sexta-feira, 9 de julho de 2010

Dependente da Rússia, setor vê queda de volume exportado em 2010

Bruno Merlin reportagem
 
Embora os exportadores brasileiros de carne suína tenham faturado maior receita no primeiro semestre deste ano em relação aos seis primeiros meses de 2009, o volume de produtos enviados ao exterior caiu 8,42% neste mesmo período, refletindo a dependência dos compradores russos e a perda de competitividade diante da União Europeia. Os produtores de carne de porco estão vendo no mercado interno uma opção mais interessante do que exportar, o que acaba diminuindo aparticipação brasileira no comércio internacional de carne suína.
Carne brasileira pode ganhar mercado na África e na China
Exportadores querem derrubar barreiras e melhorias nos portos
Exportadores descontentes querem estrutura tributária moderna

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, acredita que o segundo semestre apresentará pequena melhora no desempenho externo da indústria que representa. Para maiores evoluções, entretanto, é preciso superar as barreiras sanitárias impostas por diversos países que dificultam a compra de carne suína produzida no Brasil.
Com a intenção de viabilizar o processo de abertura para a carne brasileira, Camargo Neto conta com o apoio de peso do ministro da Agricultura, Wagner Rossi. Eles viajam neste sábado (10) a Bruxelas, na Bélgica, com o objetivo de acompanhar as reuniões do governo brasileiro com as autoridades sanitárias da União Europeia. O processo de abertura desse importante mercado para as exportações de Santa Catarina está em fase final, pois o Brasil tem respondido a todos os questionamentos. A União Europeia pode, inclusive, promover a abertura imediata ou, caso resolva atrasar o processo, determinar nova missão veterinária.
Números
De janeiro a junho deste ano, os embarques de carne suína para o exterior somaram cerca de 279 mil toneladas e uma receita de US$ 661,30 milhões - queda de 8,42% em volume e aumento do valor de 13,42%, em relação a igual período do ano passado.
 

Comércio: Ministro quer que bloco flexibilize regra sobre fornecimento de gado e maior tolerância com OGMs Mauro Zanatta, de Brasília O governo vai tentar convencer as autoridades da União Europeia a reduzir as exigências para a importação de carne bovina e produtos transgênicos origem nacional. Desde 2008, quando a UE impôs uma lista prévia de fazendas autorizadas a vender gado aos frigoríficos habilitados, os embarques caíram de 20 mil para menos de 4 mil toneladas mensais. E os exportadores têm sofrido com o rigor na detecção de grãos transgênicos em seus embarques ao bloco. Na segunda-feira, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, inicia um périplo de três dias por gabinetes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu para "dialogar" com as autoridades locais. No caso da carne, Rossi atuará em duas frentes. Na primeira, tentará um acordo, com prazos definidos, para "flexibilizar" a regra que obriga a habilitação individual das fazendas e submete a lista à administração da UE. "Vamos solicitar que possamos indicar um número maior de fazendas. O credenciamento muito limitado foi responsável pela redução muito forte das vendas para a Europa", diz Rossi. O governo estima que as empresas deixaram de vender US$ 1 bilhão com a restrição. "Eram critérios temporários. Não há motivos para preocupações exageradas". Hoje, o ministério audita as fazendas, envia a lista e a UE credencia o embarque. "Vamos propor a administração da lista e que eles continuem a fazer as inspeções", afirma. Nas reuniões, Rossi também solicitará mudanças nos critérios da chamada "Cota Hilton", cujas vendas pagam taxa de 20% para entrar na UE - no extra-cota, o imposto chega a 12,8%, mais € 3.041 por tonelada. O objetivo é permitir a alimentação do gado com ração vegetal para terminação em confinamentos. "Isso nos levaria a usar toda a nossa cota de 10 mil toneladas, que deixamos de cumprir nos últimos três anos", explica. Pelo pedido, o boi ficaria só 100 dias de seus 30 meses antes do abate sendo alimentado com ração. No caso de transgênicos não liberados na UE, o ministro tentará elevar ao mínimo de 0,1% o nível de contaminação permitido para ingressar na UE. "Eles têm tolerância zero para transgênico não aprovado lá", diz Rossi. "Mas tem alguns, que nunca vão chegar lá porque são adaptados a microclimas específicos, poderia haver tolerância de 0,1% para não eliminar a entrada. Hoje, a simples contaminação impede a venda", observa. Ao declarar "apoio enfático" à retomada das negociações UE-Mercosul, o ministro Rossi aproveitará para convidar membros do Parlamento Europeu ligados a agricultura e comércio internacional para "conhecer" a pecuária brasileira. "Até são simpáticos ao Brasil, mas não têm informações suficientes sobre a pecuária", diz. "Vamos trazer mais gente para superar preconceitos, implantados pelos irlandeses. Ainda persiste certa confusão da pecuária com desmatamento da Amazônia".

