sábado, 1 de maio de 2010

Campanha contra Aftosa aberta a partir de segunda-feira em Campos

A primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Febre Aftosa será aberta, em Campos, na próxima segunda-feira, dia 3, e se estende até o final do mês. A secretaria municipal de Agricultura adquiriu 60 mil doses de vacina que serão doadas a pequenos criadores com até 70 animais cadastrados. A exemplo do ano passado, a secretaria, em parceria com o Núcleo de Defesa Sanitária Estadual, estará com equipes percorrendo o interior para vacinar os animais. A abertura oficial da campanha acontecerá, às 10h, em uma propriedade rural no distrito de Dores de Macabu.
Segundo o secretário municipal de Agricultura, Carlos Frederico Paes, a expectativa é para que 60 mil animais sejam vacinados nesta primeira fase, protegendo 25% do rebanho do município, estimado em 240 mil animais, contra a doença viral altamente contagiosa.
O objetivo é, a partir da parceria técnica com o Estado, manter o Rio de Janeiro com o título de área livre de febre aftosa com vacinação, o que ocorre há 13 anos. Com esse objetivo, sete equipes, compostas por quatro vacinadores cada, visitarão as propriedades.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Frango congelado com mais de 6% de água é fraude, diz SIF

Produtos congelados com mais de 6% de água é considerado fraude, alerta o Serviço de Inspeção Federal (SIF). Os fabricantes muitas vezes adicionam o líquido em excesso para aumentar o preço.
A reportagem da EPTV fez o teste e constatou que, na balança, um pacote de frango inteiro congelado pesou 3,360 quilos. Cinco horas depois, o recipiente com a ave ficou cheio de água e, ao voltar para a balança, o peso caiu para 2,930 quilos, ou seja, 13% de água.
O diretor do departamento de inspeção de produtos de origem animal do Ministério da Agricultura, Nelmon Oliveira da Costa, diz que as providências já estão sendo tomadas para solucionar o problema. “Nosso laboratório está trabalhando para definir novas metodologias de análise e, atualmente, um documento do mês de março de 2010 restringiu o uso da máquina injetora para temperar o produto”.
Mas enquanto uma solução efetiva não aparece, a dica do diretor do Procon de Ribeirão Preto, José Luiz Pontim, é que se compre o frango apenas refrigerado, que não apresentará o problema

Governo do Estado do Acre cadastra produtores interessados em criar ovinos

Projeto com recursos de emenda do senador Tião Viana vai adquirir 08 mil ovinos para serem distribuídos aos produtores


Começou o cadastramento na região de Cruzeiro do Sul dos produtores rurais que tiverem interesse em participar do ‘Projeto de Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Ovinocultura' que está sendo desenvolvido em 13 municípios do Estado. O projeto elaborado pela Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (SEAP) é financiado com recursos de emenda parlamentar do senador Tião Viana no valor de quase R$ 2,5 milhões.
Segundo o médico veterinário Alex Cicinato, que é responsável pelo programa de incentivo à criação de pequenos animais da SEAP, em que está inclusa a ovinocultura, o projeto prevê a compra de 08 mil animais entre matrizes e reprodutores que vão ser doados para os produtores, tocando a cada um escolhido 12 matrizes, um reprodutor e uma bola de arame, para fazer os cercados num valor de R$ 4,5 mil por produtor. A produção tem comprador garantido. Está em fase de instalação, no km 08 da estrada de Porto Acre - na região rural de Rio Branco - o Frigorífico Annasara, de iniciativa privada, com capacidade inicial de abate de 200 animais por dia, que vai comprar toda a produção estadual. Alex Cicinato presta também seus serviços como veterinário no frigorífico e informa que a empresa está inscrita no Serviço de Inspeção Federal (SIF) o que lhe dá o direito de mandar o produto para todos os estados do país e exportar para outros países.

