sábado, 6 de fevereiro de 2010

BOI PRIMITIVO - AUROQUE


Pinturas rupestres do Auroque podem ser vistas na caverna de Lascaux, na França




O Auroque foi um boi primitivo extinto há 400 anos, que media dois metros de altura, pesava quase uma tonelada e tinha chifres de 1,40 metros de comprimento
Cientistas italianos querem criar um animal semelhante ao Auroque, um boi primitivo que media dois metros de altura, pesava quase uma tonelada e tinha chifres de 1,40 metro de comprimento.
Essa espécie de boi gigante, o Bos primigenius, também conhecido como Uro, surgiu no norte da Índia há dois milhões de anos. Ela foi declarada extinta em 1627, quando a última fêmea morreu nas florestas da Polônia.
Os italianos crêem que, por ser muito resistente a condições adversas como frio, calor e pouca oferta de alimento, o Auroque pode ser muito útil para a humanidade em tempos de aquecimento global.
Para "ressuscitar" o animal, os cientistas do Consórcio para a Experimentação, Divulgação e Aplicação de Biotecnologia Inovadora de Benevento, no Sul da Itália, pretendem cruzar três raças de bois similares ao Auroque até chegar a um exemplar com DNA quase igual ao dele.
A reconstrução de um DNA
As pesquisas com os fósseis do Auroque começaram em 1996. Depois de mapearem seu DNA a partir dos ossos, os cientistas identificaram quais raças atuais de bois mais se assemelham ao ancestral primitivo.
Os resultados dessa análise levaram a pesquisadora holandesa Henri Kerkdijk, do instituto Stichting Taurus, que também participa do projeto, a propor o cruzamento entre três raças: a italiana Maremmano Primitivo, a escocesa Scottish Highland e a espanhola Pajuna.
Os cientistas italianos estão agora contando os dias para o nascimento do primeiro exemplar gerado a partir do cruzamento das três raças. O bezerro deve nascer em fevereiro, na Holanda.
“Vamos reconstituir, passo a passo, a combinação genética do boi primitivo. Esse é um primeiro cruzamento de uma série. Esse animal recém-nascido vai nos dar material para usar em futuros cruzamentos”, explicou à BBC Brasil, Donato Matassino, diretor do Consórcio que encabeça o projeto.
“Vai levar alguns anos para chegar ao animal mais próximo do boi ancestral. (Além dos cruzamentos naturais) Podemos usar também diferentes técnicas, como a inseminação artificial, a produção de embrião in vitro e, eventualmente, a clonagem”, disse Matassino.

                                                            Animal resistente



Os cientistas italianos resolveram ressuscitar o Auroque devido à sua resistência e a sua capacidade de adaptação. Eles dizem que o boi primitivo pode sobreviver em terrenos com oferta pobre de alimentos.
Sua crença se baseia no fato de que o Uro superou períodos glaciais e percorreu milhares de quilômetros até se estabelecer na Europa.
Hoje, existem raças de gado de criação intensiva que produzem mais leite e carne do que o Auroque. Mas elas exigem pastagens e cuidados muito mais complexos.
Antes dos italianos, os nazistas também tentaram ressuscitar o Auroque. Por causa de sua resistência, eles acreditavam que poderiam utilizá-lo para habitar os territórios conquistados no leste europeu.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/02/100128_auroque_guiaquino_vdm.shtml

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Justiça de São Paulo aprova recuperação do Frigoestrela

A Justiça Estadual de São Paulo aprovou a proposta de recuperação judicial do grupo Estrela Alimentos. A empresa, dona da marca Frigoestrela, apresentou plano para pagar dívidas de R$ 303 milhões a cada seis meses, num prazo de 24 meses, com carência de 30 meses a partir da homologação.

