sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Feira

Entre os dias 1 e 4 de novembro, 16 empresas brasileiras do setor de alimentos vão participar da feira Saudi Agro-Food, em Riad, na Arábia Saudita. O evento deve reunir 650 expositores de mais de 38 países. Entre os setores das empresas brasileiras que vão estar na feira estão de lácteos, carnes, ração animal, café e confeitos. De acordo com informações da organização da mostra, a Arábia Saudita importou em 2008 o equivalente a US$ 15 bilhõ es em alimentos, um aumento de 25% sobre 2007. Só o Brasil exportou o equivalente a US$ 1,43 bilhão em produtos do agronegócio ao país árabe no ano passado, um crescimento de mais de 45% sobre 2007

Frigorífico Argus inaugura nova tecnologia

Um dos mais modernos sistemas de aproveitamento de resíduos de carne chega ao Paraná, em São José dos Pinhais. O modelo tecnológico, sucesso na Itália e na Alemanha na área informatizada de produtividade e consciência ambiental, esteve um ano em teste. Hoje 100% de sua operacionalidade está concluída. Para comemorar esta conquista, e levar ao conhecimento do público o novo processo, o Grupo Argus realiza hoje uma solenidade que reunirá autoridades como o senador Osmar Dias, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, ou representante, além de empresários do setor e clientes. O vice-governador, Orlando Pessuti, também sinalizou presença. "Foi um investimento de cerca de R$ 8 milhões, iniciado há cerca de dois anos e meio, com o objetivo de oferecer ao consumidor produtos de melhor qualidade, atendendo às exigências do mercado interno e externo", explica Ângelo Setim Neto, diretor da Argus. Além de um produto com maior aceitação no mercado, a produção também resulta agora em ganhos sócio-ambientais, redução de consumo de energia elétrica e de uso de lenha para as caldeiras, e 100% de tratamento dos gases e efluentes. Os produtos resultantes são a farinha de carne e ossos, a farinha de sangue (utilizadas para a fabricação de ração) e o sebo (utilizado por indústrias de cosméticos e biodisel). O Frigorífico Argus foi fundado em 1953, no município de São José dos Pinhais, no Paraná. De lá pra cá vem ampliando suas atividades e buscando as melhores tecnologias disponíveis no mercado. (DK)

Bertin faz apresentação para embaixadores da União Européia

A Bertin S.A recebeu ontem, dia 21 de outubro, em Marabá (PA), uma visita da delegação de embaixadores da União Européia composta por 11 países. Uma das missões da comitiva, que se estende até o dia 23, é conhecer de perto a realidade socioeconômica do Pará no âmbito das atividades produtivas. A Bertin foi uma das empresas convidadas pela governadora, Ana Júlia Carepa, para demonstrar aos visitantes seus investimentos e sistemas produtivos no Estado, onde possui quatro unidades industriais. Na ocasião, Rodrigo Dias Lopes, da área de Sustentabilidade da empresa, fez uma apresentação sobre a companhia, com destaque para a atuação na região e também para os aspectos socioambientais que regem toda a cadeia produtiva da Bertin. A comitiva é liderada pela embaixadora da Suécia, Annika Markovic. O Parlamento Europeu está sob a presidência da Suécia que organiza esta missão de caráter institucional. Integram a comitiva os embaixadores Hans-Peter Glanzer (Áustria), Claude Misson (Belgium), Nikolay Tzatchev (Bulgária), Svend Roed Nielsen (Dinamarca, a partir de Santarém), Ilpo Manninen (Finlândia), minisro Hermann-Josef Sausen (Alemanha), Kees Peter Rade (Holanda), Jacek Junosza Kisielewski (Polônia), Branislav Hitka (Eslováquia), Alan Charlton (Reino Unido) e João José Soares Pacheco (União Européia).

Mercado

Foi negociado alcatra e contra filet na BGA-RJ a R$ 9,00 kg assim cmo também teve venda de R$ 8,75 a vista. Dianteiro de boi tinha isolado a R$ 3,40 kg e junto com o traseiro a R$ 3,30 kg. PA falou-se em R$ 3,50 kg e dianteiro de vaca isolado a R$ 3,20 kg mas com muitos achando que chegaria ao patamar de R$ 3,05 kg e dianteiro 03 cortes a R$ 4,40 kg.

