sábado, 17 de julho de 2010

Boi “Europa” vale o mesmo que boi “comum”

Em muitos frigoríficos, o “boi Europa” (bovinos provenientes de fazendas cadastradas na lista Trace e aptos a serem exportados para a União Européia) vale o mesmo que o boi “comum”.

O prêmio no pagamento por este tipo de animal já chegou a mais de 10% em momentos de oferta reduzida, especialmente quando o cadastro das fazendas na lista Trace estava no início.

No ano passado o ágio caiu no segundo semestre e ficou em torno de 3% a 5% em agosto, beirando 1% no ápice do confinamento de 2009 (outubro e novembro).

Neste ano a situação se repete. Isso porque a maior parte das fazendas cadastradas na lista Trace realizam o confinamento e a oferta deste tipo de animal aumenta no segundo semestre.

Atualmente, em boa parte dos frigoríficos não há ágio no pagamento pelo “boi Europa”. Quando muito, dependendo do frigorífico e do estado, existe um ágio de 2%.

Com o pequeno ágio ou a ausência dele, muitos pecuaristas alegam que não há vantagem no esforço para o cadastro e manutenção das fazendas na lista Trace.

Frigorífico demite funcionários no Nortão de Mato Grosso

De Sinop - Alexandre Alves
O Frigorífico Pantanal, que no sábado (10) havia entregado avisos prévios de demissão para 200 funcionários da planta de Juara (664 km a noroeste de Cuiabá), fez o mesmo na unidade de Matupá (710 km ao norte da capital), onde aproximadamente 180 pessoas estarão desempregadas a partir do próximo dia 31.

A direção do frigorífico informa que a paralisação é temporária – 60 dias – para obras de ampliação no setor de abate e desossa. Todavia, os trabalhadores, bem como o comércio local, ficaram apreensivos com o cenário.

Em Juara, a informação oficial do Pantanal é que a suspensão dos trabalhos também é para melhorias na unidade. Aduz a empresa que recebeu uma série de exigências no âmbito ambiental e terá de fazer investimentos, que são altos e não tem condições de realizar de imediato.

Outra planta do grupo, em Rondonópolis, também está paralisada. O fechamento das três plantas, mesmo que seja temporário, como afirma a diretoria, causa instabilidade no setor pecuário de Mato Grosso, isso porque a demanda excede a capacidade de abate no Estado.

Além disso, pecuaristas gastarão mais para levar o gado para abate. Por gastar mais com o frete, o preço da arroba fica mais caro. Depois do fechamento do Frialto, que entrou na justiça com pedido de recuperação judicial, em maio, o preço da arroba do boi subiu cerca de R$ 6 em poucos dias. 

Setor do agronegócio foi o que mais gerou empregos em 2010

Em parte devido à produtiva safra de grãos prevista para 2010, com 146,92 milhões de toneladas, as zonas rurais brasileiras foram as que mais empregaram trabalhadores com carteira assinada no primeiro semestre. As informações foram divulgadas na quinta-feira (15) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.
“Não sou especialista, mas vamos ter uma safra recorde de grãos este ano e isso ajuda a produção e a contratação”, comentou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O crescimento dos empregos registrados no mês passado em atividades do agronegócio foi 3,5% maior em relação a maio. Em junho, o setor de agricultura gerou 55,367 mil novos postos de trabalho.
De acordo com os números do Caged, as áreas metropolitanas foram responsáveis pela criação líquida de 513.530 postos de trabalho de janeiro a junho, enquanto o interior gerou 677.585 postos no mesmo período.

UE aceitará importar carne bovina de fazendas indicadas pelo Mapa

Os europeus mostraram-se dispostos a delegar ao governo federal do Brasil a indicação e seleção das fazendas aptas para exportar carne bovina à União Europeia (UE). A negociação foi feita durante visita da comissão brasileira liderada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) à Bruxelas, na Bélgica, para discutir questões relacionadas à exportação brasileira de produtos agropecuários. A comissão retornou na quarta-feira (14) ao Brasil.
Atualmente, cabe aos membros do bloco europeu visitar e selecionar as fazendas aptas para exportação de carnes. Hoje, apenas duas mil propriedades estão habilitadas para vender carne ao bloco, “um número muito pequeno que precisa ser ampliado rapidamente”, defendeu o ministro Wagner Rossi. Ao anunciar a disposição dos europeus de permitir que o próprio Mapa selecione as propriedades aptas para exportação de carnes aos europeus, Rossi explicou que os técnicos da UE terão direito de inspecionar, a qualquer momento, as fazendas indicadas.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) vê a possibilidade como um avanço nas negociações com a Europa. “A questão de a União Europeia reconhecer nossa capacidade técnica de vistoriar, atestar as condições sanitárias e certificar as propriedades sempre foi um item de nossa pauta de negociação. E isso se aplica não apenas à carne, mas a todos os setores. Isso facilitará a entrada do produto brasileiro no bloco europeu”, explicou à Agência Brasil o gerente-geral de negócios da Apex, Sérgio Costa.
Costa também afirmou que “a expectativa é que, com a revisão da posição do bloco europeu, nossas exportações cresçam significativamente, mas só esta medida não será capaz de resolver todos os entraves enfrentados pelo setor. Temos orientado os produtores no sentido de que o mercado não se limita à União Europeia e à América do Norte”. Para efeito de comparação, somente o Irã comprou 20% de toda a carne in natura exportada pelo Brasil entre janeiro e junho de 2010.
Entre os entraves citados pelo gerente da Apex está a chamada cota Hilton, acordo que define tarifas tributárias reduzidas sobre os cortes mais nobres, mas limita em 10 mil toneladas o volume de carne que o Brasil pode vender à Europa entre os anos de 2009 e 2010. Ao retornar de Bruxelas, onde negociou este e outros temas, o ministro Wagner Rossi disse que os critérios para o novo acordo, que deve passar a vigorar a partir de 2011, devem ser definidos nos próximos meses.
De acordo com os dados da Apex, o Brasil exportou para a União Europeia US$ 148 milhões em carne in natura de janeiro a julho deste ano.
 

