terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Boas Festas !!!


Desejamos a todos vocês um excelente Ano de 2011 e acima  uma mensagem da YachBrasil que achamos bastante propicia. Ficaremos fora do ar até o inicio do ano. Abraços a todos que nos prestigiaram desde do inicio de nosso blog.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Governo isenta carne de suínos e aves de PIS/Cofins

O governo já aprovou a isenção de PIS/Cofins em suínos e aves para pequenos e médios frigoríficos que atuam no mercado interno. Frigoríficos que exportam já são isentos de PIS/Cofins, por isso não serão atingidos pela medida. No mercado interno, o incentivo é considerado pelo setor uma forma de combater a concorrência de empresas que realizam abate de forma ilegal.

De acordo com o deputado federal, Valdir Colatto, esta Lei é uma conquista de todo setor produtivo, que terá melhores condições de trabalhar e investir em estrutura e geração de emprego.

"Com esta medida, os frigoríficos tendo menos despesas com impostos, poderão remunerar melhor o produtor, um dos nossos objetivos nesta briga", revela. Ele ressalta também que muitas pequenas indústrias estavam fechando as portas por inviabilidade econômica e esta lei vem a dar mais fôlego aos empresários.

Estimativas do setor indicam que cerca de 30% do abate nacional é irregular. O número representa cerca de 15 milhões de cabeças que saem de frigoríficos sem fiscalização.

Segundo ele, a ideia é dar mais equilíbrio entre a exportação e o mercado interno. "Isso vai tornando essa concorrência muito difícil. Então, nós, da bancada ruralista vínhamos estudando uma equalização entre os exportadores que também produzem para o mercado interno e aqueles que produzem somente para o mercado interno", finaliza. O presidente do Instituto Nacional da Carne Suína, INCS, Wolmir de Souza, comemora a decisão, ressaltando que esta é uma das premissas da entidade, buscando maior remuneração ao produtor e melhores condições de trabalho aos frigoríficos.

As informações são do Instituto Nacional da Carne Suína, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

Mercado São Paulo - Atacado - 22/12/10

Assine o Boletim Intercarnes


O empurrão que a ovinocultura precisava

A criação de ovinos voltou a chamar a atenção dos fazendeiros gaúchos – o preço do quilo vivo que, historicamente, era de R$ 1,90 ou pouco mais, próximo do quilo do boi, nesta primavera chegou a R$ 8,00, quase três vezes o preço do boi, diante da falta de animais para atender a uma extraordinária demanda pela carne, que entrou na moda, e pela diminuição da oferta internacional. Mas, com a crise da lã, que diminuiu o rebanho gaúcho de 13 milhões de cabeças para apenas 3 milhões, a cadeia produtiva, de comercialização e de abate se desestruturou. Também as cidades chegaram mais perto do campo, levando problemas urbanos para as áreas rurais, o que tornou a criação de ovinos diferente da que se fazia há 20 ou 30 anos. Muita coisa precisa ser mudada para que ela volte a crescer.
Ovinos - abate garantido

Uma tentativa importante está sendo feita pelo frigorífico Marfrig com o objetivo de desenvolver a ovinocultura nas regiões Sul e Central, através de novas tecnologias de produção e cruzamentos e garantia de comercialização e abate. A intenção é aumentar a qualidade dos animais. Tanto no Brasil Central quanto no Rio Grande do Sul, o projeto começou em 2009. O primeiro passo foi inaugurar um frigorífico de ovinos, em Promissão (SP), com capacidade de 1.000 abates/dia, que recebe animais de SP, MS, MT, GO, PR e MG, e dois confinamentos, em Getulina e Marilia (SP), com capacidade estática de 1.000 cordeiros.
Ovinos - excelentes mães

A primera é um composto terminal formado pelas raças suffolk, white suffolk e pool dorset, com características de rápido ganho de peso, alto rendimento frigorífico e excelente qualidade de carcaça. A highlander é um composto materno, formado pelas raças texel, finn e romney, cujas características são precocidade reprodutiva, alta prolificidade, excelente habilidade materna e produção de lã de qualidade. Ambas chegam a produzir até três cordeiros por parto, mas isso não é recomendável pela falta de alimento aos recém-nascidos.

Ovinos - Com confinamento
MARFRIG/DIVULGAÇÃO/JC
Highlander, um composto de texel, finn e romney
Highlander, um composto de texel, finn e romney                                               

No Rio Grande do Sul, o Marfrig arrendou os frigoríficos de ovinos de Mato Leitão, Alegrete e Capão do Leão I, do Grupo Mercosul, com capacidade de abate de 3.500 animais/dia. Paralelamente, foi instalado um confinamento de 5.000 animais, já sendo estruturado para abrigar 20.000 animais. A terminação é feita em regime de parceria, com o produtor tendo a opção de venda dos animais tanto terminados quanto magros, garantindo a comercialização, inclusive para os pequenos produtores, pois o frigorífico compra qualquer quantidade, sem preenchimento de cotas.
Ovinos - 9 mil cordeiros por semana
A primera, mais produtora de carne, é ideal para cruzamento terminal com qualquer outra raça com o objetivo de obter cordeiros, tanto machos quanto fêmeas, destinados ao abate. A highlander é ideal para cruzamentos absorventes, selecionado-se as melhores fêmeas para futuras matrizes e abatendo as demais e todos os machos para carne. A meta dos programas do Marfrig é produzir 4.000 mil cordeiros por semana na unidade de Promissão e 5.000 cordeiros por semana, no Rio Grande do Sul, para abastecer  Alegrete e Capão do Leão I. A dúvida é a questão dos preços a serem pagos pelos cordeiros.
Ovinos - primera e highlander

Diego Alagia Brasil, gerente de Fomento do MFB Marfrig Frigoríficos S.A., informa que o grupo quer melhorar a produção levando ao produtor informações sobre técnicas de produção, eficiência, produtividade, sustentabilidade e mercado, uma troca de experiências entre campo, indústria e consumidor. Qualquer produtor pode participar. Diante da crise da ovinocultura nos últimos 50 anos, o Marfrig sabe que terá um longo trabalho pela frente, inclusive ajudando na seleção e melhoramento genético. Atualmente, o projeto trabalha com duas raças relativamente novas no Brasil, a primera e a highlander, ambas chamadas “compostas”.
Divisão vinífera

Um dos aspectos que mais prejudicou a vitivinicultura gaúcha foram as brigas e disputas inter-regionais e até intervicinais que existiam nos anos 50, 60, 70 e 80 do século passado na região produtora italiana. Hoje, quando o vinho brasileiro (gaúcho) ganha os mercados nacional e internacionais, pelo aumento de qualidade, e as exportações de vinhos não são mais apenas um sonho, acreditava-se que o passado de desentendimentos e rivalidades estava sepultado. Parece que não. Bento Gonçalves, que sempre teve o comando do Sindicato do Vinho (Sindivinho), um dos mais antigos do estado, vem desde 1928, perdeu, em 2007, a presidência, para Cristiane Passarin, de Flores da Cunha, e não se conformou muito.


O Dia

Fusão cria maior empresa de laticínios do Brasil

SÃO PAULO (Reuters) - A Bom Gosto e a LeitBom anunciaram nesta quarta-feira a fusão das duas empresas, dando origem à LBR, Lácteos Brasil, que ambas anunciam como a maior empresa nacional de laticínios.

