sexta-feira, 4 de junho de 2010

Aniversário

Hoje é aniversário de minha querida prima Eliane Soares  Botelho do Nascimento. Médica dermatologista que já viveu em Cárceres (MT) fazendo um trabalho social para igreja, por muitos anos e hoje vive em Belo Horizonte (MG) cuidando das pessoas e almas carentes.
Belo exemplo de vida. Poderia estar trabalhando num consultório ou hospital privado,  pois é uma excelente profissional, mas resolveu abdicar de tudo para cuidar dos necessitados. Que Deus te ilumine e proteja sempre !!!

Preços

Hoje foi vendido alcatra e contra filet a R$ 8,50 kg , embora alguns frigorificos pedissem mais do que esse valor. Preços maiores mesmo só na semana que vem.,
 .

Mais de 10 t de carne são apreendidas

Mais de dez toneladas de carne sem nota fiscal e inspeção do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) foram apreendidas, ontem, em Dores do Indaiá, região Centro-Oeste de Minas.
Denúncias anônimas contribuíram para que a PM fizesse o flagrante na estrada onde os caminhões passariam. A carne pertencia a um frigorífico irregular de Luz. Sete pessoas foram conduzidas à delegacia para prestar esclarecimentos.

Três ações buscam garantir mercado



Agricultura planeja concentrar as negociações com Rússia, EUA e Japão

O comércio internacional da carne brasileira está na linha de frente das ações do governo brasileiro. Diante das recentes exigências dos EUA e da Rússia no setor de carne bovina, o Ministério de Agricultura montou um esquema tático com três frentes de ataque.
Em encontro em Buenos Aires, na Argentina, ontem, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, criticou as regras do comércio internacional de alimentos opinando que “as questões de sanidade deveriam ter regras mais claras, que fossem seguidas por todos os países”. Segundo ele, a aplicação de embargos e de normas ao comércio “está se transformando em uma coisa empírica, porque cada um faz a exigência que quer”. Por isso, Rossi irá atuar na linha de frente das ações preparadas pelo ministério.
1Um dos principais desafios assumidos pelo ministro é tentar reverter o embargo russo ao produto nacional. A viagem está acertada para a primeira quinzena de julho.


– Uma equipe técnica voltou recentemente da Rússia, e a expectativa era mais produtiva, mas não se confirmou. Então, o que nós vamos fazer é ir a Bruxelas e Moscou. Nós temos uma visita marcada à UE (União Europeia) e Rússia sobre esse tema, e eu mesmo vou estar presente, além do secretário da área de sanidade – afirmou.
2 Outra medida será o envio de uma missão técnica no próximo dia 7 para os EUA para avaliar restrições às exportações de carne do Brasil.
– As questões levantadas são mais de metodologia que de conteúdo. Mas é claro que temos de tratar esses assuntos com muito embasamento técnico porque os americanos estavam usando uma metodologia de análise que era aprovada para carne in natura e estão usando para carne processada. Então, nossos técnicos vão para lá para tentar compatibilizar essas normas – explicou.
3 O ministro também informou que ontem uma missão técnica no Japão tenta avançar na liberação do comércio de carne suína para aquele país e que a expectativa é positiva.
Ao criticar a falta de regras transparentes no comércio internacional, Rossi chamou a atenção dos exportadores e avisou que o governo será mais exigente na cobrança das normas para as exportações.