Pequena produção

A produção acreana de ovinos é pequena e o rebanho atinge algo em torno de 80 mil cabeças, segundo dados do IDAF. No entanto, a SEAP desde o ano passado vem fazendo um trabalho de base incentivando os produtores e comunicando a instalação do frigorífico que vai comprar toda a produção. Os produtores cadastrados e os selecionados farão parte de um banco de dados do frigorífico que pretende atingir em médio prazo a regularidade na produção, já que de toda parte existem consultas de pessoas e empresas interessadas em comprar a produção acreana. O frigorífico vai pagar de R$ 80,00 a R$ 90,00 por arroba do cordeiro, que é o animal na faixa de idade de três a sete meses. Os animais de idade mais avançada também serão comprados, mas o valor da arroba é menor.
"Estas 7.400 matrizes em dois anos vão praticamente triplicar o rebanho no estado, desde que os produtores sigam a orientação técnica correta que serão repassadas a partir de cursos que serão ministrados nos 13 municípios beneficiados", explicou Cicinato.
O veterinário informa ainda que os produtores beneficiados têm que devolver o mesmo número de fêmeas para que sejam contemplados outros produtores que vão ficar no banco de reserva, fazendo assim que aumente, além do rebanho ovino, o número de produtores.
O gerente da Secretaria de Estado de Apoio à Produção Familiar (Seaprof), Valdemir Neto, informou que o órgão está apoiando a SEAP no projeto com a mobilização dos produtores, em sua organização e com assistência técnica. Ele disse que o objetivo principal do senador Tião Viana, ao elaborar a emenda, é a diversificação da produção familiar, melhorando a renda e a qualidade de vida das famílias que vivem na zona rural.

Friboi mantém silêncio sobre demissões em Barra do Garças

De Barra do Garças - Ronaldo Couto


A direção da JBS Friboi mantém o silêncio sobre a decisão extinguir o segundo turno de abates de bovinos na unidade de Barra do Garças, a 504 km de Cuiabá, que resultou em mais de 500 demissões. Um diretor da empresa recebeu o correspondente do Olhar Direto esta semana, mas não concedeu entrevista. Ele somente repassou o e-mail da assessora de comunicação corporativa do JBS Friboi, Vanessa Esteves, em São Paulo, que tem a missão de repassar as informações à população.
O diretor tentou amenizar o caso, dizendo que as demissões foram em torno de 479 pessoas do turno da noite e aproximadamente 200 trabalhadores foram incorporadores no turno normal da empresa. Segundo ele, há uma preocupação para explicar à sociedade barra-garcense o que está acontecendo, para afastar qualquer dúvida e evitar desvalorização das ações da empresa junto à bolsa de valores.
O JBS Friboi é considerado o maior frigorífico do mundo e emprega 1.300 funcionários em Barra do Garças. Recentemente a empresa anunciou a fusão com o Grupo Bertin e aquisição da unidade que estava alugada pelo frigorífico Margem, que fechou e pediu recuperação judicial. Um mistério está na cidade, de que a unidade do Bertin, que pode gerar 600 empregos, permaneça fechada sob a direção do JBS para justamente não concorrer com ele mesmo.
O grupo adquiriu ainda o curtume de Barra do Garças e administrado pela DMZ Couros e, segundo informações, triplicou a produção de couros na região. O vereador Sávio Carvalho, que é proprietário de um frigorífico na cidade, teme que essa união Friboi/Bertin perpetue pelo fechamento da unidade Bertin na saída para Nova Xavantina. “Eu entendo que a classe política não deve aceitar isso e devemos pressionar a Friboi reabrir aquela unidade” finalizou.
O vereador discorda que o motivo das demissões seja o mercado do gado. Segundo Carvalho, o mercado internacional reabriu para o Brasil e as exportações voltaram a subir e não justifica atitude do Friboi em parar o segundo turno. Há informações de que o segundo turno foi criado com propósito de ajustar a empresa ao perfil social pelo fato de estar gerando mais empregos e conseqüentemente obter recursos junto ao BNDES. Para tirar as dúvidas, somente a empresa, a qual mantém um discurso de silêncio.