Segundo o comunicado, a companhia terá faturamento de anual de cerca de 3 bilhões de reais e captação anual de mais de 2 bilhões de litros de leite.
"Ao todo, são 30 unidades, com capacidade para processar 8,3 milhões de litros de leite por dia, em torno de 6.400 funcionários e acesso a uma cadeia de 56 mil fornecedores regulares", informaram as companhias, em nota.
O novo conglomerado reunirá marcas como Parmalat, LeitBom, Paulista, Poços de Caldas, Glória, Boa Nata, Bom Gosto, Líder, Cedrense, DaMatta, São Gabriel, Sarita, Corlac e Ibituruna.
Com a fusão, todos os acionistas da Bom Gosto e da LeitBom passam a ser acionistas diretos da LBR. A BNDESPar, braço de participações do BNDESP, fará um aporte de 700 milhões na companhia, sendo 450 milhões de reais via aumento de capital e outros 250 milhões de reais via a subscrição de debêntures conversíveis a serem emitidas pela LBR.
O CEO da LBR será Fernando Falco, oriundo da LeitBom. O Conselho de Administração da nova empresa será co-presidido por Wilson Zanatta, fundador e diretor-presidente da Bom Gosto, e por Fersen Lambranho, co-presidente da GP Investments.
De acordo com as companhias, a fusão permitirá ainda que a LBR chegue ao mercado em condições de competir internacionalmente no setor.
(Reportagem de Aluísio Alves)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Depois do boi, sobe o preço do frango

AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - Às vésperas de preparar a ceia das festas de fim de ano, o consumidor terá poucas opções para escapar da alta de preços da carne bovina. A disparada da arroba do boi gordo, que começou em junho, arrastou as cotações do frango e dos suínos, porque são as carnes substitutas.
Os preços de frangos e suínos no atacado subiram 11,16% e 6,03%, respectivamente, na segunda quadrissemana deste mês, aponta o Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista, apurado pelo Instituto de Economia Agrícola. Esse resultado indica tendência de alta dos preços ao consumidor do frango e do suíno. De 20 produtos pesquisados, o preço do frango liderou o ranking de alta e o da carne suína ficou na terceira posição. Já o preço da arroba do boi, que atingiu R$ 105,32 na primeira quadrissemana, praticamente ficou estável na última apuração.
"Com o grande poder de compra que existe hoje no mercado, com o pagamento do 13.º salário e aumento da massa de salários, os preços da carne ao consumidor devem começar a recuar só no ano que vem", prevê o técnico responsável pelo índice, Danton Bini. Com o começo das chuvas e a redução dos custos para engordar o gado, a tendência é de preços menores do boi gordo.
Apesar de a arroba ter atingido níveis recordes, com valorização de 43,56% em um ano e de 28,32% em seis meses, os produtores reclamam que a boa cotação não é repassada para o criador. Sem margem para repor as matrizes que foram abatidas no período de crise, entre 2006 e 2008, o pecuarista mantém o plantel reduzido. O preço alto, porém, pode afugentar o consumidor. "Quem quiser comer carne de primeira, vai ter de pagar o preço de bacalhau", afirma o pecuarista José Lopez Fernandez Neto, de Itapeva, sudoeste paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.A

Consumo doméstico de carne de frango mantém-se nos níveis de 2002/03

Campinas, 22 de Dezembro de 2010 - Enquanto os segmentos produtores de arroz e feijão constatam, assustadíssimos, que nos últimos seis anos o consumo doméstico dos dois produtos apresentou queda de 40% e 26%, respectivamente, a avicultura de corte observa que o consumo doméstico da carne de frango praticamente não se alterou: passou de 12,792 kg per capita em 2002/03 para 12,774 kg per capita em 2008/2009, o que significa que recuou apenas 0,14%.
Mas isso só já não é motivo de preocupação? De forma alguma – o que vale tanto para a carne de frango como para o arroz e o feijão. Esses dados, levantados pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (2002/03 e 2008/09) do IBGE, se referem apenas às aquisições de alimentos para consumo no lar. E como a industrialização e a urbanização são continuamente crescentes (assim como os índices de ocupação da mulher fora do lar), é natural que o consumo doméstico de produtos in natura apresente redução no decorrer do tempo.
Isso aceito, a simples estabilidade no consumo doméstico da carne de frango já é um avanço. Mas que, provavelmente, deve ser creditado ao aumento do poder aquisitivo do consumidor. Que deve ter permitido também, por exemplo, um aumento de 0,85% no consumo doméstico de carne bovina.
Como aponta o quadro abaixo, no período analisado as carnes avícolas apresentaram o maior índice de retração (-4,75%). Mas essa retração ficou restrita a carnes que não a de frango, pois a participação deste no consumo total de carnes de aves, que era de 92% em 2002/03, subiu em 2008/09 para, praticamente, 97%.
Em relação à carne de frango, especificamente, houve significativa queda (já esperada, de 18%) no consumo do frango inteiro, com aumentos expressivos em todos os cortes. A maior expansão (+169%) ocorreu entre os cortes não-especificados (no quadro, N/E), o que dificulta apontar com mais precisão onde ocorreram as maiores expansões.

Investimentos contra aftosa crescem quase 1.700% em oito anos

No período de 2003 a 2010, os recursos passaram de R$ 3,3 milhões, para R$ 55,9 milhões

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem intensificado as ações contra a febre aftosa nos últimos oito anos. No período de 2003 a 2010, os recursos passaram de R$ 3,3 milhões, para R$ 55,9 milhões. O resultado representa crescimento de 1.693,9%. No próximo ano, os investimentos para controlar a doença podem alcançar R$ 59 milhões e serão aplicados no apoio à manutenção e melhoria estrutural dos serviços veterinários, capacitação de pessoal, campanhas de vacinação estratégicas e trabalhos de educação sanitária. No total, serão destinados para a Saúde Animal R$ 93,8 milhões.
– Vamos continuar atuando, principalmente, nas regiões Norte e Nordeste para alcançarmos, até o fim de 2011, o status de país livre de febre aftosa com vacinação. Já o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) deverá ocorrer em 2012 – informa o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Francisco Jardim.
Neste ano, foram realizadas vacinações oficiais contra a doença no Amapá, nos 12 municípios da Calha do Rio Amazonas e em áreas indígenas de Roraima (nas reservas Raposa Serra do Sol e São Marcos).
Em relação à cobertura vacinal da primeira etapa da campanha, no primeiro semestre deste ano, o índice alcançou 97,2%. O destaque foi o estado de Mato Grosso, que vacinou 100% dos animais com idade abaixo de 12 meses, em fevereiro, na região de fronteira com a Bolívia, e 99,7% dos animais com menos de 24 meses, em todo o estado, em maio.
Segundo o secretário Jardim, a retirada da vacinação deve ser vista com cautela.
– É preciso que os serviços veterinários estaduais estejam estruturados, com profissionais capacitados para realizar uma detecção rápida da doença e que o controle de trânsito dos animais seja efetivo – explica.
Entre os avanços conquistados neste ano, está o reconhecimento pelos Estados Unidos de Santa Catarina como estado livre de febre aftosa sem vacinação.  A decisão é mais um passo para a abertura daquele mercado à carne suína catarinense, pleiteada pelo governo desde 2007.
Classificação
Neste ano, alguns estados evoluíram na classificação contra a febre aftosa. O noroeste do Pará passou de alto para médio risco. O Amazonas e o Amapá deixaram de ser risco desconhecido, passando para alto risco. Assim, o Brasil não tem mais nenhum estado como risco desconhecido.
Hoje, 15 unidades da federação já detêm o status de livre de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal. Santa Catarina é o único estado considerado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como livre de febre aftosa sem vacinação.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

 

Assembleia de credores do Arantes é adiada para dia 28

Assembleia de credores do Arantes é adiada para dia 28

Frigorífico realizou uma assembleia geral dos credores nesta terça em São José do Rio Preto (SP)

