sexta-feira, 7 de maio de 2010

Mercado

Os cortes alcatra e contra filet estão ofertados no mercado. Ontem a tarde teve oferta de alcatra pura a R$ 9,50 a prazo e o supermercado não quiz, preferindo deixar para hoje a compra.
Dianteiro sem osso ofertado a R$ 5,60 kg e boi inteiro com osso R$ 6,00 x R$ 4,00 x R$ 3,80

Boi em pé do MT é mais competitivo com ICMS menor

Com a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 7% para 4% para o transporte de boi em pé do Mato Grosso, os mais de seis milhões de bois do nordeste do estado, além dos mais de 20 milhões que compõem a região, podem concorrer no mercado em outros territórios brasileiros.
“O gado se torna mais competitivo e a margem para o pecuarista trabalhar sobe”, afirma Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).

Nortão: protesto de índios dura 14 dias e frigorífico aponta prejuízos

Lideranças indígenas de 7 etnias de Mato Grosso mantém paralisada, há 14 dias, a travessia de balsa entre São José do Xingu (1,2 mil km a nordeste de Cuiabá) impedindo acesso a municípios no Norte, como Marcelândia e Matupá (200 km de Sinop) e a MT-322 (antiga BR-080) obrigando pecuaristas, fazendeiros, empresários e moradores da região a usarem rota alternativa. O protesto é sobre a falta de informação, a ser repassada aos índios, sobre a área de alagamento da represa e a forma que vai acontecer, quando for construída a Usina de Belo Monte, em Altamira (PA).

Um frigorífico, por exemplo, aponta que o manifesto dos indígenas está causando prejuízos, principalmente para o setor industrial de carne, pois o gado que está do outro lado do rio é transportado por uma rota alternativa de mais de 1.200 km.
Conforme informou ao Só Notícias, o gerente de compras de um frigorífico em Matupá, Natalino Sanchez Filho, são mais de mil cabeças de boi compradas, a espera do transporte. "Temos o tickets para passagem na balsa comprados e não podemos passar a matéria prima para o frigorífico. Chegamos a diminuir o abate por alguns dias, mas agora estamos comprando gado em outras regiões do lado de cá do rio, devido a este transtorno", disse.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Governador Antonio Anastasia inaugura Frigorífico Minerva, que vai gerar mais empregos para Região do Triângulo

O governador Antonio Anastasia participou, na terça-feira (4), da inauguração do Frigorífico Minerva, em Campina Verde, no Triângulo Mineiro. Durante a solenidade, o governador assinou protocolo de intenções com os diretores do grupo empresarial formalizando investimento de R$ 59 milhões da empresa nos próximos dois anos em Minas Gerais.
“O grupo Minerva é um dos maiores do Brasil e instala aqui em Campina Verde uma unidade que vai se expandindo. Acho que é um tempo novo para a questão frigorífica aqui no Triângulo e em Minas”, frisou o governador Antonio Anastasia para um auditório lotado na cidade de Campina Verde.
O frigorífico foi comprado pelo Grupo Minerva, sediado em Barretos (SP) e, antes de entrar em operação, passou por processo de reforma. Com os novos investimentos, o empreendimento será ampliado e modernizado para abate de bovinos. As obras serão concluídas em março de 2012. Do total de R$ 59 milhões previstos no projeto, R$ 50 milhões serão destinados à expansão da unidade industrial e R$ 9 milhões para a instalação do Centro de Distribuição na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em local ainda a ser definido.

Venda direta prejudica açougues

Donos de casas de carne afirmam que prejuízo financeiro chega a 40%, enquanto que os supermercados registram queda média de 25%


Uma nova estratégia de venda adotada pelo grupo frigorífico JBS/Friboi está prejudicando economicamente comerciantes do interior de Mato Grosso. Enquanto os supermercadistas calculam danos financeiros de até 25%, os proprietários de açougues amargam queda de aproximadamente 40% no faturamento mensal. Isso porque a empresa frigorífica adotou uma forma diferenciada para atender o varejo. O proprietário de um açougue em Campo Verde (localizada à 130 km de Cuiabá), Onírio da Silva Oliveira, explica que o JBS/Friboi colocou 3 veículos para vender carnes embaladas diretamente ao consumidor.
Segundo ele, essa alternativa de comercialização está atrapalhando a venda nos demais estabelecimentos da região. "Tivemos queda de 40% nas vendas". Por esse motivo, o comerciante afirmou que a compra de carnes do frigorífico JBS/Friboi foi boicotada pelos donos de açougues da região. Nos supermercados da região a situação é preocupante. O supermercadista Fábio Schroeter destaca que a concorrência está desequilibrada. Ele aponta que os veículos da empresa frigorífica conseguem ganhar o consumidor no preço. Os comerciantes também reclamam das forma de pagamento adotada pela indústria, feitas por meio do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), com parcelamentos de até 60 dias. Além de Campo Verde, outros municípios mato-grossenses, dizem estar sofrendo com a interferência de venda no varejo, como é o caso de Cáceres (a 244 km de Cuiabá). O dono de uma açougue na cidade, Edson Luiz, diz que os veículos adotados pela empresa para vender a carne também está provocando impacto negativo.
Embora ainda não estejam calculando os impactos que essa nova estratégia trouxe para o comércio local, os empresários varejistas da região estudam alternativa para resolver o impasse.
O presidente da Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Kássio Catena, diz que está tentando agendar uma reunião com o representante do frigorífico. Ele destaca que, sobre esse assunto também recebeu reclamações de comerciantes de Poconé e Primavera do Leste (respectivamente, a 102 km e 239 km de Cuiabá).
Para o superintendente do Ministério da Agricultura em Mato Grosso (Mapa), Francisco Moraes Costa, essa ação realizada pelo JBS/Friboi no mercado varejista é legal. Ele acredita que a empresa está procurando alternativas para expandir as vendas, além das exportações. Conforme ele, os produtos são certificados, inspecionados e têm qualidade.
A reportagem tentou contato com o grupo frigorífico, mas foi informada, via assessoria de imprensa, que a empresa não iria se pronunciar por estar em período de silêncio - para não influenciar as cotações das ações na bolsa de valores.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Frango ultrapassará boi