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Marfrig captará R$ 2,5 bi

São Paulo, SP, 16 de Julho de 2010 - A Marfrig deve iniciar, nos próximos dias, a distribuição privada de debêntures conversíveis em ações ordinárias no valor de R$ 2,5 bilhões para financiar a aquisição da americana Keystone Foods e da irlandesa O´Kane Poultry, segundo Ricardo Florence, Diretor de Planejamento e relações com investidores da campanhia. No dia 30, a Assembleia Geral da Extraordiária da empresa aprovou a emissão de 250 mil debêntures, com o valor nominal unitário de R$ 10 mil e prazo de cinco anos. Os atuais acionistas terão o direito de preferência à subscrição dos papéis, na proporção de uma ação para 0,0000721486 dêbenture. O prazo que os investidores terão para adquirir os debêntures da MArfrig será de 30 dias, contados da publicação de aviso aos acionistas.
A renumeração dos títulos também já foi definida pela empresa: sobre o valor nominal das debuteres incidirão, a partir da data de emissão, juros calculados com base no Certificado de Depósito Interbancário (CDI), acrescidos de 1% ao ano, pagos anualmente. 

Abates de bovinos cresceram 8,8% no semestre

A inclusão de mais fazendas na lista de propriedades que podem exportar carne para a União Europeia (UE) não deve causar alterações significativas no volume comercializado com o bloco, avalia o analista da consultoria Safras & Mercado, Paulo Molinari. Segundo ele, apesar de a comissão brasileira ter conseguido avançar nas negociações com os europeus, uma mudança substancial só ocorrerá se as regras da UE para importação forem flexibilizadas.

“Acredito que mais fazendas vão ser liberadas dentro da regra atual, mas uma flexibilização das regras não parece que vai ocorrer de forma imediata”, ponderou Molinari. Uma comissão liderada pelo Ministério da Agricultura esteve esta semana em Bruxelas, na Bélgica, negociando questões relacionadas à venda de produtos agropecuários para a UE. Em 2008, o bloco econômico embargou as importações de carne bovina brasileira por deficiências no sistema de rastreabilidade nacional. 

Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, houve sinalização por parte dos europeus de que a lista de propriedades que podem exportar carne para a UE, atualmente com cerca de 2 mil fazendas, será ampliada.

Para o presidente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vaccari, o atual sistema de rastreamento do rebanho brasileiro enfrenta muitos entraves burocráticos e, por isso, apenas um número muito reduzido de produtores está apto a exportar para os europeus. Segundo ele, das mais de 110 mil fazendas de criação de gado no estado, apenas 434 estão incluídas na lista da UE. O Mato Grosso é apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o maior produtor de carne bovina do país.

Sem mudanças nas regras, Vaccari considera que não há “nenhuma condição” para ampliar os níveis de exportação para a União Europeia. Com as restrições, as vendas para os países do bloco despencaram. A Itália, por exemplo, chegou a comprar 72,6 mil toneladas de carne em 2007. No ano passado, entretanto, as vendas caíram para 24,9 mil toneladas. Mesmo que ocorram alterações consideráveis nas restrições impostas pela UE, Vaccari acredita que parte dos produtores poderá optar por manter as vendas para outros destinos. “O sujeito teve tanta dor de cabeça [com as exigências europeias para o rastreamento do gado] que hoje tem muita gente que não quer mais ouvir falar de Sisbov [Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos]”.

Paulo Molinari pondera, no entanto, que os altos valores pagos pelo mercado europeu são um forte fator de atração para os produtores. “O mercado europeu é de alto valor agregado para carne importada e os outros mercados têm valores menores para carne bovina. Então, todos desejam o mercado europeu devido ao valor agregado”.

Atualmente, as exportações brasileiras de carne têm se concentrado em países como Rússia, Irã e Egito. No primeiro semestre deste ano, dos US$ 1,84 bilhão que entraram no país com a venda de 715,7 mil toneladas do produto in natura, US$ 455 milhões foram pagos pelos russo, US$ 367 milhões pelos iranianos e US$ 162 milhões pelos egípcios.

Abates de bovinos cresceram 8,8% no semestre

Dados da Superintendência Federal de Agricultura mostram que os abates de bovinos aumentaram 8,8% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.