Empregados do frigorífico JBS S/A – Unidade II, sediada na Capital, denunciaram a empresa ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) por assédio moral e exploração excessiva de trabalho.
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Campo Grande (STIC-CG), os abusos seriam cometidos por supervisores das áreas de desossa, embalagem, miúdos, triparia e abate. Ainda de acordo com o sindicato, as denúncias recaem sobre o gerente-geral também.
“A sobrecarga de trabalho pesado, como são esses setores que estão sendo pressionados a trabalhar mais de 8 horas todos os dias a cada funcionário que deve cumprir tarefas que normalmente seria desempenhada por até três funcionários, provoca aumento da incidência de acidentes graves e até fatais”, explica a presidente do sindicato, Gilberta Gimenes.
Capital News entrou em contato com Gilberta, que repassou informações via assessoria de imprensa. Ela informa que os supervisores e o gerente-geral do JBS vêm expondo os funcionários a situações humilhantes e constrangedoras durante o trabalho. “De acordo com as denúncias, o relacionamento interno tornou-se insuportável. Há casos em que eles forçaram tanto a baixa estima de funcionários que alguns deles acabaram deixando a empresa.” Muitos funcionários estariam ainda em depressão, conforme a documentação encaminhada às instituições competentes.

Nossa equipe tenta entrar em contato com o frigorífico. Ligamos diversas vezes para o número de telefones fixo e celular da assessoria de imprensa disponível no site. A ligação para o fixo dava sinal de ocupado todas as vezes e para o móvel caia na caixa.
Por: Marcelo Eduardo

Rossi vai à UE negociar carne e transgênicos

Comércio: Ministro quer que bloco flexibilize regra sobre fornecimento de gado e maior tolerância com OGMs 

Mauro Zanatta, de Brasília 

O governo vai tentar convencer as autoridades da União Europeia a reduzir as exigências para a importação de carne bovina e produtos transgênicos origem nacional. Desde 2008, quando a UE impôs uma lista prévia de fazendas autorizadas a vender gado aos frigoríficos habilitados, os embarques caíram de 20 mil para menos de 4 mil toneladas mensais. E os exportadores têm sofrido com o rigor na detecção de grãos transgênicos em seus embarques ao bloco. 

Na segunda-feira, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, inicia um périplo de três dias por gabinetes da Comissão Europeia e do Parlamento Europeu para "dialogar" com as autoridades locais. No caso da carne, Rossi atuará em duas frentes. Na primeira, tentará um acordo, com prazos definidos, para "flexibilizar" a regra que obriga a habilitação individual das fazendas e submete a lista à administração da UE. 

"Vamos solicitar que possamos indicar um número maior de fazendas. O credenciamento muito limitado foi responsável pela redução muito forte das vendas para a Europa", diz Rossi. O governo estima que as empresas deixaram de vender US$ 1 bilhão com a restrição. "Eram critérios temporários. Não há motivos para preocupações exageradas". Hoje, o ministério audita as fazendas, envia a lista e a UE credencia o embarque. "Vamos propor a administração da lista e que eles continuem a fazer as inspeções", afirma. 

Nas reuniões, Rossi também solicitará mudanças nos critérios da chamada "Cota Hilton", cujas vendas pagam taxa de 20% para entrar na UE - no extra-cota, o imposto chega a 12,8%, mais € 3.041 por tonelada. O objetivo é permitir a alimentação do gado com ração vegetal para terminação em confinamentos. "Isso nos levaria a usar toda a nossa cota de 10 mil toneladas, que deixamos de cumprir nos últimos três anos", explica. Pelo pedido, o boi ficaria só 100 dias de seus 30 meses antes do abate sendo alimentado com ração. 

No caso de transgênicos não liberados na UE, o ministro tentará elevar ao mínimo de 0,1% o nível de contaminação permitido para ingressar na UE. "Eles têm tolerância zero para transgênico não aprovado lá", diz Rossi. "Mas tem alguns, que nunca vão chegar lá porque são adaptados a microclimas específicos, poderia haver tolerância de 0,1% para não eliminar a entrada. Hoje, a simples contaminação impede a venda", observa. 

Ao declarar "apoio enfático" à retomada das negociações UE-Mercosul, o ministro Rossi aproveitará para convidar membros do Parlamento Europeu ligados a agricultura e comércio internacional para "conhecer" a pecuária brasileira. "Até são simpáticos ao Brasil, mas não têm informações suficientes sobre a pecuária", diz. "Vamos trazer mais gente para superar preconceitos, implantados pelos irlandeses. Ainda persiste certa confusão da pecuária com desmatamento da Amazônia".

Oferta de boi gordo vai reduzir nos próximos 3 anos em Mato Grosso

O abate de fêmea em 2006 e 2007 atingiu altos índices. Em julho de 2006 foram abatidas 250 mil fêmeas em janeiro de 2007, 263 mil

A Acrimat – Associação dos Criadores de Mato Grosso – constatou através de um levantamento, que nos próximos 3 anos vai diminuir a oferta de boi gordo em consequência do grande abate de fêmeas que aconteceu nos anos de 2006 e 2007. “A conta é simples, o bezerro que nasceu em 2007 é o boi gordo desde ano, 2010. Como nasceram menos bezerros, porque as matrizes foram abatidas, teremos menos oferta de boi gordo”, explicou o diretor da Acrimat, Mauricio Campiolo.