A proposta foi aprovada em assembleia por 2.448 credores (56,7% do total), na grande maioria pecuaristas de várias regiões do interior de São Paulo, que entregaram gado para abate e não receberam cerca de R$ 160 milhões. O plano foi aceito pelo juiz Adílson Balotti, do Fórum de Estrela D'Oeste, interior de São Paulo, mas poderá ser contestado, com Agravo de Instrumento em até dez dias no Tribunal de Justiça, por credores que não aceitaram o acordo e discordam da decisão judicial.
A Estrela Alimentos entrou com pedido de recuperação em novembro de 2008, durante a crise financeira mundial. Abalado pela falta de crédito e operações com derivativos, o grupo fechou seis de suas nove unidades em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Goiás e dispensou 2,6 mil funcionários.
Hoje, o Estrela possui seis unidades em funcionamento com cerca de 1,7 mil trabalhadores. Os abates de bovinos, que eram de 3,2 mil reses/dia, hoje estão em 1,2 mil/dia, e os abates de suínos, antes de 2,2 mil/dia, hoje estão em 1,5 mil/dia. As exportações que antes correspondiam a 20% do total de abates, estão hoje em 10%. O frigorífico também produz 150 toneladas de embutidos e exporta para Rússia, Líbia, Irã e Hong Kong.

STF decide pela inconstitucionalidade da cobrança do Funrural

O Supremo Tribunal Federal decidiu que a cobrança do Funrural, imposto sobre comercialização dos produtos agrícolas, é inconstitucional. A decisão é definitiva e, por enquanto, beneficia apenas um frigorífico de Minas Gerais, que entrou com a ação na Justiça.
O frigorífico Mata Boi fica no município de Araguari, no triângulo mineiro. Quem recolhe o tributo é o frigorífico, mas a quantia é descontada do pecuarista. O argumento para não pagar o imposto é que o dinheiro do Funrural vai para a Previdência Social e o pecuarista já faz essa contribuição como pessoa física. No entendimento do STF o Funrural estaria sendo, portanto, uma dupla contribuição.
A direção do frigorífico Mata Boi não quis gravar entrevista, mas informou que entrou com recurso contra o imposto em 2002, há oito anos. A empresa questionou a lei 8.540, de 1992, que modificou o sistema de cobrança do imposto para destinar o dinheiro à Previdência Social.
A decisão não passa a valer automaticamente para outros frigoríficos, mas abre precedente para que outros interessados também recorram à Justiça. Foi o que afirmou o advogado Arley César Felipe, especializado em questões agrárias.
“Ela abre precedentes para dois tipos de pessoas: pessoas jurídicas, frigoríficos e empresas que trabalhem na área agropecuaristas recebendo produtos e também para produtores rurais, pessoas físicas ou jurídicas que também recolham desde que tenham empregados nas suas fazendas”, falou.
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional informou que vai esperar o julgamento de outros processos no Supremo Tribunal Federal para propor uma alternativa ao impasse. Ainda segundo a Procuradoria, se o governo tiver que devolver o imposto pago pelos produtores, o desembolso pode chegar aos oito bilhões de reais.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cada um tem o frigorífico que merece

Cada um tem o frigorífico que merece

João Bosco Leal*


Sabendo de minha incapacidade momentânea de locomoção, meu amigo José Lemos Monteiro, Zeito, Presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, MS, veio me visitar e, durante nosso bate papo, conversamos sobre a situação dos produtores rurais brasileiros diante dos frigoríficos de nosso país.

Disse ele que desconhece produtor mais educado, polido, cordato, acomodado, pacífico, e tantos outros adjetivos nesse sentido, que o produtor rural brasileiro, por, diante de tudo o que vem ocorrendo no relacionamento com os frigoríficos, ainda não haver tomado uma atitude radical, e não haver morrido ninguém.

Pensando nessas palavras, comecei a desfiar o emaranhado, a teia de aranha, em que se encontram os produtores rurais brasileiros para poder produzir o gado gordo e, quando pronto, entregá-lo a um frigorífico. Tentei, então, separar as dificuldades dessa entrega, no intuito de poder encontrar mais facilmente as soluções.