São 1.669.147 animais abatidos contra 1.534.206. Isso porque nos primeiros meses de 2009 os frigoríficos passavam por grave crise, com suspensão de atividades e inclusive demissões em massa.

No mês de junho deste ano a reação foi de 9,6% comparado a junho do ano passado, totalizando desta vez 289.185 animais abatidos.

A reação é progressiva, mas o ápice deste ano foi março, quando os frigoríficos do Estado com inspeção federal abateram 291.706 animais.

Dados da Cepea/USP apontam que o preço do bezerro, que vinha pressionando os invernistas já cedeu bastante desde o início da segunda quinzena de junho, quando chegou a atingir R$ 740,00. A cotação da última sexta-feira apontava negócios a R$ 689,14.

Já para o consumidor ocorreram quedas de preços em alguns cortes e aumento em outros, segundo o último Índice de Preços ao Consumidor.

Os cortes que tiveram as principais quedas foram a ponta de peito (-4,60%), o músculo (-4,47%) e o cupim (-3,96%). Já o filé mignon teve alta de 3,12%, a paleta de 1,25% e a costela 1,08%. O pernil suíno e o frango congelado também apresentaram quedas nos preços de -0,26% e -1,24%, respectivamente.

Receita com exportação de carne sobe 22,8% no primeiro semestre

Preço médio da tonelada também registrou recuperação, com aumento de 19,1%


Suzana Inhesta
A receita cambial com exportações de carne bovina somou US$ 2,352 bilhões no primeiro semestre, alta de 22,8% ante o mesmo período de 2009, (US$ 1,915 bilhão). Em volume, foram vendidas ao mercado externo, 971,921 mil toneladas equivalente carcaça, avanço de 1,6% sobre as 956,148 mil toneladas embarcadas entre janeiro e junho de 2009.
O preço médio da tonelada também registrou recuperação, com aumento de 19,1%, ao passar de US$ 3.109, para US$ 3.704 na mesma base de comparação. Os dados foram divulgados nesta terça, dia 13, pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Somente em junho, a receita cambial atingiu US$ 455,106 milhões, incremento de 18,6% ante os US$ 383,854 milhões obtidos em junho de 2009. Em volume, foram exportadas 177,377 mil toneladas equivalente carcaça, queda de 2,3% ante as 181,537 mil toneladas embarcadas em junho do ano passado. O preço médio por tonelada no mês passado ficou em US$ 3.866, aumento de 18,6% ante US$ 3.260 no mesmo período do ano anterior.

Marfrig aumenta bonificação para Carne Certificada.


Para presidente da ABHB, a bonificação surge como resultado do trabalho de base da entidade.



A ABHB, Associação Brasileira de Hereford e Braford, e o Frigorífico Marfrig, reforçaram a parceria iniciada em abril deste ano com a adoção de um bônus extra de 2% acima do preço máximo da Esalq para praça do Rio Grande do Sul, para machos e fêmeas abatidos nas 4 plantas do Marfrig no Estado e enquadrados no padrão racial HB do Programa de Carne Certificada Pampa®.
O anúncio oficial das bonificações ocorreu no dia 5 de julho no Parque de Exposições em Santana do Livramento, com a presença de toda a Diretoria, presidentes de Núcleos Regionais e Conselho Técnico da entidade e representantes do Marfrig.
De acordo com a diretoria do Marfrig, dentro da proposta de certificação e valorização das carnes da raça Hereford, definida em abril, a avaliação do resultado do programa permitiu o reajuste, que permite valorizar os produto e aumentar as escalas de abate e comercialização de carnes Hereford dentro do Marfrig.
"Há mais de 10 anos a ABHB trabalha com projetos estruturantes na cadeia e agora começamos a colher resultados, que não são fundamentados em campanhas de marketing e sim nos resultados obtidos na produção no campo e na indústria", comenta Fernando Lopa, presidente da ABHB.