Tomando como base os dados de vacinação contra a febre aftosa do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso), dos últimos cinco anos, a Acrimat e Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) fizeram um levantamento da evolução do rebanho bovino por idade, onde pôde ser constatada a queda de nascimento de bezerros e de oferta de boi gordo. Em 2005 eram 3,1 milhões de cabeças de animais de zero a 12 meses, em 2006 caiu para 2,8 milhões e em 2007, o número permaneceu em 2,8 milhões.

O abate de fêmeas em 2006 e 2007 atingiu altos índices. Em julho de 2006 foram abatidas 250 mil fêmeas em janeiro de 2007, 263 mil. Nesses períodos o preço dos bezerros a linha do gráfico era decrescente e eram comercializados a R$ 325,00 em junho de 2006 e R$ 369,59 em janeiro de 2007. “O produtor mata a matriz (fêmea) quando o preço do bezerro está muito baixo e não vale a pena a manter o processo de cria”, analise o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.

A linha do gráfico muda em 2008 quando o abate de fêmeas caiu para 87 mil cabeças no mês de outubro e o preço do bezerro nesse período era de R$ 650,00. “A moeda do pecuarista é o bezerro. Se o preço do bezerro está alto o da arroba também está. Em 2008 o preço da arroba chegou a quase R$ 90 reais em junho de 2008”, analisou Vacari.

Por conta do alto abate de fêmeas em 2006 e 2007 a oferta de boi gordo, acima de 36 meses, vai ter um forte impacto a partir deste ano. Em 2007 eram 1,8 milhões de cabeças de animais acima de 36 meses, em 2010 baixou para 1,5 milhões. Tendo como base a evolução desses números, em 2011 Mato Grosso terá um estoque de 1,2 milhão, baixando para 1.096 milhão em 2012 e 1.045 milhão em 2013. “Aqui esta a resposta para aqueles que acusam o pecuarista de segurar o boi no pasto para forçar a alta da arroba. O pecuarista não esta com boi pronto para abate no pasto. Os bezerros que não nasceram em 2006 e 2007 estão fazendo falta e mesmo confinando e até abatendo mais cedo os animais, não teremos boi gordo suficiente para atender a demanda crescente”, disse o superintendente da Acrimat.

E a demanda vem crescendo. Segundo levantamento do Imea, nos cinco primeiros meses de 2010, comparados com o mesmo período de 2009, houve um aumento de 13% no abate total em Mato Grosso e de 20% no abate apenas de machos. “Com base nisso estimamos que este ano o abate total cresça 10% com relação a 2009 e nos próximos anos, consideramos um aumento de 5% nos abates. A demanda é crescente”, disse o analista de bovinocultura do Imea, Daniel Latorraca Ferreira.

Diante desse quadro, o pecuarista tem agora uma ferramenta para fazer a gestão de seu rebanho e planejar o melhor momento para comercializar seu gado. “A orientação é que o produtor continue vendendo pequenos lotes, pois a oferta de boi gordo vai continuar restrita nos próximos anos. Ele tem o comando do seu negocio e não precisa trabalhar com a pressão do mercado, principalmente dos frigoríficos, e nem fazer previsões de mercado baseado em palpites”, comentou Campiolo. As informações são de assessoria de imprensa.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Carne de frango: volume do primeiro trimestre ignorou mercado

Campinas, 8 de Julho de 2010 - Os dados do IBGE relativos ao abate inspecionado de frangos confirmam que o setor produtivo não levou em conta que o consumo do primeiro trimestre do ano é, normalmente, não só um dos mais fracos do ano mas, em especial, declaradamente menor que o do último trimestre do ano anterior: Assim, o volume registrado no período janeiro-março de 2010 foi até ligeiramente superior ao do trimestre anterior, o quarto de 2009.


Em 2009 não foi assim: compelido pela crise, o setor desacelerou a produção e fechou o primeiro trimestre do ano com uma produção quase 9% menor que a do último trimestre de 2008. Como corolário desse desempenho, sem dúvida, os preços internos do frango no período valorizaram-se 5,5% em relação a média alcançada no mesmo trimestre do ano anterior. Mas, além disso, obtiveram – em pleno ápice da crise econômica mundial – um modesto mais inédito ganho de 3,6% sobre o quarto trimestre de 2008.

Exportações de carne suína não tiveram elevação em junho

As exportações de carne suína, em junho, totalizaram 47 mil toneladas, uma queda de quase 13% em relação a junho de 2009, embora a receita tenha aumentado 13,61%, passando para US$ 117,34 milhões.
De janeiro a junho, os embarques somaram 269,70 mil t e uma receita de US$ 661,30 milhões, uma queda de 8,42% em volume e um aumento do valor de 13,42%, em relação a igual período do ano passado.
A Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) continua projetando pequena alta nas exportações em 2010, acreditando que o segundo semestre deverá compensar o desempenho recente.