Acrimat: plano de recuperação de frigorífico pode sair este mês

A Acrimat acredita que o plano de recuperação judicial do frigorífico Quatro Marcos será aprovado na segunda assembleia com o credores, agendada para o dia 27. O primeiro encontro entre empresa e credores foi realizado anteontem (20) e suspenso por falta de quórum. O assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Armando Biancardini Candia, diz que essa estimativa é baseada nos resultados das últimas negociações. "As demais classes credores sinalizam que querem o pagamento da dívida de R$ 427 milhões divididas em 12 parcelas, conforme está inclusa no Plano", diz Candia. Apesar disso, ele pontua que os pecuaristas de Mato Grosso, que têm R$ 26 milhões de créditos a receber do frigorífico não concordam com essa definição. "Os produtores querem o pagamento à vista”, enfatiza o advogado da Acrimat. Conforme ele, é possível que ainda haver algumas modificações no plano original, como por exemplo, a inserção de juros nas parcelas", comenta Candia. Mesmo assim o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari defende que os produtores querem "100% do pagamento ou a falência do Quatro Marcos". A segunda assembleia do Quatro Marcos será realizada em Jandira (SP).

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Cancelada 1ª assembleia do Quatro Marcos por falta de quórum

Não deu quórum. Como era previsto, a primeira assembleia geral dos credores do Frigorífico Quatro Marcos foi cancelada e transferida para o dia 27 de outubro, às 11 horas, com a presença de qualquer número de credores na cidade de Jandira-SP. “A assembleia nem chegou a ser instalada por falta de quórum. Mais uma vez a classe I - trabalhista não compareceu, desta vez nenhum trabalhador, zero por cento. A classe II foi totalmente o contrário com o comparecimento de 100% das instituições financeiras. A classe III (Quirografários) onde estão os pecuaristas teve a presença de 86%”, disse o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, Armando Biancardini Candia. Ele explica que “como primeira convocação era necessária a presença de credores titulares de mais da metade dos créditos de cada classe, computados pelo valor, e como não houve quórum, automaticamente foi marcada a segunda convocação”. “Mais uma vez adiaram um decisão importante para os pecuaristas. Continuamos não entendendo como os trabalhadores abrem mão de receber 3,6 milhões de reais do frigorífico. Essa foi a segunda vez que os trabalhadores cancelam uma assembleia, pois na primeira assembleia do Independência também foi cancelada porque apenas 17,18% dos trabalhadores compareceram, mas desta vez foi 0%, na assembleia do Quatro Marcos”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, que tem comparecido a todas as AGC. “Parece que eles (trabalhadores) não precisam desse dinheiro, o que não é o caso dos pecuaristas. Os 273 pecuaristas de Mato Grosso tem quase 26 milhões de reais para receber do Quatro Marcos e estão investindo pesado para participar de todas as assembleias. Afinal é de nosso interesse receber”, desabafou. Vacari diz enfático que “vamos voltar no próximo dia 27 aqui em Jandira (SP) para pedir 100% do pagamento ou a falência do Quatro Marcos. Os pecuaristas estão unidos num mesmo propósito e a Acrimat vai continuar dando todo suporte jurídico para que continuem a lutar por seus direitos”. A segunda AGC do Quatro Marcos será realizada no próximo dia 27 de outubro no Teatro Municipal Luiz Gonzaga, na Rua Elton Silva, nº 450, Parque J.M.C., na cidade de Jandira- SP, às 11 horas, com a presença de qualquer número de credores. A convocação foi feita pela Juíza de Direito da 1ª Vara Judicial do Foro Distrital de Jandira-SP, Mariana de Souza Neves Salinas. A dívida do Quatro Marcos O frigorífico Quatro Marcos tem uma dívida de R$ 427.869.332,67. Com os pecuaristas o montante é de R$ 35,7 milhões, a trabalhista é de R$ 3,6 milhões, com as instituições financeiras é de R$ 339 milhões e demais fornecedores, R$ 49,4 milhões. A proposta do Grupo para os pecuaristas é de pagamento pelo valor de face (sem correção) num prazo de 12 meses, com carência de mais 12 meses após a homologação do plano. O Frigorifico em MT O frigorífico Quatro Marcos tem capacidade de abater de 8 mil cabeças por dia, nas oito plantas frigoríficas que possuiu. Seis unidades estão em Mato Grosso, localizadas nos municípios de Juara (capacidade de abate de 800 cabeças/dia), Alta Floresta ( 1.400 cab/dia), Colíder (800 cab/dia), Vila Rica (1.400 cab/dia), São José dos Quatro Marcos (1000 cab/dia) e Cuiabá (1000 cab/dia).

