolhe o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) dos funcionários há 10 anos, além de atraso no pagamento de salários, cesta básica e férias.
Os trabalhadores já cruzaram os braços três meses atrás pelo mesmo motivo. Neste momento, o proprietário do imóvel e o advogado da empresa estão em reunião.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Volume disponibilizado em abril foi um terço maior que a de um ano atrás

Descontada da produção total (978.332 toneladas, segundo a APINCO) a exportação de 309.942 toneladas (dado da SECEX/MDIC), permaneceram no mercado interno em abril passado 668.390 toneladas de carne de frango, volume 33,5% superior ao registrado um ano antes, em abril de 2009.
Comparativamente ao mês anterior, março de 2010, a oferta interna cresceu 5,27% em valores nominais. Já em valores reais (isto é, computada a disponibilidade diária) o incremento foi de, praticamente, 9%.
No quadrimestre (janeiro-abril de 2010) a avicultura de corte ofertou, internamente, 2,658 milhões de toneladas de carne de frango, volume 21,5% maior que o disponibilizado no mesmo período de 2009. Neste caso, dois componentes atuaram para o expressivo aumento da oferta interna: de um lado, o significativo aumento da produção (+13,5% em relação a idêntico quadrimestre de 2009); de outro, a discreta evolução das exportações entre janeiro e abril de 2010.

Na realidade, apesar de, supostamente, a crise econômica mundial ter ficado para trás, as exportações do período retrocederam 1,43%. Isso fez com que sua participação na produção total recuasse para pouco mais de 30%, contra cerca de 35% no mesmo período do ano passado. Como, à época, o mercado interno também não havia dado sinais de vida, o resultado da maior oferta foi observado nos preços recebidos pelo produtor de frango – na média do 1º quadrimestre, perto de 9% menores que os do mesmo período de 2009.
E não poderia ser diferente. Porque, em relação ao primeiro quadrimestre de 2008 (época em que o mundo ainda se encontrava deslumbrado com o vibrante comportamento da economia), o volume ofertado nos quatro primeiros meses de 2010 foi 9% maior, ou seja, expandiu-se a uma média de 4,5% ao ano - índice sem dúvida elevado para momento em que, mais do que a economia, é o consumidor que continua atordoado.