Couro "verde" já é exigência

Empresas internacionais de calçados fecham o cerco e reafirmam intenção de só consumir matéria-prima que não tenha destruído a floresta



A cadeia produtiva do gado já é uma preocupação de muitas empresas internacionais de calçados (como Adidas, Nike, Timberland e outras grandes consumidoras do couro brasileiro). Isso porque elas não querem mais seus produtos vinculados ao desmatamento. “As grandes empresas internacionais de calçados não querem suas marcas associadas ao desmatamento na Amazônia”, diz Tatiana Carvalho, engenheira agrônoma da Campanha Amazônia do Greenpeace Brasil. “Mas dependem dos frigoríficos para poder assegurar isso”.
Tanto que nesta semana, em um comunicado oficial, o Leather Work Group (LWG), uma coalização formada por empresas do setor de calçados, reiterou o compromisso em não comprar mais couro que venha de áreas desmatadas na Amazônia. Foi como uma resposta aos três maiores frigoríficos do Brasil – JBS, Marfrig e Minerva – que pediram mais prazo para mapear seus fornecedores e garantir que sua produção não está envolvida com a destruição da floresta.
O LWG ressaltou a importância de medidas governamentais para um monitoramento eficaz na região. Mais: que suas compras serão canceladas caso as empresas processadoras de couro não comprovem a origem do produto. O prazo limite para isso se esgota em 5 de julho.
Para entender o caso, em outubro de 2009 a JBS, Marfrig e Minerva assinaram compromisso público afirmando que, em seis meses, teriam todas as fazendas de seus fornecedores diretos da Amazônia cadastradas. Apesar de terem avançado, os números foram aquém do acordado. O registro das propriedades é a única forma de mapear os produtores para confirmar se o gado vem ou não de área desmatada.

Leilão de gado, agora, a um clique dos produtores

Com o objetivo de otimizar a relação entre produtores pecuaristas e os frigoríficos, foi anunciado nesta quinta, em São Paulo, o lançamento do portal “Lance Campo News”, um site de leilão para comercialização de boi gordo acabado em todo país.
O portal é parceria da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores) e a empresa de tecnologia da informação 3T Media Solutions, pertencente ao Grupo TV TEM/Traffic, líder no segmento de marketing esportivo em toda a América Latina e um dos maiores conglomerados empresariais do país na área de comunicação.
A Assocon representa 50 produtores em oito estados. Juntos, abatem 500 mil cabeças de gado por ano. “Queremos tornar o negócio mais dinâmico, democrático e seguro”, afirmou o presidente da associação, Ricardo de Castro Merola – atualmente, as negociações são realizadas, basicamente, por telefone. “É uma vitrine que faltava para um mercado expressivo, que não poderia ficar de fora dos avanços permitidos pela tecnologia.”
O primeiro leilão virtual ocorrerá entre 15 e 19 de junho, durante a 16ª Feicorte (Feira Internacional de Cadeia Produtiva de Carne), evento que será realizado no Centro de Exposição Imigrantes, na Capital. Até lá, produtores e compradores já podem se cadastrar no portal. Após a feira, o objetivo é realizar leilões a cada semana.
“No portal, haverá todas as características do lote a ser comprado, como procedência, raça e outras peculiaridades. Foi contratada uma empresa de auditoria para conferir todos os dados. É só o frigorífico oferecer um lance e esperar o resultado do leilão”, disse o diretor executivo da Assocon, Juan Lebrón.
“Quem participa da cadeia produtiva de carne fará parte, agora, de um sistema moderno e prático, montado para atender as necessidades comerciais de pecuaristas e frigoríficos”, argumentou o diretor executivo da 3T Media Solutions, Luiz Ricardo Queiroz.