Mercado

Hoje já existe no Rio de Janeiro oferta de alcatra e contra filet de frigorifico considerado grande a R$ 9,50 kg e não estão conseguindo venda com facilidade. Provavelmente as vendas sómente acontecerão amanhã e sexta.

BNDES pode elevar participação na Marfrig

São Paulo, SP, 21 de Outubro de 2009 - O Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avalia aumentar sua participação acionária no capital do grupo alimentício Marfrig. Por meio de sua subsidiária BNDES Participações, o banco estatal de fomento considera elevar sua fatia para além dos 14,66% atuais. "O BNDES, como acionista, tem o direito de manter sua participação na proporção que hoje já detém. Estamos analisando manter ou eventualmente aumentar essa participação", afirmou ontem o gerente de acompanhamento e gestão de carteira da área de mercado de capitais do BNDES, André Salcedo Teixeira Mendes, durante audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara. "Consideramos meritória essa fusão Seara e Marfrig e analisamos participar com um percentual desse aumento de capital", disse o executivo. A Marfrig anunciou, no início de outubro, uma oferta pública primária de ações com o objetivo de captar até R$ 1,4 bilhão no mercado. Os negócios do banco com o grupo já são antigos. Em 2007, a BNDESPar adquiriu, em oferta pública inicial (IPO), cerca de 4% do capital da Marfrig. Em outubro de 2008, elevou sua fatia aos 14,66% do capital da empresa. De lá para cá, a Marfrig ganhou musculatura e comprou diversos concorrentes nos segmentos de carne de frango, suínos e cordeiro. Sua mais recente aquisição, a Seara Alimentos, que pertencia à americana Cargill, garantiu a segunda posição no ranking nacional de aves e suínos, atrás apenas da Brasil Foods, fusão entre as tradicionais Perdigão e Sadia. "O BNDES não participou da decisão da aquisição da Seara. Apesar de determos 14% de participação na empresa, não temos nenhum membro eleito no conselho da Marfrig. É uma decisão estratégica da empresa", explicou André Mendes. A tendência, segundo informou o gerente do BNDES aos parlamentares, é uma ampliação dos investimentos do banco estatal no setor de alimentos. Em 2005, a BNDESPar tinha apenas 0,3% de sua carteira centrada neste setor. Hoje, os investimentos somam 6%. "A BNDESPar viu, alguns anos atrás, uma oportunidade de diversificar atuação no mercado de capitais por meio de investimentos no setor de alimentos", disse André Mendes. A reunião na Câmara foi convocado justamente para debater os efeitos colaterais da compra da Seara pela Marfrig, que ainda será avaliada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os parlamentares questionaram os planos da Marfrig em relação aos produtores integrados e aos consumidores. "Não podemos deixar os pequenos avicultores sem amparo nem deixar que os consumidores paguem a conta de uma concentração excessiva no setor de carnes", apelou o deputado Odacir Zonta (PP-SC). Em defesa da estratégia da Marfrig, o diretor da divisão de aves e suínos, José Mayr Bonassi, garantiu aos parlamentares que a empresa planeja financiar a ampliação dos aviários e aumentar a produção para preservar a marca Seara. "Ninguém é mais interessado em garantir os produtores do que nós. Mais de 80% querem construir um segundo aviário e já temos convênio com o Banco do Brasil para garantir esses financiamentos", informou o executivo. Ele afirmou que os planos da Marfrig para a Seara incluem a exportação de metade da produção e a manutenção dos 33,5 mil funcionários da empresa. E prometeu acirrar a concorrência com a líder BRF. "Não seria racional aceitar uma fatia de 6% ou 7% quando a líder tem 60% ou 70% do mercado. Vai aumentar essa concorrência e o consumidor é quem vai ganhar", disse Bonassi, fundador da gaúcha Mabella Carnes, indústria de suínos recentemente comprada pelo Marfrig.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Frigorífico de Ovinos se instala em Rondonópolis