Brasil pode voltar a exportar carne aos EUA em 20 dias

BRASÍLIA - A retomada das exportações de carne aos Estados Unidos dependerá da aprovação, pelos importadores, dos resultados dos exames feitos no Brasil após o governo ter adotado plano de ação para corrigir a presença de vermífugo no produto exportado. É o que disse hoje o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, em teleconferência para jornalistas a partir de Bruxelas, na Bélgica, onde negocia ampliar o mercado para a carne brasileira. Em relação aos Estados Unidos, Rossi disse esperar que a comercialização seja retomada em 15 a 20 dias.
"Vimos como altamente positiva a disposição dos Estados Unidos de retomarem as importações", afirmou Rossi. "As condicionantes (impostas pelo importador), nos negócios, nos parecem lógicas", acrescentou. Na semana passada, a equipe técnica que esteve nos Estados Unidos para discutir a questão afirmara, antes de embarcar, que as exportações poderiam ser retomadas já na segunda-feira (dia 12).
A expectativa do ministro em relação ao intervalo de 15 a 20 dias para obter o "sim" americano está relacionada ao tempo de demora dos resultados dos exames. "Estamos fazendo exames de laboratórios diários para mostrar que estamos tendo resultados. Dia a dia os técnicos norte-americanos os recebem", explicou Rossi. Ele afirmou aos jornalistas que as divergências entre os dois países na metodologia da análise da carne "evoluiu". "Hoje sabemos o que eles pretendem e os Estados Unidos já aprovaram nossa sistemática", disse. "É natural. Querem ver alguns resultados. É normal", acrescentou.
Os embarques de carne para os Estados Unidos foram suspensos há pouco mais de um mês por conta de dosagens acima do normal de um antiparasitário no produto (ivermectina). Como a decisão de suspender partiu do governo brasileiro, a expectativa inicial era a de que a liberação ocorresse assim que o Brasil desse seu aval. O País só exporta carne industrializada (enlatada, cozida ou congelada) para os Estados Unidos.
Esta foi a terceira missão aos Estados Unidos este ano para tratar do tema. Uma audiência foi solicitada assim que o problema foi identificado, em 27 de maio, e outra equipe visitou o país para tratar de assuntos mais técnicos. O plano de ação prevê que cabe ao setor privado selecionar o fornecedor, participar da campanha de orientação sobre a importância de se respeitar os prazos de carência entre a medicação do animal e seu abate, visitar propriedades produtoras e aumentar amostragem em análise de matéria-prima, oferecendo garantias maiores de qualidade.
Já o governo distribuirá cartilhas de orientação sobre a carência - o exemplar pode ser encontrado no site do Ministério, na internet. Também determinou a obrigatoriedade de as empresas fabricantes do medicamento prestarem as informações na embalagem do produto, continuar a aplicar o programa nacional de controle de resíduos e realizar auditoria para verificar se planos estão sendo executados conforme apresentação.

Sem EUA, Reino Unido lidera compra de carne processada

Segundo maior importador do produto no mês passado foi a Itália


Com a suspensão das exportações brasileiras de carne bovina processada aos Estados Unidos em 27 de maio, o Reino Unido passou a ser o principal mercado comprador do produto em junho. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a região comprou 7,218 mil toneladas equivalente carcaça de carne bovina industrializada brasileira, com receita cambial de US$ 10,971 milhões.
O segundo maior importador de carne processada no mês passado foi Itália, com US$ 6,363 milhões em receita e 1,935 mil toneladas equivalente carcaça. Já nos seis primeiros meses do ano, os Estados Unidos ainda aparecem como o principal destino da carne bovina industrializada com receita de US$ 76,346 milhões e 33,828 mil toneladas equivalente carcaça, seguido de Reino Unido, com US$ 75,311 milhões e 52,944 mil toneladas.
No total, a receita obtida com a venda externa de carne industrializada em junho foi de US$ 38,798 milhões, queda de 32% ante o mesmo mês de 2009 (US$ 57,038 milhões). Em volume, as vendas somaram 23,805 mil toneladas equivalente carcaça, recuo de 33,6% (35,870 mil toneladas). Nos seis primeiros meses do ano, a receita cambial foi de US$ 294,070 milhões, queda de 12,5% (US$ 336,106 milhões) e, em volume, 179,630 mil toneladas, diminuição de 14,5% (210,069 mil toneladas).
In natura
A receita com as vendas de carne in natura para o exterior atinge US$ 1,841 bilhão no acumulado do ano, alta de 35,5% em relação ao mesmo período de 2009 (US$ 1,359 bilhão). Em volume, foram exportadas 715,787 mil toneladas equivalente carcaça de carne bovina in natura, avanço de 7% (688,798 mil toneladas). O principal mercado comprador no período foi a Rússia com US$ 455,242 milhões. O país comprou 203,051 mil toneladas no período.
Em junho, a receita com as exportações de in natura foi de US$ 384,246 milhões, alta de 32,9% (US$ 289,198 milhões). Em volume, atingiram 141,772 mil toneladas, incremento de 7,3% (132,133 mil toneladas). A Rússia também foi o principal destino da carne bovina in natura brasileira no período, com receita de US$ 82,329 milhões e volume de 34,058 mil toneladas.

Pão de Açúcar e Paripassu firmam parceria para rastrear carne bovina

15/07/2010) Texto: Sebastião Nascimento



Atenta às necessidades do mercado, aParipassu, empresa especialista em rastreabilidade de alimentos, firmou parceria com o Grupo Pão de Açúcarpara oferecer aos brasileiros carne bovina rastreada. Por meio de um selo, que conta com um QR code - espécie de código de barras de duas dimensões - os consumidores já podem, a partir de agora, acompanhar todo o processo do alimento desde a sua origem até as gôndolas, o que lhe garante um produto seguro.
Iniciado há cinco anos e fruto de um investimento de R$ 500 mil, o projeto foi idealizado para toda a linha de carnes Taeq - marca exclusiva do Grupo Pão de Açúcar - e que resulta do cruzamento das raças nelore e rubia gallega. O grupo Pão de Açúcar tem 40 fazendas e 40 mil vacas inseminadas, número que deve saltar para 80 mil até 2013. A meta para 2010 é fechar o ano com um total de 2 milhões de quilos de carnes rastreadas.
Os primeiros lotes Taeq de carne bovina rastreada já estão disponíveis em oito lojas, distribuídas entre São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília. E até o final do ano, todas as unidades da rede que comercializam a carne da marca receberão os lotes decarne rastreada. “Essa parceria agrega ainda mais valor ao serviço oferecido ao consumidor. Podemos dizer que os valores da Paripassu e do Pão de Açúcar se cruzam e que esses ganhos para os clientes poderão ser traduzidos por qualidade e respeito”, afirma Vagner Giomo, Gerente de Desenvolvimento de Carnes do Pão de Açúcar.