Com um incremento de 42,92% no primeiro trimestre, as exportações de frango devem ultrapassar as de bovinos ainda este ano


O extraordinário avanço da produção de aves, aliado à chegada de novas indústrias ao Estado, vai inverter a posição de alguns produtos do item “carnes” no ranking da pauta das exportações mato-grossenses em 2010. Segundo a Federação das Indústrias do Estado (Fiemt), a previsão é de que as exportações de frango ultrapassem as de bovinos ainda este ano, por conta dos investimentos que estão sendo realizados no setor avícola.
No primeiro trimestre, para se ter uma idéia, as exportações de frangos tiveram incremento de 42,92%, passando de 25,429 mil toneladas para 36,345 mil toneladas. A carne bovina, por sua vez, cresceu 34,07%, saindo de 31,660 mil toneladas para 42,447 mil toneladas. “A diferença é de apenas 6,102 mil toneladas, algo que deve desaparecer até o final de 2010, colocando o frango à frente da carne bovina em Mato Grosso”, diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiemt), Jandir Milan.
A projeção da Fiemt foi confirmada ontem pelo economista Guilherme Bellotti de Melo, analista econômico do Banco Rabobank, que esteve em Cuiabá para participar da 6ª edição do Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec). Durante palestra sobre os “Cenários para o mercado de carne”, Bellotti afirmou que a taxa de crescimento do frango será superior nos próximos 20 anos, competindo de igual para igual com a carne bovina e ficando bem à frente da carne suína em volume exportado.
Ele destacou o crescimento do mercado asiático e apontou o Brasil – em especial Mato Grosso – como o grande celeiro mundial de carnes nos próximos anos. Mas lembrou que há um cenário em que os produtores precisam aprender a trabalhar para enfrentar um período de volatilidade nos preços das carnes. Segundo ele, esta volatilidade deverá pressionar os custos e gerar a “necessidade de análise de risco”, obrigando o produtor a ser mais eficiente da porteira para dentro para produzir em um cenário de adversidades no mercado.
Ele fez uma análise global do mercado de carnes no mundo e disse que no Brasil a volatilidade vai atingir principalmente a produção de suínos e aves, que são dependentes de commodities como soja e milho, utilizados em larga escala para a produção de proteínas e ração animal. Na opinião do analista, a pecuária bovina ficaria mais imune ao movimento de oscilações no mercado.
Bellotti de Melo afirmou que os preços entre os países tendem a apresentar comportamento semelhante, possibilitando novas alternativas e minimização de riscos para os produtores. “Na América Latina – Estados Unidos e Canadá, principalmente - observamos uma maior demanda de milho para a produção de etanol e de carne bovina, via confinamento”.
Em relação à União Européia, lembrou que a maioria dos países enfrentará um período de altos custos. “À medida em que a União Européia reduz os subsídios para produção de grãos e de leite, tende a deixar os países menos competitivos. A Rússia, por exemplo, tem um grande potencial produtivo, mas ainda está aquém do montante necessário para suprir a demanda local, abrindo mercado de aves e suínos para outros países”.
A China, com potencial de crescimento significativo, vai direcionar sua produção ao mercado interno e abrir espaços para o Brasil, seguindo o exemplo da China, que também oferecerá oportunidades às exportações brasileiras por concentrar grande consumo de carnes de frango.
O analista do Rabobank lembra que a Argentina passa por problemas institucionais e lá os produtores estão “liquidando” os rebanhos em função do desestímulo do governo à atividade agropecuária. “O Brasil tem condições de se colocar no mercado argentino de uma forma mais intensa”, diz.
De acordo com Bellotti de Melo, o Brasil tende a ser um grande player no mercado de frangos e suínos no mundo. “No caso do frango, temos o segundo menor custo de produção, o que aumenta a competitividade dos nossos produtos frente a outros países”, afirmou o economista.

