sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Frigoríficos mato-grossenses poderão contabilizar uma economia anual de até R$ 109,50 milhões

Após uma luta de quase cinco anos, a indústria frigorífica finalmente está desonerada do pagamento dos impostos federais PIS e Cofins. Com a medida, os frigoríficos mato-grossenses poderão contabilizar uma economia anual de até R$ 109,50 milhões por conta da desoneração do pagamento desses tributos nas operações internas da carne.
Em Mato Grosso, os frigoríficos comemoraram a publicação da Lei 12.058/09, que suspende o pagamento da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidente sobre a receita bruta da venda de produtos derivados de carne bovina no mercado interno.
“A desoneração da carne bovina para o mercado interno representa um passo importantíssimo para a formalização total do setor, estimulando o fim da informalidade que ainda existe na cadeia frigorífica”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas Martins.
Ele afirma ainda que esta é a melhor notícia que a indústria frigorífica organizada recebe nos últimos anos. “É uma grande conquista do setor, todos vão ganhar com isso. O mais importante é que todos vão ter condições de sair da informalidade”.
A medida elimina a cobrança da contribuição para toda a cadeia da carne. Hoje os frigoríficos pagam 60% da alíquota, que é de 9,25%. A contribuição do PIS e da Cofins resultava em uma carga de 3,65% sobre o faturamento dos frigoríficos que comercializam para o mercado interno.
Mato Grosso abate cerca de 4 milhões de cabeças por ano, com uma movimentação estimada de R$ 4 bilhões. As operações internas respondem por 75% deste total, R$ 3 bilhões. Além de beneficiar frigoríficos, produtores e consumidores, a medida ainda formaliza as negociações entre o produtor e o frigorífico.
“Há anos vínhamos batalhando para conseguir esta isenção, que traz alívio para toda a cadeia. Aqueles que já estão organizados vão ficar mais competitivos ainda”, afirmou Martins.
O setor entende também que a medida irá coibir as sonegações. “Não vamos ter mais o abate clandestino e a carne será inspecionada. A medida dará garantias ao consumidor”.
2005 - A lei foi sancionada pelo presidente Lula após intenso trabalho de aproximação entre a indústria e órgãos do governo federal, iniciado em fevereiro de 2005. A contribuição gerava uma carga de 3,65% sobre o faturamento dos frigoríficos, nas operações internas. Ao mesmo tempo, devido à informalidade, a arrecadação do governo federal não alcançava todo seu potencial. "Através de estudos técnicos, demonstramos ao governo que a desoneração seria benéfica a todos. A sanção da lei significará o fim do abate clandestino, representando uma nova época para a indústria frigorífica brasileira", lembrou Martins.
Na avaliação dos empresários do setor, todos vão ganhar com a nova lei. "Com a redução da clandestinidade, esses frigoríficos vão procurar os serviços de inspeção, garantindo produtos de maior qualidade na mesa do consumidor".
Segundo informações, cerca de 30% dos bovinos abatidos anualmente no Brasil são oriundos da clandestinidade, o que implica em um grave problema sanitário para os consumidores de carne bovina.
Acredita-se que a medida também implicará em um reaquecimento do setor, pois grandes empresas alimentícias que não atuavam no segmento de bovinos por não poderem competir com a clandestinidade voltarão a investir. E as pequenas e médias empresas poderão se capitalizar. “É uma nova era de desenvolvimento para a indústria de carnes e derivados", completa Martins.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Frigorifico volta a funcionar em Jequié

O Frigorífico Vale do Sol, (antigo Frisulba), já está em pleno funcionamento. A empresa começou suas atividades nesta quarta-feira (25), Cerca de 120 funcionários estão trabalhando no abate. A carne será comercializada para o mercado consumidores de Jequié e Região, onde a população serão beneficiados com carne bovina fiscalizada através de inspeção federal, garantindo assim ao consumidor qualidade do produto.