Brincagem para identificar animais pode ter causado infecções em SC

Criador quer trocar método; veterinário sugere usar brinco quando gado estiver mais crescido
Pecuaristas do Sul do de Santa Catarina decidiram suspender a brincagem para identificar animais livres da febre aftosa sem vacinação até que seja marcada uma reunião com a Secretaria de Agricultura. Eles atribuem aos brincos as infecções que têm provocado perda de gado, tanto de corte quanto leiteiro, desde 2008.
Durante audiência pública realizada em Sombrio, na segunda-feira, os criadores sugeriram a substituição do método de identificação para erradicar as doenças. De acordo com o pecuarista João Cezar Luchina, o problema com a brincagem não foi exposto antes pelo temor de serem casos isolados. O procedimento é obrigatório e a não colocação do brinco implica no sacrifício do gado.
O criador Vilmar Eufrásio, 54 anos, dono de 380 cabeças de gado da raça Brahman, afirma ter perdido três terneiros, em 2009, e uma vaca este ano, o que resultou num prejuízo aproximado de R$ 3 mil.
— A orelha do gado não cicatriza após a colocação do brinco porque ele se debate demais. A orelha fica bichada e aplicamos remédio, tanto antisséptico e antibiótico — resume Eufrásio.
Em Santa Rosa do Sul, na localidade de Forquilha do Cedro, César Silva da Cunha, 26 anos, e a prima Elisa Borba, 30, gastaram R$ 1,5 mil em remédios para curar as feridas no rebanho das raças Jersey e Holandesa da família. Oito animais adoeceram e um terneiro morreu.
— A inflamação foi tão violenta em um dos animais que precisamos amputar uma das orelhas. É uma doença que deixa o gado irritado, tem mau cheiro e causa dor ao animal, por isso a dificuldade de tratar — reclama César.

Rússia quer mais fornecedores no Brasil

A suspensão imposta pelo governo da Rússia às exportações de oito plantas industriais brasileiras de carne bovina foi um "sinal de alerta" contra o "poder de negociação" e a "excessiva concentração" da produção nacional nas mãos de grupos frigoríficos como JBS e Marfrig. A advertência protecionista, disfarçada de medida sanitária, reflete o temor russo com a elevação dos preços da carne no mercado interno. Em maio, por exemplo, o preço médio da carne exportada pelo Brasil subiu 32%.
Os problemas encontrados pela missão russa em algumas unidades frigoríficas foram usados como pretexto para ampliar a base de fornecedores brasileiros e conter o aumento de preços, avaliam fontes do governo. "Mas não podemos baixar a guarda com eles", diz um dirigente do setor privado.
O setor privado aproveitará a visita do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, a Moscou, em julho, para tentar acordo com as autoridades locais. O setor concorda em oferecer alternativas à concentração das vendas à Rússia por meio de novas unidades industriais.
A busca por um antídoto à concentração começou em outubro de 2009, durante a feira Anuga, na Alemanha. Então, os importadores já demonstravam temor com a tendência de elevação dos preços. Frigoríficos médios e pequenos foram bastante assediados durante a feira.
A missão russa que visitou 29 plantas frigoríficas de bovinos, suínos e frangos, em meados de abril, buscou diversificar os fornecedores ao auditar unidades do Frigol, Frialto, Minerva e Mataboi. Os russos também queriam "garantias adicionais" de segurança, inclusive o aperfeiçoamento do controle de resíduos e contaminantes na carne. Em ambos os casos, isso foi visto como uma "senha" para a necessidade de atendimento à demanda russa por preços mais baixos.
O Brasil não é o único país com o qual a Rússia trava uma disputa em carnes. Na quarta-feira, o Ministério da Indústria e Comércio russo informou que os EUA podem perder até 25% de sua fatia na cota de importação de frango russa. O volume será redistribuído entre outros países que fornecem frango à Rússia, segundo a agência Ria Novosti. A cota americana, que era de 600 mil toneladas, cairá para 450 mil toneladas. No Brasil, exportadores avaliam que a medida pode beneficiar o setor. Hoje, os brasileiros exportam dentro da cota para "outros países", de 36 mil toneladas.
Por trás da decisão de reduzir a fatia dos EUA na cota está a disputa acerca do uso de cloro na higienização das carcaças de frango. Desde o início do ano, a Rússia proibiu o método, o que, na prática, suspendeu as compras dos EUA. Os dois países têm negociado a retomada do fornecimento de frango. No fim de maio, autoridades russas disseram que uma solução estava próxima. (Colaborou AAR)