Agência Estado-Suzana Inhesta
 
Mais uma vez a questão do pagamento dos credores do Grupo Arantes, em recuperação judicial desde julho de 2009, foi adiada. O frigorífico realizou uma assembleia geral dos credores (AGC), em segunda convocação, nesta terça, dia 21, em São José do Rio Preto (SP), cidade onde fica a sede da companhia.
Segundo o advogado do grupo, Paulo Campana, da Felberg & Associados, não houve deliberações e a assembleia foi suspensa. Nova reunião foi marcada para o próximo dia 28, no mesmo local e horário (Ypê Park Hotel, localizado na rodovia Washington Luiz, quilômetro 428, em São José do Rio Preto, a partir das 10h).
De acordo com fontes que participaram do encontro, a nova data marca a preocupação da companhia em aprovar um novo plano de reestruturação da dívida ainda em 2010 para conseguir alguns benefícios fiscais. Segundo o plano de recuperação judicial do grupo, aprovado em janeiro pelos credores, o pagamento aos pecuaristas seria realizado até abril de 2011, mas nenhuma parcela foi quitada.
Conforme novo plano de recuperação judicial do grupo que o Arantes quer aprovar na assembleia, uma nova companhia seria criada para assumir os cerca de R$ 120 milhões da dívida e também a injeção de outros recursos, como a unidade de Nova Monte Verde (MT) e divisão de carnes da Frigor Hans e Frio Eder.
Em dezembro de 2008, a dívida total do Arantes era de R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão com 24 bancos. Antes do pedido de recuperação, o grupo, formado por nove empresas, entre elas a Sertanejo Alimentos, Guaporé e Brafri, tinha cerca de quatro mil trabalhadores.

AGÊNCIA ESTADO

 

Marcas fortes despertam interesse pela Sara Lee

Ilan Brat e John Lyons
The Wall Street Journal
Nos últimos cinco anos, a Sara Lee Corp., que já teve uma colcha de retalhos de marcas de consumo, estreitou seu foco para produtos alimentícios. Mas suas divisões, que vão dos cafés Pilão e do Ponto à linha de frios Hilshire Farm, ainda têm pouco em comum, um dos motivos que tornam a empresa um alvo tentador de uma aquisição.
Este ano, o conselho da Sara Lee rejeitou uma proposta da firma de private equity Kohlberg Kravis Roberts & Co. Nas últimas semanas, o conselho vem considerando a venda da empresa para a empresa brasileira de processamento de carnes JBS SA, dizem pessoas familiarizadas com a situação.
Uma venda interromperia o esforço iniciado pela ex-diretora-presidente da empresa Brenda Barnes cinco anos atrás para transformar a Sara Lee, de uma holding com divisões bastante independentes, numa empresa operacional mais centralizada e sofisticada.
Um porta-voz da Sara Lee não quis comentar. Funcionários da JBS também não quiseram comentar.
Bloomberg News
A marca de bolachas Jimmy Dean é um dos atrativos da Sara Lee para potenciais compradores, como o JBS

Analistas especulam há meses que a empresa está pronta para uma venda e subsequente desmembramento. Em novembro, a Sara Lee informou que venderia sua divisão norte-americana de pães para a panificadora mexicana Grupo Bimbo SAB por cerca de US$ 1 bilhão. As divisões restantes de seu portfólio funcionam de forma praticamente independente e aparentemente oferecem poucas sinergias comerciais. Entre elas estão divisões altamente lucrativas, como a área internacional de cafés e a divisão norte-americana de carnes processadas, bem como suas divisões internacionais de pães e massas prontas e de serviços alimentares.
Com mais da metade de seus lucros vindo de fora dos Estados Unidos — boa parte dele da divisão de cafés —, a Sara Lee precisa importar caixa para custear a reestruturação de suas operações norte-americanas e pagar seus dividendos. Ao fazê-lo, ela incorre em uma carga tributária substancial, escreveu a analista Alexia Howard, da Sanford Bernstein, numa nota para investidores na semana passada.
Se for para a empresa ficar unida, seus executivos teriam de descobrir uma maneira para aumentar as margens e o fluxo de caixa na América do Norte, talvez pela compra de outra empresa de café, disse Howard. A conclusão dela: o desmembramento da empresa pode dar um bom impulso à cotação da ação da Sara Lee.
A ação da Sara Lee fechou ontem cotada a US$ 17,53 na Bolsa de Valores de Nova York, em baixa de 0,9%.
"Nós vemos a Sara Lee cada vez mais como uma empresa cujo portfólio e foco geográfico atuais são ineficientes sob a perspectiva tributária. Por isso, algo precisa mudar", escreveu Howard. "Vemos a Sara Lee numa encruzilhada e acreditamos que nos próximos vários meses vamos começar a ver sinais de qual das duas rotas a empresa planeja seguir."
[Sara]
Quando Barnes assumiu o comando da Sara Lee no começo de 2005, o conglomerado tinha dezenas de marcas que faziam desde graxa de sapato até salsicha. Cada uma delas fazia suas próprias compras e pouco hedge, quando fazia. Ela criou um departamento centralizado de compras e ajudou a gerenciar melhor a volatilidade de preços de commodities ao levar a empresa a comprar e negociar contratos futuros para algumas de suas matérias-primas. A Sara Lee também consolidou sua equipe americana de pesquisa e desenvolvimento em Illinois, concentrou os recursos de marketing nas marcas maiores e começou a tentar simplificar sua grande lista de produtos.
Barnes estabeleceu uma meta de uma margem operacional de 12%, o que a empresa como um todo ainda não alcançou. Ela se desfez de bilhões de dólares em divisões, terceirizou várias funções e lançou uma grande iniciativa de corte de custos.
Quando Barnes saiu da empresa em agosto, depois de ter sofrido um derrame, a Sara Lee tinha somente cinco unidades de negócio. A divisão internacional de café tinha uma margem operacional perto dos 18% , enquanto a divisão norte-americana de carnes, sob a liderança de Christopher John "CJ" Fraleigh, tinha mais que dobrado sua margem operacional, para cerca de 12%.
Uma compra da Sara Lee pela JBS seria a mais recente aquisição estrangeira do esforço bilionário da empresa brasileira para ganhar presença em mercados como os EUA e Europa. Desde 2007, a JBS, cujo faturamento anual gira em torno dos US$ 20 bilhões, comprou o frigorífico Swift & Co., duas divisões da Smithfield Foods Inc. e o controle acionário na produtora de aves Pilgrim's Pride Corp.
As compras fazem parte de uma onda de aquisições feitas por grandes empresas brasileiras de agronegócios que dominam seus mercados domésticos e estão usando uma moeda forte e o acesso ao capital para se expandir no exterior. Ao comprar empresas americanas, a JBS busca acesso a um mercado gigantesco que de outra forma seria inalcançável para a empresa. Os frigoríficos brasileiros não podem exportar suas carnes para os EUA devido a regras americanas de segurança alimentar, que a indústria brasileira de carnes considera como medidas protecionistas. Sem conseguir exportar para os EUA, a JBS está montando sua tenda em solo americano, dizem analistas.
"As regras sanitárias são vistas como medidas protecionistas disfarçadas e, para contorná-las e fazer negócios nos EUA, uma empresa de carnes precisa comprar os frigoríficos de lá", diz Alcides Torres, que dirige a firma de pesquisa da pecuária brasileira Scot Consultoria.
A expansão internacional da JBS é patrocinada em parte pelo governo brasileiro, que oferece financiamento subsidiado para muitas das maiores empresas do País por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com o objetivo de ajudar a transformar essas empresas em importantes participantes do mercado global. Mas a estratégia tem ultimamente atraído críticos, que dizem que o governo está escolhendo suas potências empresariais.
Quando candidato de oposição à presidência, por exemplo, José Serra usou a televisão para criticar o uso de empréstimos subsidiados pelo contribuinte para ajudar a JBS a comprar a então concordatária Pilgrim's Pride. Autoridades do BNDES dizem que não estão escolhendo as grandes vencedoras nacionais.
Além do BNDES, que detém uma participação de 17% na JBS, o frigorífico tem outras fontes de financiamento, como a emissão de ações e os empréstimos tomados no mercado internacional.













terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mercado em São Paulo - Atacado - 20/12/10

Assine o Boletim Intercarnes


Peru mais barato é opção natalina

Os preços dos alimentos subiram cerca de 10%, em média, desde o Natal do ano passado, informou a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). E isso vai fazer com que a ceia do brasileiro pese um pouco mais no orçamento este ano.
Para se ter uma ideia, no caso das carnes, a alta chegou a mais de 40%. Mas, quem não abre mão do tradicional peru na mesa natalina poderá comer sem culpa. É que o preço da ave já recuou 11,45% desde dezembro de 2009.
A mesma queda foi verificada nos preços do chester. Portanto, quem optar pelas aves neste ano, além de saborear uma refeição mais saudável, ainda vai aliviar o orçamento familiar.
Para os consumidores que não dispensam o pernil e o lombo no período de festas, o melhor é preparar o bolso. Desde o Natal passado, esses cortes suínos já foram reajustados em 14,83% e 18,38%, respectivamente.
No caso das carnes bovinas, o preço médio subiu 31% no período. Os maiores aumentos ocorreram nos preços da picanha (39,9%) e do file mignon (39,4%).
eBand

Natal com mais carne

A demanda por carne mostra-se aquecida apesar do reajuste generalizado nos preços ao consumidor verificado no último ano. Nos próximos dias, o setor produtivo espera novo aumento, pela proximidade das festas de Natal e Ano Novo. A cadeia prevê que, passada essa empolgação, o consumo ainda será bom o suficiente para justificar incremento na criação de frango, suínos e bovinos no Paraná.
Os preços de todos os tipos de carne bovina, suína e de frango subiram no varejo, mostra o Departamento de Economia Rural Rural do Paraná (Deral). O filé mignon foi campeão, com alta de 51,17% na comparação com dezembro de 2009. Entre as carnes bovinas, a que menos subiu foi o acém, que está 20% mais caro.
Na carne suína, houve reajustes de 19,62% (lombo sem osso) a 29,25% (paleta com osso). O frango congelado subiu 27,15% e o resfriado 28,31%. A alta generalizada atingiu também outras carnes, como a de carneiro. O pernil de ovino com osso teve aumento de 45,11% no último ano, registra o Deral.
Na outra ponta da cadeia da carne, os preços pagos ao produtor subiram menos. No caso do frango, a cotação praticada no Paraná teve reajuste de 15,69% desde dezembro de 2009. O preço recebido pelo suinocultor aumentou 42,75% no último ano. Já o bovinocultor teve alta de 35,22% no período, como um recado direto da demanda crescente.
"Houve ganho real no preço da carne bovina, não foi só inflação. Calculamos ganho real de 43,8% entre setembro de 2009 e setembro deste ano. Esse reajuste permite que o pecuarista se capitalize depois de três anos de preços horríveis", afirma o zootecnista Paulo Rossi Júnior, um dos coordenadores do Laboratório de Pesquisas em Bovinocultura (LapBov) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A alta nos preços foi marcada pelo pico de R$ 106 por arroba de boi gordo, registrada em novembro pelo LapBov. O laboratório pesquisa diariamente negócios concretizados em dez mesorregiões do estado. Na avaliação de Rossi, o índice LapBov deve se estabilizar entre R$ 85 e 90 a arroba em 2011, interrompendo o abate de fêmeas e estimulando investimentos em bezerros.
Na carne bovina, os preços aumentaram porque a terminação do gado foi antecipada e faltaram novilhos no final da entressafra, explica o setor. No mercado de suínos e aves, os reajustes devem-se à interferência dos preços da carne vermelha e também ao crescimento do consumo.
"Com a migração de consumidores dos grupos D e E para os B e C aumenta a demanda por frango, a carne mais acessível e mais consumida no Brasil. As exportações estão crescendo, mas continuam representando um terço da nossa produção, graças a essa expansão do mercado interno", afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins.
Gazeta do Povo

JBS preocupa analistas

Enquanto JBS e Sara Leemantinham ontem silêncio sobre um possível acordo de compra da multinacional americana pela brasileira, analistas e fontes desses mercados avaliavam quais as alternativas da JBS para financiar a eventual nova aquisição.
A empresa tem em caixa R$ 4,4 bilhões, mas seu endividamento é elevado. O de curto prazo está em R$ 5 bilhões e os financiamentos de longo prazo, em R$ 9,9 bilhões, segundo a Economática. O que preocupa os analistas é a alavancagem elevada da companhia, que recorreu a emissões de ações e de debêntures conversíveis em ações, no ano passado, para financiar as aquisições da Bertin Alimentos e da Pilgrim's Pride.
De acordo com a JBS, no fim de setembro deste ano, sua alavancagem - relação dívida líquida sobre EBITDA - era de 2,9 vezes. No fim do segundo trimestre deste ano estava em três vezes.
Um analista do segmento de carnes observa que, em todo o setor de frigoríficos de carne bovina, o processo de desalavancagem está sendo mais lento do que o esperado. Isso significa que a geração de caixa do setor não tem sido suficiente para que as empresas reduzam seu endividamento. Diante disso, a questão é se este é o momento para se endividar ainda mais.
A ausência de informações sobre o que exatamente a negociação englobaria também gera dúvidas no mercado. Nem JBS nem Sara Lee admitem as conversas, mas também não negam a existência de uma operação de venda de uma parte ou mesmo de toda a operação da Sara Lee para a companhia brasileira.
Segundo fontes do mercado ouvidas pelo Valor, as conversas entre as duas empresas tiveram início há cerca de seis meses e a JBS estaria interessada em adquirir toda a operação do grupo americano, que envolve indústrias e marcas de chá e café na Europa e Brasil, os negócios de food service e as empresas de alimentos industrializados, com forte presença nos Estados Unidos.
De acordo com essas mesmas fontes, a negociação estaria sendo demorada pela falta de consenso sobre o valor de cada ação da Sara Lee. A informação é que a JBS teria proposto pagar entre US$ 17,40 e US$ 17,60 por ação. A Sara Lee, no entanto, quer entre US$ 20 e US$ 20,50 por ação.
A Sara Lee cresceu graças a um processo forte de diversificação. Além de alimentos e bebidas, a empresa já atuou no mercado de cosméticos, higiene e até mesmo roupas íntimas. Nos últimos anos, iniciou um processo de reestruturação com a venda de ativos. Em 2005, a multinacional vendeu suas operações de café no mercado americano para a italiana Segafredo Zanetti, deixando de operar no maior mercado consumidor de café do mundo. Uma das últimas operações foi a venda de sua rede global de cuidados com o corpo e as suas empresas europeias de detergentes para a Unilever, uma operação de €1,21 bilhão.
No Brasil, segundo maior mercado consumidor de café, a Sara Lee detém uma fatia de quase 21% das 19 milhões de sacas comercializadas por ano, um mercado estimado em R$ 7 bilhões.
O interesse da JBS na Sara Lee chamou a atenção justamente pela diversificação da empresa americana. Segundo fontes, mesmo sem ter qualquer afinidade com a indústria de café, a JBS chegou a buscar informações no setor para entender o funcionamento desse mercado.
Mais compreensível é o interesse da brasileira na área de carnes e de food service da Sara Lee, já que a JBS pretende ampliar seus canais de distribuição no mercado americano.
Valor Econômico

80% da dívida não foi paga

Crédito pendente de 4 frigoríficos junto aos pecuaristas de MT chega a R$ 150 milhões