Demanda mundial por carnes terá crescimento acentuado

O crescimento do consumo mundial de carnes, puxado principalmente pelos países asiáticos, abre espaços para a inserção mais forte dos produtos brasileiros nos grandes mercados consumidores, gerando novas oportunidades de negócios no país.
Segundo o especialista em Finanças Internacionais e apresentador do programa Manhattan Connection (GNT/Globaosat), Ricardo Amorim, a demanda mundial por carnes terá um crescimento sem precedentes nos próximos 10 anos, deixando em aberto a possibilidade de expansão de alguns setores. “A grande oportunidade não está em carnes bovinas, mas em frangos e suínos”, lembrou Amorim, que veio a Cuiabá para participar do 6º Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária (Enipec) e proferir palestra sobre a “Visão macroeconômica na agropecuária”.
Ele disse que o Brasil deve aproveitar as oportunidades no mercado de carnes, lembrando que o desafio é lidar com as dificuldades fora da porteira. “O produtor é muito eficiente da porteira para dentro, mas na hora de comercializar a produção ele não tem o conhecimento necessário e o domínio do mercado. Ele precisa desenvolver ferramentas de gerenciamento que os coloque em uma posição mais privilegiada no momento de vender seu produto
Amorim destacou o crescimento da Ásia, apontando que esse mercado – representado pela China, Índia, Japão, Coréia, Indonésia, Filipinas, Malásia e Taiwan - é responsável hoje por 65% do consumo mundial de carnes. “Olhando para a Ásia, vemos que lá é que está o grande mercado consumidor mundial”.
De acordo com o economista Guilherme Bellotti de Melo, analista do Banco Rabobank, a demanda de carnes e aves será maior, “mas o mercado de bovinos também se colocará como grande opção para o mercado brasileiro. Isso quer dizer que o produtor necessita ser cada vez mais eficiente para ser competitivo da porteira para dentro, com custos de produção mais baixos”.
Segundo ele, o acesso à extensão tecnológica e mecanismos de comercialização são essenciais para que Mato Grosso – detentor do maior rebanho bovino comercial do país – continue crescendo neste segmento.
Na sua palestra durante a Enipec, o especialista Ricardo Amorim destacou a necessidade de os produtores se “juntarem em cooperativas” como forma de enfrentar a concorrência mundial. Afirmou que Mato Grosso é um dos “beneficiados do processo por ser um grande celeiro de alimentos”.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Carne bovina in natura cresce 21% na exportações em abril

A receita com as exportações brasileiras de carne bovina in natura cresceu 21,2% em abril na comparação ao mesmo período de 2009. Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que a receita obtida com as vendas de carne bovina somou US$ 300,2 milhões no mês passado, ante US$ 247,7 milhões de abril de 2009. Em relação a março deste ano, quando as exportações totalizaram US$ 292,5 milhões, o avanço foi de 2,6%.
Em volume, no entanto, os embarques caíram 7,8%, de 85,1 mil toneladas em abril de 2009 para 78,4 mil toneladas no mês passado. Em comparação com março deste ano, a queda foi de 2,2%. O crescimento da receita, portanto, deve-se a uma recuperação dos preços. Em abril deste ano, o preço médio da tonelada de carne bovina exportada subiu 31,5% em relação a abril de 2009, passando de US$ 2.909 por tonelada para US$ 3.827 por tonelada. Em comparação com março, os preços internacionais aumentaram 4,9%.

Pecuaristas de MT comemoram redução do ICMS de 7% para 4%

A aprovação da Lei nº 9.349, atende a uma solicitação da Acrimat junto ao governo do estado para reduz o ICMS na comercialização do gado em pé

Foi aprovada pela a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, a Lei nº 9.349 de 30 de abril de 2010, que autoriza o governo do Estado a reduzir a base de cálculo na saída interestadual de gado mato-grossense em pé, de 7% para 4% do valor da operação em todos os municípios mato-grossenses, uma redução de 42,86%. “Essa iniciativa mostra a sensibilidade por parte do governo do Mato Grosso e dos deputados estaduais que entenderam a necessidade de tornar o setor mais competitivo”, comemorou o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, Luciano Vacari.
Os produtores estão comemorando a aprovação da Lei. Para o pecuarista Marcos Jacinto, representante da Acrimat na região Nordeste, “a redução da carga tributária pode refletir num aumento no preço da arroba em até três reais, pois vamos ter mais opções de venda, mais concorrência, e fazer valer a velha lei da oferta e procura”. A região Nordeste o pecuarista conta com apenas duas opção para abater seu gado, os frigoríficos Marfrig e Friboi.
Para o pecuarista Marcos da Rosa, que trabalhou junto aos deputados a aprovação da lei, “a redução do ICMS vai tirar a pressão nos preços promovida pela concentração de poder dos frigoríficos em algumas regiões”. Para ele com a “entrada de outros estados em busca de nosso gado, o preço ao produtor será mais equilibrado, Isso vai trazer maior respeito ao produtor rural”. As informações são de assessoria de imprensa.