Para acessar



Como: endereço do portal é www.lancecamponews.com.br

Abatedouro é construído em RO para combater os clandestinos

A carne bovina consumida em Boa Vista é abatida no Matadouro Frigorífico de Roraima. O atendimento chega à média de 4.500 cabeças de gado por mês. Desde janeiro, estava suspenso o abate de carne suína no abatedouro. O serviço só foi regularizado neste mês.
Um abatedouro específico para animais de pequeno porte, como porcos, cabras, entre outros, está em fase de construção, na capital. A meta é atender também outros municípios. Segundo a Secretaria Municipal de Obras, a construção está na etapa de acabamento e funcionará, na entrada do Passarão, e deve ser concluído em 90 dias.
Mas até o término das obras, existe o risco da carne suína, consumida, em Boa Vista (RO), ser abatida em locais irregulares como o descoberto, no último final de semana, pela Vigilância Sanitária do Município. O local funcionava de forma improvisada no bairro Pricumã.
Enquanto o abatedouro não é construído, a população precisa redobrar a atenção na hora de comprar o produto.

RS exporta gado para o Egito

O Rio Grande do Sul deu início à operação de exportação de gado vivo para o Egito nos mesmos moldes das remessas ao Líbano. O embarque dos 10 mil animais no navio-curral Kenoz, ancorado em Rio Grande, deve terminar na noite de hoje e há mais de cem trabalhadores envolvidos.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

JBS levanta R$ 1,84 bilhão com oferta de ações

O JBS, maior produtor e exportador de carne bovina do mundo, levantou 1,84 bilhão de reais com uma oferta primária de ações para financiar seus planos de estabelecer uma plataforma global de distribuição.
A companhia com sede em São Paulo vendeu 230 milhões de novas ações ao preço de 8 reais cada, de acordo com informações do site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Nesta terça-feira, a ação da empresa fechou a 8,14 reais.
O frigorífico originalmente planejava vender 200 milhões de nova ações, tendo a opção de vender lotes suplementares e adicionais de 70 milhões de ações.
Na época do anúncio da oferta, considerando o preço da ação na ocasião, o frigorífico levaria pouco mais de 2 bilhões de reais com a operação.
O JBS cresceu muito nos últimos anos, com aquisições nos Estados Unidos como a da Pilgrim's Pride, que marcou a entrada da empresa no segmento de carne de frango.

Fusão dá origem a uma 'nova' União Brasileira de Avicultura

Foi aprovada ontem, em assembleia em São Paulo, a fusão entre a União Brasileira de Avicultura (UBA) e a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef). A entidade que surgiu da união vai se chamar Ubabef (União Brasileira de Avicultura).
Cada uma das entidades aprovou, em assembleias extraordinárias separadas, com quórum de 87%, a proposta de mudança de estatuto e da fusão. Depois, numa terceira reunião, foram aprovados o nome de Francisco Turra para a presidência-executiva da nova entidade e a criação dos conselhos deliberativo e consultivo e de 12 câmaras setoriais dentro da Ubabef para tratar, por exemplo, de mercados interno e externo, sanidade, genética e sustentabilidade.
Ricardo Santin será o diretor de mercados interno e externo da associação, Ariel Mendes, diretor técnico-científico e de produção, e José Perboyre, diretor administrativo e financeiro da entidade.
De acordo com Turra, que presidia a Abef, o objetivo, com a fusão é fortalecer o setor. "Explorando as sinergias, vamos aprimorar as medidas de estímulo à expansão da produção avícola, com qualidade e sanidade, e de ampliação da presença da carne de frango brasileira no comércio internacional", afirmou o ex-ministro.
A união já vinha sendo pensada há cerca de dois anos e a ideia é anterior ao movimento de concentração no setor de carne de frango, disse Turra. Nos últimos meses, as negociações entre os associados ganharam força.
Na pauta de prioridades da Ubabef está a abertura de novos mercados para o frango brasileiro, como Indonésia, Malásia, Paquistão, Angola, Índia, Nigéria e Senegal. O Brasil já exporta para 154 países. Turra disse que a entidade também deve reforçar o acompanhamento do mercado interno, com atenção para temas como fiscalização.
Antes da união, a Abef tinha 34 associados e a UBA, 65. Com a fusão, o número total caiu para 85 atualmente, já que alguns eram sócios das duas entidades. Mas, segundo Turra, esse número deve subir para "mais de 100" já que o novo estatuto permitirá a entrada como associado de fornecedores da avicultura e prestadores de serviço, por exemplo.
De acordo com a nova entidade, a avicultura brasileira movimentou em 2009 em torno de R$ 32,3 bilhões, considerando a carne de frango comercializada nos mercados doméstico e externo, ovos e os insumos utilizados na atividade.
Para este ano, a previsão da Ubabef é de uma produção de 11,5 milhões de toneladas de carne de frango no país, 5% mais do que em 2009, e exportações de 3,9 milhões de toneladas, alta de 4% a 5% sobre o ano passado. No primeiro trimestre deste ano, as exportações de frango somaram US$ 1,454 bilhão, alta de 20% sobre igual período de 2009. Em volume, o aumento foi de 0,38%, para 847,7 mil toneladas.