Vívian Lessa
Da Redação
Aproximadamente 80% dos pecuaristas mato-grossenses ainda não receberam o pagamento do valor devido pelos frigoríficos Arantes, Quatro Marcos, Independência e Frialto. A estimativa é da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) que calcula que esses credores tenham créditos pendentes na ordem de R$ 150 milhões com as 4 empresas que atuam no Estado. O valor estadual é praticamente a metade do total do débito existente, que inclui pecuaristas de outros estados. De acordo com o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Armando Biancardini Candia, o setor está cada vez mais pessimista quanto ao recebimento das dívidas.
"Iremos encerrar o ano de 2010 menos esperançosos se comparado a dezembro de 2009, quando as perspectivas para o pagamento dos valores eram iminentes". Ele revela que o frigorífico Arantes é o que mais preocupa os produtores. A empresa, que teve o Plano de Recuperação Judicial (PRJ) aprovado por 66% dos credores em 19 de janeiro de 2010, mas até agora não efetuou nenhum pagamento aos credores. Os pecuaristas aprovaram o pagamento da dívida de R$ 20 milhões em até 12 meses. Em Mato Grosso o débito do Arantes chega a R$ 13 milhões com pecuaristas. Com os produtores de Cachoeira Alta (GO), Imperatriz (MA) e Unaí (MG), o montante é de R$ 7 milhões. A dívida do frigorifico com demais fornecedores é de mais de R$ 30 milhões e com os trabalhadores cerca de R$ 10 milhões. A maior fatia, no entanto, é junto a 22 instituições bancárias no valor de R$ 1,1 bilhão. O advogado da Acrimat diz que a esperança está na reunião que ocorrerá hoje (21), em São Paulo. "Iremos discutir o atraso no pagamento dos débitos".
Em situação não muito diferente encontra-se o frigorífico Quatro Marcos que conseguiu pagar somente 7 parcelas de uma dívida total de R$ 427,8 milhões. Desse valor R$ 35,7 milhões são com pecuaristas, sendo que 273 são produtores de Mato Grosso, que precisam receber R$ 26 milhões do frigorífico. O Plano de Recuperação da empresa foi aprovada em 24 de março de 2010, após 7ª tentativa de negociação. O acordo previa que a dívida com os pecuaristas fossem pagas em 12 parcelas. Biancardini ressalta que desconhece os motivos que levaram a suspensão dos pagamentos. "O que sabemos é que a empresa tem posto em leilão as unidades frigoríficas". O Quatro Marcos foi alvo de protestos no ano passado quando pecuaristas ameaçaram, sem sucesso, fechar a unidade de Alta Floresta que havia sido arrendada pela JBS/Friboi. Esse grupo arrendou as 5 plantas do Quatro Marcos que estavam desativadas em Mato Grosso (Juara, Alta Floresta, Colíder, Cuiabá e São José dos Quatro Marcos) que abatiam 4,025 mil animais/dia.
O assessor jurídico da Acrimat ainda lembra que o frigorífico Independência também não quitou seus débitos junto aos pecuaristas. Ele explica que a empresa, conforme previsto no primeiro Plano de Recuperação (aprovado em 6 de setembro de 2009), pagou todos os pecuaristas que tinham créditos de até R$ 100 mil (totalizando R$ 152,4 milhões). "Com isso, 80% da dívida foi paga, mas as parcelas restantes, que deveriam ser pagas em até 24 meses, foram canceladas pelo Independência". Vale lembrar que em 6 de junho de 2010 o grupo, formado Independência S/A e Nova Carne Indústria de Alimentos Ltda, pediu a modificação do plano, que foi aprovado novamente no dia 22 de junho de 2010.
A empresa tem uma dívida total de R$ 194 milhões. O financeiro do Independência Luiz Carlos de Souza conta que a empresa resolveu desativar todas as 16 unidades espalhadas pelo país - dessas 5 estão em Mato Grosso. De acordo com ele, o grupo deverá continuar no dia 31 de janeiro de 2011 a assembleia com credores iniciada em 22 de novembro deste ano. "A intenção é discutir no próximo encontro a opção de que investidores aportem capital de giro para a retomada da indústria". Souza acrescenta que não há previsão para a retomada das unidades.
O Frigorífico Frialto é o último da lista que teve o Plano de Recuperação Judicial aprovado pelos credores, na quinta-feira (16), em Sinop, após 4 tentativas de negociação. O texto do plano aprovado foi diferente do apresentado na última Assembleia Geral de Credores (AGC) que previa o pagamento em 5 anos com parcelas trimestrais. Depois de reivindicações por parte dos pecuaristas, o frigorífico reduziu para 4 anos o prazo para pagamento, com parcelas mensais. O Frialto tem uma dívida de cerca de R$ 94 milhões com quase 2 mil pecuaristas, localizados em 3 estados (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia). Só em Mato Grosso a dívida chega a R$ 45 milhões junto a aproximadamente 1,1 mil criadores. A reportagem entrou em contato com o representantes do Arantes mas não obteve retorno. Os diretores do Quatro Marcos não foram localizados.

Negociação entre Sara Lee e JBS trava em preço, diz fonte


21/12 
A empresa de alimentos e bebidas Sara Lee Corp tem mantido conversações para ser vendida à produtora brasileira de carnes JBS, mas ainda não se chegou a um consenso sobre preços e não está claro se um acordo poderá ser alcançado, disse uma fonte próxima ao assunto na noite de domingo (19).
As conversações têm ocorrido há meses, disse a fonte à Reuters, acrescentando que as empresas ainda não conseguiram chegar a um acordo sobre os termos da venda.
Baseado no preço de fechamento da ação da Sara Lee na sexta-feira, de 17,26 dólares, a empresa tem um valor de mercado de 11 bilhões de dólares. O valor do JBS é de cerca de 10,5 bilhões de dólares.
O JBS, maior companhia de proteína animal do mundo, informou que não comenta o assunto.
"A JBS S.A., de acordo com as boas práticas de governança corporativa, comunica a seus acionistas e ao mercado em geral que a Companhia declina comentar sobre as recentes especulações a respeito de uma potencial aquisição na América do Norte", limitou-se a dizer a companhia em nota ao mercado.
A Sara Lee Corp, que também disse que não comenta o assunto, possui uma grande gama de produtos no varejo, em vários países, como cafés, produtos de carne. No Brasil, a empresa é uma das líderes no varejo de café torrado e moído, com marcas como Café do Ponto e Café Pilão.
O futuro da Sara Lee, cujas marcas incluem também as linguiças Jimmy Dean e o café Senseo, tem sido assunto nos últimos meses.
Em novembro, a companhia vendeu sua unidade de panificação para a empresa mexicana Grupo Bimbo por 925 milhões de dólares. E analistas indicaram que o novo foco da companhia, carnes na América do Norte e café na Europa, ficou um pouco sobreposto.
Bem como a possível venda, a Sara Lee também está considerando opções de desmembrar seus negócios de carnes e bebidas, disse a fonte.
A Sara Lee tem operado com um presidente-executivo interino desde agosto quando Brenda Barnes deixou o cargo por motivos de saúde.
O presidente-executivo interino, Marcel Smiths, e Christopher J. (CJ) Fraleigh, chefe do serviço de varejo e alimentos da companhia para a América do Norte, são considerados como candidatos para o principal cargo.
A companhia de equity privado Apollo Global Management sondou a Sara Lee sobre um acordo, disse uma fonte à Reuters em outubro, após notícias de que a empresa havia recusado uma oferta no valor de 12 bilhões de dólares da KKR.