O médico veterinário do Ministério da Agricultura, Dr. Francisco Salles, lembrou que a Prefeitura de Jequié terá participação fundamental no processo de permanência da empresa na cidade. Para isso, terá que aumentar a câmara fria do Centro de Abastecimento Vicente Grillo(Mercadão), para armazenar uma maior quantidade de animais abatidos. "Cada peça que fica estocada no frigorifico por falta de local para armazenar, é um boi que deixa de ser abatido" lembrou. A meta inicial do Frigorífico Vale do Sol, são de abater cerca de 5 mil cabeças de gado por mês.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mercado

Alcatra e contra filet t foi vendido a R$ 8,80 kg a prazo. Peito resfriado em bloco a R$ 4,00 kg e coxão duro com lagarto (capote) a R$ 6,50 kg

IBGE aponta MS como o 3º rebanho bovino do Brasil

No fim desta ultima semana a Pesquisa da Pecuária Municipal divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostrou que o Mato Grosso do Sul tem o terceiro maior rebanho bovino do País, tendo como base em dados de 2008.
No total são 22.365.219, cabeças de bovinos, nós perdemos somente para o Estado de Mato Grosso (26.018.216) e Minas Gerais (22.369.639).
Logo atrás de Mato Grosso do Sul vem Goiás, com 20.466.360 bovinos. O município de Corumbá permanece como o maior rebanho no País, são 1.935.896 animais.
Já Ribas do Rio Pardo, aparece com 1.176.151, aparece em terceiro e Três Lagoas em 7º (rebanho de 788.602 bovinos).

Outras criações:
Destaca também no Mato Grosso do Sul outras criações como; 18.368 bubalinos, 357.675 equinos, 957.697 suínos e 32.057 caprinos.
Quanto às aves são 23.864. 815 e a produção anual de ovos de 34 639.000 dúzias. A produção estadual de mel é de 646 toneladas, com valor de comercialização de R$ 4,4 milhões e de bicho-da-seda de 280 toneladas de casulos, R$ 1,5 milhão.(Fonte: IBGE)

Exportação de carne de MT para União Europeia cai 54%

A Associação de Criadores de Mato Grosso – Acrimat, avalia que uma série de fatores contribuiu para que os números das exportações da carne bovina em Mato Grosso sofressem um abalo significativo nos 10 meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo levantamento do Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, de janeiro a outro de 2008 foram exportados para a União Europeia 18,6 mil de toneladas (equivalente carcaça) e no mesmo período deste ano, a queda foi de 10,1 mil de toneladas, registrando apenas 8,5 mil toneladas, provando uma variação negativa de 54%. “O Sisbov, sistema de rastreabilidade, foi sem dúvida o grande entrava nas vendas para os países europeus. A falta de uma política séria, confiável e auditável, provocam uma instabilidade certeira na relação comercial com a Europa”, analisou o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele acredita que as novas regras aprovadas pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal, vão mudar esse cenário, “pois todos os pecuaristas poderão cumprir e são auditáveis”.


Outros fatores que influenciaram na queda das exportações podem ser observados nos números registrados nas exportações para a Venezuela e Oriente Médio. A redução nas vendas para a Venezuela chegou a 63% onde as 48,6 mil toneladas comercializadas de janeiro a outubro de 2008 baixaram para 17,8 mil toneladas no mesmo período de 2009. A queda também é grande com relação ao Oriente Médio, registrando uma redução de 35%%. Foram exportadas 36,2 mil toneladas de carne de Mato Grosso em 2008 contra apenas 23,4 mil toneladas este ano. “A grande influência nesses mercados foi a crise do petróleo. Sem dinheiro, a queda nas comprar foi imediata, mas esse quadro já começa a se reverter e acreditamos numa retomada nas exportações para esses países”, comentou Vacari.