Efeito da crise na União Europeia - “A avaliação que fazemos”, diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, “é que a crise europeia, com queda de consumo aliada ao efeito da desvalorização do Euro, favoreceu as exportações da União Europeia em detrimento das do Brasil, que perdeu um pouco de sua competitividade relativa. Como o mercado interno continua muito firme, passou a ser mais interessante vender aqui dentro do que exportar. A União Europeia é o principal concorrente do Brasil na Rússia, principal destino do País”.

Em junho, houve queda no volume exportado para o mercado russo de 13,46%, mas uma elevação na receita de quase 20%. No acumulado do ano, houve também acentuado crescimento na receita das vendas para a Ucrânia, de 72,34%.

Os principais destinos da carne suína brasileira, em junho, foram Rússia (123, 29 mil t), Hong Kong (50,30 mil t), Ucrânia (20,18 mil t), Argentina (15,34 mil t) e Angola (15,10 mil t).

Viagem a Bruxelas – Neste sábado, Pedro de Camargo Neto embarca para Bruxelas em companhia do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, com o objetivo de acompanhar as reuniões do governo brasileiro com as autoridades sanitárias da União Europeia. O processo de abertura desse importante mercado para as exportações de Santa Catarina está em fase final, pois o Brasil tem respondido a todos os questionamentos. A União Europeia pode, inclusive, promover a abertura imediata ou, caso resolva atrasar o processo, determinar nova missão veterinária.

Brasil vai retomar venda de carne para os EUA

BRASÍLIA E SÃO PAULO - O governo brasileiro espera retomar parcialmente as exportações de carne bovina para os Estados Unidos a partir da semana que vem. Uma missão técnica estará amanhã em Washington para discutir o assunto com as autoridades americanas. As exportações estão suspensas desde o fim de maio, depois que foi detectada a presença acima do permitido de Ivermectina, um vermífugo utilizado na criação de bovinos. Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produto de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Nelmon Oliveira da Costa, a expectativa é que entre quatro e seis plantas de abates de animais sejam autorizadas a retomar os embarques. O governo brasileiro não precisou o quanto isso vai representar do total das exportações. Antes da suspensão dos embarques, 10 plantas estavam autorizadas a vender para os EUA diretamente e 11 tinham autorização para fornecer matéria-prima.


O Ministério da Agricultura ainda não divulgou quais empresas terão unidades autorizadas a exportar. Apenas quatro frigoríficos vendem produtos para os EUA: JBS, Marfrig, Minerva e Ferreira. Só foram detectadas infrações no uso da Ivermectina em unidades do JBS, principalmente na planta de Lins (SP). Marfrig e Minerva vinham solicitando ao governo a retomada das exportações, porque não concordavam em ser punidas por supostos erros do concorrente.

O governo, no entanto, culpa os pecuaristas pelo incidente e não compartilha da avaliação de que existe um problema no processo produtivo do JBS. Para os técnicos do governo, os animais foram enviados para o abate antes do prazo após a administração do remédio e poderiam ter sido vendidos a qualquer frigorífico. Segundo o diretor do Dipoa, não existe "má-fé" dos pecuaristas, mas uma "confusão" sobre os prazos do remédio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Minerva emitirá até R$ 200 mi em debêntures

SÃO PAULO - O conselho de administração do frigorífico Minerva aprovou a emissão de até R$ 200 milhões em debêntures simples. A operação será realizada com esforços restritos de colocação e os papéis terão vencimento em 10 de julho de 2015.
Em fato relevante divulgado hoje, a empresa informa que os recursos obtidos com a emissão serão destinados exclusivamente ao alongamento do perfil do passivo da companhia, não implicando em aumento do endividamento. O Banco Bradesco BBI será o coordenador líder da oferta, e atuará ao lado de HSBC e o Banco Fator.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sabor da carne depende de boa alimentação

O Estado de S.Paulo


Os alimentos que o gado ingere durante a vida tem influência direta no sabor da carne. O tipo de pastagem e a água que ele bebe repercutem positiva ou negativamente no gosto final da carne. Quem afirma é o especialista István Wessel. "Nos Estados Unidos, por exemplo, onde a alimentação do gado é à base de milho, a carne não tem gosto, é sem graça", explica o proprietário da boutique de carnes que leva seu nome. O stress pelo qual o animal passa no momento do abate é outro aspecto determinante. Para Wessel, qualquer mudança que tenha em vista a humanização no tratamento do gado trará repercussões positivas também para o gosto e a maciez da carne.

Importações de carne bovina da China crescem 30%

As importações de carne bovina da China aumentaram em 30% com relação ao ano anterior durante os primeiros cinco meses de 2010, para um recorde de 5.696 toneladas, de acordo com estatísticas oficiais do Chinese Customs Bureau. Direcionando o aumento esteve a contínua forte demanda por carne bovina na China, com as maiores importações de carne bovina da Nova Zelândia e do Uruguai mais que compensando as quedas nas compras de produtos da Austrália e do Brasil.