Frigorífico de Itaporã quer retirar carne estocada

Com a notícia do fechamento do Frigorífico de Itaporã, administrado pela empresa Torlin Alimentos S/A, os funcionários da unidade estão bloqueando a saída de 31 toneladas de produtos destinados à exportação. 
Segundo o gerente Ednei Pardim, é necessário a retirada dos produtos estocados, para que a empresa possa quitar os salários vencidos em 31 de Maio, uma parcela de R$ 67.000,00 vencida também em 31/05 referente ao acerto trabalhista do ano passado, e a cesta básica vencida em 15/05.
Quanto ao salário do mês, Pardim disse que tem até o 5º dia útil para pagar (08/06).
Com relação a notícia que os funcionários iriam assinar o Aviso Prévio, o gerente não confirma, mas também não descarta a opinião que uma empresa que tem capacidade de abate de 500 cabeças/dia, abateu em no mês de abril um total de 1.232 cabeças de gado, trabalhando com 282 funcionários. 
Durante todo o mês de maio, os 220 funcionários da empresa, abateram e industrializaram apenas 670 cabeças, isto é só trabalharam sete dias. Como os funcionários são mensalistas, terão direito de receber o salário integral e a cesta básica.
Segundo Ednei Pardim, para que os produtos estocados possam ser exportados, é necessário o envio para a cidade de Maringá PR, pois os containers só podem ser embarcados para seu destino com 25 toneladas cada, sendo que no estoque da unidade de Itaporã tem 13 toneladas de miúdos e 6 toneladas de músculos para Hong Kong e 12 toneladas de dianteiro para o Iraque. 
Pardim disse a reportagem do Itaporahoje.com, que caso não haja um entendimento entre os funcionários que bloqueiam a entrada da industria, vai solicitar ao Departamento Jurídico da empresa que entre com um Mandado de Segurança a fim de retirar a carne estocada.
Ainda nesta terça-feira (01), a empresa vai registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Itaporã, pois os funcionários não permitem que uma carreta e um caminhão entrem nas dependências da industria para retirar a carne.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Mercado

Ontem foram negociados alcatra e contra filet entre R$ 9,50 kg / R$ 9,60 kg . Embora a tendencia seja de alta devido ao encurtamento das escalas e ainda feriado espremido assim como  inicio de mes onde o consumo aumenta  , esse provavel aumento deve ter seu ápice na semana que vem.
As tabelas dos frigorificos trazem esses produtos estipulados entre 8,90 kg a R$ 9,40 kg dependendo da região.

Dourados: Contrariando tendência, empresa investe R$ 10 milhões em frigorífico

Contrariando a tendência no setor industrial da carne que sofre com o Plano de Recuperação Judicial do Frigorífico Independência e a ameaça de fechamento dos frigoríficos Frialto de Iguatemi e Torlin de Itaporã o município de Dourados está recebendo um investimento de cerca de R$ 10 milhões com a implantação de um frigorífico.

A nova indústria está sendo instalada numa área de dez hectares localizada na estrada do Potreirito distante apenas 15 km do centro da cidade e deverá entrar em operação em dezembro conforme informou o empresário Ademar Marquetti do Grupo Frigoforte do Paraná.
Na manhã desta terá-feira Marquetti recebeu o diretor do Sindicato Rural de Dourados, vereador Gino José Ferreira que está ajudando o empresário na obtenção das licenças ambientais e encaminhado ao Governo do Estado reivindicação para a pavimentação asfáltica de um trecho de 2 km ligando a BR 163 até o local da indústria.
Quando entrar em operação o frigorífico terá capacidade para abater de 450 a 500 bovinos e até 600 ovinos ou caprinos no por dia. Ademar Marquetti afirmou que serão contratados cerca de 350 trabalhadores de forma direta. “Já recebemos mais de mil currículos”, disse o empresário.
Marquetti afirmou que o Grupo Frigoforte conta com dois frigoríficos no Paraná e outro em Ponta Porá e optou por investir em Dourados devido a forte vocação do município para o agronegócio e para a agroindústria e pela grande oferta de mão-de-obra qualificada. “Dourados situa-se num ponto estratégico e nos oferece facilidades logísticas”, explicou Ademar Marquetti que já conseguiu a licença de instalação e acredita que até outubro seja aprovada a licença de operação.
O novo frigorífico está sendo construindo numa planta do antigo Frigorífico Pérola que era considerado de pequeno porte e detinha apenas o selo de inspeção estadual. “O Frigoforte já nasce com certificação do Sistema de Inspeção Federal e estará apto a exportar carne processada para o mercado europeu”, explicou Marquetti.