Rondonópolis será sede de mais uma empresa. A Corfrigo – Frigorífico Ltda. vai se instalar na cidade. Voltada para o ramo de ovelhas, o grupo irá investir cerca de R$ 9 milhões. Serão gerados 104 empregos diretos e 450 empregos indiretos, além da geração de renda no campo, com a aquisição de ovinos de corte dos pequenos produtores. Os criadores de ovelhas vão ser capacitados para abastecer o frigorífico com animais de qualidade. Os empresários não sabem calcular o volume de renda que vai ser gerada nas comunidades rurais. Pátio comenta que o fortalecimento do pequeno produtor é uma forma de distribuição de renda e melhor qualidade de vida para as famílias que moram no campo. “O pequeno produtor deve diversificar e agregar valores às suas produções. Queremos inserir a produção das comunidades rurais na merenda escolar. O que vai fortalecer a agricultura familiar e gerar emprego e renda para o município”, afirma. O Diretor Comercial e de Marketing da empresa, Rafael Lopes, explica que a cidade irá instalar a matriz do frigorífico e que a escolha se dá devido ao desenvolvimento econômico e a localização geográfica do município. “Estamos com ações coordenadas com a Secretaria de Agricultura do Município, o consórcio intermunicipal e o Centro Técnico de Ovinos, Manejo e Formação Genética. O objetivo é organizar a cadeia produtiva e proporcionar qualificação dos produtores com visitas técnicas, além de aulas práticas e teóricas”, afirma. O empresário afirma ainda que a escolha pela cidade é devido à estrutura apresentada por Rondonópolis para o escoamento da produção, além do forte perfil industrial.

Diretoria da Aurora nega boato de venda

Imprensa paulista teria publicado que frigorífico negociava a compra da organização de SC A diretoria da Coopercentral Aurora, de Chapecó, negou nesta segunda-feira que estaria negociando a venda da organização para o Frigorífico Minerva, de Barretos, SP, terceiro maior do país no segmento de bovinos e que pretende ingressar nos segmentos de frango e suíno.A informação da venda foi veiculada na imprensa em São Paulo e pegou cooperativistas do Oeste de Santa Catarina de surpresa. Nesta segunda-feira, a Aurora encaminhou nota negando a negociação.— A Coopercentral Aurora não iniciou nem pretende iniciar contatos com qualquer grupo econômico visando transação dessa natureza — informa na nota. Por outro lado, o presidente do grupo, Mário Lanznaster, admitiu ao jornal Brasil Econômico que o Minerva tem intenção de adquirir a Aurora: — Minerva está nos namorando, mas somos uma noiva difícil.Maior que o Minerva, a Aurora encerrou o ano passado com faturamento de R$ 2,67 bilhões, crescimento de 19,66% frente ao ano anterior, e resultado negativo de R$ 111,7 milhões. Venda não pode ocorrer sem autorização dos associados Com 40 anos de atividades, a Coopercentral Aurora é integrada por 17 cooperativas singulares. Isso constitui cerca de 70 mil famílias rurais associadas.Conforme o superintendente da Organização das Cooperativas de SC (Ocesc), Geci Pungan, para a Coopercentral Aurora ser vendida, teria que haver aprovação de dois terços dos 71 mil associados em assembléias extraordinárias. Além disso, a venda também deveria ser aprovada pela própria coopercentral, em assembléia extraordinária. Pungan observou que, no Brasil e em Santa Catarina, não há registros importantes de vendas de cooperativas para empresas. Em todos os casos conhecidos, houve troca de gestão, mas o sistema cooperativo continuou. No Planalto Norte catarinense, por exemplo, as instalações da Coopercanoinhas, que faliu com elevado endividamento, foram arrendadas pela Cooperalfa, de Chapecó.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Oetker contesta fusão de Sadia e Perdigão