Impactada pela menor produção durante o primeiro trimestre de 2010, a participação de mercado da carne bovina da Austrália na China caiu para 26%. A Austrália continuou sendo o fornecedor dominante de cortes resfriados para a China durante o período, apesar das maiores ofertas e alto dólar australiano pressionando os preços da carne resfriada para 46% a mais que no ano anterior, para uma média de A$ 21,23 (US$ 17,84) por quilo.
As importações da China de carne bovina brasileira, influenciadas pelas menores ofertas e maior competição de outros mercados, caíram em 27% com relação ao ano anterior, para somente 261 toneladas - representando 5% das importações totais entre janeiro e maio.
Durante 2010, o Uruguai surgiu como um fornecedor dominante de carne bovina congelada para a China. As importações de carne bovina do Uruguai durante os primeiros cinco meses do ano triplicaram com relação ao mesmo período de 2009, para 2.780 toneladas - representando 49% das importações totais. A China também importou 30% mais carne bovina da Nova Zelândia durante o período (1.155 toneladas).

Em 06/07/10:

1 Dólar Australiano = US$ 0,84051

1,18929 Dólar Australiano = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)



A reportagem é do Meat and Livestock Australia (MLA), tradzuida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Preço do boi gordo deve se manter em alta nos próximos meses

Concorrência com carne de frango pode impedir um aumento maior

Os preços do boi gordo devem ser manter em alta nos próximos meses, segundo afirmam analistas de mercado. Mas eles alertam que a concorrência com a carne de frango pode impedir um aumento maior no valor da arroba.

Nas principais praças do país, o boi gordo está cotado em torno R$ 80,00 por arroba há pelo menos quatro meses. Segundo especialistas, o cenário de alta é resultado de ciclos que vem ocorrendo desde o final de 2007. Há três anos, o boi gordo estava valorizado. A trajetória se manteve em 2008 e o pecuarista investiu no rebanho. Com mais oferta, em 2009 a arroba teve queda nos preços. Aí o produtor voltou a ter prejuízo e diminuiu o rebanho. Por isso, desde março deste ano, as cotações voltaram a subir.
Em São Paulo, a arroba está custando cerca de R$ 82,00, 5% a mais do que no mesmo período de 2009. Os pecuaristas afirmam que com a alta no mercado do boi gordo o setor está se recuperando. A Associação Nacional de Produtores de Bovinos de Corte (ANPBC) alerta que o preço em alta não significa mais dinheiro no bolso do produtor.
– Não é porque o preço está em alta que a remuneração para o produtor, em rentabilidade, está melhor. Não está. É preciso que continuar sendo rigoroso nos custos e buscando uma melhor produtividade, aumentando o número de cabeças por área, fazendo uma negociação com o frigorífico que influencie em sua escala e melhorando cada vez mais a relação de troca com o frigorífico – explica o presidente da entidade, José Antônio Fontes.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sri Lanka importa frango

O ministro de Cooperativas e do Comércio Interno do Sri Lanka, Johnston Fernando, afirmou que o governo do país decidiu importar 3,000 milhões de toneladas de frango do Brasil para atender a carência no mercado.
Os preços do frango estão fora de controle e varejistas supervalorizaram o produto.
Atualmente o Sri Lanka atualmente produz apenas 9,000 milhões de toneladas de frango por ano, enquanto o consumo anual é de 12.000 milhões de toneladas. As informações são do site internacional World Poultry.

Embarque de carnes

As exportações brasileiras de carnes somaram US$ 60,521 milhões nos primeiros quatro dias de julho, período compreendido de 01 a 04. A média acumulada é 10,9% superior à média diária de junho, de US$ 54,550 milhões.
Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nessa segunda-feira (05). No comparativo com a média diária de julho de 2009, de US$ 44,078 milhões, o desempenho deste mês é 37,3% superior

Mercado

Foi vendido coxão duro no saco a R$ 7,15 a vista e R$ 7,40 no prazo. Peito industrial no saco  R$ 5,60 kg . A pedida no alcatra é de R$ 9,00 e no contra entre R$ 9,00 e R$ 9,30 kg dependendo do frigorifico, mas ainda sem negócios realizados ,pelo menos por enquanto.
Boi casado R$ 5,40 kg a prazo.

Embarque de bovinos para os EUA deve ser retomado nos próximos dias

Agência Estado - Otávio Cançado, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), disse ontem(5) esperar que as exportações de carne bovina processada brasileira para os Estados Unidos sejam retomadas nos próximos dias. De acordo com ele, o diretor do Departamento de Inspeção de Produto de Origem Animal (Dipoa), Nelmon Oliveira da Costa, do Ministério da Agricultura, irá para os Estados Unidos amanhã para se reunir com autoridades americanas e apresentar um plano de ação das empresas brasileiras a fim de retomar o comercio bilateral.

Após a aprovação desse plano pelas autoridades americanas, as vendas do Brasil devem ser retomadas imediatamente, de acordo com Cançado. Ele acrescentou que o Brasil deixou de exportar cerca de US$ 50 milhões durante o mês em que as vendas ficaram suspensas. Cançado salientou que apenas não poderão voltar a exportar as três unidades do frigorífico JBS-Friboi onde foram identificadas irregularidades. O JBS é responsável por aproximadamente 80% da carne processada brasileira exportada para os Estados Unidos. A retomada dos embarques das três unidades dependerá de uma inspeção nos locais, a ser feita pelos técnicos dos Estados Unidos.