Regras da União Europeia impedem crescimento das exportações de carne para o bloco

São Paulo - A inclusão de mais fazendas na lista de propriedades que podem exportar carne para a União Europeia (UE) não deve causar alterações significativas no volume comercializado com o bloco, avalia o analista da consultoria Safras & Mercado, Paulo Molinari. Segundo ele, apesar de a comissão brasileira ter conseguido avançar nas negociações com os europeus, uma mudança substancial só ocorrerá se as regras da UE para importação forem flexibilizadas.

“Acredito que mais fazendas vão ser liberadas dentro da regra atual, mas uma flexibilização das regras não parece que vai ocorrer de forma imediata”, ponderou Molinari. Uma comissão liderada pelo Ministério da Agricultura esteve esta semana em Bruxelas, na Bélgica, negociando questões relacionadas à venda de produtos agropecuários para a UE. Em 2008, o bloco econômico embargou as importações de carne bovina brasileira por deficiências no sistema de rastreabilidade nacional. Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, houve sinalização por parte dos europeus de que a lista de propriedades que podem exportar carne para a UE, atualmente com cerca de 2 mil fazendas, será ampliada.

Para o presidente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vaccari, o atual sistema de rastreamento do rebanho brasileiro enfrenta muitos entraves burocráticos e, por isso, apenas um número muito reduzido de produtores está apto a exportar para os europeus. Segundo ele, das mais de 110 mil fazendas de criação de gado no estado, apenas 434 estão incluídas na lista da UE. O Mato Grosso é apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como o maior produtor de carne bovina do país.

Sem mudanças nas regras, Vaccari considera que não há “nenhuma condição” para ampliar os níveis de exportação para a União Europeia. Com as restrições, as vendas para os países do bloco despencaram. A Itália, por exemplo, chegou a comprar 72,6 mil toneladas de carne em 2007. No ano passado, entretanto, as vendas caíram para 24,9 mil toneladas. Mesmo que ocorram alterações consideráveis nas restrições impostas pela UE, Vaccari acredita que parte dos produtores poderá optar por manter as vendas para outros destinos. “O sujeito teve tanta dor de cabeça [com as exigências europeias para o rastreamento do gado] que hoje tem muita gente que não quer mais ouvir falar de Sisbov [Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos]”.

Paulo Molinari pondera, no entanto, que os altos valores pagos pelo mercado europeu são um forte fator de atração para os produtores. “O mercado europeu é de alto valor agregado para carne importada e os outros mercados têm valores menores para carne bovina. Então, todos desejam o mercado europeu devido ao valor agregado”.

Atualmente, as exportações brasileiras de carne têm se concentrado em países como Rússia, Irã e Egito. No primeiro semestre deste ano, dos US$ 1,84 bilhão que entraram no país com a venda de 715,7 mil toneladas do produto in natura, US$ 455 milhões foram pagos pelos russo, US$ 367 milhões pelos iranianos e US$ 162 milhões pelos egípcios.

Joaçaba procura comprador para frigorífico desativado há mais de um ano

Pelo menos 200 postos de trabalho foram fechados


Joaçaba, no Meio-Oeste de Santa Catarina, busca um comprador para o frigorífico local desativado pela Aurora em abril de 2009, que resultou na demissão dos 200 funcionários. Uma comitiva de políticos e lideranças da cidade tem uma reunião com a Brasil Foods na quarta-feira, em São Paulo.

O presidente da comissão, o vereador Luiz Vastres, afirma ter informações extraoficiais de que a Brasil Foods estaria planejando transferir o abate de animais de Herval d'Oeste para Campos Novos.

A ideia é convencer a agroindústria a escolher o frigorífico de Joaçaba, que reuniria melhores condições para a Brasil Foods por ser próprio para o abate e a preparação de carcaças.

A unidade poderia ser arrendada ou comprada. Neste segundo caso, a diretoria da Aurora teria estipulado o valor do negócio em R$ 35 milhões.

Arrecadação

Como não tem participação no frigorífico, Joaçaba ganharia com a movimentação da economia e a arrecadação de impostos.

Além disso, comissão calcula que a prefeitura tenha investido R$ 7 milhões com a compra do terreno no distrito industrial, doado à Aurora, e com os serviços de terraplanagem, construção de redes de água e de energia elétrica — o frigorífico abriu as portas em 2002.

A intenção de encontrar um comprador para a unidade desativada ganhou força em maio, depois de uma reunião em que diretoria da Aurora não teria mostrado interesse na reabertura do frigorífico, pelo menos nos próximos dois anos.
Sem negociações 
O presidente da Aurora, Mario Lanznaster, confirmou que o frigorífico está à venda. Mas foi categórico ao afirmar que a Brasil Foods nunca o procurou e que não há negociações encaminhadas.