Posição do mercado

O feriado na quarta (nacional) e sexta (estado do Rio) , fez com que muita gente enforcasse a quinta e viajasse  na quarta-feira para região dos lagos, interior, outros estados  etc.. e os supermercados ficaram vazios de forma geral , fazendo com que sobrasse muitos  produtos em estoque. Por isso aqui ficou complicado essa semana que estamos .
O boi inteiro que ensaiou uma reação continua sendo ofertado a R$ 6,00 x 4,00 x 4,00 .
Alcatra e contra foi vendida a R$ 9,80 a prazo , e a vista querem pagar R$ 9,60 kg, embora alguns frigorificos continuam pedindo no minimo R$ 10,00 nesses cortes.
Evidentemente ,como todo inicio de mês, espera-se que a próxima semana já maio, seja melhor aqui no Rio e lógicamente em todo o Brasil  e que os preços tenham uma reação como normalmente acontece nesse período ,devido ao aumento do fluxo circulação de dinheiro até o dia 10 de cada mês.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Mercado

A maioria dos grandes  supermercados do Rio de Janeiro,  querem pagar na alcatra e contra R$ 9,70 kg ,  preço que alguns conseguiram comprar na ultima quinta-feira , antes do feriado. Os frigorificos por vez querem no mínimo R$ 10,00 nesses cortes..
Com referencia ao boi inteiro que na semana passada foi comercializado a R$ 6,00 x 4,00 x 4,00 está havendo uma tendencia em pedir um aumento no traseiro para R$ 6,20 e os demais cortes continuando nos mesmos preços.
Peito em bloco foi negociado para insdustria entre 5,50/5,60 kg e coxão duro em bloco a R$ 7,50 a vista também para industria.

Em MT 65% da venda de gado é com pagamento à vista

Já chega a 65% o índice de vendas à vista de gado de corte em Mato Grosso. Os dados são do último levantamento de abril feito pelo Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea). Este cenário é bem diferente do que tradicionalmente ocorria em anos anteriores, quando a indústria frigorifica comandava as negociações e cerca de 90% dos pagamentos eram realizados a prazo. “Há muito tempo as indústrias frigoríficas vinham comprando bois, sempre pagando o produtor com 30 dias de prazo. Este modelo de comercialização ficou tão natural, que passou a fazer parte da rotina do pecuarista que durante anos se esqueceu da possibilidade de se vender boi de outra maneira”, disse o coordenador de pecuária da Famato, Carlos Augusto Zanata.
Em MT tem aproximadamente 27 milhões de cabeças. No primeiro trimestre de 2010, por exemplo, o volume de carne bovina exportado por Mato Grosso foi de 47.237 mil toneladas (equivalente carcaça), havendo uma queda de 1,19% em relação ao último trimestre do ano passado. Apesar da queda do trimestre, no mês de março o estado enviou para o exterior 17.774 toneladas, um aumento de 21,93%, em relação ao mês anterior. Deste modo, as embarques deste início de ano se mantêm acima da média do ano passado (46.415 toneladas) e 34,81% acima do primeiro trimestre de 2009.