De acordo com Francisco Jardim, secretário de Defesa Agropecuária, o plano de ação a ser apresentado nos EUA tem o objetivo de harmonizar as regras entre os dois países. Segundo ele, as unidades brasileiras estavam dentro das regras internacionais, mas violaram normas específicas do mercado americano. "As empresas brasileiras têm de estar atentas a esses detalhes dos mercados consumidores para os quais exportam".

Otávio Cançado e o presidente da União Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Ubabef), Francisco Turra, juntamente com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, estiveram reunidos ontem de manhã com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, na sede da Ubabef, em São Paulo. Na ocasião, as entidades apresentaram várias reivindicações a respeito de questões sanitárias, tributárias e de comércio exterior. Esta foi a primeira reunião do ministro com o setor de carnes, desde que assumiu a pasta em abril. Na rápida conversa com jornalistas, Rossi disse que fará o possível para atender os pleitos do setor nos meses que restam de sua gestão, até o fim do ano.

Indústria busca acordo para liberar frango

SÃO PAULO - A indústria brasileira de frango tentará fechar com acordo com autoridades da União Europeia (UE) na próxima semana a respeito da mudança na conceituação de carnes frescas (fresh meat) pela UE, que pode prejudicar a exportação de carne de aves para o bloco. O encontro será durante a reunião de cúpula Brasil-UE, em que estará presente o presidente do bloco, José Manuel Durão Barroso, no dia 14.


Se um acordo não for alcançado, o setor de frango deve levar a cabo a ameaça de contestar a nova regra europeia na Organização Mundial do Comércio (OMC). "A reunião do dia 14 é definitiva para sabermos se a UE, amistosamente, nos dará abertura. Caso contrário, em breve iremos a Genebra contestar", diz Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef). A nova conceituação é válida desde o dia 1º de maio.

Sri Lanka

Segundo o Colombo Page, jornal virtual publicado na capital política do Sri Lanka, o governo local decidiu importar três mil toneladas de carne de frango para fazer frente a um déficit do produto no mercado interno. Conforme o jornal, a despeito dos preços dos alimentos serem controlados, o preço do frango vem registrando forte escalada nos últimos tempos.
Atualmente, o Sri Lanka produz ao redor de nove mil toneladas anuais de carne de frango, enquanto o consumo é pelo menos um terço maior, chegando a 12 mil toneladas.

Reunião semanal de formação de preços da BGA-RJ

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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Associação vê retomada das exportações de carne para os EUA nos próximos dias

Segundo Abiec, representante do Ministério da Agricultura irá aos EUA na quarta-feira apresentar plano de ação para retomar comércio bilateral
Ana Conceição, da Agência Estado

SÃO PAULO - O diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Otávio Cançado, disse nesta segunda-feira, 5, esperar que as exportações de carne bovina processada brasileira para os Estados Unidos sejam retomadas nos próximos dias. De acordo com ele, o diretor do Departamento de Inspeção de Produto de Origem Animal (Dipoa), Nelmon Oliveira da Costa, do Ministério da Agricultura, irá para os EUA na quarta-feira (7) para se reunir com autoridades americanas e apresentar um plano de ação das empresas brasileiras a fim de retomar o comercio bilateral.

Após a aprovação desse plano pelas autoridades americanas, as vendas do Brasil devem ser retomadas imediatamente, de acordo com Cançado. Ele acrescentou que o Brasil deixou de exportar cerca de US$ 50 milhões durante o mês em que as vendas ficaram suspensas. Cançado salientou que apenas não poderão voltar a exportar as três unidades do frigorífico JBS Friboi onde foram identificadas irregularidades. O JBS é responsável por cerca de 80% da carne processada brasileira exportada para os EUA. A retomada dos embarques das três unidades dependerá de uma inspeção nos locais, a ser feita pelos técnicos dos EUA.

De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, o plano de ação a ser apresentado nos EUA tem o objetivo de harmonizar as regras entre os dois países. Segundo ele, as unidades brasileiras estavam dentro das regras internacionais, mas violaram normas específicas do mercado americana. "As empresas brasileiras têm de estar atentas a esses detalhes dos mercados consumidores para os quais exportam", afirmou. Ele confirmou a ida de Nelmon da Costa aos EUA e disse também esperar que as exportações sejam retomadas assim que os americanos aprovem o plano de ação proposto pelo Brasil.

Otávio Cançado e o presidente da União Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Ubabef), Francisco Turra, juntamente com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, estiveram reunidos hoje de manhã com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, na sede da Ubabef, em São Paulo.

Na ocasião, as entidades apresentaram várias reivindicações a respeito de questões sanitárias, tributárias e de comércio exterior. Esta foi a primeira reunião do ministro com o setor de carnes, desde que assumiu a pasta em abril.

Na rápida conversa com jornalistas após a reunião, Rossi disse que fará o possível para atender os pleitos do setor nos meses que restam de sua gestão, até o fim do ano. O ministro estava apressado porque embarcaria para Brasília (DF). Hoje à tarde ele terá uma reunião com o ministro da Agricultura da Argentina, Julián Dominguez, para tratar de temas sanitários e fitossanitários que prejudicam o comércio entre os dois países.