Reuters

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Abate de bovinos cai 2,5% no terceiro trimestre, mas de frangos e suínos tem alta

Também foi registrado crescimento na aquisição de leite e na produção de ovos de galinha


O abate de bovinos teve uma queda de 2,5% no terceiro trimestre de 2010, em relação aos três meses imediatamente anteriores, segundo pesquisa sobre a pecuária divulgada nesta sexta, dia 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento registrou, no entanto, crescimento nos abates de frangos e suínos, na aquisição de leite pela indústria e na produção de ovos de galinha.
Nos meses de julho a setembro, 7,394 milhões de bovinos foram abatidos. Embora menor do que o do segundo trimestre do ano, o número representa um aumento de 2,6% na comparação com o do terceiro trimestre de 2009. No acumulado do ano, o abate de bovinos é 7,1% superior ao de 2009, inclusive nas parciais trimestrais.
De acordo com o IBGE, a queda observada no terceiro trimestre se deve à redução do abate de vacas, que caiu 10,9%, já que no mesmo período o de bois subiu 1,9%.

No desempenho regional, o Centro-Oeste, responsável por 35% do abate nacional de bovinos no trimestre, apresentou queda de 2,3% em relação ao mesmo período de 2009. Nessa região, o estado de Mato Grosso teve uma queda de 5,6% no abate de bovinos.
Já nas regiões Sul e Sudeste os resultados foram positivos, com destaque para os estados do Rio Grande de Sul, com 29% a mais de abates, e Paraná, com 25,1%. Em São Paulo, o crescimento foi de 3,6%.
Um outro item da pesquisa a apresentar queda no terceiro trimestre foi o referente à aquisição de peças inteiras de couro cru bovino, com redução de 6,1% sobre o resultado do terceiro trimestre de 2009 e de 2,4% em relação ao do segundo trimestre deste ano. O total de couro efetivamente curtido pelos estabelecimentos pesquisados pelo IBGE foi de 8,935 milhões de unidades.
A aquisição de leite pela indústria no terceiro trimestre deste ano cresceu 5,7% em relação à dos três meses anteriores e 6% na comparação com a do terceiro trimestre de 2009, somando 5,191 bilhões de litros. No acumulado do ano, a alta é de 8,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 15,373 bilhões de litros. O estado de Minas Gerais responde por 25,9% da aquisição de leite, seguido do Rio Grande do Sul (15,8%).
O abate de frangos somou 1,283 bilhões de unidades no terceiro trimestre de 2010, uma alta de 3,8% sobre o trimestre anterior e de 1,3% em relação ao terceiro trimestre de 2009. O acumulado de 2010 registrou uma alta de 4,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o IBGE, com esse resultado, a produção de frangos atinge um novo patamar, superando o desempenho de 12 meses atrás.
Um novo recorde também foi atingido pelo abate de suínos, que somou 8,305 milhões de cabeças, 2,9% a mais que o do segundo trimestre do ano e 2,5% maior que o volume do terceiro trimestre de 2009. O abate de suínos no acumulado no ano é 5,1% superior ao de 2009.
Para o IBGE, esse crescimento no abate reflete o aumento do consumo interno de carne de porco, uma vez que não está havendo uma alta nas exportações desse item.
A produção de ovos de galinha, crescente em todos os meses de 2010, alcançou 622,499 milhões de dúzias no terceiro trimestre, um aumento de 1,8% em relação ao verificado no trimestre anterior e de 2,4% sobre o resultado do terceiro trimestre de 2009. De janeiro a setembro, o aumento foi de 4,5% em relação à produção do mesmo período de 2009, atingindo 1,839 bilhão de dúzias.
A Região Sudeste concentra mais da metade da produção nacional de ovos e, entre os estados, São Paulo, Minas Gerais e o Paraná são os maiores produtores nacionais. O IBGE destaca o crescimento da avicultura em Mato Grosso, onde a produção de ovos cresceu 49,5% na comparação com a do terceiro trimestre de 2009.

AGÊNCIA BRASIL

NEGÓCIOS - Marcos Molina

Em pouco mais de dez anos, o fundador do Marfrig construiu um império que fatura R$ 28 bilhões e está presente em 23 países dos cinco continentes. Em 2009, a compra da Keystone Foods o colocou como o maior fornecedor global do McDonald's
Por Ralphe Manzoni Jr.
Na recepção da sede do grupo Marfrig, em São Paulo, faço a identificação de praxe. Pego um documento e digo que vou conversar com Marcos Molina. Ao meu lado, um homem baixo e magro me interrompe:
- Vai falar com o Marquinhos? Conheço ele há muito tempo. Sou um de seus primeiros clientes e estou aqui para tratar o final do ano com ele. Vamos passar o Réveillon juntos, diz Daniel Wessel, CEO da companhia que herda o seu sobrenome.
O breve diálogo revela muito sobre Marcos Molina, fundador do frigorífico brasileiro Marfrig, um gigante de R$ 28 bilhões, 90 mil funcionários, 151 fábricas em 23 países dos cinco continentes. 

À medida que sua companhia se transforma numa das maiores empresas de alimentação do mundo, Molina cultiva relacionamentos e amizades como quando, aos 16 anos, pediu emancipação ao pai, um açougueiro em Mogi-Guaçu, interior de São Paulo. 

Sua meta era criar um negócio de distribuição de carnes. A partir daí, não parou mais. Em 2000, comprou o primeiro frigorífico em Bataguassu, Mato Grosso do Sul. Em 2010, adquiriu, por US$ 1,2 bilhão, 

o americano Keystone Foods, que atende 28 mil restaurantes e fatura US$ 6,4 bilhões, tornando-se o maior fornecedor do McDonald’s no mundo. Foi a 38a aquisição em 60 meses, no ritmo alucinante de uma a cada 45 dias. 
Depois de fechar 38 aquisições, Molina quer tirar férias, mas, para ele,
isso significa consolidar as operações e buscar sinergias



Por esse motivo, Molina foi escolhido o EMPREENDEDOR DO ANO NA INDÚSTRIA. “Agora, vamos tirar férias”, disse à DINHEIRO Molina. “Precisamos consolidar as operações e aproveitar as sinergias.” 

Molina não está planejando um período de descanso. Seus planos de crescer internacionalmente estão ainda mais ousados, após a compra da Keystone Foods. “Criamos uma plataforma de negócios sólida”, diz o executivo. 

“Era preciso ter presença mundial, diversificação em proteína e produto industrializado.” Para ele, isso tudo já foi alcançado. A expansão geográfica permitiu desvencilhar-se de barreiras tarifárias e sanitárias contra a carne brasileira. 

As diversas aquisições deram-lhe variedade de produtos: bovinos, suínos e aves. E, com a Seara, adquirida da Cargill, ele conseguiu um nome forte de produtos industrializados. 

No mundo e no Brasil Publicidade da marca Seara durante a Copa do Mundo e
assinatura do acordo setorial para proibir a compra de carne ilegal da Amazônia


Agora, chegou a hora da expansão orgânica. Um dos lances da nova jogada pôde ser observado na Copa do Mundo da África do Sul, patrocinada pelo Marfrig. No mais global dos eventos,  a empresa mostrou a marca Seara para três bilhões de consumidores, da Arábia Saudita ao Japão. A dose será repetida em 2014. “O mundo não tem uma marca global de proteínas”, afirma Molina. “Vamos fazer isso com a Seara.” 

Os produtos da Seara já são vendidos em 100 países. Aos poucos, eles vão chegar a todos os rincões do planeta. Mas Molina quer preservar as características dos locais onde atua. 

Na Argentina, por exemplo, o Marfrig é dono da marca Paty, sinônimo de hambúrguer, e as duas marcas  vão conviver. E assim será em todas as regiões onde o Marfrig tem presença. 

São dezenas de marcas: a Moy Park, linha à base de frangos da Europa, a Patagonia, de cordeiros no Chile, a Tucuarembó, de hambúrgueres no Uruguai, e a recém-adquirida Keystone Foods, nos EUA. 