— Se tem uma comissão que vai viajar para vender alguma coisa, vão tentar vender uma propriedade privada. Isso (a Aurora) é uma propriedade — disse sobre a ida dos representantes de Joaçaba a São Paulo.

Lanznaster acrescentou que não está descartada a possibilidade de investir, futuramente, no frigorífico e reabri-lo, caso a unidade não seja vendida e o mercado externo de carnes melhore.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Frialto faz reunião com credores em Cuiabá

O frigorífico Frialto fez ontem (14) uma reunião, em Cuiabá para apresentação prévia do plano de recuperação judicial da indústria. A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) esteve presente, representando os credores sul-mato-grossenses, interessados numa solução para os problemas financeiros envolvendo o frigorífico.
 
O encontro foi uma prévia do que será decidido até 13 de agosto, prazo de apresentação do plano em juízo pelo Frialto, conforme adiantou o assessor jurídico da Famasul Carlos Daniel Caldibelli. Segundo Coldibelli, “a reunião foi uma questão de boa vizinhança”. Para o presidente de Comissão de Pecuária de Corte da Famasul, José Monteiro, a dúvida dos credores é saber se serão pagos os valores devidos. “Esperávamos um apanhado da solução para o problema, o que não aconteceu. Mas como ponto positivo ficou a abertura de um canal de comunicação”, completa Monteiro. 
 
Durante a reunião, os representantes da Frialto comunicaram a intenção de que o plano de recuperação esteja aprovado até o final do ano e apresentaram algumas projeções de possíveis cenários de reativação para algumas de suas plantas. Estas propostas, porém, ainda são fortemente especulativas e não têm previsão de sair do papel.
 
Frialto e Famasul - As dificuldades econômicas do Frialto se arrastam desde 2009, quando o frigorífico contratou a Iposeira Partner para reestruturar uma dívida de R$ 360 milhões. A exigência de pagamento à vista por parte dos fornecedores e restrições de crédito somaram-se aos problemas que a empresa acumulou, o que culminou com o anúncio do fechamento de cinco das suas unidades no país, uma delas localizada em Iguatemi (MS), em maio deste ano. Com isso, cerca de 700 funcionários ficaram sem emprego no município sul-mato-grossense. Cumprindo seu papel de assessorar o produtor, a Famasul realiza levantamento para identificar os credores bem como ao representar os produtores sul-mato-grossenses com valores a receber do frigorífico.

Importação de carne bovina da Rússia cresce 13,3% em junho ante maio

Moscou, 14 - As importações de carne bovina da Rússia somaram US$ 185,7 milhões em junho, alta de 4,7% em relação ao mesmo mês de 2009 e de 13,3% frente ao mês anterior, informou hoje o serviço alfandegário federal

Moscou, 14 - As importações de carne bovina da Rússia somaram US$ 185,7 milhões em junho, alta de 4,7% em relação ao mesmo mês de 2009 e de 13,3% frente ao mês anterior, informou hoje o serviço alfandegário federal. O país importou US$ 177,4 milhões em junho de 2009 e US$ 163,9 milhões em maio deste ano. O órgão não forneceu a quantia em toneladas. Já as importações de frango da país somaram US$ 42,5 milhões em junho, alta de 16% ante US$ 36,6 milhões registrados no mês passado, informou o serviço alfandegário. Contudo, a quantia ficou bem abaixo dos US$ 62,7 milhões importados no mesmo período de 2009. A queda anual reflete a decisão da Rússia de suspender as compras de frango produzido nos Estados Unidos por causa do tratamento à base de cloro. Ainda de acordo com o serviço alfandegário russo, as importações de carne suína somaram US$ 202 milhões no mês de junho, 13% acima dos US$ 178,6 milhões registrados em junho de 2009. O país importou 2,2% a mais na comparação com US$ 197,6 milhões em maio. O serviço não forneceu a quantia em toneladas, apenas o equivalente em dólares. As informações são da Dow Jones.

Carne de cordeiro mais cara


Os apreciadores da carne de cordeiro que já a consideram cara demais, especialmente neste momento de entressafra, se preparem para pagar mais caro ainda nos próximos meses. Acontece que o Uruguai, que é o maior fornecedor de carne de cordeiro para o Brasil, com cerca de 5 mil toneladas semestrais (2008), encontrou três novos compradores, Canadá, Estados Unidos e México, que pagam mais do que o Brasil, e começou a desviar para a América do Norte a carne que vinha para o mercado brasileiro. O Uruguai vinha batalhando há seis anos para exportar para os norte-americanos e só conseguiu autorização em 2009, e começou a diminuir as vendas para o Brasil.