Há muitos anos, o comentário geral entre os produtores rurais é de que a grande maioria dos frigoríficos brasileiros está em nome de laranjas. Quando estes “quebram” é que os produtores ficam sabendo que o dono era um peão, um coitado, que não sabia de nada. Os que se passavam por donos sumiram, e, pior, arrendam outro frigorífico em outra região e começam tudo de novo.

Quanto ao Funrural, de responsabilidade dos produtores e retido pelos frigoríficos no momento do abate, a desconfiança de que não é por estes repassado ao governo, seja por força de liminares ou por apropriação indevida, também é assunto frequente em conversas de produtores.

A imprensa volta e meia divulga a liberação de financiamentos, por parte de instituições financeiras públicas, aos frigoríficos, em volumes até ininteligíveis para os produtores rurais brasileiros.

Frigoríficos brasileiros tornam-se os maiores do mundo e adquirem outros em diversos países, de modo a levar pessoas que já foram do ramo à incredulidade, tamanha a voracidade para as aquisições e a capacidade de, até outro dia pequenas empresas, passarem a adquirir enormes conglomerados multinacionais.

E, dentro do país, os frigoríficos “quebram” e dão prejuízos incalculáveis ao meio. Somente nos últimos anos, mais de 100.000 cabeças de gado e aproximadamente R$ 100 milhões foram “perdidos” pelos produtores.

Após a recente promulgação da nova lei de concordatas, agora chamada de “Recuperação Judicial”, as “empresas” chegam a propor pagamentos com 10, 20 anos de prazo, e os “pacíficos” acabam concordando. Outras separam os credores em dois grupos, os “amigos”, que continuaram o fornecimento após o pedido de concordata, e os “outros”, que deixaram de fornecer. Uns recebem à vista, ou em menor prazo, e, os outros, a perder de vista.

E não entendo como esse produtor ainda resiste à sugestão dos que, como eu, há muito tempo pregam um novo modelo de negociação, onde o boi só pode ser vendido à vista e no peso vivo.

A realidade dos fatos mostra que, em toda essa história, nenhum “dono” de frigorífico é preso ou fica pobre. Pobre fica o produtor que vendeu seu produto para honrar seus compromissos e ficou sem o gado e sem o dinheiro. Nesse modelo de negociação, tenho que concordar com o Zeito, ao ficar admirado de ainda não haver morrido ninguém.

Lembro do ditado “cada um tem o governo que merece” para dizer: “cada um tem o frigorífico que merece”.


*João Bosco Leal - www.joaoboscoleal.com.br

Informações

Foi vendido coxão duro resfriado no saco em bloco a R$ 6,90 kg. Alcatra e contra a pedida de forma geral é de R$ 9,80 kg , mas não está facil de se conseguir vender. Os mercados procurando o dianteiro (mais escasso).
O boi inteiro o preço é   6,1 x 3,5 x 3,3
Tem bastante oferta de coração bovino e  procura de coração de frango.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Preços pedidos por produtos nesse inicio de semana

Alcatra s/ maminha 10,85

Alcatra c/ maminha 10,45

Alcatra Completa 13,65

Capa de Filet 5,55

Contra Filet 10,45

Coxão Duro 7,35

Coxão Duro - Coletivo 7,25

Coxão Mole 8,45

Coxão Mole - Coletivo 8,35

Filet Mignon com cordão 17,15

Filet Mignon s/c 2/3 18,15

Filet Mignon s/c 3/4 18,65

Fralda 7,75

Lagarto 7,75

Lagarto Extra Limpo 10,05

Maminha da Alcatra 10,95

Músculo 5,45

Patinho 7,95

Patinho - Coletivo 7,85

Picanha "A" 19,15

Acém 5,15


Paleta com Músculo 5,15

Paleta sem Músculo 6,25

Peito Bovino 4,95

Músculo 4,95

CORTES GRILL

Alcatra Completa - Grill 14,15

Alcatra s/ maminha 13,35

Contra Filet 14,15

File Mignon s/c rf cx peq 20,35

Fraldão 9,35

Maminha 13,15

Noix 12,15

Picanha Churrascaria 23,15

Picanha cx Media - grill 23,15