Exportação no ano

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Otávio Cançado, disse que o desempenho das exportações em 2010 tem sido melhor que o esperado pela entidade no início deste ano, mas elas não deverão repetir o resultado obtido em 2008. A Abiec previa um crescimento de 10% na receita com as vendas externas de carne bovina, mas no primeiro semestre o crescimento médio foi de 24% em valor e 4% em volume.

Apenas em junho, os embarques aumentaram 36% em valor e 14% em volume, de acordo com o executivo, que não informou o volume no período. "O crescimento é bom e representa uma recuperação ante 2009, quando o setor foi mais afetado pela crise. Mas não chegaremos aos US$ 5,3 bilhões alcançados em 2008", disse Cançado. Segundo suas estimativas, as vendas externas devem chegar perto de US$ 5 bilhões em 2010, ante em US$ 4,118 bilhões em 2009.

Frigorífico de ovinos vai incentivar produtores familiares do Acre

Escrito por Tatiana Campos
05-Jul-2010
Empreendedor conta com apoio do Governo do Estado para implantação do negócio que vai apoiar desenvolvimento econômico da região

O Frigorífico Anassara entregou ao Governo do Estado o plano de negócios junto à Comissão de Incentivo à Política Industrial (Copiai), apresentando os dados do empreendimento para abate de ovinos que será implantado em Rio Branco.

O frigorífico será instalado no quilômetro 8 da estrada de Porto Acre, num terreno cedido pelo Governo do Estado e abaterá, por dia, 200 ovinos, com capacidade instalada para o abate de até 400. A área industrial construída será de 730 metros quadrados e a estrutura contará também com estação de tratamento de água, área administrativa, refeitório, vestiário, currais e posto para inspeção federal. "Houve um esforço da Procuradoria Geral para que pudéssemos disponibilizar este terreno. São 15 hectares de área, que foram cedidos após a empresa concluir, junto com o Governo, todos os estudos para a implantação do empreendimento", explicou Paulinho Viana, do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal.

A estimativa é de que o frigorífico gere 20 empregos diretos e em torno de cinco mil empregos indiretos, através da mobilização dos produtores familiares que estão envolvidos na criação de ovinos.

"Esta é uma nova etapa deste projeto, que amadureceu bastante. Durante a elaboração do plano de negócios houve tempo para avançar em passos importantes como o trabalho direto com os produtores familiares, que estão se qualificando para a criação de ovinos que serão fornecidos ao frigorífico. O Governo do Estado é parceiro neste empreendimento e tanto o Idaf, quando a Seap, a Seaprof e a Comissão de Incentivo à Política Industrial estão empenhadas em cooperar com o frigorífico, que na verdade se traduz no desenvolvimento econômico do nosso Estado", disse o Secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (SDCT), César Dotto.

O empreendimento pleiteia junto ao governo participar da política de incentivo industrial, através do benefício fiscal e da cessão do terreno. "Todo investimento que o proprietário fizer nesta área de terra será revertido em abatimento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias, o ICMS", destaca Dotto.

O proprietário do investimento, Adalberto Moreto, destaca que o apoio do Governo do Estado ao empreendimento tem sido fundamental para o andamento do projeto e que os produtores familiares estão passando por capacitações para a criação dos ovinos. "Nós estimamos que sejam gerados vinte empregos diretos no frigorífico e que, no campo, com a quantidade de famílias que estão envolvidas e os trabalhadores que elas precisaram contratar para cuidar da criação, o número de empregos indiretos chegue à cinco mil postos", disse.

Frigorífico JBS obtém licença da ONU e deve aumentar produção

De Barra do Garças - Ronaldo Couto
Uma grande notícia para o Araguaia, o frigorífico JBS, antigo Friboi, que opera com quatro unidades em Mato Grosso, obteve licença junto ao Comitê Executivo das Organizações das Nações Unidas (ONU) para aplicação do projeto de redução de emissões de gases de efeito estufa no tratamento de efluentes, denominado MDL.

O feito diz respeito à unidade instalada em Barra do Garças, 504 km de Cuiabá, no bioma amazônico. A empresa estava utilizando desde 2006, o mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), que consiste na recuperação dos subprodutos gerados a partir da atividade industrial do frigorífico, que transforma o que seria resíduo em matéria-prima.

O frigorífico decidiu investir em tecnologias para conter os danos ao Meio Ambiente devido aos dejetos no rio Araguaia que geraram denúncias e multas aplicadas, por exemplo, pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) em 2007. Em função do impacto ambiental, a unidade de Barra que chegou abater 2.400 cabeças/dia e empregou duas mil pessoas, teve que reduzir os seus números. O turno da noite foi desativado e foram demitidos 479 funcionários.

A expectativa que a empresa consiga de ajustar com Meio Ambiente e volte a produzir na sua capacidade máxima gerando mais empregos em Barra do Garças. Foram implantados um projeto de crédito de carbono e um programa de gestão no sistema de tratamento de efluentes utilizando os créditos de carbono. A empresa aposta que implantação do MDL vai reduzir consideravelmente a emissão de gases de efeito estufa.