A china e a Rússia evitaram uma queda ainda maior nas exportações neste ano de crise mundial. “A Rússia fez uma grande diferença no volume de carne bovina exportada e é nosso maior consumidor, principalmente da carne de dianteiro, mais barata”, ressaltou o superintendente da Acrimat. O aumento das vendas para a Rússia foi de 37%, saltando de 37,3 mil toneladas para 58,8 mil toneladas. No caso da China o aumenta nas exportações também foi significativo, registrando uma alta de 38%, saindo de 8,5 mil toneladas para 13,7 mil toneladas em 2009. “A China cresce num ritmo frenético, de mais de 10%, e isso refletiu no aumento de consumo da carne”, disse Luciano Vacari. As informações são de assessoria de imprensa.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Rebanho bovino volta a crescer

Rio de Janeiro - O rebanho bovino do país voltou a crescer em 2008, após dois anos em queda, segundo informações divulgadas na sexta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O efetivo somou 202,2 milhões de cabeças, alta de 1,3% em relação a 2007. A maior parte, correspondente a 34,1% do total, estava concentrada na região Centro-Oeste. Mato Grosso firmou-se como o principal produtor, com 26 milhões de cabeças, o equivalente a 12,9% do total. Na comparação com 2007, houve alta de 1,3% no efetivo bovino do Estado.

O principal incremento foi detectado na Região Sul, onde houve crescimento de 4%, seguido por Norte (3,3%), Centro-Oeste (1,2%) e Nordeste (0,5%). Na região Sudeste, houve retração de 2%, com destaque negativo para São Paulo, que teve o rebanho encolhido em 5,1%. Segundo o IBGE, o gado paulista encolheu em cerca de 605.000 cabeças, em função da substituição das pastagens por canaviais.

Os dados fazem parte da PPM 2008 (Pesquisa da Pecuária Municipal), que mostra ainda um aumento de 5,1% no efetivo de frangos, em relação a 2007, totalizando cerca de 100 milhões de cabeças. Já o efetivo de suínos totalizou 36,8 milhões de cabeças, aumento de 1,6% na comparação com 2007. O IBGE identificou ainda alta de 5,5% na produção de leite, que somou 27,5 bilhões de litros em 2008. Esse resultado coloca o Brasil como o quarto maior produtor mundial, atrás de Índia, China e Rússia.

Queda nas exportações derruba preço da carne

Má notícia para os frigoríficos: as exportações de carne despencaram com a crise global e o câmbio desfavorável e já acumulam queda, em volume, de 15% de janeiro a setembro.
Boa notícia para os consumidores: sobrou carne no mercado doméstico e os preços caíram 4,76% de janeiro a novembro -ante uma inflação média de 3,81% no período.
Segundo levantamento da FGV com base no IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor-10), feito a pedido da Folha, os preços de quase todos os cortes recuaram, especialmente os da carne de segunda -mais procurada no mercado externo.
O acém caiu 10,06% no acumulado do ano. A picanha baixou 6,72% -a maior queda entre os cortes de primeira.
Tal cenário contrasta com o de 2008, quando as exportações estavam aquecidas e a carne subiu 17,78% ao consumidor no acumulado até novembro.
De acordo com André Braz, economista da FGV, os preços caíram ao longo de todo o ano por causa, primeiro, da queda do consumo mundial.
Caíram as exportações, diz, sobretudo de carne de segunda, mais consumida nos mercados atendidos pelo Brasil, como a Rússia. Depois, diz, veio a nova rodada de desvalorização do dólar, que encareceu o produto e desestimulou as exportações.
Com a recente depreciação do dólar, a cotação da arroba (referência para o preço da carne) do boi no Brasil já está mais alta, em moeda americana, do que na Argentina, no Paraguai, no Uruguai, na Austrália e já encosta até mesmo na dos EUA -onde o custo de produção é mais elevado. Os cálculos são da consultoria Scot, especializada em pecuária, que monitora os preços desses países.
Todos esses países são os principais produtores e exportadores de carne bovina do mundo e começam a avançar em mercados brasileiros, segundo Alex Lopes Silva, analista da Scot. Ainda assim, diz, o Brasil mantém a posição de maior exportador global do produto, assumida no começo desta década justamente no período após a desvalorização do real de 1999.
Silva diz que os frigoríficos chegam muitas vezes à conclusão de que é mais vantajoso vender no mercado doméstico.
Diante disso, completa Braz, a indústria faz promoções para os varejistas, que, por sua vez, repassam para o consumidor as reduções de preço.
O presidente da Bolsa de Alimentos do Rio de Janeiro, José Souza e Silva, diz que é possível encontrar picanha e filé mignon por R$ 15 o quilo.