No Brasil, além da Seara, a companhia é dona da Bassi, Mabella, DaGranja, Pena Branca e Palatare. Essa forte presença global colocou o Marfrig como a sexta empresa brasileira mais globalizada em 2010. 

No setor, ela só perde para o JBS-Friboi, que lidera o ranking deste ano, segundo a Fundação Dom Cabral. Mas enquanto o JBS é o maior abatedouro do mundo, o Marfrig caminha para vender produtos de maior valor agregado. Com isso, seu modelo de negócios se assemelha ao da Brasil Foods cujo faturamento superou ao comprar a Keystone Foods.   

Presença global: Compra da Keystone transformou o Marfrig no maior fornecedor do McDonald's em todo o mundo
  

Apesar de global, o Marfrig tem o DNA de seu fundador. Dono de um sotaque caipira carregado, Molina é um empreendedor diferente. Não fez faculdade, não fala inglês e não lê livros de gestão. 

Nas reuniões, não gosta que usem PowerPoint. “Sou direto e objetivo”, afirma ele. “Temos de fazer as coisas sem burocracia. O que precisa ser resolvido tem de ser resolvido e da forma certa.” 

A simplicidade é a marca do estilo Molina de administrar. E ela cativa as pessoas com quem faz negócio. “O nosso perfil é atender o cliente. Sempre foi”, diz Molina. A frase é um chavão do mundo corporativo. 

No entanto, quando questionado se seus concorrentes não fazem o mesmo, Molina responde de bate-pronto: “Será que os outros ouvem mesmo o cliente?” Molina tem os ouvidos atentos. 

Enquanto seus rivais vendiam um produto padronizado para cadeias de restaurante, ele entregava cortes sob medida. Ele também se antecipou a uma necessidade do mercado quando proibiu a compra de carne do gado criado na Região Amazônica.

Durante encontros de negócios, geralmente fica calado, ouvindo o interlocutor. “Quando ele dá a resposta, ela é definitiva”, diz Arri Coser, fundador da Fogo de Chão, tradicional rede de churrascaria que compra 80% de sua carne do Marfrig. 

“Ele resolve as coisas na hora”, diz Daniel Wessel, que recebe do Marfrig os produtos cortados e embalados para serem vendidos com sua marca. “Para ele, é sim ou não. Não existe meio-termo.” 

Os clientes têm seu celular e podem ligar a qualquer hora. “Ele nunca deixou de atender uma ligação”, diz um funcionário que trabalha diretamente com Molina. Da forma inversa, Molina liga para os clientes com frequência. 

“A primeira pergunta sempre é: Está bem servido?Precisa de alguma coisa?”, diz Coser. Apesar da fome de aquisições, Molina resistiu à tentações de entrar em novos negócios. 

Quando Eduardo Batalha trouxe a rede de fast-food Burger King ao Brasil, convidou Molina para ser seu sócio. Convite recusado. “A grande qualidade do Marcos é não perder o foco na carne”, diz Batalha, que também é pecuarista.

Toda essa informalidade não significa que o Marfrig não seja profissionalizado. Para quem tem como sócio o BNDES – dono de quase 14% da empresa – , seria impossível colocá-lo nos trilhos sem um time de primeira. 

Por isso, Molina se cerca dos melhores profissionais para aconselhá-lo. No conselho de administração estão Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central, e Antonio Maciel Neto, presidente da Suzano Papel e Celulose. 

“Não tinha tempo para mais nada. Mas fui conversar com ele e fiquei impressionado com a forma como ele toca os negócios e contrata as pessoas”, conta Maciel Neto. Desde que se emancipou, Molina anota em um caderninho os nomes de todos os bons profissionais com quem se relacionou. Boa parte deles, hoje, trabalha no Marfrig. É com estilo caipira que Molina, assim como quem não quer nada, criou uma das empresas brasileiras mais internacionais.


Produção brasileira de carne de frango deverá crescer 10,9% em 2010

17/12 
Agências - A produção brasileira de carne de frango deverá crescer 10,9% em 2010, no comparativo com o ano anterior.

De acordo com dados preliminares da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), a perspectiva é de que a produção atinja um total de 12,180 milhões de toneladas, superando em mais de 1,2 milhão de toneladas o volume total de 2009, um recorde histórico para o setor. Segundo o Presidente Executivo da UBABEF, Francisco Turra, o aumento do consumo interno, aliado à retomada dos volumes de exportação, foi determinante para os resultados da produção. "Por um lado, o cenário interno se mostrou bastante positivo durante o ano, inclusive, com alta no consumo per capta, que deverá ser próximo a 44 quilos em 2010. Por outro, a recuperação dos patamares de consumos dos tradicionais importadores e a abertura de novos mercados internacionais contribuíram para a conquista desse resultado histórico", ressalta o presidente da UBABEF.

Nas exportações, Turra destaca que o país superará o volume de 3,8 milhões de toneladas em 2010, outro recorde para a avicultura. Antes desse índice, o melhor resultado obtido pelo setor exportador de frangos foi registrado em 2008, com 3,64 milhões de toneladas de carne de frango embarcadas. Com informações da UBABEF.(VA)

Só Notícias

Boi/Cepea: Preço da arroba volta a subir

17/12 
Cepea – As cotações do boi gordo no mercado brasileiro subiram nos últimos dias, influenciadas pelo aquecimento das vendas de carne no atacado da Grande São Paulo, segundo levantamentos do Cepea. Entre 8 e 15 de dezembro, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (São Paulo, à vista – CDI e para descontar os 2,3% do Funrural) subiu 1,03%, fechando a R$ 105,12 nessa quarta-feira, 15. Na parcial de dezembro, no entanto, o Indicador acumula pequena queda de 0,26%. Apesar disso, o ritmo de negociações continua lento. Conforme pesquisas do Cepea, a oferta de animais para abate segue baixa e muitos frigoríficos ainda comentam que têm dificuldades para realizar novas aquisições.

CEPEA

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mercado Carne em São Paulo em 15-12-2010 - Boi Castrado

15/12/2010]

Atacado - 15/12/10



                               
                          Assine o Boletim Intercarnes

Rebanho de MT atinge 27 mi

16/12 
Aproximadamente 17% da criação de bovinos em Mato Grosso está concentrada em apenas 6 municípios do Estado. São 4,559 milhões de animais situados em fazendas das cidades de Juara (907,4 mil cabeças), Alta Floresta (808,4 mil), Marcelândia (801,8 mil), Cáceres (794,8 mil), Vale de São Domingos (672,1 mil) e Juína (574,9 mil). Essas regiões se destacam entre as 20 maiores produtoras de gado do país. O Estado, por outro lado, é líder isolado nesse ranking nacional, somando 27,357 milhões de cabeças. Os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), referentes ao ano de 2009, foram divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A primazia de Mato Grosso nesse segmento se estabelece mesmo em torno de problemas pontuais que devem estagnar a expansão da atividade nos próximos anos. As paralisações de 11 plantas frigoríficas no interior do Estado, por exemplo, sustentam a ideia de que o setor precisa de transformações para continuar crescendo. É o que analisa o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari. Ele observa que todos os 6 municípios abrigam unidades frigoríficas. "O que se faz necessária a retomada dessas plantas". Atualmente há no Estado 27 em operação.

Para ele, além de ter o maior rebanho bovino do país, é imprescindível que Mato Grosso também tenha um excelente parque industrial. O superintendente da Acrimat ainda acrescenta que a eficiência do pecuarista em manter um padrão de qualidade da carne, a genética do animal, entre outros fatores, são responsáveis por refletir o tamanho da pecuária mato-grossense comparando-a aos números nacionais. É preciso considerar que o efetivo nacional de bovinos atingiu a marca de 205,292 milhões de cabeças, na qual 13,3% da produção é de gado criado nas pastagens mato-grossenses. Na sequência surge Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, com 10,9% cada.