500 demitidos em unidade do Grupo JBS em Barra do Garças/MT

Desde semana passada cerca de 500 funcionários da unidade do frigorífico JBS S/A (Friboi), em Barra do Garças (509 quilômetros ao leste de Cuiabá), perderam seus empregos em função de um ajuste implementado pela empresa. O “ajuste do quadro de colaboradores”, como trata a indústria, foi possível por meio da intensificação dos índices de produtividade, o que permitiu a extinção do segundo turno na planta, o noturno. Com isso, o grupo JBS afirma manter a mesma capacidade de abate diária, 2,5 mil animais, a segunda maior do Estado, atrás apenas do Bertin, em Diamantino (209 quilômetros ao norte de Cuiabá), com 3 mil cabeças/dia.
Apesar do volume de demissões ser conhecido por toda Barra do Garças, ele não foi admitido em nota do JBS enviada à imprensa. No texto, a assessoria de imprensa explica que o ganho em produtividade está sendo levado a todas as suas unidades fabris. No caso específico de Barra do Garças, “a companhia ajustou seu quadro e continua com 1.221 pessoas em seu quadro de colaboradores ativos", mas não menciona a palavra demissão e muito menos quantifica.
Em Mato Grosso, Barra do Garças é sede da maior planta do Grupo. Até o ano passado o JBS tinha quatro unidades, mas incorporou outras cinco plantas que pertenciam ao Independência, grupo em recuperação judicial.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Pecuarista e frigorífico travam disputa por preço da arroba

Enquanto o clima não define o cenário para a comercialização do boi gordo, a disputa de preço continua. De um lado, os pecuaristas seguram o animal no pasto ainda verde. De outro, os frigoríficos operam com ociosidade por escassez de oferta. Segundo Hyberville Neto, consultor da Scot Consultoria, o clima nas últimas semanas tem sido favorável ao pasto, mas a partir de maio este cenário pode mudar. "A partir do próximo mês pode ocorrer seca. Se houver, a qualidade do pasto cai, fazendo com que aumente a oferta tanto de boi quanto de bezerro", afirma Neto, acrescentando que o período de seca deve durar até setembro.
No entanto, para o consultor, mesmo se a oferta estiver em alta, os preços não devem sofrer grandes oscilações. "Nas próximas semanas, os frigoríficos vão pressionar os preços para baixo, mas os valores devem se estabilizar em R$ 82, na comercialização a prazo", afirma.
Em São Paulo, a arroba do boi gordo a prazo estava cotada a em torno de R$ 81. No mesmo período e na primeira quinzena de maio em 2009, quando o clima foi atípico e sem seca, de acordo com Neto, o preço da arroba variou entre R$ 78,65 a R$ 77,18.
Daniel Schwahofer de Carvalho, pecuarista e zootecnista da Pecuária Jacarezinho, que também acredita na compressão dos preços por parte dos frigoríficos, aposta em um teto de R$ 85 para a arroba do boi gordo em São Paulo até o fim deste ano.
De acordo com Maria Gabriela Tonini, consultora da Scot, os preços à vista, em São Paulo, foram fechados na semana passada a R$ 79, livre do funrural. No Triângulo Mineiro, o preço do boi caiu para R$ 77, a prazo, sem o imposto, e no sul de Goiás, os negócios a prazo com o boi ficaram em até R$ 78.
Para André Carvalho, analista da BeefPoint, os frigoríficos que operam com escalas mais folgadas testam nivelar preços mais baixos. Segundo o analista, o indicador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Esalq/BM&F Bovespa o preço do boi gordo à vista teve retração de 1,43% na semana passada. O indicador a prazo caiu 1,34%.
Pautado pela falta de concorrência, já que o setor depende hoje praticamente de dois frigoríficos, de acordo com Schwahofer, o ideal seria que os criadores combinassem escalonagem. "De dois anos para cá tem melhorado, mas além da pouca comunicação ainda falta profissionalização para entender melhor o comportamento do mercado", afirma. Segundo o pecuarista, o seu rebanho não está disponível para o abate.
Como no cenário do boi gordo, a distribuição de bezerro para engorda também está lenta. Segundo Neto, como o pasto está bom, os pecuaristas também têm represado os bezerros para engorda. "A reposição está cara, com a venda de um boi gordo comprando 1,9 bezerro. A média é 2,1", afirma o consultor.
Além do fator climático, o consumo da carne no atacado também pode pesar na hora de fechar preço da arroba do boi gordo. De acordo com Neto, o consumo no atacado precisa se recuperar. "Está em queda, por ser fim de mês. Nas próximas semanas os frigoríficos vão tentar pagar menos".
Análise da XP Investimentos mostra que com a perda de força no consumo, a melhora nos estoques resultou em queda nas cotações da carne no atacado, o que deve fazer com que os frigoríficos pressionem por recuo nos preços do boi gordo.