São Paulo, SP, 19 de Outubro de 2009 - De olho em uma possível aquisição e na possibilidade de aumentar sua participação de mercado, a alemã Dr. Oetker ingressou no último dia 9 com um pedido de oposição à fusão entre Sadia e Perdigão no Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Esse é o primeiro registro de oposição ao negócio divulgado há cinco meses registrado na autarquia vinculada ao Ministério da Justiça brasileiro.No Brasil desde a década de 30, a Dr. Oetker é conhecida por seus chás e gelatinas, mas também fabrica e vende aromas, fermentos, sobremesas, confeitos, snacks, misturas para bolos e tortas. O interesse em impedir a fusão - ou pelo menos em conseguir restrições a ela - tem a ver com o segmento de pratos prontos. Embora no exterior a Oetker tenha uma linha completa de iogurtes, sobremesas prontas refrigeradas e pratos congelados, no Brasil ela atua nesse segmento apenas com a marca Dr. Oetker Ristorante, de pizza pronta congelada, que, segundo fontes de mercado, tem menos de 1% das vendas.Já a BRF - Brasil Foods (a empresa resultante da união entre Perdigão e Sadia) é dona das marcas de pizza pronta Rezende, Batavo, Apreciata e Sadia, que juntas têm 83% das vendas em volume, segundo estimativas da revista especializada Supermercado Moderno."A Oetker está muito preocupada com a concentração, principalmente no segmento de pizzas prontas congeladas, e também teme possíveis práticas anticompetitivas nos canais de distribuição", disse Juliano Maranhão, advogado do escritório Sampaio Ferraz, contratado pela multinacional alemã.Maranhão relatou que a Oetker encomendou um estudo à consultoria americana Bates White para diagnosticar como ficaria o segmento de pratos congelados caso a fusão fosse aprovada sem restrições. Segundo a consultoria, a fusão irá dificultar a entrada de novas companhias no setor. O levantamento apontou que a aprovação sem restrições provocaria um fenômeno chamado de "efeito portfólio", ou seja, a blindagem do mercado por várias marcas fortes que, entretanto, pertencem a uma única empresa.A estratégia da Oetker é fazer pressão para que o Cade aprove a fusão impondo restrições, tais como a venda de marcas e ativos em segmentos onde haja alta concentração de mercado. Pressionada pelo órgão antitruste, a BRF teria de vender essas marcas e ativos por preços mais baixos. Nesse caso, a Oetker faria aquisições gastando pouco e ganharia quase instantaneamente uma boa participação de mercado. A companhia sediada em Bielefeld, na Alemanha, é conhecida internacionalmente por já ter feito aquisições em termos semelhantes. A própria divisão de pizzas foi comprada da Unilever em 2004, quando a companhia holandesa, que passava por dificuldades, decidiu reduzir seu portfólio de 1600 para 400 marcas.Uma associação de suinocultores também deve apresentar em breve oposição à fusão. Pedidos de como esses são comuns no Cade e muitas vezes são determinantes na decisão do órgão. No caso da compra da Garoto pela Nestlé, por exemplo, a oposição da Kraft Foods foi crucial para que o Cade decidisse contra o negócio em 2004. Os advogados da BRF disseram que ainda não vão se pronunciar.

Cooperativas do setor de carnes se unem

Florianópolis, SC, 15 de Outubro de 2009 - Grupo de cinco cooperativas de Santa Catarina e Paraná que produzem e industrializam carnes de frango e suíno está negociando união por meio de uma holding para comercializar produtos no Brasil e exterior. O objetivo seria ganhar força para fazer frente às novas gigantes do setor, a BRF-Brasil Foods, que resultou da união da Perdigão e Sadia, e a Marfrig, que comprou a Seara, de SC. O presidente da Organização das Cooperativas de SC (Ocesc), Marcos Antônio Zordan, confirmou as negociações, que foram reveladas pelo diretor de mercado externo da Coopercentral Aurora, Dilvo Casagranda, na feira Anuga, na Alemanha. A nova holding poderá unir as vendas da Aurora, de SC, e das paranaenses C-Vale, Lar, Consuel e Frimesa. Conforme Zordan, essa movimentação iniciou há cerca de dois anos, por iniciativa da Aurora, mas não avançou. Agora, é retomada em função das últimas fusões, que mudaram o mercado.Juntas, as cinco cooperativas responderiam por cerca de 20% do mercado de frango e suíno, quase a metade da participação da Brasil Foods. Zordan observa que vários supermercados já estão procurando fornecedores de porte médio porque temem ficar nas mãos de gigantes, sem poder barganhar preços. (Diário Catarinense) (Redação)