Carne de cordeiro II
Segundo a Farm Point Ovinos e Caprinos, no primeiro semestre de 2007, importamos do Uruguai 2,8 mil toneladas de carne ovina; em 2008, 5 mil toneladas (crescimento de 23,15%), e em 2009, 2,9 mil toneladas, queda de 16% comparado ao ano anterior. No primeiro semestre desse ano, a redução chegou a 40,57%, totalizando 1,7 mil toneladas. Bom, sem dúvida, para os criadores, desde que eles apressem o crescimento do rebanho ovino brasileiro, hoje insuficiente para atender à demanda de carne. Se não o fizerem, o País voltará a importar da longínqua Nova Zelândia, pois o mercado consumidor continua aquecido.

Danilo Ucha | ucha@jornaldocomercio.com.br

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Brasil indicará fazendas habilitadas a exportar carne para União Europeia


“A Comunidade Europeia dará abertura para o Brasil indicar um número maior de fazendas credenciadas a exportar carne para o mercado europeu“, disse o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, em teleconferência com os jornalistas de Brasília, nesta terça-feira (13). Hoje, duas mil propriedades estão habilitadas a vender carne para a União Europeia e cabe aos membros daquele bloco econômico decisão de selecioná-las. “Com essa sistematização, os técnicos europeus terão o direito de inspecionar, a qualquer tempo, as fazendas escolhidas, o que é muito correto”, enfatizou o ministro.
OGM - Em relação aos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), Rossi disse que os europeus vêm discutindo a possibilidade de cada país membro da União Europeia ter normas específicas para a importação de transgênicos, além da geral já estabelecida pelo bloco econômico. “Também haverá algum nível de flexibilização para os OGMs, que não estão aprovados na Europa, mas a nova regulamentação a ser publicada permitirá ainda analisar os efeitos para a economia brasileira”, destacou.
Práticas sustentáveis – Durante a missão à Europa, a delegação brasileira apresentou o cenário real da agricultura e pecuária do Brasil e suas melhorias na qualidade. “Neste ano, incluímos uma preocupação, já latente e que nos colocou na vanguarda da agricultura mundial, que é a introdução do apoio específico para a agricultura de redução dos gases do efeito estufa, às mudanças climáticas, com  melhoria das relações de produção e meio ambiente”, ressaltou o ministro.
Boi Guardião - Ainda sobre o meio ambiente, Rossi destacou aos comissários europeus a importância do Programa Boi Guardião, lançado em dezembro de 2009, que garante que nenhum boi, criado em áreas florestais, será comercializado. “Monitoramos em tempo real praticamente todo o Bioma Amazônico e qualquer alteração que indique desmatamento, invalida a propriedade de fornecer qualquer produto para venda”, acrescentou o ministro.
Cota Hilton - Rossi disse que, nos próximos meses, deverá haver uma solução a ser cumprida em 2011. A cota Hilton determina quantidades específicas, que receberão tarifa reduzida de imposto para importação, destinadas aos cortes nobres de carnes. O volume definido para o Brasil, no período 2009/2010, é de 10 mil toneladas.
Estados Unidos – Em referência à missão brasileira nos Estados Unidos, dias 8 e 9 de julho, o ministro informou que há disposição dos americanos em rever a retomada das importações de carne bovina processada. Mas, com a condição de verificar os resultados do plano de ação apresentado pelos brasileiros.
“Estamos fazendo levantamentos diários e exames laboratoriais. Tão logo os americanos entendam que os demonstrativos são suficientes, estarão prontos a retomar as importações, o que deve ocorrer de 15 a 20 dias. Acredito que avançamos no processo”, finalizou o ministro.
A comitiva comandada pelo ministro Wagner Rossi também contou com a participação de empresários brasileiros como Joesley Batista (JBS), Otávio Cançado, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Pedro de Camargo Neto, da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), e representantes da Brasil Foods e da Seara.

Frigorífico Nutribrás deve iniciar produção ainda este ano

A notícia é muito boa para quem espera por uma oportunidade de emprego no município de Sorriso, ou ainda mudar de atividade.  

 Uma nova indústria deve entrar em funcionamento até o final do ano: o Frigorífico de Suínos Nutribrás.

AS obras de construção da unidade de abate e corte especializado de suínos está em sua reta final. A moderna planta do frigorífico vai custar aproximadamente R$ 28 milhões. Investimento este que já está rendendo postos de trabalho, injeção de recursos na economia local e arrecadação ao município.

Isso porque a Empreiteira que está levantando a obra é sediada em Sorriso e 90% da mão-de-obra utilizada na construção do frigorífico é de moradores de Sorriso. O que deve ser mantido com o frigorífico funcionando, explica o médico veterinário responsável do Frogorífico Nutribrás, Jonas Stefanello.

“De início o Frigorífico Nutribrás vai contratar de forma direta cerca de 300 operários para a linha de produção. Vamos iniciar as atividades com o abate de cerca de 1.000 suínos/dia. A plena carga o frigorífico estará abatendo diariamente 3.000 suínos, neste ponto, o Nutribrás gerará 900 empregos diretos”,salientou Stefanello.

Mas, para trabalhar com carga total o Frigorífico tem ainda um grande desafio pela frente. Fazer com que os produtores de Sorriso e região passem a trabalhar como parceiros do frigorífico, produzindo suínos para atender à demanda da unidade industrial.