Mercado futuro
Schwahofer também considera os preços no mercado futuro como balizadores para o físico. "Se tem bom cenário para o futuro, o físico também tem de acompanhar", afirma.
Dados da XP Investimentos apontam que o boi gordo no mercado futuro sofreu queda de 1,7% para contrato de maio e 1,5% para outubro.
Para contratos com vencimento em abril, a BM&F também fechou em baixa, na última semana. Com desvalorização de R$ 0,85, os contratos foram fechados a R$ 81,15 a arroba.
A expectativa da consultoria é de mercado pressionado com viés de baixa, com mais intensidade para contratos mais curtos.
Estatística da BM&F Bovespa mostra que de janeiro a março de 2010 foram negociados no mercado futuro, 200.495 bois gordos. No mesmo período do ano passado, a bolsa registrou 216.234 contratos negociados de boi no mercado futuro.

Arroba sobe 10% em franca recuperação no MS

Desde dezembro de 2009, o valor da arroba do boi gordo em Mato Grosso do Sul tem reagido, alcançando acumulado de 10% no período. No fim do ano passado, o valor médio pago ao produtor do Estado era de R$ 68,95, enquanto hoje, cada 15 quilos entregues ao frigorífico valem cerca de R$ 75,84. O valor é maior que a média nacional, de R$ 73,34, o que significa que os criadores sul-mato-grossenses atualmente recebem 3,4% mais que os brasileiros em geral

MT: frigoríficos estão tendo prejuizos com protesto de índios

Cerca de 500 cabeças de gado estão sendo transportadas por uma "rota alternativa" onde caminhões percorrem mais de 1.100 Km de São José do Xingu, até um frigorífico em Matupá (220km de Sinop). A paralisação da travessia pela balsa no Rio Xingu, que liga as regiões Nordeste e Norte de Mato Grosso e o Pará, acontece desde a última quinta-feira (22). A decisão partiu de lideranças do Parque do Xingu, em protesto contra o leilão da Usina de Belo Monte, a ser construída em Altamira, no Pará, apontando que trará prejuízos ambientais e para os indígenas.
A balsa tem capacidade para 300 toneladas e atende quem usa a antiga BR-080 por onde também passam dezenas de caminhões transportando gado para frigoríficos no Nortão.
O gerente de compras de um frigorífico em Matupá, Natalino Sanchez Filho, disse hoje, ao Só Notícias, que desde a semana passada a indústria diminuiu a produção em 50%, por falta de matéria prima. Por dia são abatidas 800 cabeças e a maioria vem da região do outro lado do rio.
A empresa havia comprado e embarcado animais em 27 caminhões para transportá-los no sábado. Para não morrer boi e ter comprometimento com carcaças, (perda de peso), a empresa preferiu transportar por um desvio, passando por Nova Xavantina, Ribeirão Cascalheira, saindo em Sorriso e seguindo pela BR-163. "Cerca de 70% do trajeto é por estrada de chão. Tivemos caminhão quebrado, sem falar no aumento do frete que triplicou, mas tivemos que tomar esta decisão em consideração aos pecuaristas que fizeram o negócio", disse.
Este comprometimento no abate reflete em outros setores de negócios da indústria que exporta carne. Conforme o gerente, os prejuízos passam de R$ 350 mil e pode se agravar se o bloqueio não for suspenso. Só Notícias apurou junto ao escritório da FUNAI em Colíder que nesta segunda-feira(26) o bloqueio continua na balsa no Rio Xingu.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sugestão de preços para cortes bovinos na semana