FOCOS DA CRISE



Hoje pela manha em Itaporã operários do setor de embarque do frigorífico Torlin se recusaram a despachar trinta toneladas de carne porta para serem exportadas para o Iraque a China. Os trabalhadores fizeram a manifestação para garantir o cumprimento de acordos trabalhistas firmados em 2009.
Já na cidade de Iguatemi o prefeito José Roberto Arcoverde (PSDB) está preocupado quer evitar o fechamento do Frigorífico Frialto. Ele esteve em Campo Grande na semana passada falando com parlamentares da Bancada Federal para encontrar uma solução para a situação financeira encontrada pela indústria que iniciou o processo de demissão de cerca de setecentos funcionários.
Nesta quarta-feira o Frigorífico Independência de Nova Andradina realiza em São Paulo uma assembléia geral para discutir com os seus credores as formas de pagamentos dos débitos. O Independência faz esta reunião porque conseguiu através da Justiça autorização para colocar em ação o Plano de Recuperação Financeira.

Mesmo com frango barato, consumo de carne bovina não deve diminuir

Migração de um tipo de carne para outro não deve ser tão intensa, por causa da renda maior do brasileiro


Tatiana Freitas




A diferença de preço entre as carnes de frango e de boi é um dos maiores dos últimos seis anos. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o frango congelado no atacado da Grande São Paulo está 55% mais barato do que o preço da carcaça bovina casada, perto da maior diferença entre as duas proteínas já registrada pelo Cepea, de 58% em março de 2006.
Assim, cresce a expectativa de migração de consumo da carne bovina para o frango, mais em conta. Mas a recuperação da renda e mudanças nos hábitos de consumo podem tornar esse movimento mais tímido do que em outros momentos.
Conforme o Cepea, o spread médio entre o frango congelado e a carcaça bovina casada é de 43% desde 2004, quando teve início a série histórica do Cepea. Só neste ano, o quilo do frango congelado caiu 12% no atacado da Grande São Paulo, sendo vendido por R$ 2,45 o quilo na última quarta-feira.
Segundo o pesquisador Matheus Pacheco de Almeida, do Cepea, a lenta retomada da demanda internacional pelo produto explica o comportamento de preços. "As exportações não estão decolando, o que obriga as empresas a vender no mercado interno." A proibição da venda de frango temperado desde abril é outro fator que teria contribuído para a baixa do frango, já que 90% da produção de alguns frigoríficos era de frango temperado. Com o aumento da oferta de frango in natura, os preços baixaram. O Mapa determinou o fim das vendas de frango temperado na tentativa de inibir fraudes em relação à mistura de água ao produto.
Insumos. A queda dos principais insumos utilizados na produção de carne de frango - milho e farelo de soja - também pode ter contribuído para retração no preço da carne. O indicador de preços do milho Esalq/BM&FBovespa acumula queda aproximada de 5% em 2010, enquanto o indicador para a soja cai 8% no ano, considerando as cotações em Paranaguá (PR). "O maior determinante para a formação de preços é a demanda, mas todos os elos da cadeia sabem que o preço dos insumos está baixo e que as margens dos produtores melhoraram", diz.
"A tendência, neste momento, é atrair maior consumo para o frango e inibir a demanda pela carne bovina", diz o economista Fábio Silveira, da RC Consultores. Na sua avaliação, há uma pressão de baixa sobre os preços da carne bovina, também explicada pela perspectiva de manutenção de preços deprimidos dos grãos.
Mas, para o coordenador de Pecuária do Cepea, o pesquisador Sérgio De Zen, uma migração mais significativa e clara do consumidor de uma proteína para outra não deve ser verificada. O aumento do poder de compra do brasileiro, argumenta, faz com que o fator preço tenha um peso menor na decisão do consumidor. "Quando havia restrição muito forte de renda, essa migração era mais iminente. Agora, com um padrão melhor, alguns consumidores vão aceitar (a diferença de preço) um pouco mais."
Já a economista Amarillys Romano, da Tendências, avalia que, apesar do recente aumento, a renda extra do consumidor está comprometida com a compra de bens duráveis e que o aumento do diferencial entre as carnes de frango e bovina pode provocar uma migração temporária de consumo.
É unânime entre os analistas, porém, a percepção de que, no mínimo, o atual patamar de preço das aves deve inibir a recuperação da carne bovina no atacado.