O frigorífico JBS, que tem esse nome como homenagem ao seu fundador José Batista Sobrinho, é o maior empregador de Barra com 1.200 empregos e adquiriu recentemente o curtume Santo Antônio com 240 funcionários e a unidade Bertin com capacidade de gerar 480 empregos, entretanto está fechada.

O conglomerado BS mantém negócios em 100 países e tem 20 mil empregados em 21 filiais abatendo 40 mil bovinos/dia.

Preços do boi no curto prazo

05/07
O mercado do boi gordo está firme, oferta enxuta e escalas curtas, aponta análise da Scot Consultoria. A proximidade do início do mês (quando o consumo tende a melhorar) fez com que os frigoríficos tivessem maior necessidade por animais. O aumento de oferta observado entre o final de abril e o início de maio não foi suficiente para uma queda expressiva na arroba. O preço do boi gordo está no patamar mais alto em 2010. Em 2009, no fim de junho, o preço do boi gordo registrava queda de 5,75%, também influenciado pela crise econômica iniciada no fim de 2008.

Associação americana quer impedir compra feita pelo JBS

05/07
Agência Estado - Segundo o grupo de produtores, a aquisição do confinamento no Arizona prejudica competitividade no setor.

A associação de produtores de gado americana R-CALF USA entregou uma petição ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos para suspender a compra do confinamento McElhaney Cattle Company pelo frigorífico brasileiro JBS.

Segundo o grupo, a aquisição do confinamento pode causar problemas de competitividade no setor, pois em 2008 o JBS comprou a Five Rivers Ranch Cattle Feeding, como parte das operações da Smithfield Foods com bovinos. A Five Rivers tem as maiores operações de confinamento no país. A compra do confinamento McElhaney, localizado em Welton, Arizona, seria "especialmente nociva para os produtores de gado independentes", de acordo com carta da R-CALF USA à Justiça.

Em fato relevante divulgado na quarta-feira, o JBS informou que o confinamento McElhaney tem capacidade para confinar mais de 130 mil bois simultaneamente e "está estrategicamente localizado na região da unidade de produção da JBS em Tolleson, também no estado do Arizona". A transação, avaliada em US$ 24 milhões e inclui 100% dos ativos, está sujeita à aprovação por parte dos órgãos regulatórios competentes.O JBS é o maior produtor mundial de carne bovina.

EUA querem reduzir antibiótico na carne

05/07
Alimentos de origem animal são novo alvo na luta contra micro-organismos ultrarresistentes ao medicamento. Estudos mostram que o uso desse remédio em animais contribui para o surgimento de novas linhagens de bactérias

IARA BIDERMAN

A batalha para evitar o crescimento de cepas de bactérias ultrarresistentes aos antibióticos tem uma nova frente: os alimentos de origem animal.

O alerta foi feito na semana passada pelo FDA, órgão regulador de medicamentos e alimentos dos EUA, que produziu um relatório sobre a importância de reduzir e controlar o uso desses medicamentos em animais destinados ao consumo humano.

O documento, que não tem caráter de lei, busca conscientizar os produtores.

O FDA emitiu o alerta baseado em estudos mostrando que o uso desses remédios contribui para o desenvolvimento de bactérias que infectam seres humanos e não respondem aos medicamentos.

Para David Uip, diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, de São Paulo, o problema da resistência bacteriana é multifatorial e é preciso reavaliar as práticas de vários setores para combatê-lo.
"O surgimento de novas cepas nas comunidades também está relacionado ao uso de antibióticos em produtos alimentares, mas é claro que não é só isso", diz Uip.

Entre os antibióticos usados em animais, há medicamentos que combatem bactérias como estafilococos e enterococos, que contaminam humanos e desafiam a medicina com o surgimento de cepas mais resistentes.

"Para criar novos antibióticos, precisamos de milhões de anos. Temos de criar políticas globais para evitar que as bactérias [em circulação] parem de responder aos remédios existentes", diz Uip.

Antibióticos são usados em gado e em aves para tratar doenças que podem vitimar os animais e contaminar humanos. O animal só é encaminhado para abate após estar curado e passar por um período de carência, no qual os resíduos do medicamento são eliminados.

"De três a cinco dias após a medicação ser suspensa, não há mais resíduo do antibiótico na carne", diz Cláudio Alvarenga, coordenador de defesa agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP.

Mas as bactérias resistentes se desenvolvem antes de o animal ser destinado ao consumo, especialmente com o uso prolongado de baixas doses de antibióticos nos animais, segundo a Organização Mundial da Saúde.

A utilização de antibióticos, assim como de outros medicamentos veterinários, é regulamentada pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento. Na lista de produtos autorizados estão alguns grupos de antibióticos.

Como o produtor não precisa de receita médica para adquirir os remédios, é difícil saber se o antibiótico está sendo usado sem exagero.

"Exigir receita e orientação de um veterinário pode ajudar no controle e reduzir o risco de criarmos bactérias resistentes", diz Alvarenga.