TRASEIRO

Alcatra com Maminha R$ 10,00

Contra Filét c/noix R$ 10,00

Capa de Filé R$ 5,80

Capa de Mole R$ 5,80

Contra Filet s/noix R$ 10,40

Cordao Filet R$ 6,80

Coxão Duro R$ 7,80

Coxão Mole R$ 8,10

Filé Mignon c/ Cordão R$ 15,50

Filé Mignon s/ Cordão R$ 17,50

Fraldão R$ 7,30

Fraldinha R$ 6,,80

Lagarto R$ 8,00

Maminha R$ 10,80

Miolo de Alcatra R$ 10,50

Músculo R$ 5,90

Noix R$ 10,00

Patinho R$ 8,00

Pera R$ 9,00

Picanha (B) R$ 15,50

 

Cotação da BGA em 26-04-2010

Para imprimir clicar sobre a imagem

domingo, 25 de abril de 2010

Frigorífico Mataboi irá abater 600 cabeças por dia

O Frigorífico Mataboi pretende dobrar o número de abates nas próximas semanas. Segundo o diretor Administrativo e de Marketing da rede, Rubens Vicente, a unidade três-lagoense deu início às atividades no começo deste mês, com o abate de 300 cabeças por dia. A meta é chegar a 600 animais/dia, capacidade total do frigorífico, logo concluído a etapa de adaptação dos equipamentos. “Quando se reabre uma unidade que ficou algum tempo fechada, é normal este processo de adaptação e monitoramento dos equipamentos”, explicou.
A implantação de uma unidade do Mataboi em Três Lagoas vinha sendo discutida há cerca de quatro meses e o processo do desenvolvimento da Cidade foi decisivo na escolha. “Temos unidades em Goiás, Mato Grosso, São Paulo, faltava Mato Grosso do Sul e o desenvolvimento de Três Lagoas veio ao encontro do projeto de desenvolvimento da empresa Mataboi S/A. Então, encontramos a planta pronta”, explicou. Nesta semana, Vicente e o gerente da Unidade, Rodinei Henrique Batista, estiveram reunidos com a prefeita Márcia Moura. Vicente explicou que a visita de cortesia visou apresentar os projetos da Unidade para o Município. “O objetivo foi convidar a prefeita a conhecer a nossa unidade e informá-la que, agora, Três Lagoas também é terra do Mataboi. Tudo que pudermos investir aqui será investido”.
A unidade funciona no frigorífico arrendado do Frigotel, onde antes funcionava uma unidade do Margen – os valores não foram revelados. A unidade deu início aos trabalhos com a geração de 430 novos postos de trabalho no Município – “Todos são de Três Lagoas”, garantiu Vicente. A expectativa é que, com o aumento nos abates, o número de empregos diretos atinja uma média de 500 a 600. “Além disto, também temos a estimativa de outros 1,2 mil postos de trabalho indiretos gerados pela Unidade”.

Japão registra mais casos suspeitos de febre aftosa

TÓQUIO - As autoridades japonesas reportaram neste domingo novos casos de suspeita de febre aftosa, poucos dias depois de terem detectado o primeiro surto dessa doença no Japão desde o ano 2000.
O governo da prefeitura de Miyazaki, na ilha de Kiushu, afirmou que quatro vacas registraram testes positivos para a doença altamente contagiosa em uma fazenda com 725 cabeças de gado bovino.
Todos os animais da fazenda serão sacrificados para prevenir a propagação da doença, segundo o comunicado da prefeitura.
O Japão suspendeu suas exportações de carne bovina e de porco depois do registro, em 20 de abril, de três casos suspeitos de febre aftosa em uma criação no sul do arquipélago.