Funcionários bloqueiam planta do frigorífico Itaporã/MS

Rumores sobre o possível fechamento do frigorífico Itaporã, da Torlim Alimentos, em Itaporã (225 km ao sul de Campo Grande), levaram os trabalhadores a bloquear a saída de 31 toneladas de carne destinadas à exportação. O objetivo dos empregados é garantir os estoques para utilização como pagamento das dívidas trabalhistas no caso de a unidade ser desativada. A assessora jurídica do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Dourados, Adi de Oliveira, que está no frigorífico acompanhando o movimento dos trabalhadores, disse ter se reunido com a gerência da unidade, que desmentiu os boatos sobre a paralisação das atividades.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Brasil tentará negociar exportação de carnes aos EUA

BRASÍLIA - Uma missão do Ministério da Agricultura estará em Washington, nos dias 7 e 8 de junho, para avaliar com autoridades do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) as diferenças de procedimento em relação ao controle de resíduos na carne bovina termoprocessada que o Brasil exporta para aquele país.
O uso de sistemas distintos de avaliação levou os Estados Unidos a impedir a entrada de um lote do frigorífico JBS Friboi este mês. Por isso, o governo brasileiro suspendeu, na última quinta-feira (27), as certificações e embarques de carne processada para os Estados Unidos.
“Vamos buscar informações sobre a metodologia aplicada pelo serviço veterinário oficial daquele país. A adotada pelo Brasil segue recomendação do Codex Alimentarius [código internacional de referência para a segurança dos alimentos]”, explicou o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Nelmon Costa, por meio de nota.
Outro objetivo da missão, segundo Costa, é verificar se os critérios aplicados na inspeção dos produtos brasileiros são os mesmos usados internamente para produtos americanos. Os Estados Unidos são o principal importador de carne processada brasileira e compraram, no primeiro trimestre deste ano, cerca de 9 mil toneladas do produto, ao preço de US$ 48,6 milhões.

Restrição à carne pode ser retaliação política

Autoridades bloquearam 40 toneladas do produto após identificação de vermífugo

Restrição à carne brasileira nos Estados Unidos pode ser retaliação pelo posicionamento do país na questão do programa nuclear do Irã. A suspeita foi levantada por representantes do agronegócio, mas associação brasileira de frigoríficos afirma que o incidente é meramente técnico.
O Ministério da Agricultura brasileiro decidiu suspender as exportações de carne para os Estados Unidos desde a sexta-feira passada. A medida foi adotada após pedido do governo norte-americano para o recall de carne bovina processada e produzida pelo frigorífico JBS-Friboi.
Autoridades bloquearam 40 toneladas do produto depois de identificar a presença de um vermífugo acima do permitido. O governo brasileiro alega que há discrepância nas metodologias utilizadas entre os dois países para analisar a carne e a presença de agentes químicos.
Por isso, uma missão do Ministério da Agricultura vai a Washington na semana que vem para tentar harmonizar os procedimentos técnicos. Enquanto o entendimento não ocorre, o Brasil decidiu interromper a venda de carne aos Estados Unidos para evitar danos maiores aos negócios do país.
Em entrevista ao repórter Ulisses Neto, o presidente da Sociedade Rural Brasileira Cesário Ramalho, mostrou-se preocupado com a possibilidade de uma retaliação política dos norte-americanos. O presidente da Sociedade Rural Brasileira lembra que os norte-americanos mudaram sua metodologia de análise repentinamente. “O que me preocupa mais nessa história toda, é que este seja o início de uma retaliação política”.
Sem citar especificamente o caso da carne brasileira, o embaixador Rubens Ricupero já tinha levantado a hipótese de retaliação comercial norte-americana. Ele destacou que há vários setores que podem se aproveitar do caso iraniano.
Os produtores de carne brasileiros ressaltam que foram pegos de surpresa pela mudança de metodologia dos Estados Unidos na análise da carne. No entanto, apontam que as divergências com os norte-americanos são meramente técnicas.
O presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos, Péricles Salazar, garante que não há disputa política nessa questão. Mesmo assim, Salazar afirma que os produtores brasileiros não foram comunicados sobre as mudanças de procedimentos e não puderam se adequar. “Não acredito em uma retaliação política. O brasil tem uma sólida relação politica e comercial com os norte-americanos”.
Roberto Segatto, presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior, também rechaçou a possibilidade de retaliação política por parte dos Estados Unidos. Segatto apostou que haverá uma solução negociada entre os dois países.
Especialistas aplaudiram a medida do ministério de vetar as exportações e lembram que atitudes semelhantes já foram adotadas no passado. Eles ressaltam que ao suspender as vendas, o governo brasileiro terá a prerrogativa de retomá-las quando considerar viável. Além disso, a carne processada que é vendida aos Estados Unidos tem pouco peso na conta dos exportadores brasileiros.