Quanto à distribuição regional desse efetivo, o Centro-Oeste respondeu por 34,4% das cabeças de gado, seguido pelo Norte, com 19,7%, e o Sudeste, com 18,5%. A pesquisa mostrou que Corumbá (MS) ocupou a primeira posição entre os municípios, com 1,973 milhão de cabeças de gado (1,0% do total), vindo, em seguida, São Félix do Xingu (PA) e Ribas do Rio Pardo (MS), com 0,9% e 0,6%, respectivamente.

O Brasil possui o 2º maior rebanho de bovinos do mundo, atrás apenas da Índia (de acordo com Food and Agriculture Organization. É 2º maior produtor de carne bovina, depois dos Estados Unidos, e maior exportador mundial do produto.

Grande porte - Entre os animais de grande porte, o efetivo de bubalinos em Mato Grosso soma 18,125 mil animal. No país somam 1,136 milhão de animais em 2009.Os maiores rebanhos estavam alojados no Pará e Amapá. Os principais municípios produtores foram Chaves (PA), Cutias (AP) e Almeirim (PA). O Estado também cria 318 mil equinos, 85 mil muares (mula) e 4 mil asininos (asno ou jumento).

Gazeta Digital

Acrimat avisa que não mais participa de ACC do Frialto

16/12 
A quarta Assembleia Geral de Credores (AGC) do Frialto, convocada para hoje (16), em Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá), promete ser calorosa. A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) acredita que pecuaristas e trabalhadores serão meros figurantes mais uma vez e que esta será a última assembleia de que participará. “Esta vai ser a última participação da Acrimat e vamos convocar todos os pecuaristas a não comparecerem também. Já que são os bancos que decidem, eles, os bancos, que criem o boi e toquem o frigorífico”, anunciou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, que já está em Sinop.

“Eu não vou a Sinop. Como credor e presidente da Acrimat, sei que o papel do produtor e dos funcionários será de expectadores e esse papel eu não faço mais”, desabafou o presidente da entidade, Mario Candia. Para ele “acabou o respeito que o setor produtivo tinha com o grupo frigorifico dos Bellincanta e agora vamos aguardar o resultado que os bancos decidirem nessa quarta assembleia”.

Candia lembra que foram realizadas diversas reuniões para definirem uma proposta, mas que nada do que foi acordado foi cumprido pelo Frialto, “pois não são eles que decidem e vai ser assim pelos próximos 20 anos, e se a empresa conseguir se manter no mercado, será comandada pelas instituições financeiras”. Ele avisa que “bancos não têm boi e uma hora a corda vai arrebentar”.

A dívida com os pecuaristas em 12 estados soma R$ 95 milhões, dos quais R$ 47,87 milhões devidos somente em Mato Grosso.

Diário de Cuiabá

Boi gordo: frigoríficos estão um pouco mais agressivos nas compras

16/12 
Scot Consultoria - Com as escalas não muito confortáveis e os feriados de final de ano se aproximando (quando geralmente o volume de negócios cai), os frigoríficos estão um pouco mais agressivos nas compras.

Em São Paulo os negócios com o boi gordo saem por R$102,00/@ a R$103,00/@, à vista, livre do funrural, com escalas para cerca de 4 dias.

No Triângulo Mineiro, assim como na região de Belo Horizonte-MG, o boi gordo é negociado por R$96,00/@, a prazo, livre do imposto, com oferta pequena e dificuldade no preenchimento das escalas.

Aliás, a dificuldade nas compras fez o preço do boi gordo subir no Mato Grosso, nas quatro praças pesquisadas pela Scot Consultoria.

Em Goiânia-GO o valor do boi gordo subiu para R$94,00/@, a prazo, livre do funrural e no Sul do estado as cotações variam de R$95,00/@ a R$96,00/@, nas mesmas condições.

No mercado atacadista de carne bovina os preços estão estáveis, com exceção da vaca casada, que subiu R$0,10/kg.

Só Notícias

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mercado Boi castrado - São Paulo em 14-12-2010

[14/12/2010]

Atacado - 14/12/10



                         Assine o Boletim Intercarnes

Abiec: oferta de boi gordo se normalizará em 2011

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, espera que a oferta de boi gordo se normalize no ano que vem. "Depois do pico de abate de matrizes em 2006 estamos caminhando para uma constante no abate de fêmeas, que culminará na recomposição do rebanho. Em 2010, como foi um ano muito seco que acabou atrapalhando a engorda dos animais, ainda não vimos uma oferta e demanda equilibrada. Mas em 2011 teremos uma oferta melhor de animais", afirmou o executivo.

Camardelli também disse que o mercado interno compensou parte da queda nas exportações deste ano. "O objetivo é tratar igualmente os mercados e não abandonar um em função do outro. Mas se estão pagando mais pela carne aqui, se eu tenho mais facilidade de rentabilidade no mercado interno, eu não vou exportar. O mercado é soberano", afirmou. "O grande objetivo da Abiec, com um trabalho com o governo, é trazer competitividade à carne brasileira, neste momento atual de harmonização de preços, com o binômio de comparação: preço e pacote tecnológico e de autogestão", completou.

Sobre o câmbio, o presidente da Abiec foi enfático: "o governo tem que adotar um 'remédio mais amargo' para sustentar dólar num patamar mais alto. O dólar é a competitividade de qualquer setor." 

A matéria é de Suzana Inhesta, da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Boi gordo volta a apresentar forte desvalorização

O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 105,07/@, com variação negativa de R$ 0,52. O indicador a prazo registrou queda de R$ 1,25, sendo cotado a R$ 106,11/@.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio



Minerva: oferta de boi melhorará a partir de fevereiro de 2011

Para o presidente do frigorífico, já está ocorrendo no país uma retenção de matrizes, com a diminuição do abate de fêmeas e o aumento da produção de bezerros

Agência Estado
Suzana Inhesta
O cenário atual de oferta restrita de boi gordo no Brasil deverá se alterar somente a partir de fevereiro de 2011 e, consequentemente, haverá, a partir desse período, uma queda de preços nas cotações da arroba. A expectativa é do presidente do frigorífico Minerva, Fernando Galletti de Queiroz. Segundo ele, já está ocorrendo no país uma retenção de matrizes, com a diminuição do abate de fêmeas e o aumento da produção de bezerros.
– Aliás, se compararmos com a situação dos outros países, o Brasil é o único que está nesse momento de recomposição de rebanho. Por exemplo, a Argentina está numa situação complicada e já estão surgindo rumores de que o país começará a importar gado. Na Europa, cada vez mais estão cortando os subsídios ao agronegócio – afirmou o executivo.
– O Brasil estará sem concorrente nas exportações. Veremos em 2011 uma grande oportunidade nas exportações, embora com um mercado ainda muito volátil, já que praticamente todos os mercados estão com preços altos e estoques muito baixos – disse.
BNDES
O presidente do frigorífico Minerva afirmou que o recente apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas do setor de carne é muito importante, mas que as empresas ajudadas precisam ter responsabilidade em suas estratégias.
– O papel do BNDES em apoiar setores vencedores é extremamente relevante para o desenvolvimento da indústria. Mas isso não pode desviar a empresa da estratégia que ela tem. As companhias precisam ter responsabilidade e trabalhar com planos bem claros – disse.
– Nós tivemos disciplina para manter o foco e estamos bastante otimista sobre o futuro – afirmou.
Questionado sobre o câmbio, Queiroz não concorda que seja preciso haver medidas para depreciar o real ante o dólar.
– Sou totalmente contra mexer em câmbio. Somos nós que temos que nos adaptar ao novo patamar da moeda – disse em reunião da Apimec-SP (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo).

AGÊNCIA ESTADO