Oeste poderá se tornar importante bacia leiteira na Bahia

Com a garantia de produção de leite diferenciado, com qualidade premium, livre de resíduos de penicilina, anti-carrapaticida, e com rebanhosaudável e com alta produtividade, a fábrica neozelandesa, Leitíssimo, que será inaugurada no dia 24 deste mês, no município de Jaborandi, regiãoOeste do estado, já está certificada pelo estado. É o que garante o documento de inspeção expedido pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, Seagri, através da sua Agência de Defesa Agropecuária (Adab). A fábrica, voltada inicialmente para o abastecimento interno, terá capacidade de processamento de 150 mil litros de leite por dia. Para acompanhar o início da fase de engarrafamento e comercialização do produto, estará presente na inauguração o ministro da Agricultura da Nova Zelândia, David Carter, conforme anunciou o embaixador da Nova Zelândia, Mark Trainor, em visita ao secretário da Agricultura em exercício, Eduardo Salles. Participou do encontro o assessor internacional do governadorJaques Wagner, Alexandre Amissi. A inauguração da fábrica é resultado de intenso trabalho e dedicação para o desenvolvimento de uma fazenda modelo na região Oeste, conhecida pelo bom desempenho no cultivo da soja, milho, café, algodão, entre outras culturas, e que deverá se tornar importante bacia leiteira, como ocorre emGoiás e Minas Gerais. COOPERAÇÃO O embaixador Mark Trainor demonstrou, durante a visita, que seu País tem interesse em ampliar a parceria técnica com o governo baiano através da Seagri. Dentre as oportunidades mencionadas, estão a produção de sementes, melhoria genética de ovinos, manejo de pastagens e cercas elétricas. Na oportunidade, Salles apresentou as principais potencialidades do estado e incentivos para a atração de novos empreendimentos para a agropecuária baiana. Segundo ele, a Bahia possui um dos maiores rebanhos do país, com 11 milhões de cabeças, mas a produção leiteira ainda é baixa. “Consumimos 1,5 bilhão de litros por ano e produzimos apenas 920 milhões de litros de leite. Com a implantação da Câmara Setorial do Leite estamos identificandoos principais gargalos e buscando o desenvolvimento sustentável para pecuária leiteira do estado”, declarou. O secretário em exercício da Seagri também ressaltou que a agropecuária baiana é responsável por 24% do Produto Interno Bruto do estado (PIB). Outro dado importante é que a pecuária é muito pulverizada na Bahia e que o segmento familiar tem um papel importante. “Os pequenos produtoresrespondem por 50% da pecuária e se integram, em harmonia, com a agricultura empresarial em diversas áreas”. A escolha da região Oeste da Bahia para a implantação do empreendimento se deve às boas condições climáticas, além do baixo preço das terras. Os recursos naturais do clima, o relevo plano e levemente ondulado, a combinação de solos profundos e disponibilidade abundante de água commodernas técnicas de adubação e irrigação, proporcionaram os elementos necessários para uma alta produtividade baseada em um sistema de produção de leite a pasto. Vale ressaltar que a fazenda neozelandesa Leite Verde, onde está sediada a fábrica, preserva 20% das suas terras como área de reserva legal e outros em Reserva Particular do Patrimônio Natural ((RPPN) com o propósito de garantir a conservação de uma área com grande riqueza natural ediversidade biológica.

Complexo Bertin na Capital, maior da AL, terá 2.300 vagas

A rede de frigoríficos Bertin inaugurou em Campo Grande (MS) um complexo industrial de carnes projetado para ser o maior da América Latina. A unidade, erguida com investimento de R$ 138 milhões, tem capacidade para o abate de até 4.000 cabeças por dia e terá 2.300 funcionários em linhas de abate e desossa. Ontem a empresa também anunciou um projeto de expansão de R$ 50 milhões, que prevê a construção de uma unidade de alimentos industrializados da linha dos "supergelados": hambúrgueres, almôndegas e quibes. Em setembro, a empresa acertou sua fusão ao grupo JBS-Friboi, em um negócio estimado em R$ 5,2 bilhões e que fez surgir a maior companhia do setor de proteína animal no mundo. "Até 2011, estaremos operando em capacidade total", disse o superintendente da divisão de carnes da Bertin, Evandro Miessi. Ele falou que são "infundadas" as dúvidas levantadas após o anúncio da fusão. Os pecuaristas, por exemplo, consideram que a medida pode levar à concentração do mercado, com reflexos negativos para o preço da arroba.