Marfrig vende para os EUA via Uruguai

A Marfrig Alimentos anunciou ontem que vai atender a demanda dos Estados Unidos por carne bovina processada utilizando suas plantas no Uruguai e na Argentina. É uma reação da empresa à suspensão das exportações de carne brasileira para o mercado americano.

Na quinta-feira, o Ministério da Agricultura suspendeu os embarques de carne bovina processada para os EUA, depois que as autoridades sanitárias americanas solicitaram ao frigorífico JBS Friboi um recall de 40 toneladas. Foi identificado no produto um nível superior ao permitido do vermífugo Ivermectina.
Segundo o Marfrig, as unidades de Colonia, Fray Bentos e Tacuarembó, no Uruguai, e Martinez e Mirab, na Argentina, estão habilitadas a exportar para os EUA e possuem capacidade de produção suficiente. Em contrapartida, deixam de atender ao mercado americano as unidades de Promissão (SP), Paranatinga (MT) e Capão do Leão (RS). Segundo a empresa, não estão previstas demissões no Brasil por causa do problema.
Ás exportações de carne processada para os EUA representaram apenas 0,7% das vendas externas do Marfrig a partir do Brasil, e menos de 0,1% da receita total do grupo.
O JBS não deu entrevistas sobre o assunto. Em comunicado divulgado na sexta-feira, a empresa informou que os prejuízos serão pequenos, porque as exportações do Brasil para os EUA respondem por 0,5% da receita.
Até o fechamento dessa edição, o frigorífico Minerva não respondeu aos pedidos de entrevista. JBS, Marfrig e Minerva são os principais exportadores de carne processada para os EUA. Os americanos não compram carne in natura do Brasil.
Washington. Nos dias 7 e 8 de junho, uma missão do governo brasileiro estará em Washington para negociar com os americanos a suspensão do embargo. Os técnicos querem entender as mudanças feitas pelos EUA em seus critérios de detecção da Ivermectina e garantir que os mesmos padrões também estão sendo utilizados internamente. Há temores no governo e no setor privado de que as restrições americanas sejam uma retaliação ao Brasil.







Abrafrigo responsabiliza BNDES por crise em frigoríficos do Nortão

Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) distribuiu nota responsabilizando o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pela crise pela que passam frigorífico de pequeno e médio portes e menciona o pedido de recuperação do Frialto, que suspendeu abates em 3 frigoríficos em Mato Grosso (Sinop, Matupá e Nova Canaã), além de plantas do Mato Grosso do Sul e Rondônia. "A ausência de políticas de financiamento do BNDES continua deixando o setor fragilizado e pessimista sobre o seu futuro", critica o presidente da associação, Péricles Salazar. "O pedido de recuperação judicial apresentado pelo Grupo Frialto, empresa tradicional e bem conceituada no mercado de carnes é mais um exemplo de como o BNDES se mostra insensível para as necessidades das pequenas e médias empresas", complementa.
O presidente da associação que reúne os frigoríficos brasileiros aponta que, "o problema do Frialto estende a desconfiança para os produtores e o sistema financeiro, levando mais dificuldades para toda a cadeia produtiva. Temos conhecimento que o próprio Frialto requereu financiamento do BNDES e não foi atendido. Assim como esta empresa, outras de igual porte têm sido barradas, inexplicavelmente", apontou.
"A Abrafrigo apela para as autoridades no sentido de que o BNDES também apóie as pequenas e médias empresas, porque entende que ajudá-los a se recuperar e permanecer no mercado significa amparar milhares de produtores pecuaristas fornecedores e todo o conjunto de atividades que orbitam ao redor destes frigoríficos, finaliza Salazar.
Segundo a Abrafrigo, antes da crise do Frialto, havia 15 plantas em recuperação e agora elas somam 18 somente no Mato Grosso. Conforme Só Notícias informou, em primeira mão, o grupo Frialto pediu recuperação judicial, no útimo dia 25, na comarca de Sinop. Oficialmente, não é mencionado o montante da dívida nem o número de funcionários demitidos até agora. Só em Sinop havia cerca de 700 pessoas trabalhando.
Em nota divulgada neste sábado, a direção do Frialto aponta que está buscando saídas para pagar débitos com pecuaristas, funcionários e que retomará suas atividades.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