“Hoje o Grupo Lucion está se preparando para atender à demanda inicial, até porque muitos produtores estão à espera do início das atividades para entrar no processo”, destaca Jonas e prossegue.

“Para atender à nossa demanda, Sorriso e região terão que dobrar sua produção diária de suínos. E isso vai acarretar o fortalecimento da economia local e regional. Agregando valor ao grão produzido pelos nossos produtores, pois, estarão transformando proteína vegetal e proteína animal”, disse o veterinário.

São aproximadamente 1.300 m² de área construída e um dos mais modernos frigoríficos do Brasil. Sua linha de abate e cortes está entre as mais eficientes do ramo, sendo a única planta existente no estado com estas características.

Para se ter uma idéia, as paredes das câmaras frias, onde os corte serão armazenados até a comercialização têm paredes compostas unicamente de isolantes térmicos, não havendo tijolos, cimento ou qualquer outro elemento em sua construção, à exceção é claro, das colunas de sustentação do prédio.

Situado a cerca de cinco quilômetros da cidade, o Frigorífico Nutribrás é uma empresa genuinamente sorrisense formada pelos grupos Lucion e Prieto (este do estado de São Paulo), sendo o primeiro experiente na produção de matrizes e suínos para abate e o segundo com vasta experiência e sólida atuação no segmento frigorífico.

Mais um frigorífico para abates

O frigorífico Pantanal suspendeu temporariamente o abate de gado nas suas três unidades localizadas em Mato Grosso. O proprietário do frigorífico Pantanal, Luiz Antônio Freitas, disse, que a decisão foi tomada por inviabilidade de mercado e para evitar a falência da empresa. Freitas, presidente também o Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo). , vinha se esquivando da imprensa nas últimas semanas, evitando comentar rumores sobre possíveis negociações com o JBS Friboi. 

O diretor superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, disse à Agência Estado que a paralisação do Pantanal acentua a concentração no setor e torna ainda mais difícil as negociações dos pecuaristas na venda do gado, uma vez que as três unidades abatiam 1,5 mil animais por dia. No Estado, há 13 unidades paralisadas, das 39 que estão habilitadas com o Selo de Inspeção Federal (SIF), que permite comercializar com outros estados e países. 

Segundo Vacari, os grupos JBS Frigoi, Marfrig e Brasil Foods (Sadia/Perdigão) respondem por mais de 60% do abate de bovinos no Estado. Dos pequenos ainda resiste o Mataboi, em Rondonópolis. Outras duas empresas em recuperação judicial estão retomando o abate aos poucos, como o Quatro Marcos, em Vila Rica, e o Frialto, em Matupá e Sinop. 

Vacari prevê problemas também para os consumidores de Mato Grosso, por causa do pequeno número de empresas frigoríficas que sobraram no Estado. Ele disse que com o cenário atual da crise financeira das pequenas empresas exige uma política pública, seja por parte do governo estadual ou federal, para preservar a concorrência. "Depois que o processo estiver consolidado será difícil reverter, como é o caso do Independência (em recuperação judicial), que não consegue retomar as atividades", diz ele. 

Frigorífico JBS compra grupo belga de "food service"

Conforme matéria publicada na edição desta quarta-feira (14) no Jornal Folha de S. Paulo, o frigorífico JBS, de Campo Grande, comprou o grupo belga Toledo, do segmento de "food service" (alimentação fora do lar).
A negociação, segundo o veículo de circulação nacional, foi de R$ 11 milhões.
A empresa européia é especializada em pesquisa e comercialização de produtos cozidos de carne bovina.
De acordo com a Folha ainda, fato relevante divulgado pelo frigorífico, afirmas que o grupo Toledo conta com mais de cem clientes teve em 2009 receita líquida de US$ 50 milhões.

Carne e couro aumentam exportações em 84% e importações em 592%

COLIDER- Produtos como couro, tripas, carne desossada são industrializados e exportados para vários países

Nortão Online/Angela Fogaça 

Couro, carne desossada, tripas e outros miúdos bovinos são industrializados em Colíder e exportados para países como Estados Unidos, Hong Kong, Indonésia, Itália, Venezuela e Arábia Saudita. Esses produtos elevaram as exportações de Colíder em 84% no primeiro semestre deste ano, conforme dados levantados pelo site Nortão Online junto à Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Colíder vendeu U$8.815.845 de janeiro a junho, contra U$4.488.241 no mesmo período de 2009. 
A cadeia produtiva da carne é uma das maiores geradoras de emprego do município, que tem dois frigoríficos em operação, com capacidade de abate de aproximadamente 1.800 cabeças/dia. O carro-chefe das exportações no entanto, é o couro bovino, comercializado pelo curtume implantado no município, com capacidade de processar 4 mil peles/dia. Somente nesse semestre, foram comercializados com o mercado externo 261.197 quilos de couro bovino, representando 63% do valor total exportado. 
Com o avanço no segmento industrial, Colíder também registrou aumento na importação. Neste primeiro semestre, as compras no exterior somaram U$550.725, o que representa um aumento de 592%. No mesmo período de 2009, as compras somaram U$79.580. Os empresários colidenses buscam no mercado externo os insumos industriais, como o metanol e sulfato de cromo.