NOTA OFICIAL - FRIALTO

Queremos utilizar desta nota para falarmos exclusivamente aos nossos funcionários, fornecedores e à população. Passamos, neste momento, por uma grande tempestade, que, na verdade se arrasta desde a crise mundial de 2008, quando nossa atividade foi duramente atingida, desestabilizando empresas tradicionais do setor. Hoje, evitando a insolvência da empresa, buscamos amparo na recuperação judicial, pois é a única maneira legal de que dispomos para mantermos a empresa viva. Olhando nossos números, temos consciência de que isto é perfeitamente possível, e acreditamos que, em breve, poderemos retomar as atividades. Temos plena convicção de que honraremos com todos os nossos compromissos, e que o Frialto retornará. O que queremos fazer publicamente neste momento é, em primeiro lugar, pedirmos desculpas aos nossos funcionários e a todos fornecedores que confiaram na empresa e aos quais, hoje, estamos causando transtornos. Existe uma agonia profunda, porém não descansaremos e estamos, hoje, dedicados, 24 horas por dia, na busca destas respostas e na montagem de um plano de recuperação. Passaremos pelo crivo de assembléias, mas acreditamos num desfecho rápido, pois nossa intenção é a de honrarmos, o quanto antes, com nossos compromissos. Já estamos trabalhando nosso plano de recuperação. Queremos, também, pedir desculpas à sociedade onde temos nossas plantas que indiretamente, também sofrem os transtornos pelos problemas que ocasionamos. Queremos dizer a todos, que continuamos morando onde há trinta anos nos estabelecemos e que nunca nos ausentamos diante dos problemas, ou tão pouco nos escondemos, deixando de prestar contas. Queremos fazer, aqui, um parêntese, pedindo desculpas às populações e aos produtores de Mato Grosso do Sul e de Rondônia pela nossa ausência neste momento, pois foi absolutamente impossível estarmos aí. Com o trabalho, aos olhos de todos, e sob a proteção de Deus, junto com nossos funcionários construímos uma empresa e será com o trabalho, com nossos funcionários e sob a proteção de Deus que a reergueremos. Se, por um lado, há uma vergonha enorme, um gosto amargo, e muito amargo, por ocasionarmos tamanho transtorno, por outro, há o conforto das centenas de manifestações de apoio, o que nos fortalece e nos compromete ainda mais. Não deliberamos sobre tudo isso com o intuito de nos preparar. Fomos jogados a esta situação por operações comerciais e financeiras que culminaram, contra nosso desejo, nesta única opção. Porém, não escondemos nossa realidade e chegamos a discuti-la com profissionais, nos convencendo que já não havia outra alternativa a tomarmos que não o pedido de recuperação judicial. Não houve, e jamais haverá má fé em nosso comportamento e em nossas negociações. Ao contrário, mais do que nunca, buscaremos apoio e sugestões. Fruto da clareza com que sempre tratamos nossos negócios, encontramos hoje, o apoio dos líderes de nosso setor em todos os estados que atuamos. Precisamos expressar nosso sentimento de gratidão e, ao mesmo tempo dizer aos senhores, que não lhes decepcionaremos. Queremos, por fim, dizer, àqueles que conhecem a história de nossa família, a história da empresa, e que, portanto, conhecem, também, a fé que temos em Deus, que Ele é o nosso escudo e que é Nele que confiamos acima de tudo. Que este sofrimento que nos é imposto e este calvário em que nos encontramos, contribuam pela nossa salvação e com a de todos que nesta hora sofrem conosco. Louvado seja o coração de Jesus. Frialto

Arrendamento da planta da Cotril

 O grupo Mataboi está arrendou na semana passada  a planta do COTRIL , construida em Inhumas (GO) , habilitada para exportação para o Mercado Comum Europeu. Essa planta está capacitada para abater acima de 1000 bois dia.

Reunião semanal da BGA-RJ de formação de preços

Para imrpimr , clicar na imagem.

Suspensa venda de carne bovina aos EUA

Medida do Ministério da Agricultura do Brasil foi tomada depois de americanos pedirem recall de 40 toneladas de produto do JBS

As exportações de carne bovina brasileira para os Estados Unidos estão suspensas. Na quinta-feira à noite, o Ministério da Agricultura interrompeu os embarques de carne bovina processada para o mercado americano, após um recall de produtos do frigorífico JBS Friboi. Os Estados Unidos não importam carne in natura do Brasil.
As autoridades sanitárias americanas pediram um recall de 40 toneladas de carne bovina processada do JBS, na qual identificaram a presença acima do permitido de Ivermectina, um vermífugo utilizado rotineiramente na criação de bovinos, mas que pode ser danoso à saúde humana. O Brasil já chegou a exportar US$ 285 milhões em carne bovina processada para os Estados Unidos.
O bloqueio dos embarques ocorre em um momento delicado nas relações entre os dois países. Os Estados Unidos estão preocupados com a interferência do Brasil em um acordo nuclear com o Irã. E o Brasil, por sua vez, ameaça elevar as tarifas de importação de produtos americanos por causa dos subsídios dados aos produtores de algodão. Há temores no setor privado e no governo brasileiro que a atitude "intransigente" dos EUA seja uma retaliação.
Em função do incidente com o JBS, o Brasil suspendeu todas as exportações de carne bovina para os EUA, a fim de evitar prejuízos maiores. Mas a decisão foi tomada de comum acordo com os americanos, que se comprometeram a não pedir novos recalls. Ao interromper unilateralmente os embarques, o Brasil pode retomar as exportações mais rápido quando o problema for resolvido. Os frigoríficos que mais exportam para o mercado americano são o JBS, o Marfrig e o Minerva.
Nos dias sete e oito de junho, uma missão do governo brasileiro vai se reunir em Washington com os americanos para discutir o assunto. Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), do Ministério da Agricultura, Nelmon Oliveira da Costa, os EUA fizeram uma mudança repentina em seus critérios técnicos para identificar o vermífugo.
No Brasil, os testes são feitos no fígado dos animais e a concentração da Ivermectina não pode ultrapassar 100 partes por bilhão. Agora, os EUA pedem testes no músculo e aceitam uma concentração de apenas 10 partes por bilhão. Segundo Costa, o critério utilizado no Brasil é recomendado pelo Codex Alimentarius da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
"Nós vamos até lá para esclarecer esse assunto. Queremos saber se os Estados Unidos estão adotando esse mesmo critério internamente e porque tiveram uma mudança de postura tão intransigente com o Brasil", disse Costa. O problema vem sendo discutido há quatro semanas entre autoridades brasileiras e americanas, mas só agora as exportações foram interrompidas.
Aftosa. O setor privado brasileiro quer evitar que esse incidente inferira na abertura do mercado americano para carne in natura. Os Estados Unidos estão fazendo uma consulta pública para liberar as importações de carne bovina e suína in natura do Estado de Santa Catarina, que é considerado livre de febre aftosa, uma doença que ataca os animais.
Faz tempo que o Brasil tenta conseguir essa certificação, sem sucesso. O processo só foi agilizado neste início de ano, porque faz parte do pacote oferecido pelos Estados Unidos para evitar a retaliação no caso do algodão. A Organização Mundial de Comércio (OMC) autorizou o Brasil a elevar tarifas de importação contra produtos americanos, porque os EUA se recusam a retirar os subsídios aos produtores de algodão.
De acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira dos Exportadores de Carnes (Abiec), Octávio Cançado, ainda não há estimativa de perdas, porque a expectativa é que a situação seja resolvida em breve. "Se isso não ocorrer, teremos prejuízos. É um mercado muito importante", disse.